quarta-feira, 27 de março de 2024

COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA - MARÇO DE 2024


          E estamos praticamente na última semana de março. Indycar, MotoGP e F-1, além das respectivas categorias de acesso deram início a seus campeonatos deste ano, e já vimos um pouco do que elas podem nos oferecer. Portanto, é hora de voltarmos com a Cotação Automobilística, analisando algumas das provas realizadas até aqui e alguns acontecimentos do mundo do esporte a motor deste início de ano, no velho esquema de sempre: EM ALTA (cor verde); NA MESMA (cor azul); e EM BAIXA (cor vermelha). Uma boa leitura a todos...

 

 

EM ALTA:

 

Competitividade da F-E: O certame de carros monopostos elétricos iniciou sua 10ª temporada mostrando que a competitividade do campeonato segue sendo um dos destaques da competição, apesar do favoritismo de alguns times. Uma prova é que a temporada atual teve 4 provas, e 4 vencedores diferentes, e 4 times diferentes vencendo também. Pascal Wehrlein iniciou o ano vencendo pela Porsche; depois Jake Dennis, o atual campeão, venceu a primeira prova de Diriyah com a Andretti. Nyck Cassidy levou a Jaguar a vencer a segunda prova de Diriyah. E aqui em São Paulo, Sam Bird conquistou a primeira vitória da McLaren na categoria, numa disputa de posição que só se definiu nas últimas curvas da última volta. Se é verdade que Porsche e Jaguar possuem os melhores trens de força da competição no momento, não se pode menosprezar a força dos rivais, mesmo estando fora do favoritismo. Ninguém imaginava que a Nissan colocaria dois pilotos no pódio na etapa brasileira, com Oliver Rowland tomando a 3ª posição na reta de chegada, e ainda vendo seu time cliente, a McLaren, vencer a corrida. A DS Penske também tem mostrado força, ainda que não tenha conseguido vencer. E enquanto isso, Porsche e Jaguar estão se digladiando pelos melhores resultados, com altos e baixos de cada lado. Vai ser uma temporada de boas brigas, ainda que as primeiras corridas não tenham sido das mais empolgantes. Mas as pistas mais novas, que permitem aos carros Gen3 mostrarem mais o seu potencial, tem tudo para fazer a competição pegar fogo ainda mais, e proporcionar muitas emoções aos fãs da velocidade.

 

Equipe Penske na Indycar: O time de Roger Penske teve uma campanha irregular no ano passado, e com isso, ficou sem disputar efetivamente o título, conquistado pela rival Ganassi de forma contundente com Álex Palou, e vendo ainda Scott Dixon ficar com o vice-campeonato. Mas a equipe mais poderosa dos Estados Unidos mostrou que em 2024 a situação deverá ser bem diferente. Josef Newgarden venceu com autoridade a corrida de São Petesburgo, largando na pole e liderando quase toda a prova, controlando os adversários. E o time ainda colocou Scott McLahghlin fechando o pódio, em 3º lugar, com Will Power logo atrás, na 4ª colocação, sendo que ambos largaram mais para trás, e vieram para a frente sem maiores dificuldades. Ainda é cedo para afirmar que este será o panorama da temporada, mas é inegável que o time de Roger Penske mostrou grande força na primeira corrida do ano, e foi competente nas estratégias dos pilotos, que também foram à luta na pista. Depois de bater na trave em temporadas recentes, Newgarden mais do que nunca quer o tricampeonato, e larga na frente na temporada 2024, disposto a não perder a chance que se apresenta. Cabe à concorrência, em especial à Ganassi, mostrar que não vai ser assim. E a briga tem tudo para ser boa na pista

 

