quarta-feira, 29 de abril de 2015

COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA - ABRIL DE 2015



            Olá novamente a todos. O mês de abril está se encerrando, e é chegada mais uma vez a hora de termos a COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA, analisando alguns dos acontecimentos e posições do mundo do esporte a motor vivenciados neste mês. Então, uma boa leitura a todos, com o velho esquema de sempre nas avaliações: EM ALTA (caixa na cor verde); NA MESMA (caixa na cor azul); e EM BAIXA (caixa na cor vermelho-claro). E a até a próxima edição da Cotação Automobilística, que estará disponível aqui no final do próximo mês de abril...



EM ALTA:

Lewis Hamilton: O atual bicampeão do mundo está mostrando sua melhor forma em 2015. Apesar de ter ficado em 2° lugar na Malásia, Lewis não se deixou abater, e mesmo com a Ferrari ameaçando ligeiramente nos calcanhares, venceu mais duas corridas, e começa a abrir vantagem de seus perseguidores, especialmente Nico Rosberg, que lhe deu muito trabalho no ano passado, mas que na atual temporada não tem conseguido dar o mesmo combate de 2014. Hamilton está impecável nas classificações, sendo o único pole-position nas 4 provas disputadas até aqui, e mantendo um controle perfeito da situação, fugindo dos adversários antes que tenham chance de entrar em um duelo. E, ao mesmo tempo, procurando conservar seu equipamento para evitar surpresas inesperadas e garantir uma boa vantagem no caso de ser surpreendido. E segundo alguns, o inglês já teria renovado com a Mercedes por mais 3 temporadas, por um valor recorde na categoria, de mais de US$ 35 milhões por ano, embora isso ainda não tenha sido confirmado oficialmente pela escuderia, e nem pelo piloto.

Valentino Rossi: O "Doutor" está começando a temporada como há muito não se via. Em 3 provas disputadas até aqui, foram duas vitórias, sendo que a última, em Termas de Rio Hondo, onde foi disputado o GP da Argentina, foi conquistada após um duelo roda a roda com Marc Márquez, com desaire do atual bicampeão, que exagerou na tentativa de recuperar a posição e caiu na pista. Aos 36 anos, Rossi poderia muito bem partir para uma confortável aposentadoria das pistas, ou se aventurar em outras modalidades automobilísticas menos arriscadas, mas ele adora pilotar, e vendo em 2013 que havia ficado na sobra dos postulantes ao título, tratou de se reinventar para melhorar seu desempenho, e conseguiu. Foi vice-campeão no ano passado, quando Márquez simplesmente arrasou a concorrência, e neste início de ano, com a melhora da Yamaha, vem mostrando que ainda tem muito a oferecer. Não que bater Márquez vá ficar mais fácil, mas o duelo entre ambos pode ser eletrizante, com as duas feras da motovelocidade a deixarem o público de pé na arquibancada. E Valentino promete partir firme para a briga, portanto, Marc que se cuide...

Nelsinho Piquet: O piloto brasileiro vem crescendo no campeonato da F-E, o certame de monopostos elétricos, e conquistou em Long Beach a vitória mais contudente de um piloto até agora na categoria. Nelsinho foi arrojado na largada, assumindo a ponta logo na primeira freada para ir-se embora e não ser ameaçado por praticamente todo o restante da corrida, com uma facilidade que não se viu até agora nas demais corridas da categoria. A vitória, além de catapultá-lo para a vice-liderança da competição, estando apenas 1 ponto atrás do conterrâneo Lucas Di Grassi, ainda foi nostálgica por ter sido naquele circuito que seu pai venceu pela primeira vez na F-1, em 1980. E para colaborar com clima, Nelsinho ainda correu com o capacete nas mesmas cores de seu pai, para delírio dos saudosistas. E Nelsinho pretende continuar sua escalada na competição, e já se torna um dos favoritos ao título, ao lado de Di Grassi. Mas ele sabe que ainda é prematuro comemorar qualquer coisa, com 5 corridas até o encerramento do campeonato.

Cacá Bueno: O pentacampeão da Stock Car começou bem a temporada 2015, e já contabiliza uma vitória, na primeira corrida de Ribeirão Preto, e lidera a competição com 62 pontos. Mas o piloto da equipe Red Bull Racing sabe que não dá para comemorar antes do tempo, especialmente porque os concorrentes estão em seus calcanhares, e qualquer descuido nas etapas seguintes pode mudar completamente o panorama do campeonato. E o campeonato está tendo vários vencedores diferentes nas 5 corridas das 3 etapas disputadas até agora. Mas depois de ficar em 3° lugar nos campeonatos de 2013 e 2014, o filho mais famoso do narrador Galvão Bueno quer novamente mais um título, e vai certamente brigar muito para repetir o feito que já conseguiu nas temporadas de 2006, 2007, 2009, 2011, e 2012. E ele vai tentar mesmo...

Felipe Nasr: O piloto brasileiro, estreante na F-1 este ano como titular da equipe Sauber, já anda despertando a atenção dos demais chefes de equipe da categoria. Nasr tem feito corridas sólidas, sem erros, e mostrando boa visão de corrida e senso de oportunidade para aproveitar as chances que se apresentam durante as provas. E o próprio piloto mostra saber muito bem o terreno onde está pisando, consciente de seu potencial, e dos limites que seu carro lhe impõe. Com isso, está desbancando o jovem Max Verstappen, que foi a sensação do início do ano, por ser o piloto mais jovem a competir na F-1, com apenas 17 anos, e que até andou bem no mais eficiente carro da Toro Rosso. Com isso, já começaram até alguns boatos sugerindo que o jovem brasileiro poderia até ser contratado pela Ferrari, numa eventual substituição de Kimi Raikkonem, o que até o presente momento não deixa de ser pura fantasia especulativa. Agora é continuar firme nessa toada, sem dar passos em falso na pista, para colher futuras recomendações de outras equipes, e torcer para que surjam chances no momento certo, e também nos lugares certos, o que já é bem mais complicado.



NA MESMA:

McLaren/Honda: O time inglês vai fazendo alguns progressos na sua performance no atual campeonato da F-1, mas ainda precisa melhorar muito sua performance para começar a colher os frutos de sua renovada parceria com a Honda. Se é que Fernando Alonso andou melhor no Bahrein, superando carros que antes andavam melhor, e quase pontuando, ao chegar em 11° lugar, é verdade que a fiabilidade do equipamento ainda é um desafio para a engenharia do time, pois se Alonso conseguiu andar até mais do que esperavam, por outro lado, Jenson Button teve uma corrida para esquecer, mal conseguindo andar nos treinos livres, e vendo seu carro enguiçar no treino de classificação. Como se já não bastasse largar em último, a McLaren não conseguiu resolver a contento o problema no carro do inglês, de modo que ele nem largou para a corrida. Mas tudo vai melhorar, eles dizem...só é difícil saber quando isso vai acontecer. Se vier ainda em 2015, já será lucro...

Hélio Castro Neves: O piloto brasileiro está há mais de 15 anos na Penske, uma das melhores escuderias do automobilismo americano, e ainda não conseguiu ser campeão na Indy. Este ano, o brasileiro está começando bem o campeonato, estando na 2ª colocação no momento, poucos pontos atrás de Juan Pablo Montoya, seu companheiro de equipe, mas já perdeu oportunidade de terminar melhor nas duas últimas corridas por problemas aparentemente banais, o que pode fazer falta lá na frente, na hora de disputar o título. A constância de resultados não é uma tática ruim, mas é necessário vencer algumas corridas para firmar sua posição. Assim, ter feito a pole nas últimas duas corridas mostra que Hélio aparentemente está firme na classificação para a corrida, mas resta converter esta boa posição de largada em vitórias, a fim de mostrar força contra os adversários. E, apesar do aparente favoritismo da Penske na competição, o perigo mora ao lado, especialmente com Will Power, que é um adversário duro de ser vencido. Que Helinho consiga enfim sair da fila e conquistar merecidamente o título da IRL, mas precisa dar passos contundentes para isso e superar os percalços que aparecem pela frente...

