quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA – JANEIRO/FEVEREIRO DE 2014



            Está chegando a hora de vermos o início dos maiores campeonatos da velocidade de 2014, e a COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA está de volta, reunindo um pequeno apanhado do que se viu nos nestes dois primeiros meses do ano e fazendo as devidas avaliações. Como de costume, vamos às classificações: EM ALTA (caixa na cor verde); NA MESMA (caixa na cor azul); e EM BAIXA (caixa na cor vermelho-claro). Então, boa leitura a todos, e até a cotação do mês que vem, relacionando as primeiras corridas de alguns certames...



EM ALTA:

Motores Mercedes: Pelo balanço das duas sessões de testes realizadas na pré-temporada até agora, as unidades de força produzidas pelos alemães são as melhores disponíveis para a temporada que traz de volta dos motores turbo na F-1. Nenhuma das escuderias equipadas com os propulsores de Stuttgart enfrentou problemas significativos com os novos motores e seus sistemas de recuperação de energia, e apresentaram boa fiabilidade tanto no motor quanto no novo Ers.

Marc Coma: O piloto espanhol conquistou seu 4° título na competição de motos do Dakar, e conseguiu reverter seu início ruim na competição em mais um triunfo em sua galeria de conquistas. Coma ainda dedicou sua conquista em homenagem ao amigo Kurt Caselli, que morreu em novembro do ano passado após sofrer um acidente enquanto disputava o Rali Baja 1000, no México. E Coma já avisou que quer aumentar seu número de títulos em 2015, portanto, os concorrentes que se preparem.

Lucas Di Grassi: Depois de dois anos como piloto ocasional da Audi no Mundial de Endurance, participando apenas de uma ou outra corrida, o brasileiro Lucas Di Grassi vai agora disputar o campeonato em tempo integral como piloto da marca das quatro argolas, e sendo desde já um dos candidatos ao título, por correr na melhor equipe da competição. Di Grassi entra no lugar do aposentado Allan McNish, e podem apostar que o brasileiro vai acelerar fundo nas pistas, podendo conquistar um título inédito para o Brasil, além de ter chance de também vencer as 24 Horas de Le Mans, outra prova mítica do automobilismo mundial que nunca viu a vitória de um piloto brasileiro.

Christian Fittipaldi: O sobrinho de Émerson conseguiu em janeiro sua segunda vitória em uma das mais tradicionais corridas dos Estados Unidos: as 24 Horas de Daytona. A primeira vitória de Christian havia acontecido em 2004. Foi um bom começo de ano para o piloto, que inicia o novo campeonato da United Sportscar na liderança do certame.

Eric Bouiller: A Lotus sofreu mais uma baixa, a perda de seu diretor de equipe, Eric Bouiller, que já assumiu funções similares na McLaren, o que pode se dizer que foi uma tremenda promoção para o francês, que saiu de um time com perspectivas em dúvida para o campeonato para uma escuderia de ponta que vem demonstrando grande performance nos testes.



NA MESMA:

Michael Schumacher: O estado do heptacampeão continua inspirando cuidados, e falta de notícias e cerco fechado imposto pela família do ex-piloto e sua assessora de imprensa, Sabine Kehm, certamente não melhoram o clima de angústia que os fãs de Michael atravessam. Internado há praticamente dois meses, Schumacher continua em coma e internado no hospital de Grenoble, e aparentemente, as ações para despertá-lo do coma induzido não surtiram os efeitos esperados. Se ele irá acordar e se recuperar, só o tempo dirá, e infelizmente isso não tem data para acontecer.

Equipe Williams: Não é querer jogar água na fervura, mas mesmo com todo o ambiente "renovado" apresentado pelo time de Frank Williams, não é a primeira vez que eles apresentam um "renascimento" nos últimos anos. No fundo, todo mundo quer ver Frank Williams voltar a viver dias melhores com sua equipe, uma das mais tradicionais da F-1, ao lado de Ferrari e McLaren. Último "garagista" da categoria, Frank de certo modo merece mesmo melhores resultados para seu time, mas espera-se que acerte o passo desta vez, ao contrário do que tem acontecido nos últimos anos, com erros estratégicos e técnicos, que levaram a escuderia a vivenciar, em 2011 e 2013, os piores anos de toda a sua história. Se o time de fato engrenar este ano, isso será muito bom mesmo, pois quanto mais gente disputando posições na frente, melhor. Pelo menos, a julgar pelos testes da pré-temporada até agora, o time deu um tiro certeiro ao mudar para os motores Mercedes, mas vamos ver se acertaram também no carro. O duro é se mais uma vez a escuderia ficar na promessa...

Equipe Lotus: time sensação nas duas últimas temporadas da F-1, a Lotus encerrou 2013 com sérios problemas financeiros, tendo um acordo malfeito com um grupo de investidores que não vingou, o que fez a escuderia perder vários profissionais, entre eles sua maior estrela, o finlandês Kimmi Raikkonem, substituído pelo venezuelano Pastor Maldonado, que trouxe seus petrodólares da PDVSA para salvar o time. A situação não melhorou muito neste início de 2014: além de ter faltado à primeira sessão de testes coletivos em Jerez, alegando precisar finalizar melhor seu novo carro, o time também está padecendo com as dificuldades apresentadas pelos motores da Renault, e perdeu também seu chefe de equipe Eric Bouiller, que já arrumou novo emprego na McLaren. Resta saber como será a temporada de 2014 do time, que pelo menos conseguiu mostrar que está vivo e se mantém na competição. Se vai mostrar resultados, é outra história...