Domínio da Red Bull e de Max Verstappen na F-1: A combinação do carro da Red Bull com o talento do holandês Max Verstappen tem sido quase impossível de ser batido nas últimas temporadas, e o panorama parece encaminhar para para ser repetido em 2024, a menos que fatores improváveis, como a quebra do carro do tricampeão em Melbourne, aconteçam com mais frequência, o que é um pouco difícil de acontecer, diante da tremenda resistência dos bólidos da F-1 atual, devido às regras de longevidade de vários componentes dos carros. E fica a dúvida patente se Carlos Sainz Jr. teria conseguido o triunfo no Albert Park se Max não tivesse abandonado a prova com os problemas de freios inesperados. Por mais entusiasmado que o pessoal tenha ficado com o novo triunfo da Ferrari, é preciso esperar a próxima corrida para ver se o sucesso será algo mais firme, ou se a prova australiana foi fogo de palha, a exemplo do que vimos em Singapura ano passado. Mas a pole-position de Verstappen no treino dá a mostra de que a sintonia da dupla Red Bull/Max Verstappen será muito difícil de ser vencida em condições normais nesta temporada. Esse é o panorama de expectativa que temos no momento. Se toda a temporada será assim, ainda não sabemos. Convém conter o entusiasmo, e ver o que acontecerá em Suzuka, para conferir se teremos melhores perspectivas, ou o retorno à “normalidade” dos últimos tempos...

 

Pedro Acosta chegando na MotoGP: o piloto Pedro Acosta, nova aposta da KTM como potencial futuro campeão, já veio com tudo em sua estréia na classe rainha do motociclismo. Mesmo defendendo o time satélite da Tech3, o novato brigou pelas primeiras colocações em Losail na corrida, e em Portimão, já conquistou seu primeiro pódio na competição, após o enrosco entre Francesco Bagnaia e Marc Márquez lhe abrir o caminho para a 3ª colocação, mas mesmo assim, é mérito do novato espanhol, que estava onde precisava para faturar com os problemas dos outros. Por mais questionável que tenha sido o modo como a KTM “rebaixou” Pol Spargaró no time da Tech3 para dar lugar a Acosta, ao menos a aposta vem se pagando nestas duas corridas iniciais, com Pedro ocupando a 5ª posição no campeonato, com 28 pontos, sendo a segunda melhor KTM na classificação, atrás apenas de Brad Binder, em 2º, com 39, mas muito à frente de Jack Miller, apenas o 9º colocado, com 16 pontos. Miller, aliás, que fique esperto, pois neste ritmo, tem tudo para ser substituído no time de fábrica da KTM no próximo ano, em detrimento do novo novato-sensação que promete ser uma das atrações da temporada deste ano da MotoGP.

 

Carlos Sainz Jr.: O piloto espanhol foi o sacrificado pela Ferrari para a vinda de Lewis Hamilton para o time rosso no próximo ano, e sem ter por onde corer em 2025, Carlos vem mostrando sua capacidade, a fim de se cacifar perante as outras escuderias. No Bahrein, aproveitou-se dos problemas de Charles LeClerc para fechar o pódio e ser o melhor do “resto” após a dobradinha da Red Bull. O espanhol ficou de fora na Arábia Saudita devido a uma cirurgia de apendicite, e voltou para o cockpit na Austrália ainda precisando saber se estava pronto para competir a fundo novamente. E deu um verdadeiro show, lutando pela pole-position com Max Verstappen, e pressionando o holandês antes deste abandonar a prova. Depois, soube controlar os ataques de LeClerc, e rumou firme para sua terceira vitória na F-1, e a primeira na atual temporada, e sem estar totalmente 100%, como ele mesmo declarou. Diante da performance, os boatos colocam Carlos como potencial candidato na Mercedes, e até mesmo na Red Bull, ainda que seu nome seja cotado para liderar o projeto da Audi na categoria máxima do automobilismo a partir de 2026, que certamente estará bem servida com as qualidades que Sainz Jr. tem demonstrado. E claro, perguntam-se se a Ferrari não escolheu dispensar o piloto errado para o próximo ano, ou se deveriam ter mantido a atual dupla intacta.