Equipe Sauber e seus pilotos contratados: Depois do rolo jurídico vivido em Melbourne com o processo movido por Giedo Van Der Garde, ficamos sabendo que que a Sauber, na ânsia de se garantir para 2015, andou fechando contrato com mais alguns pilotos. Foi anunciado que Jules Bianchi teria acertado para ser titular do time suíço nesta temporada, o que até faz sentido, pois o francês era apoiado pela Ferrari na equipe Marussia, e como a Sauber também usa os propulsores italianos, nada mais óbvio que Maranello o colocar lá para que o piloto continuasse se desenvolvendo. Só que Bianchi se acidentou no GP do Japão, e desde então, está em coma em uma cama de hospital, e sabe-se lá se algum dia recuperará a consciência, e portanto, é um problema a menos para a Sauber, no sentido de que Jules tem não meios de reclamar seus direitos. Mas o alemão Adrian Sutil, que foi piloto da escuderia em 2014, alega que seu contrato com o time ainda é válido, e que deve acionar a justiça para, pelo menos, a exemplo de Van Der Garde, levar uma merecida indenização pelo rompimento unilateral de seu contrato. Como Giedo, comenta-se, levou uma boa bolada de indenização, Sutil poderia ter chance de conseguir o mesmo, e para um time que anda com as finanças na corda bamba, outro rolo jurídico envolvendo um ex-piloto seria tudo o que eles não precisariam...

Supremacia Chevrolet na IRL: Definitivamente os times da Honda andam devendo um pouco no campeonato da Indy Racing League este ano. Dos 10 primeiros pilotos colocados na classificação do campeonato, apenas 2 são equipados com o motor japonês. A Honda ainda conseguiu vencer a corrida da Louisiana, que foi marcada por ter ficado mais tempo sob bandeira amarela do que bandeira verde, mas as demais provas foram vencidas pelos times equipados pela Chevrolet, o que parece sugerir que o kit aerodinâmico fornecido pela marca nipônica talvez não esteja tão competitivo quanto o kit fornecido pela Chevrolet, que vem dominando a competição. O melhor time da Honda é a Andretti, cujos pilotos vem em 11°, 12°, e 13° na classificação geral, e até o presente momento, não parecem capazes de esboçar uma reação frente à turma da Chevrolet. Resta esperar que eles consigam evoluir sua performance com o decorrer da competição.

Devolução dos ingressos do GP Indy Brasil cancelado: O rolo envolvendo o cancelamento do GP da Indy que seria realizado em março na capital federal ainda parece estar longe de ser finalmente resolvido. Segundo parece, vários compradores dos ingressos até agora ainda não conseguiram o estorno do valor cobrado em seus cartões de crédito, o que teria motivado várias reclamações contra a empresa Livepass, que estava cuidando do setor de venda dos ingressos pela internet. A empresa alega que está tomando todas as providências necessárias para que todos os clientes lesados tenham seus valores pagos creditados de volta, mas a julgar por algumas reclamações em sites de defesa do consumidor, parece que a situação ainda não se normalizou por completo. E isso é relativo apenas à devolução dos valores pagos nos ingressos da prova que não se realizou: muita gente certamente teve ou ainda pode estar tendo o maior trabalho para reaver o dinheiro gasto nas passagens para Brasília e hospedagem na cidade. Depois se perguntam porque o nosso país não é considerado sério...



EM BAIXA:

Nico Rosberg: O vice-campeão de 2014 prometia se empenhar como nunca para evitar ser suplantado por Lewis Hamilton nesta temporada, mas até o presente momento, não conseguiu andar à frente do parceiro bicampeão do mundo em nenhuma corrida da temporada 2015. Pior ainda foi acusar o golpe, quando na coletiva de imprensa após o GP da China, acusou Hamilton de ter andado "devagar" para prejudicar sua corrida, ao que recebeu uma resposta desmoralizante de Lewis. E, quando parecia que ia reagir, na corrida do Bahrein, acabou de novo não apenas superado por Hamilton mais uma vez, como também ficou atrás de Kimi Raikkonem na prova barenita. Claro, teve o problema dos freios que o prejudicaram, mas o piloto alemão está claramente devendo uma melhor apresentação este ano, enquanto Hamilton vai seguindo firme e forte na ponta. Ou Nico reage, ou vai virar segundão dentro da Mercedes, e num momento em que a Ferrari surge como ameaça, isso não vai ser nada bom para o filho de Keke Rosberg...

Motores Renault na F-1: Vencedora de 6 campeonatos nos últimos 10 anos, a Renault está comendo o pão que o diabo amassou desde a estréia dos novos motores turbo e sistemas de recuperação de energia introduzidos no ano passado na categoria máxima do automobilismo. Se em 2015 eles ainda tiveram uma recuperação de performance no campeonato, a ponto de a Red Bull ter ficado com o vice-campeonato, este ano, quando tudo devia melhorar, o tiro saiu completamente pela culatra: perderam a equipe Lotus para a Mercedes, e agora tem como escuderias apenas a Red Bull e a Toro Rosso, e o clima de descontentamento do time dos energéticos já andou bem inflamado nas últimas semanas, com trocas de acusação mútua entre ambos. No momento, as discussões arrefeceram, mas a situação na competição está complicada. Com a Ferrari recuperando sua performance, as unidades francesas só conseguem andar melhor do que a Honda, e mesmo assim, são os motores que mais quebraram no ano até aqui, e só tivemos 4 provas de um total de 19 a serem disputadas. Daniel Ricciardo que o diga: já teve 3 motores quebrados em 4 provas, e logo poderá começar a sofrer punições pelo uso de uma possível 5ª unidade, pois apenas 4 etão disponíveis por temporada por piloto. O trabalho de recuperação vai ser complicado, e sem garantias a curto prazo...

Marc Márquez: o atual bicampeão da MotoGP já mostrou que é um piloto duro na queda, que sempre vende caro qualquer ultrapassagem. Mas há momentos em que, sem ter condições ideais, é melhor garantir uma boa posição nos pontos do que jogar tudo e acabar perdendo a posta. E foi o que aconteceu na etapa da Argentina, onde o piloto da Honda, após um forte duelo com Valentino Rossi, não aliviou tentando recuperar a posição, acabou tocando na traseira da Yamaha do italiano, e acabou se dando mal, caindo na pista e dizendo adeus às chances de uma boa colocação. Com um pouco menos de afobação, teria se conformado com a perda da vitória, mas garantiria o 2° lugar, e convenhamos, o campeonato está só no começo. Vencer 10 corridas seguidas em 2014 certamente parece ter deixado o jovem prodígio do motociclismo um pouco mal acostumado. É preciso manter um pouco a cabeça fria e não ficar alarmado quando se perde uma posição.