Bia Figueiredo: A piloto brasileira iniciou 2014 novamente tentando achar uma vaga para correr na Indy Racing League, mas a exemplo do que aconteceu nos anos anteriores, a disputa por um cockpit anda complicada, e sem um apoio financeiro mais vultoso, Bia talvez tenha que se contentar com participações esporádicas. Para piorar, o fato de não haver mais uma etapa brasileira no calendário, e ainda não haver sido definido como será a transmissão da categoria na TV brasileira este ano pesam contra as pretensões da garota.

Equipe Ferrari: Tal como a Williams, o time de Maranello não parece muito empolgado nesta pré-temporada de preparação para o campeonato de F-1. O novo F 14T tem um bico feio e até agora não assombrou ninguém nos testes, o que não quer dizer exatamente muita coisa. O problema é que no time italiano ninguém está sorrindo muito, o que pode significar que ou o jogo está sendo muito bem escondido, ou o time pode iniciar mais um campeonato tendo de correr atrás do prejuízo. E Luca de Montezemolo volta a repetir que mais um ano sem título será imperdoável e que cabeças irão rolar se isto acontecer. Neste momento, a Ferrari atrai mais atenção por possuir dois campeões mundiais como titulares, e a expectativa de que saia faísca na briga interna logo no primeiro sinal verde. Só resta mesmo aguardar o mundial começar e ver qual impressão é a que ficará...



EM BAIXA:

Etapa brasileira da MotoGP: Após o governo do Distrito Federal admitir que não teria como efetuar as reformas exigidas para deixar o autódromo de Brasília em condições de receber a MotoGP, aconteceu simplesmente o óbvio: a FIM anunciou seu calendário de 2014 confirmando a exclusão da etapa brasileira. Nenhuma surpresa, afinal, nossos governos estão sofrendo para entregar estádios de futebol que já se sabia seriam necessários há praticamente 7 anos atrás, num desvario de incompetência e falação, como alguém achava que iriam reformar o autódromo da capital federal, ainda mais em um momento onde todo mundo só sabe olhar para a Copa do Mundo, com o governo anunciando aos quatro ventos que não haverá copa como essa...?

Equipe Red Bull: o time tetracampeão do mundo nas últimas temporadas da F-1 está vivendo a pré-temporada mais problemática de toda a sua existência, desde que estreou na categoria máxima do automobilismo há praticamente 10 anos atrás, oriundo da antiga equipe Jaguar. Não apenas está enfrentando problemas com os novos motores turbo e o novo Ers, mas também com o novo carro, que não está conseguindo apresentar fiabilidade e velocidade. Se fosse apenas pelos resultados dos testes da pré-temporada até agora, o time das bebidas energéticas seria candidato a disputar as últimas vagas do grid, ao lado de Caterham e Marussia, ou até mesmo nem largar, se não estiver dentro do limite de 7% a mais do tempo do pole. Ainda há tempo para tentar reverter parte das péssimas expectativas, mas tudo indica que este ano a Red Bull será posta à prova como nunca foi desde que virou um time vencedor.

Marc Márquez: o atual campeão da MotoGP, o garoto-sensação Marc Márquez, começou o ano da pior maneira possível: caindo da moto. O espanhol sofreu um acidente quando pilotava uma moto em uma pista de terra na Catalunha, e quebrou a perna direita. Sua recuperação deve levar algumas semanas, mas estimam que possa estar pronto para competir na abertura do mundial de 2014, no Catar, e defender seu título.

Equipe Panther: O time da Indy Racing League entra em 2014 já sofrendo uma derrota significativa: perdeu o patrocínio da Guarda Nacional Americana para o time de Bobby Rahal, que passará a exibir o vistoso patrocinador a partir desta temporada. Com isso, a escuderia agora precisa urgente de um novo patrocinador, e podem apostar que a tarefa vai acabar estourando nas mãos dos pilotos, que vão precisar correr atrás de apoios. Quem já tiver uma boa quantia no bolso pode começar a preencher currículo na sede da escuderia, de preferência, claro, se for bom de acelerador...Mas, pra mostrar que ficou enfezado com a decisão da Guarda Nacional, John Barnes, dono da Panther, já entrou na justiça americana questionando o fim do patrocínio...

Motores Renault: A marca que em 1977 introduziu os motores turbo na F-1 é justamente a que mais dificuldades vem apresentando na reintrodução deste tipo de tecnologia na categoria, e até agora viu suas unidades de potência apresentarem problemas com praticamente todos os times os usam, com maior dificuldade justamente na campeã Red Bull. Embora a fábrica alegue que já conseguiu efetuar grandes progressos do primeiro dia em Jerez até o último dia no Bahrein. na semana passada, já virou consenso geral de que as unidades francesas são as piores disponíveis no momento, estando incapazes de competir com os motores da Ferrari e muito mais atrás dos propulsores da Mercedes. A Renault vai ter de fazer um esforço hercúleo para não passar vexame neste início de temporada, pois parece que ainda vai ter muitas dores de cabeça com seus novos produtos, do motor ao novo Ers, uma vez que ambos não conseguem funcionar em sintonia e nem direito por si próprios...

 



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