 

 

 

NA MESMA:

 

Reação dos times da F-1 ao domínio da Red Bull: A categoria máxima do automobilismo viu um duelo titânico pelo título da competição em 2021, ainda que tenha sido decidido por uma manobra polêmica na última corrida do ano, e imaginava que a introdução do novo regulamento técnico a partir de 2022 fosse melhorar ainda mais a competitividade da categoria. Mas, pode-se dizer que o tiro saiu pela culatra. Se é verdade que alguns times se colocaram em um duelo renhido uns contra os outros, proporcionando até algumas boas disputas e duelos, no que tange á disputa pelo título, a Red Bull passou a nadar de braçada, com o prejuízo de ter uma dupla desnivelada, o que tornou Max Verstappen praticamente candidato único ao título na prática. Já vamos para o terceiro ano sob os novos regulamentos, e os demais times não conseguem se aproximar do nível alcançado pela equipe rubrotaurina. A Mercedes se atrapalhou em um projeto que parecia ótimo na teoria, mas se revelou desastroso na prática, e com isso perdeu os dois últimos anos, voltando a um caminho mais convencional que ainda levará tempo para ser desenvolvido a contento. A Ferrari começou como favorita em 2022, e desandou completamente, tendo de iniciar uma reorganização que só agora está começando a dar resultados, mas que ainda mantém o time italiano incapaz de desafiar abertamente a Red Bull com a força necessária. McLaren e Aston Martin tiveram altos e baixos, mostrando performances excelentes em várias provas no ano passado, mas sem a regularidade necessária para derrubar o favoritismo de Verstappen. E este ano, tudo parece se manter. A Ferrari evoluiu, mas aparentemente ainda não chegou perto o suficiente para questionar com autoridade a supremacia do time austríaco. O que vimos em Melbourne pode ter sido um ponto fora da curva, que é preciso conferir se vai se repetir, ou não. A Mercedes ainda procura um rumo, e McLaren e Aston Martin evoluíram menos do que o necessário, em comparação com o que fizeram em 2023. E o resto dos times nem chega perto, como a Alpine demonstra. Como muita gente não presta atenção nas brigas intermediárias, parece mesmo que os demais times não saem do lugar, mas infelizmente, o que todos querem ver, que é briga pelas vitórias e título, não está acontecendo, e parece que será outro ano sem que eles consigam apresentar algo, ou se quando conseguirem isso, o ano já estará mais do que encaminhado, como acontecia nos tempos de domínio da Mercedes.

 

Equipe Mercedes ainda tentando se encontrar: A expectativa em relação ao time alemão para 2024 era até alta, mas contida para não exagerar nas cobranças. Com um carro mais convencional, o time pretendia corrigir o rumo equivocado adotado nos dois últimos anos, e pelo menos voltar a lutar por vitórias, e quem sabe, já pelo título. Mas o novo modelo W15 parece necessitar de muito mais desenvolvimento para que possa mostrar capacidade de proporcionar isso a seus pilotos, pois até agora, tem se portado melhor em treinos do que nas corridas. Não há queixas sobre o carro no mesmo nível dos projetos de 2022 e 2023, mas há pontos a serem melhorados, admitindo que a base do novo carro tem potencial. O problema é conseguir alcançar devidamente esse potencial, e a escuderia ainda teve uma novidade desagradável ao descobrir que os dados apresentados nos simuladores não estão batendo com os dados reais de testes, o que demonstra que o time não estava tendo números confiáveis com os quais pudesse trabalhar, o que é um erro crasso para um time de ponta. Desse modo, parece que a escuderia não está sabendo ler os dados do carro como gostaria, e por isso, está sendo mais difícil achar o rumo da evolução do carro. O time já precisava correr mais do que os outros para tentar recuperar os dois anos perdidos dos projetos dos modelos W13 e W14, e o prognóstico inicial do W15 era muito animador, ainda que todos soubessem que ainda teriam muito chão pela frente para voltarem ao lugar aonde estavam até 2021. Pelo visto, depois dos resultados da prova australiana, os desafios serão muito mais complicados do que se esperava, e há muito trabalho pela frente para se achar o caminho certo. Eles irão conseguir? Fica a dúvida...