Mudanças para tentar melhorar a F-1: A categoria máxima do automobilismo vive uma crise financeira (de várias de suas equipes), e com a audiência caindo no mundo inteiro. E até Bernie Ecclestone agora vem falar que as coisas precisam mudar, e que os custos precisam diminuir para permitir que os times possam encontrar mais meios de sobreviver na competição. Só que mudar não vai ser tão fácil, e não apenas as regras da categoria complicam a adoção de mudanças, sem que haja unanimidade entre os times, como estes próprios acabam entrando em desavença com os demais na proposição de idéias que possam ajudar na solução, uma vez que procuram garantir seus próprios interesses, antes de pensarem no bem da categoria como um todo. E Bernie ainda admite que tem culpa no cartório, pelo atual acordo de divisão de lucros privilegiar os times grandes em detrimento dos médios e pequenos, uma vez que agora está num beco sem saída criado por ele próprio, já que as escuderias não concordam nem um pouco com uma divisão "menor" de suas cotas de participação. E se os times estão sendo egoístas...bem, muito disso foi inflado pelo próprio Ecclestone, a quem nunca interessou ver união entre os times da categoria, pois isso poderia lhes dar demasiado poder, caso resolvessem se unir. Nada como um dia depois do outro, não...?

Dani Pedrosa: O piloto da Honda, companheiro de Marc Márquez, disputou duas temporadas relativamente apagadas nos últimos anos, ficando à sombra do novo e arrojado parceiro de equipe, que assombrou a todos e já conquistou dois títulos, enquanto Pedrosa ainda busca o seu primeiro. E, se 2015 seria mais uma chance de tentar se redimir, já começou mal: o espanhol precisou se submeter a uma cirurgia para tentar tratar de uma doença chamada síndrome compartimental, que causa aumento de pressão no interior dos órgãos do corpo. A cirurgia foi efetuada no início de abril, e até o presente momento, segundo o próprio piloto, ainda não se sente plenamente recuperado. Com isso, Pedrosa desfalcou o time da Honda na MotoGP nas etapas de Austin e Termas de Rio Hondo, e também não estará com o time em Jerez de La Fronteira, próxima etapa. Com previsão de retorno apenas para a etapa da França, em Le Mans, pode-se dizer que será mais um ano na fila de espera pelo triunfo que busca na categoria rainha do motociclismo.

 



sexta-feira, 24 de abril de 2015

ALTOS E BAIXOS


No GP do Bahrein, a Red Bull destacou-se mais pelo impressionante estouro de motor em plena reta de chegada do que por sua performance, longe dos dias em que a equipe dominou a F-1, de 2010 a 2013.