 

Palhaçadas dos comissários da FIA: Pesquisa realizada entre fãs no Autoracing mostrou que mais da maioria desaprovou a decisão de punir Fernando Alonso pelo acidente ocorrido na Austrália com George Russell, quando o inglês bateu sua Mercedes em perseguição ao piloto espanhol na última volta da prova. A telemetria mostrou que o piloto da Aston Martin fez um pouco mais devagar a primeira curva, desacelerando antes do normal, para depois acelerar forte novamente, no que os comissários entenderam ter sido uma manobra premeditada para desestabilizar Russell, de forma extremamente perigosa. O inglês apenas se assustou e perdeu o controle do carro na entrada da curva, acertando os muros e danificando o carro, que ficou parado no meio da pista, mas em nenhum momento Alonso teria feito um “brake-test” como o acusaram de fazer, tanto que Russell estava mais de meio segundo atrás, e induzir um piloto ao erro não é crime no automobilismo. Mesmo assim, Alonso tomou 20s de punição, e ficou possesso com a decisão. Agora os comissários vão querer determinar como um piloto deve frear seu carro? Induzir o rival a erro sempre foi algo permitido, ou será que isso agora significa algo perigoso? Parece que a FIA infelizmente não consegue se manter longe de polêmicas, e os comissários vem tomando cada vez mais decisões ridículas no afã de garantir a integridade do esporte, que com atitudes assim, vai é perdendo a perdendo a credibilidade e a atratividade que ainda possui...

 

Dinastia Ducati na MotoGP 2024: OK, KTM e Aprilia até tentaram dar o ar da graça nas duas corridas disputadas até agora na temporada deste ano, mas a Ducati ainda é a força dominante na competição. Francesco Bagnaia dominou a prova de Losail, e Jorge Martin mostrou as cartas em Portimão. Mas não foram vitórias fáceis, e a concorrência pode vir para cima e aprontar algumas surpresas. Mas a Ducati tem suas armas, começando por “Pecco” Bagnaia, o atual bicampeão, que é um dos favoritos para repetir o título, e claro, temos Jorge Martin mais sedento do que nunca para conquistar o título, já assumindo a liderança depois do resultado em Portugal. E temos Marc Márquez que aos poucos vai descobrindo os seus novos limites com a moto 2023 da Ducati, que foi a moto campeã do ano passado, e já mostrou neste início de temporada mais do que pode exibir durante quase toda a temporada do ano passado. E a equipe oficial ainda tem um Enea Bastianini de volta à velha forma, e determinado a mostrar o seu valor para continuar no time de fábrica. E não nos esqueçamos da VR46, que embora ainda não tenha vindo para a briga, tem plenas condições de engrossar a lista do poderia das Desmosédicis na pista. E com Yamaha e Honda ainda fora de combate, até se acertarem melhor.

 

Equipe Williams: o time fundado por Frank Williams já foi o mais eficiente e competitivo da F-1 em seus bons tempos, mas ultimamente luta para sair do fundão do grid, o que até consegue em alguns momentos, mas para a temporada deste ano, será mais um campeonato difícil. Na Austrália, então, situação pra lá de  vexaminosa quando a escuderia, sem ter chassi reserva, optou por dar o carro de Logan Sargeant para Alexander Albon disputar a corrida, depois do anglo-tailandês bater forte e arruinar seu chassi. Albon até fez o que pode, mas mesmo com os abandonos do pessoal da frente, ele não conseguiu terminar na zona de pontuação, mostrando como o carro não é dos mais eficientes. Sacrificar a participação de Sargeant na prova para priorizar Albon não foi uma decisão injustificada, mas o time deveria ter um chassi reserva, como todos os demais tem, para casos como este no fim de semana de GP. Como os danos no carro foram extensos (chassi, motor, câmbio), é possível que a escuderia ainda corra apenas com um piloto na próxima corrida, no Japão, se não conseguir consertar o chassi danificado, ou providenciar um novo. Realmente, a Williams de hoje não é nem sombra o que já foi um dia, para tristeza de seus fãs, e da própria história da F-1, vivenciando uma situação vivida por outros times que um dia já foram poderosos, como Lotus, Brabham, Tyrrel, Ligier, etc.

 

 

 

EM BAIXA:

 

Brasileiros na F-E 2024: Com quatro corridas disputadas, o quadro de nossos representantes na F-E na atual temporada é desanimador. Sergio Sette Camara conseguiu arrancar 2 heróicos pontos na etapa da Arábia Saudita, mas a ERT virou uma verdadeira draga, que promete afundar sua dupla de pilotos, se não pela falta de competitividade, pela incompetência, já que a escuderia simplesmente deu um feedback errado ao brasileiro na etapa de São Paulo, que não só o fez despencar na volta final, sem energia, a qual diziam que não era problema, como ainda por cima acabaram fazendo com que Sergio acabasse desclassificado, vejam só, por usar energia “demais”, como se Camara já não tivesse sido castigado pelo erro do time e perdido várias posições. A paciência de Sergio com o time tende a se esgotar rapidamente, caso novos erros assim aconteçam, e já seria o momento de sair à caça de um lugar mais competitivo para 2025. Já Lucas Di Grassi, sem pontos até o presente momento, continua preso à pouca competitividade do trem de força da Mahindra, que até ensaiou uma recuperação em São Paulo, mas que na corrida mostrou que ainda sofre um forte retrocesso, com Lucas ficando incapaz de alcançar a zona de pontos. Mas Di Grassi já sabia que o ano seria complicado, diante da ABT estar presa por mais um ano ao trem de força da marca indiana. Sua meta era contar com um carro mais competitivo só em 2025, quando sua nova escuderia poderá mudar de fornecedor do trem de força, o que não ocorreria se ficasse ainda na Mahindra. Com praticamente um quarto da temporada realizada, de fato o panorama dos dois brasileiros em relação a bons resultados em 2024 parece cada vez mais escasso.

 

Equipe Alpine: O time francês confirmou as impressões da pré-temporada, e mostra que 2024 pode ser um verdadeiro calvário. O novo modelo A524 não se mostrou competitivo, e tanto Esteban Ocón quanto Pierre Gasly já deram mostras de grande insatisfação com o desempenho do carro, para não falar da organização da escuderia, que já perdeu mais alguns integrantes de seu alto escalão, os quais precisaram ser substituídos, o que mostra que internamente o time parece estar perdido, o que já vem desde o ano passado, quando a cúpula da equipe acabou despedida. Na comparação de tempos, o time da Renault conseguiu a proeza de ser o único que demonstrou estar mais lento este ano, enquanto os demais evoluíram suas performances de 2023 para cá com seus novos carros. Há promessas de se dar uma reviravolta, sendo citado o modo como a McLaren iniciou 2023, para dar a volta por cima a meio do ano, e o time encerrar o ano passado como um dos mais fortes do grid, mas será que eles conseguem repetir a façanha da escuderia de Woking? Especialmente com as mudanças de pessoal no time? A persistir esse aparente descalabro, os próximos a pularem fora devem ser seus pilotos, que certamente vão se lançar na busca por melhores lugares em 2025, e tentar escapar de naufragarem junto com o time francês, que já vê até boatos de que poderia ser vendido para Michael Andretti, e transformado no novo time de F-1 que a Liberty Media recusou conceder entrada recentemente, numa das mais estapafúrdicas decisões recentes da categoria máxima do automobilismo. Será que a Alpine se reergue, ou naufraga de vez?

 

Ganância da F-1 ao barrar a Andretti: Não é de hoje que a categoria máxima do automobilismo está estancada em apenas 10 times, com 20 pilotos no grid. Em tempos que vão ficando cada vez mais remotos, o grid tinha 13 times e 26 carros largando, em em determinados momentos, até mais do que isso. Geralmente tínhamos 30 carros disputando as 26 vagas, de modo que sempre os 4 pilotos mais lentos ficavam de fora, o que ocasionava uma briga de foice para ver quem conseguia ou não largar. Agora, os tempos são outros, é verdade, mas que a F-1 precisa ter um grid mais cheio, todo torcedor concorda, desde que tenha boas condições de competição, e não fique apenas fazendo figuração no grid. Por isso mesmo, a Andretti tenciona se preparar adequadamente para participar da F-1 com a devida seriedade, e se mostrar um nome competitivo no grid. Para tanto, está construindo novas sedes e estrutura compatível com as necessidades do desafio, inclusive contando com o apoio da GM, através da marca Cadillac, para essa empreitada. Mas, no que depender da Liberty Media, parece que tão cedo não teremos novos times na competição. Apresentando um rol de justificativas fúteis e esdrúxulas, a empresa que administra a categoria máxima do automobilismo, em conluio com a maioria das equipes, simplesmente recusou a entrada da Andretti, alegando que a nova escuderia quer se aproveitar da F-1, e que não agrega nenhum valor à competição. No fundo, mesmo, o que está acontecendo é que os times atuais não querem dividir o valor da bolada dos lucros que recebem com mais um time, daí a lista de motivos ridículos, chegando a ofender a inteligência, para dar um ar coerente e embasado à sua recusa. Definitivamente, a F-1 acaba com sua credibilidade com atitudes cretinas como essa, e faz cada vez mais não merecer o status que possui de principal categoria de competições automobilísticas do mundo. A FIA analisou o pedido e as condições, aprovando a entrada da Andretti, mas isso não pareceu comover ninguém na Liberty, que cedendo à pressão dos times, simplesmente rejeitou o novo time, pelo menos até 2028, alegando que com a presença da Cadillac eles poderiam dar uma nova chance, se alguém for ingênuo de acreditar nisso...