            Lewis Hamilton venceu mais uma corrida, e periga disparar na liderança do campeonato de Fórmula 1 desta temporada, rumando para o provável tricampeonato, após o triunfo na etapa do Bahrein domingo passado. Mas tudo indica que a Ferrari pode complicar um pouco os planos do inglês e do time da Mercedes, que certamente está se sentindo ameaçado pela escuderia italiana, que mesmo sem conseguir bater os carros alemães na performance bruta, podem dar alguns sustos, pois as corridas ainda guardam algumas variáveis que nem sempre podem ser medidas adequadamente. O time vermelho, aliás, promete uma nova evolução de sua unidade de potência, com pelo menos mais 30 Hps a mais, onde espera certamente começar a não apenas incomodar, mas a superar. Claro que a Mercedes não ficará parada, e certamente tem condições de reagir. Como vai se dar esse embate, só as próximas etapas poderão responder.
            Quem já se deu conta de que não tem muito o que fazer este ano é a Red Bull. O time dos energéticos, que foi a sensação da categoria nos últimos anos, já viu que 2015 será um ano perdido. E finalmente parece estar ficando conformado com a realidade, o que deve dar alguma tranquilidade para, com a cabeça fria, tentar acertar o rumo junto com sua fornecedora de motores, a Renault, para que ambos consigam voltar a ser protagonistas do espetáculo, e não coadjuvantes. Mas, semanas atrás, o ambiente na equipe austríaca e com a fábrica francesa estava bem tenso, com direito a várias trocas de acusações de ambos os lados, pelo fracasso que está sendo a atual temporada.
            Depois de anos vivendo sob a égide do politicamente correto, com declarações "limpas", "educadas", e por que não "insossas", é até bom ver estas discussões, para mostrar que dá para ser um pouco menos chato e mais autêntico. De fato, a situação da Red Bull este ano até aqui tem sido um desastre, e para a Renault também não está sendo muito melhor. Mas a vida é feita de altos e baixos, e por mais esforço e competência que se tenha, sempre haverão os momentos de poucos resultados. E a gritaria da Red Bull nas últimas semanas mostrou que eles ficaram mal acostumados com seus anos de sucesso na categoria, esquecendo suas origens e o que é deixar de andar entre os primeiros.
            A escuderia "estreou" em 2005 na F-1, sucedendo a equipe Jaguar, que havia sido vendida pela Ford à organização de Dietrich Mateschitz, dono do império das bebidas energéticas Red Bull, que há anos já patrocinava equipes na categoria. Com uma organização renovada e sem as guerras de egos que inflaram a administração da Jaguar, logo em seu primeiro ano a Red Bull mostrou o que podia fazer com os recursos que a antiga escuderia possuía. Apenas colocando ordem no time, conseguiu em seu ano de estréia marcar 34 pontos, sendo que a Jaguar, de 2000 a 2004, conseguiu somar apenas 49 pontos em 5 temporadas completas. É verdade que os dois anos seguintes foram menos generosos, mas a escuderia estava se reorganizando, descobrindo os caminhos da competição na categoria. E tudo estava sendo feito com cuidado. A contratação de Adrian Newey para comandar a área técnica mostrava que o time não pensava pequeno. E teve a paciência necessária para ver seus esforços darem frutos, o que aconteceria somente a partir de 2009.
            Nesse ano, as condições combinaram para dar à Red Bull a força que eles desejavam ter: a reestruturação de sua área técnica havia sido concluída em 2008, o que deu a Newey plenas condições de, enfim, projetar os carros do time, aproveitando as novas regras técnicas. Calhou também de passarem a contar com o talento de Sebastian Vettel, que já havia mostrado do que era capaz no ano anterior, conseguindo uma magistral vitória no chuvoso GP da Itália daquele ano, conduzindo o carro da Toro Rosso, um carro médio. O time terminou o ano como vice-campeão, com suas primeiras vitórias na categoria, e o vice-campeonato de Vettel. Só não foram campeões devido ao sucesso da Brawn GP, que deixou todos desnorteados. Dali em diante, a Red Bull conheceu a glória na F-1, com nada menos do que 4 títulos de pilotos e construtores consecutivos.
            No ano passado, quando entrou em uso os novos motores híbridos e novas regras técnicas, eis que o time austríaco precisou levar o seu primeiro choque de realidade: não era mais o carro a ser batido. Mesmo assim, a escuderia terminou o ano com méritos: conseguiu vencer 3 corridas, e foi vice-campeã. Um desempenho que não pode ser considerado ruim, especialmente depois do que havíamos visto na pré-temporada de 2014, com os carros do time sofrendo todo tipo de problema não apenas a nível de monoposto, mas também na nova usina de potência turbo da Renault e os avançados sistemas de recuperação de energia. Se imaginava que, este ano, pelo menos a Renault conseguisse reverter parte da desvantagem demonstrada em sua unidade de potência, o que daria ao time chances de enfrentar melhor a nova força dominante, a Mercedes, cujo carro e motores passaram a dar as cartas na F-1.
            Deu tudo errado: não apenas o modelo RB11 é menos competitivo do que se imaginava, como as evoluções feitas pela Renault em sua unidade motriz revelaram-se desastrosas, com os franceses no momento atual estando à frente apenas da Honda, que retornou este ano à categoria. Totalmente inconformados com a situação, a direção da Red Bull chiou da situação atual, atacando praticamente a tudo e a todos, da Renault ao novo regulamento técnico. E, que se a situação não mudasse, poderia até deixar a F-1. Foi o que bastou para o time, que foi sinônimo de frescor no paddock asséptico da categoria na última década, ser taxado de mau perdedor e mimado, e que tinha adquirido, infelizmente, vários dos vícios dos outros times grandes da F-1.
            Mas a Red Bull não tem direito de chiar? Deve se conformar com a situação? Em primeiro lugar, condenar a postura da escuderia não é dizer que não tem o direito de reclamar da atual situação. Só que a chiadeira deles foi até extravagante, manchando sua reputação de competidor. É fácil gostar da competição quando se está ganhando tudo, ou sendo o favorito. Mas é quando a situação é difícil, e as chances são poucas, que se vislumbra o caráter e determinação de um verdadeiro competidor. Em toda corrida sempre haverá apenas um vencedor de fato. Se os demais times demonstrassem o chilique que acometeu a Red Bull e quisessem sair da F-1 apenas porque não estão tendo chances de ganhar, na prática ninguém mais iria competir. Equipes como Sauber, Lotus, Force India, e até mesmo a Williams e McLaren, pulariam fora. Mas não é assim que a coisa funciona.
            Pareceu fácil a Red Bull jogar toda a culpa do insucesso de 2015 na Renault, esquecendo-se que eles são parceiros desde 2007, e apenas nestas duas últimas temporadas os franceses estão devendo. Não foi à toa que a própria Renault, cansada de ser acusada como a única culpada, tenha passado a revidar as críticas públicas, ao afirmar o que todos já sabem: que o modelo 2015 do time dos energéticos também não é nenhuma maravilha. É um bom carro, mas não o suficiente para estar à altura dos monopostos produzidos pela escuderia desde 2009.
            Felizmente, os ânimos exaltados parecem já ter esfriado, e tanto Red Bull quanto Renault cessaram as críticas exacerbadas que trocaram a torto e a direito. Agora, é tentarem achar juntos as soluções para seus problemas. Não vai ser fácil, mas com a cabeça fria, eles podem trabalhar melhor. A Red Bull montou uma estrutura de time de ponta, e é hora de fazer isso valer a pena. Por seu lado, a Renault terá de trabalhar para recuperar-se do vexame que está passando este ano. Na verdade, é a única saída para ambos. Abandonar o barco poderia ser muito mais prejudicial para as marcas do que permanecer, embora isso não seja garantia de que eles permanecerão na categoria.
            Todos os times grandes da F-1 já tiveram seus momentos de altos e baixos. Ninguém consegue ser o melhor e mais bem-sucedido o tempo todo, mesmo que tenha todas as condições para isso. A Mercedes, por exemplo, colhe agora os esforços feitos desde 2010 para se tornar um time efetivamente vencedor, tendo começado a colher seus primeiros frutos a partir de 2013. Antes disso, na década de 1990, como fornecedora de motores, foi preciso aguardar algumas temporadas até conquistar sua primeira vitória. Eles iniciaram com a equipe Sauber em 1993, mas só venceram pela primeira vez em 1997, com a McLaren. A própria McLaren desfrutou de um período de sucesso arrasador na década de 1980, dominando os campeonatos de 1984, 1985, 1988, e 1989, e vencendo ainda o certame de 1986. Nos aos 1990, ainda venceu a competição em 1990 e 1991; em 1992 e 1993, acabou derrotada pela Williams, perdendo seus principais trunfos, os motores da Honda, e o brasileiro Ayrton Senna. Teve então 3 temporadas como coadjuvante, sem vencer uma prova sequer, em 1994, 1995, e 1996. Recentemente, o time também enfrenta uma escassez de vitórias, não conseguindo vencer corridas nas últimas duas temporadas, e iniciando este ano um novo projeto que deverá demorar a dar os resultados pretendidos. A Ferrari, maior desafiante da Mercedes este ano, teve um ano horroroso em 2014, com um carro e motor extremamente problemáticos, e conseguiu efetuar uma grande recuperação para este ano. Mas também houve um grande período de vacas magras para o time de Maranello, que ficou praticamente duas décadas sem ser campeão, entre 1980 e 1999, conseguindo neste período lutar poucas vezes pelo título, e enfrentando temporadas sem obter nenhuma vitória. Os italianos chiaram um bocado no período, mas seguiram em frente.
            É claro que eles também têm todo o direito de ficarem inconformados: a Red Bull despeja um caminhão de dinheiro na categoria, entre suas duas equipes, e quer resultados de todo esse investimento. Só que chiar agora das novas unidades motrizes não é a solução. Todos concordaram com o novo regulamento técnico de motores, anunciado ainda em 2012, sendo que todos os fabricantes tiveram tempo para desenvolver seus projetos. E a própria foi uma das incentivadoras da adoção da nova tecnologia. O que ela tem a fazer é trabalhar para resolver a situação como puder, do mesmo modo que a Red Bull vai tentar evoluir o seu modelo RB11. É um momento complicado, sim, de fato, mas tem de ser suportado, e superado. Basta ver o campeonato da Ferrari em 2014, e o seu momento atual, bem diferente, e bem mais otimista. É muito mais do que muitos esperavam depois da grande reformulação empreendida no ano passado, quando diversos profissionais e até a direção da escuderia foi trocada, imaginando que levariam algum tempo até deixarem tudo funcionando direitinho.
            O problema é que o próprio regulamento técnico complica e dificulta as possibilidades de uma reação bem sucedida. A Renault tem direito a 10 "fichas" para evoluir o seu motor, e se após esgotar estas "fichas", não conseguir resolver seus problemas, estará de fato bem complicada. E ainda tem o problema do limite de unidades disponíveis por piloto durante o ano, que é de "apenas" 4 unidades, um verdadeiro absurdo imposto pela FIA, que deveria ter mantido o limite que vigorava na última temporada dos propulsores atmosféricos, que era de 8 unidades por piloto por ano, número muito mais razoável do que o limite tanto de 2014 quanto de 2015. Daniel Ricciardo mandou pelos ares sua terceira unidade na reta de chegada de Sakhir domingo passado, e agora só tem direito a mais uma unidade. Se tiver de utilizar a quinta, perderá automaticamente 10 posições no grid, o que irá ser mais um problema para as pretensões da Red Bull de se recuperar na competição. E o problema do limite dos motores ronda também os pilotos da Toro Rosso e o companheiro de Ricciardo, Dannil Kvyat. Para o bem da competição, os times tentam negociar voltar pelo menos ao limite de 5 unidades, mas basta apenas uma discordância para tudo ir por água abaixo, e infelizmente, há vozes discordantes neste assunto, em especial de quem usa os motores da Mercedes. Neste ponto, as limitações impostas pelo regulamento na tentativa de conter custos na F-1 vai se mostrar totalmente contra a melhoria da competição, por impedir que os times possam melhorar seus motores com as regras de homologação e congelamento de desenvolvimento das unidades de potência.
            A Red Bull desfrutou bem de seus anos de altos. Agora, deve manter a dignidade e determinação neste período de baixa, confiante de que poderá superar suas dificuldades na competição. Por mais que suas reclamações sejam pertinentes, infelizmente não será assim que eles irão se recuperar. Vai ser preciso paciência e muito trabalho duro, em conjunto com a Renault. Resta saber se ambos terão a determinação necessária para superarem este momento difícil apesar de todas as agruras.


Depois da etapa de Long Beach, a Indy Racing League acelera novamente neste fim de semana, iniciando hoje os treinos para a etapa do Alabama, no circuito de Barber Motorsports Park, mais um autódromo de pista mista. O traçado tem 3,83 Km de extensão, com várias subidas e descidas, e apesar de alguns trechos de retas, é bastante travado, o que torna as disputas de posição complicadas na pista, e fazendo do treino de classificação amanhã um momento importantíssimo para quem tem planos de vencer a corrida, precisando contar também com uma eficiente estratégia nos momentos de reabastecimento. A corrida é disputada em 90 voltas, e no ano passado a vitória foi de Ryan Hunter-Reay, da equipe Andretti Autosports.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

ARQUIVO PISTA & BOX - MAIO DE 1997 - 02.05.1997



            Hoje volto a trazer mais um antigo texto, desta vez lançado em 02 de maio de 1997, e o assunto era a entrada de mais um membro no clube dos pilotos bicentenários da Fórmula 1, que até aquele tempo, era bem restrita. O piloto em questão era Gerhard Berger, que atingiu na prova de San Marino daquele ano a marca de 200 GPs disputados na categoria. O piloto austríaco faria em 1997 sua última temporada na F-1, e as corridas seguintes seriam extremamente desgastantes para o piloto, que passou por problemas familiares e de saúde. Outro complicador para sua temporada era o fato de Flavio Briatore estar louco para rifar ambos os pilotos da Benetton, insatisfeito com os resultados obtidos por Gerhard e por Jean Alesi, esquecendo-se do fato de os carros da escuderia não serem tão bons quanto nas temporadas de 1994 e 1995, quando o time foi campeão com Michael Schumacher. Ao vencer pela última vez no GP da Alemanha daquele ano, Briatore até tentou contemporizar com Berger, mas as críticas que o dirigente lançara antes não foram esquecidas, e ao fim do ano, Gerhard deu por encerrada sua carreira de piloto de F-1. Acumulou um total de 210 GPs disputados, com 386 pontos conquistados desde sua estréia em 1984, com 48 pódios e 10 vitórias no total. Fiquem agora com o texto, e boa leitura...


BERGER AOS 200

            O resultado do último Grande Prêmio de San Marino não foi exatamente o que Gerhard Berger esperava conseguir da corrida. Largando a meio do grid, o piloto austríaco caiu para a 19ª posição e, após uma rodada na curva Acque Minerale na 4ª volta, praticamente deu adeus à corrida. Uma prova que Berger tinha boas razões para se manter motivado e otimista: afinal, era o seu 200º Grande Prêmio da carreira na F-1 do piloto austríaco.
            Berger acaba de em entrar para o seleto grupo de pilotos bicentenários da Fórmula 1, ou seja, aqueles que já participaram de mais de 200 GPs. Apenas 3 pilotos, antes de Gerhard, ultrapassaram esta marca. Riccardo Patrese é o recordista de participações na F-1 com 256 largadas na categoria. Logo atrás de Patrese, outro piloto italiano, Andrea de Cesaris, com 208 GPs nas costas, e a fama de maior destruidor de carros que a categoria já viu. O terceiro colocado no ranking de corridas disputadas é o nome de maior prestígio da lista: Nélson Piquet, que com 204 GPs corridos, foi tricampeão mundial, obtendo um total de 23 vitórias e 24 pole-positions na F-1. Alain Prost por pouco não entrou neste grupo bicentenário: o tetracampeão francês abandonou as pistas no fim de 1993, após 199 provas de F-1 no currículo.
            Gerhard Berger até o fim do ano deverá ocupar o segundo lugar no ranking de participações de GPs da F-1. Com 601 provas disputadas pela categoria desde 1950, o piloto austríaco praticamente largou em um terço de todas as corridas da categoria realizadas até hoje. E Berger garante ter disposição e garra para continuar por ainda várias outras temporadas, sem falar que pretende igualar o número de participações em GPs de Riccardo Patrese. Para isso, Berger precisa participar de pelo menos mais 3 temporadas completas, fora a deste ano. O que incomoda é o fato de ter provavelmente de procurar outro time para competir em 1998. Flavio Briatore, diretor da Benetton, não esconde um certo descontentamento com os atuais pilotos do time. Berger vinha tendo um bom desempenho nas últimas provas, mas sua situação para 1998 não está garantida.
            Isso é uma pena. Pode-se dizer que hoje, atualmente, Gerhard Berger é o último representante da geração de pilotos dos anos 1980. Gerhard estreou na F-1 em 1984 na modesta equipe ATS. Coincidentemente, o primeiro GP de Berger na F-1 foi justamente em seu país, a Áustria, disputado no circuito de Zeltweg. Berger largou em 20º na sua corrida de estréia, terminando a prova na 12ª colocação. Ainda em 1984, ele marcaria o seu primeiro ponto, com um 6º lugar em Monza, durante o GP da Itália, mas por irregularidades no seu carro da ATS o seu ponto foi cassado. Apenas em 1985, agora competindo pela Arrows/BMW, Gerhard marcou seus primeiros pontos válidos, terminando o mundial daquele ano com apenas 3 conquistados.
            Depois de uma temporada pela Arrows, Berger entrou para a equipe Benetton, recém-criada em 1986 a partir da antiga Toleman. Ainda naquele ano, ele obteria sua 1ª vitória, no Grande Prêmio do México. Em 1987, Berger mudou-se para a Ferrari, já sendo apontado então como legítimo sucessor de Niki Lauda, outro piloto austríaco que brilhou na escuderia de Maranello. E Gerhard fez juz às expectativas, colaborando no ressurgimento da Ferrari, que vinha de um jejum de vitórias desde meados de 1985. Marcou sua primeira pole no GP de Portugal, e venceu as provas do Japão e da Austrália, terminando o ano em alta.
            A temporada de 1988 foi marcada pelo domínio da equipe McLaren/Honda, mas mesmo assim Berger se sobressaiu, marcando 1 pole e vencendo uma corrida, justamente o GP da Itália. Já em 1989, o austríaco sofreu um violento acidente na curva Tamburello, em Ímola. Sua Ferrari se incendiou e ele felizmente foi socorrido a tempo, com ferimentos leves, apenas um pouco mais graves nas mãos. Ele retornou logo, se ausentando apenas de uma corrida, e no GP de Portugal daquele ano voltaria a vencer novamente.
            De 1990 a 1992, Berger correu na McLaren, e enfrentou uma fase de baixo astral na sua carreira, ficando na sombra de seu companheiro de equipe, Ayrton Senna. Em 1993, retornou à Ferrari, de onde mais uma vez tirou a escuderia vermelha de seu mais longo jejum de vitórias, vencendo em Hockenhein, depois de mais de 4 anos sem uma vitória do time de Maranello. Ano passado transferiu-se para a Benetton, seu atual time. Até agora Berger acumula em seus 200 GPs de carreira disputados na F-1 um total de 368 pontos, 9 vitórias, 11 poles e 21 melhores voltas.
            E mais: numa época em que os pilotos da categoria são marcados pela falta de carisma, Berger sem dúvida ainda mantém toda a sua cordialidade e carisma. Isso sem falar que sempre foi um piloto de ponta. Falta-lhe o essencial para brilhar ainda mais na categoria, um pouco de sorte. Não foram poucas as ocasiões em que abandonou corridas em posições entre os primeiros colocados devido a quebras em seu carro.
            Parabéns pelos 200 GPs, Gerhard. E que continue firme para que possamos comemorar, daqui a algum tempo, o seu 250º GP...