 

Palhaçada na prova extra-campeonato da Indycar: Tentando dar uma agitada no período de mais de um mês que ficou no calendário de 2024, a Indycar aceitou realizar sua primeira prova extra-campeonato em mais de 15 anos, no circuito privado do The Thermal Club, na Califórnia, mas as regras inventadas para esta corrida especial foram complicadas demais, e o resultado foi um evento confuso, sem rumo, difícil de entender, e com uma corrida absolutamente enfadonha, sem emoção alguma, que certamente não deixou nenhuma boa impressão. Entre as imbecilidades vistas, Pietro Fittipaldi acabou desclassificado porque seu time não completou o combustível de seu carro, e sem largou para a segunda “bateria” de ridículas 10 voltas de uma corrida de apenas 20 giros. Tentaram inventar demais, e a única coisa positiva, se é que teve, foi que os pilotos puderam rodar bastante com seus carros nos treinos livres, o que ajudou alguns deles a acertarem melhor seus equipamentos, como foi o caso de Álex Palou, que dominou a “corrida” de classificação de a prova propriamente dita. No mais, foi um fim de semana que não será lembrado por ninguém que realmente curta automobilismo, mostrando que a Indycar precisa calcular melhor suas ações quando tenta fazer esse tipo de atividade, que foi mais comum no passado, mas não ficava querendo reinventar a roda para se promover. A falta de ação na pista resultou na pior audiência de um evento da Indycar nos últimos dois anos, então...

 

Daniel Ricciardo em risco novamente na F-1: Resgatado como piloto titular na Alpha Tauri no ano passado, após ter acertado ser piloto de testes da Red Bull depois de sua demissão da McLaren, Daniel Ricciardo passou a ser considerado até candidato potencial a substituir Sergio Perez no time principal dos energéticos, caso o mexicano não rendesse este ano na pista. Só que para isso, o australiano precisa mostrar resultados, e até o presente momento em 2024, ele vem tomando tempo de Yuki Tsunoda, que nunca foi considerado grande coisa em termos de piloto, apesar das boas performances que resultaram em importantes pontos para o time no início de 2023. Então, Ricciardo já estaria na marca do pênalti novamente na nova Vusa RB, e poderia perder sua vaga para Liam Lawson já na etapa de Miami, o que o colocaria novamente no ostracismo, e talvez de forma definitiva na F-1 como piloto titular. Problemas do carro à parte, Daniel conhece o esquema de fritura de pilotos de Helmut Marko, portanto, ele que se cuide, e trate de acelerar, por        que o bonde pode andar, e no que o consultor austríaco já se acostumou a fazer, Daniel seria apenas mais uma caveira no currículo de pilotos demitidos de Marko. Será que Daniel reage, e escapa dessa degola, ou vai sucumbir?

 

 

sexta-feira, 22 de março de 2024

SÃO PAULO EPRIX 2024

A F-E deu novamente um show na etapa de São Paulo, com vitória e pódios decididos apenas nas últimas curvas da prova, para deleite do público presente.

            A segunda edição do ePrix de São Paulo, realizada no último final de semana na capital paulista, mostrou que a F-E casou bem com a pista concebida junto ao Sambódromo do Anhembi. A exemplo da corrida do ano passado, que mostrou um festival de disputas, a prova deste ano novamente foi marcada pela competição acirrada entre a maioria dos pilotos, e para delírio do público, a vitória da prova foi decidida a duas curvas do final da última volta, com Sam Bird arrancando uma ultrapassagem espetacular sobre Mith Evans para conquistar sua primeira vitória em quase três anos, e a primeira da McLaren na categoria de carros elétricos.