No último fim de semana, com a realização das 225 Milhas de Nazareth, conseguiu-se quebrar dois jejuns que já estavam ficando meio incômodos para seus detentores: a equipe Penske, depois de 20 corridas sem vencer (a última vitória havia sido obtida por Al Unser Jr. no GP de Vancouver de 1995) finalmente retornou ao degrau mais alto do pódio, com a vitória quase de ponta a ponta de Paul Tracy. Para o piloto canadense, entretanto, o jejum de vitórias era ainda maior: 29 corridas, desde o seu triunfo nas 200 Milhas de Milwaukee de 1995, quando corria pela equipe Newmann-Hass..


Pela segunda corrida consecutiva da Indy Lights, os americanos amargaram ver um brasileiro no topo do pódio. Em Long Beach foi Hélio Castro Neves; agora em Nazareth foi a vez de Cristiano da Matta. A concorrência que se prepare: ambos os pilotos garantem que só começaram a esquentar seus motores...


A Benetton parece dar indícios de seguir os passos da Williams para 1998 em relação aos seus motores Renault, ou seja, pagar cerca de US$ 16 milhões à Mecachrome para continuar utilizando os Renault, agora no regime de desenvolvimento autônomo. A hipótese de fornecimento dos Honda agora parece ser a opção da TWR-Arrows para 1998.


Falando na equipe de Tom Walkinshaw, a perspectiva é de que as coisas comecem a melhorar a partir de GP da Espanha, quando o time estreará a versão 97 do motor Yamaha V-10. Até agora, a escuderia vem competindo com o motor de 1996, com adaptações, o que tem comprometido sua potência e durabilidade. O novo motor deve sanar estes problemas. Só que os percalços da escuderia não se encontram apenas no motor do carro...

sexta-feira, 17 de abril de 2015

A ENCRUZILHADA DE ROSBERG



Nico Rosberg não conseguiu esconder o incômodo de estar sendo superado por Lewis Hamilton e acabou acusando o rival de "andar lento" na pista estragar sua corrida. Acabou virando motivo de piada...