            Se no ano passado a Jaguar foi a grande vencedora da corrida, com três carros no pódio, sendo dois de seu time oficial e um da cliente Envision, este ano foi a Nissan que teve motivos para comemorar. A marca nipônica obteve a vitória com a McLaren de Sam Bird, seu time cliente, e ainda fechou o pódio com uma ultrapassagem na reta de chegada com Oliver Rowland, piloto de seu time oficial, que já tinha ido ao pódio em Diriyah. Rowland se aproveitou do duelo entre Pascal Wherlein, da Porsche, e Jake Dennis, da Andretti, para vir por fora e superar os dois competidores na reta de chegada, arrebatando a 3ª colocação nos metros finais, para decepção da Porsche e Andretti, que perderam o pódio tão almejado. Foi o primeiro triunfo da marca japonesa na competição, após assumir a antiga equipe e.Dams, que era parceira da Renault, que retirou-se da F-E para focar exclusivamente na F-1, deixando a parceira nipônica no comando da operação.

Para o público presente, foi um delírio ver o duelo dos pilotos pela posição restante do pódio entre três pilotos, com Rowland tomando a colocação praticamente na linha de chegada. A torcida já tinha visto um duelo incrível entre Bird e Evans pela vitória nas voltas finais, e acabou brindado com outro duelo pelo pódio. Mas, no cômputo geral a prova brasileira foi de duelos a rodos, para satisfação dos torcedores que compareceram às arquibancadas da pista montada no sambódromo, mesmo com o calor escaldante do fim de semana, justificando o sacrifício diante de sua paixão pela velocidade, com os carros cruzando a reta do sambódromo a mais de 260 Km/h, mostrando que a categoria está cada vez mais rápida.

            Se na F-1 o fã da velocidade pode reclamar da falta de disputas, o ePrix de São Paulo mostrou uma realidade bem diferente na corrida da F-E, que registrou cerca de 212 ultrapassagens durante as 34 voltas da prova, onde boa parte dos competidores andou junta o tempo todo. Foram disputas a rodo, com vários pilotos em luta direta, mostrando novamente um show de competição que já tinha sido visto na etapa de 2023, mas que agora, com os times mais acostumados ao comportamento dos novos carros Gen3, puderam aprimorar e oferecer muito mais emoção aos fãs presentes no sambódromo. Talvez o único problema é que boa parte destas ultrapassagens ocorreram nos trechos de reta da Avenida Olavo Fontoura, na parte de trás do circuito, onde não há arquibancadas, de modo que o público presente não pode curtir como deveria este espetáculo da velocidade, ficando restritos ao trecho da reta do sambódromo. A organização do evento estuda como aumentar as opções de arquibancadas, a fim de que possam não apenas acomodar mais torcedores, ampliando o público presente, mas oferecer um melhor aproveitamento da prova em si, permitindo também que os fãs possam acompanhar os duelos que ocorrem nas retas da Olavo de Fontoura, onde ocorreram muitas disputas entre os pilotos.

Depois de 38 corridas, Sam Bird (acima) voltou ao degrau mais alto do pódio, para dar à McLaren e à Nissan suas primeiras vitórias na F-E, em uma corrida onde o piloto até liderou bom número de voltas (abaixo), mas só arrancou o triunfo nas últimas curvas da corrida, numa disputa com Mith Evans, da Jaguar.