            Depois do Grande Prêmio da China, a Fórmula 1 chegou a Sakhir, no Oriente Médio, onde neste domingo será disputado o Grande Prêmio do Bahrein, ainda repercutindo as queixas de Nico Rosberg na coletiva pós-GP de Shanghai, quando o piloto alemão acusou seu companheiro da Mercedes, Lewis Hamilton, vencedor da etapa chinesa, de ter andado mais lento de propósito para prejudicá-lo na corrida, permitindo a aproximação de Sebastian Vettel. Foi uma acusação totalmente sem noção, ao que Hamilton respondeu de forma curta e direta, ao dizer que não tinha obrigação de se preocupar com a corrida de ninguém além dele mesmo, e que se ele estava assim tão lento, Nico que o ultrapassasse, afinal.
            Em que pese a Mercedes e o piloto terem afirmado que isso já foi discutido internamente e que é apenas passado, a verdade é que Rosberg continua afirmando que não insinuou nada além de ter relatado fatos, contra os quais ninguém pode questionar. Será? Se Hamilton estava mesmo assim tão lento, então porque Nico não partiu para o ataque e tentou uma ultrapassagem? Até onde sabemos, a disputa na Mercedes na pista é liberada, desde que os pilotos não se toquem e acabem arruinando suas corridas. Aliás, foi aqui mesmo em Sakhir que, no ano passado, ambos deram um show na luta pela vitória da prova barenita de deixar o pessoal de pé na arquibancada, com os dois pilotos sempre próximos na pista, e chegando a trocar posições na disputa pela liderança da e vitória da corrida, que acabou ficando com Lewis Hamilton.
            A reclamação de Rosberg soou tão patética e esfarrapada que é difícil acreditar que ele, um piloto reconhecidamente muito inteligente, tenha dado tal declaração. Por outro lado, depois do renhido campeonato disputado por ambos em 2014, com o domínio da Mercedes deixando apenas entre ele e Hamilton a disputa pelo título, todo mundo já fazia contas esperando para ver em que ponto da temporada deste ano o clima na Mercedes iria novamente pegar fogo, depois dos testes da pré-temporada indicando um domínio potencial do time alemão até maior do que o visto no ano passado. Pelo visto, começou mais cedo do que todo mundo imaginava, e justo com Nico.
            Em 2014, o alemão venceu a primeira corrida com o abandono de Hamilton. Mas o inglês encaixou a seguir 4 vitórias consecutivas, assumindo a liderança da competição após a prova da Espanha. Em Mônaco, uma escapa de pista "suspeita" de Rosberg deflagrou uma reclamação de Hamilton, que com a bandeira amarela no local, teve de reduzir o ritmo, ficando impossibilitado de arrebatar a pole-position, o que conta muito numa corrida nas estreitas ruas do Principado. E deu vitória de Rosberg, com o alemão fazendo valer a pole conquistada. Foi o suficiente para Lewis acusar o parceiro de rodar de propósito para provocar a bandeira amarela. Verdade ou não, Hamilton acusou o golpe, pois nas etapas seguintes, acabou sendo superado pelo piloto alemão, que mantendo a cabeça fria e focada na pista, parecia ter mais autocontrole e precisão do que o campeão de 2008, que já tinha dado inúmeros exemplos em outras ocasiões de que perdia o rebolado com alguma facilidade, se não estivesse com a cabeça no lugar. Até a prova da Espanha, parecia firme a imagem de que com Hamilton na pista, Rosberg teria de se contentar em ficar atrás do inglês, considerado um talento nato, reconhecimento que Rosberg nunca teve desde que estreou na F-1, mesmo sendo considerado um bom piloto.
            Foi preciso que Nico desse um passo em falso para as rédeas do campeonato, que pareciam se dirigir para ele, voltarem a ser comandadas por Hamilton. Foi o famoso toque na Bélgica, onde Hamilton acabou por ter o pneu furado e sua corrida completamente arruinada, e Rosberg tendo de efetuar uma troca de seu bico devido ao toque que dera no parceiro. Poderia ter sido uma manobra acidental, não fosse Nico afirmar que não aliviara o pé para provar um ponto de vista. nem é preciso dizer que o ambiente na Mercedes ferveu naqueles dias. Nico Rosberg até então vinha fazendo um campeonato irretocável, surpreendendo a todos por mostrar-se mais do que à altura de encarar Lewis Hamilton. Já não era considerado "zebra", mas o favorito ao título. A atitude da Bélgica "queimou" a imagem cuidadosamente lapidada pelo filho de Keke Rosberg, que a partir dali, embora continuasse andando sempre próximo de Lewis, e até à sua frente, viu o parceiro encaixar 5 vitórias consecutivas, com Nico vencendo apenas no Brasil, e adiando a decisão do título para Abu Dhabi, onde teve problemas no carro, e ficou fora de combate. Ainda assim, deu um exemplo de profissionalismo indo até o fim da corrida com o carro apresentando performance fraca, para fechar o ano com respeito aos mecânicos e ao time pelo excelente carro que tivera no campeonato, e prometendo se preparar como nunca para o desafio deste ano. Apesar de ter sido derrotado na disputa pelo título, encerrou o ano de cabeça erguida, sem ter o que lamentar, tirando o episódio da Bélgica.
            Análise de dados, inúmeras horas no simulador, e até treino para controlar melhor a respiração, foram alguns dos expedientes que Nico usou para aprimorar seu condicionamento e preparo para a nova temporada. Que a Mercedes deveria continuar sendo a grande força da categoria, todos já esperavam, a dúvida seria o quanto a concorrência conseguiria se aproximar dos carros prateados. Na pré-temporada, e em Melbourne, parecia que as Mercedes deitariam e rolariam com facilidade até maior do que em 2014, e que seria questão de tempo Lewis e Nico dispararem na frente, e apostar em qual corrida conseguiriam faturar mais um título para a esuderia. Mas na Malásia, a Ferrari surpreendeu o time alemão, e na China, embora sem ameaçar de forma efetiva, esteve quase sempre nos calcanhares, mostrando que qualquer vacilo da escuderia campeã do mundo será prontamente aproveitado pela turma da Maranello. Em outras palavras, a concorrência aproximou-se o suficiente para dar alguns sustos, o que certamente obrigará a Mercedes a se empenhar mais para aproveitar o seu potencial, que ainda é superior aos dos demais concorrentes.
            Só que, por incrível que pareça, Nico Rosberg vem tendo até aqui uma performance aquém do que seria de se esperar em 2015. Para alguém que no ano passado andou praticamente no mesmo ritmo de Hamilton e até mais rápido em várias provas, neste ano é o atual bicampeão quem vem dando as cartas, chegando a dominar o parceiro de equipe até mesmo no quesito onde Rosberg mais aproveitava para tentar desestabilizar Lewis no ano passado, os treinos de classificação para a pole-position. Tivemos 3 poles de Hamilton, contra nenhuma de Nico, e até aqui, duas vitórias do inglês, e uma de Sebastian Vettel, da Ferrari. Hamilton lidera o campeonato, com 68 pontos, enquanto Nico é o 3° colocado, com 51 pontos. Sim, TERCEIRO colocado, atrás de Sebastian Vettel, com 55 pontos nas 3 corridas disputadas até aqui. E já acumulando 17 pontos de desvantagem para Hamilton.
            Na primeira prova, na Austrália, Nico ficou praticamente 0s6 atrás de Lewis na disputa da pole. Na Malásia, foi quase 0s5 de desvantagem. Era muita diferença. Mas na China, Nico perdeu a pole por apenas 0s042, diferença que fazia crer que o piloto alemão voltaria a dar o seu melhor e entraria firme na luta pela vitória. Só que em nenhum momento isso se confirmou. Hamilton largou na pole e lá ficou praticamente até a bandeirada. Se os carros da Mercedes andaram um pouco abaixo do seu limite, para preservar os pneus ante o susto dado pela Ferrari na corrida anterior, de fato nada impediria Nico de quebrar o script, partir para o tudo ou nada, e tentar assumir a liderança e vencer. Mas nada disso aconteceu. Na verdade, a prova chinesa foi tão monótona entre os líderes, que boa parte da transmissão da TV acabou focando no pelotão intermediário, onde de fato ocorreram algumas boas disputas, enquanto nada de relevante acontecia na frente. Era consenso entre muitos jornalistas e comentaristas que Nico estava devendo uma melhor performance, mas infelizmente o próprio piloto acabou de queimar totalmente sua credibilidade com a acusação esdrúxula na coletiva de imprensa. Bastou isso para muitos classificarem o filho de Keke como segundo piloto assumido na Mercedes.
            De fato, para alguém que prometeu uma revanche depois da derrota de 2014, e afirmando ter feito uma preparação como nunca antes para a disputa do campeonato, Rosberg está sendo mesmo uma decepção. É verdade que o piloto anda em um momento familiar complicado, com sua esposa enfrentando uma gravidez complicada, que inclusive já motivou até internação hospitalar. Isso bastaria para deixar qualquer um desconcentrado e até perdido na preocupação com o bem-estar de sua mulher, mas foi justamente em saber se manter mais concentrado e focado que Rosberg mostrou-se um adversário à altura para Hamilton em 2014. Se ele já partiu para o ataque, tentando minar o companheiro psicologicamente, o tiro saiu completamente pela culatra. E pior é o mal-estar que já causa dentro da Mercedes, em um momento onde o time, ainda favorito declarado, está mantendo os pés um pouco mais no chão para não ser surpreendido como ocorreu em Sepang. E num momento desses, é necessário serenidade e união de todos na escuderia, e não pega bem um dos pilotos ficar acusando o parceiro, especialmente com o argumento pífio que ele apresentou.
            Rosberg agora está em uma encruzilhada: ou deixa as acusações de lado, se concentra na pista e pilota o que sabe, ou vai perder muito mais do que a luta pelo título. O alemão tem contrato renovado com o time, mas atitudes como a de Shanghai podem fazer Toto Wolf e Niki Lauda repensarem se é conveniente continuar com o piloto. E deslizes de Rosberg na pista podem trazer prejuízos ao piloto e à equipe, com a Ferrari pronta para colher quaisquer frutos de desavença e/ou percalços enfrentados pelo time campeão de 2014. Mas Rosberg tem plenas chances de se recuperar, ainda estamos no início do campeonato, e hoje começam os treinos da 4ª etapa da competição, com 15 corridas ainda pela frente depois que encerrarmos a prova barenita. E no ano passado, Hamilton chegou a ficar praticamente 30 pontos atrás na classificação em relação a Rosberg, e conseguiu se recuperar, não desistindo nunca de lutar.
            É o que Nico precisa fazer. Voltar a ficar focado na pista, dar o seu melhor, e manter a cabeça fria. Ainda tem muito chão pela frente, e no ano passado, se o alemão virou o jogo em um momento onde parecia remetido para a sombra de Lewis no time, nada impede que ele consiga repetir o feito nesta temporada. E com a concorrência dando alguns sustos, como em Sepang, o alemão precisará mais do que nunca mostrar força, para dissuadir os adversários de que ele pode ser vencido facilmente.
            Um ponto, porém, pode atrapalhar Rosberg nesse objetivo: ele parece ter sido um dos pilotos que mais sentiram a falta de comunicação com os boxes no quesito de receber informação técnica dos carros para efetuar ajustes nas configurações a fim de maximizar o desempenho, uma vez que a FIA proibiu as conversas que passavam informações de ajuda na pilotagem, sob o argumento de deixar o controle com o piloto, e não com o time, já que os engenheiros do box ditavam todos os comandos de ajustes para os pilotos. E neste ano o piloto já andou solicitando informações que o engenheiro simplesmente não podia fornecer, para não infringir o regulamento de proibição do uso do rádio para este tipo de informação, o que denota que ele parece ainda estar se ressentindo da falta deste tipo de conhecimento. É um ponto onde ele precisa melhorar, sob o risco de se tornar um ponto fraco que possa ser explorado amplamente pelos concorrentes, especialmente por Hamilton, que não parece ter sentido este tipo de problema. E há ainda o fato de que o inglês, pelo seu estilo de pilotagem, conseguir ser mais econômico no consumo de combustível do que Nico. A diferença a favor de Lewis não é muita, mas é mais um ponto de desvantagem que Rosberg precisará trabalhar para conseguir bater o companheiro de equipe.
            O próprio Rosberg prometeu que a partir de agora dará sua resposta na pista. Pois então, aguardemos para conferir, começando pelos treinos oficiais de hoje nas areias barenitas...


A Honda prometeu liberar mais potência de seu motor para utilização pela McLaren, após ver o progresso feito na corrida da China, domingo passado, quando tanto Jenson Button quanto Fernando Alonso conseguiram terminar a corrida. De fato, o time de Woking conseguiu finalizar a prova de Shanghai com pouco mais de uma volta de desvantagem para o vencedor, mesmo levando em consideração a intervenção do Safety Car nas voltas finais pelo carro parado de Max Verstappen na reta dos boxes. Na Austrália, Button cruzou a linha de chegada com mais de 2 voltas de desvantagem para o vencedor. Aos poucos, a Honda parece estar encontrando os defeitos na sua unidade de potência, e encontrando o caminho para minimizar o déficit de potência e confiabilidade para os concorrentes. O ritmo de corrida do MP4/30 começa a parecer um pouco mais promissor, com a dupla de pilotos do time a disputarem posições com carros melhor colocados no momento. Mas ainda tem muito chão pela frente, e o primeiro passo é conseguir pelo menos chegar à zona de pontuação, o que parece ainda esta muito longe de ser atingido pelo time. Mas convém lembrar que além da corrida do Bahrein beste fim de semana, onde os carros já deverão ter um pouco mais de potência disponível, o grosso do desenvolvimento deverá vir mesmo a partir da etapa seguinte, em Barcelona, quando os todas as escuderias, já de volta à Europa, preparam grandes pacotes de modificações para seus monopostos, e vale dizer que a McLaren já prometendo avanços reais mesmo apenas a partir da etapa espanhola. Por enquanto, a performance da escuderia inglesa até aqui tem sido simplesmente medíocre.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

HAVOC SERIES - ABRIL DE 2015 - ESTRIPULIAS NOS BOXES



            O mundo das competições automobilísticas é cheio de riscos. Mesmo hoje, com toda a segurança desenvolvida para tentar minimizar ao máximo os riscos que os pilotos correm, com carros cada vez mais fortes e com sistemas de segurança que antes não existiam, e circuitos com amplas áreas de escape, sempre ainda pode acontecer algo inesperado, pois não dá para se eliminar completamente o perigo da competição em alta velocidade.
            Mas não é apenas na pista que podem ocorrer acidentes. O pit line, a área dos boxes, é um lugar potencialmente perigoso para acidentes. Afinal, por ali transitam os carros da competição, e na frente de todos os boxes há inúmeras pessoas, todas prontas para efetuarem as trocas de pneus, reabastecimentos, e outras tarefas necessárias. Se algo sair errado por ali, o resultado pode ser trágico. Na F-1, após o trágico fim de semana de Ímola, em 1994, foram instituídas regras de segurança bem mais rigorosas para a área dos boxes, como por exemplo o limite de velocidade, que todos os pilotos devem obedecer, entre outros preceitos. Não apenas a F-1, mas diversas outras categorias também adotam várias regras para tentar tornar a área dos boxes mais segura. Mesmo assim, com todos os cuidados tomados, ainda há sempre o risco de algo inesperado surgir. Confiram agora alguns dos acidentes que tiveram os boxes como palco, ao longo dos anos nos campeonatos do mundo da velocidade:

            Talvez o acidente que muitos guardem na memória, seja por terem assistido na época, seja por verem em reportagens sobre segurança na F-1, é o pavoroso acidente sofrido por Jos Verstappen na temporada 1994 da categoria. Pilotando para a Benetton, o holandês parou nos boxes para efetuar o reabastecimento de seu carro, procedimento que havia sido reinstituído na categoria naquela temporada, com o intuito de aumentar a disputa e emoção das corridas. Mas durante a operação, durante um pequeno lapso, a válvula de combustível acabou deixando cair combustível sobre o carro. Como o reabastecimento era pressurizado de forma padrão pelo equipamento, foram vários litros de gasolina altamente inflamável durante o pequeno lapso. Foi o suficiente para transformar o bólido numa bola de fogo, assim que o combustível tocou nas partes quentes dos discos de freio e radiadores, gerando uma imagem assustadora. O incêndio foi prontamente debelado com extintores, e Verstappen felizmente saiu com poucas queimaduras, graças à roupa antichama que todos os pilotos usam, e que fornece proteção durante alguns segundos, tempo necessário para que o fogo seja extinto o quanto antes. Felizmente nada muito pior aconteceu, mas o que se descobriu depois acendeu outra "fogueira", quando a investigação da FIA apontou que um filtro no equipamento de reabastecimento havia sido retirado pela equipe Benetton sem consulta à entidade. O objetivo seria ter mais rapidez nos pit stops. Vale lembrar que o time era comandado por Flavio Briatore, e pelo menos naquele dia, por pouco a manobra não resultou em tragédia. Confiram o vídeo, postado no You Tube pelo usuário johnrivo:



            O vídeo seguinte, também postado no You Tube, pelo usuário F1 Beasts, traz uma compilação de vários momentos perigosos ocorridos durante os pit stops de várias categorias, como a F-1, Nascar, IRL, Fórmula Indy, etc. Não identifiquei todos os acidentes, mas aviso que algumas imagens são fortes, e com vários pilotos literalmente "atropelando" nos boxes, além de alguns carros arrancando com as mangueiras de combustível, ou saindo sem que o carro esteja com todos os pneus devidamente ajustados. Confiram abaixo:



            O próximo vídeo também é uma compilação de acontecimentos ocorridos em várias categorias, postada no You Tube pelo usuário Funny Videos HD, e traz várias outras cenas, em meio a algumas já vistas no vídeo anterior. Fazendo juz ao nome do usuário, há realmente algumas situações engraçadas nesta compilação, que chegam a ser realmente ridículas, mas também tem algumas bem feias, com o pessoal literalmente voando após a pancada sofrida por um carro de competição. Podem rir das cenas engraçadas, mas nas pancadas feias, decididamente a situação não foi nem um pouco divertida para quem estava no pit line, e em alguns casos, até mesmo atrás do muro de segurança. Confiram:



            Este próximo vídeo é uma compilação específica de casos em que as parada de box literalmente pegaram fogo, com consequências que poderiam ter sido devastadoras para todo mundo ali no pit line, o que não quer dizer que ninguém tenha se ferido gravemente com as situações mostradas na compilação, que abrange acidentes ocorridos em várias categorias. Lembrando que, no caso da F-Indy e da IRL até pouco tempo atrás, os carros eram abastecidos com metanol, um tipo de álcool diferente do que é usado no Brasil, que é o etanol. Muito mais tóxico que o etanol, o metanol tinha a vantagem de ser facilmente diluído com água, o que ajudava a apagar incêndios com este tipo de combustível mais rapidamente. Mas tinha uma desvantagem: suas chamas eram praticamente invisíveis, de modo que algumas cenas não dão uma demonstração clara de como a situação foi grave, e também complicava saber se o fogo tinha sido totalmente debelado. Felizmente a IRL hoje adota o etanol, que tem uma chama visível, e dá para ver com mais clareza onde o fogo está. A correria nos boxes é por vezes tão alta quanto na pista, e não é de admirar que, mesmo com toda a segurança que se aplica neste setor, acaba se tendo acidentes como estes. Vejam como a situação esquentou em vários momentos, e não foi no sentido figurado... O vídeo é do usuário TheRandomCompilation, postado no You Tube:



            Finalizando esta postagem, um vídeo um pouco mais "leve" postado pelo usuário NascarAllDay1, mostrando situações perigosas vividas pela Nascar nos boxes de suas corridas, além de algumas situações curiosas, como mecânico usando marreta para endireitar o carro, e pilotos que vez por outra resolvem tirar satisfações na porrada com outros competidores, levando a turma do "deixa disso" atarefada para segurar os ânimos exaltados no pit line, com direito a socos e pontapés também. Confiram a compilação no You Tube:



            E por hoje é só. Mas em breve trago mais alguns vídeos interessantes do mundo da velocidade. Até a próxima sessão Havoc Series...