            Depois das reclamações de falta de estrutura de apoio aos torcedores no ano passado, a organização da corrida reforçou este setor para a corrida deste ano, melhorando o número de opções e agilizando o fluxo de atendimento, de modo que o problema foi bem diminuído, proporcionando maior satisfação dos fãs que estiveram presentes à corrida. O público não cresceu praticamente em relação à primeira prova, mas é verdade que o forte calor que se abateu sobre a capital também não ajudou neste quesito, já que as arquibancadas praticamente não tem cobertura em sua maioria, o que era um grande desconforto para os fãs ali presentes. Mas a prova parece estar “pegando” entre os fãs da velocidade, e é possível que os carros monopostos elétricos retornem ainda este ano a São Paulo, já que a data para a corrida ser realizada no ano que vem esbarra nas limitações da data do carnaval, que será no início de março, o que inviabiliza qualquer outra atividade no sambódromo nos dois meses anteriores e no mês posterior. Está sendo considerada a possibilidade da etapa brasileira abrir a próxima temporada, ainda no mês de dezembro de 2024, o que seria bem interessante. As tratativas, porém, ainda carecem de entendimentos que a direção da F-E faz com Los Angeles para sediar uma prova da competição, muito provavelmente no mesmo período, engatando junto com a etapa da Cidade do México, programada para janeiro.

Pascal Wehrlein marcou uma pole apertadíssima para a Porsche, mas perdeu o pódio na reta de chegada, superado pela Nissan de Oliver Rowland.

            A corrida brasileira foi a melhor prova da temporada 2024 até aqui, e o traçado da pista é a principal razão para termos tido boas disputas. As etapas da Cidade do México e de Diriyah ainda foram realizadas em traçados concebidos na segunda geração de carros da competição, mas que não permitem aos novos carros de terceira geração mostrarem todo o seu potencial. A pista paulistana, por outro lado, já foi concebida para aproveitar o potencial dos novos carros da competição, e isso se mostrou patente na primeira edição da corrida em 2023. O traçado  proporciona aos pilotos atingirem altas velocidades com os novos bólidos, e os trechos de reta também oferecem bons pontos de ultrapassagens, incentivando as disputas de posição, com os carros andando em sua maioria em grupo, com vários pilotos brigando entre si por posição na pista, aumentando a emoção das disputas. Um pequeno erro de pilotagem pode ter consequências sérias em termos de posição na pista, como vimos com Nyck Cassidy, o líder do campeonato, que acabou tocando em um outro competidor, danificando o bico de seu Jaguar, que algum tempo depois quebrou de vez, enroscando-se debaixo do carro, e fazendo o neozelandês bater no muro, ocasionando seu abandono da prova. Houve vários toques entre os pilotos, com alguns resultados menos danosos, mas também complicando a situação dos pilotos, em disputa por posições na pista. E, como vimos, não houve calmaria durante a prova, com todo mundo brigando por posição. Claro que, com os toques, o safety car precisou ser acionado, o que ajudou na dinâmica da prova, oferecendo aos carros um pequeno arrefecimento frente ao calor intenso do dia da corrida, o que poderia ter afetado negativamente os carros diante da possibilidade de sofrerem um superaquecimento de seus sistemas, e proporcionou chance de recuperação de alguns pilotos, como foi o caso de Maxximilian Ghunther, que teve de largar lá de trás por punição de ter tido troca de câmbio de seu carro, e pôde brigar para chegar à zona de pontuação, terminando em 9º.

As características da pista paulistana também enfatizam a necessidade do piloto saber gerenciar o uso de sua energia, precisando dosar sua agressividade e fazer a estratégia de corrida com cuidado, a fim de não desgastar sua energia e equipamento sem necessidade, um desafio tremendo quando você está em um bolo de carros, precisando não apenas avançar, mas também se defender para não cair para trás. Assim, nada mais natural que a prova brasileira tenha “pegado fogo” na pista, ao contrário do panorama tedioso visto nas primeiras corridas. E a tendência é a disputa engrenar de vez, porque as próximas etapas são em pistas inéditas na competição, em Tóquio, e Misano, já prontas para aproveitar a capacidade dos carros Gen3. No que dependesse da qualidade da corrida, São Paulo deveria virar etapa permanente, pelas emoções apresentadas. E se os organizadores conseguirem proporcionar uma estrutura ainda melhor aos torcedores, ótimo, porque o que não tem faltado na pista foi disputa e emoção, exatamente o que o fã da velocidade mais deseja.

Sergio Sette Camara (acima) e Lucas Di Grassi (abaixo) bem que tentaram dar alguma alegria a seus torcedores, mas a baixa competitividade dos carros impediu qualquer bom resultado, além dos problemas que ambos tiveram na corrida.


            Os brasileiros na competição, mais uma vez, não puderam oferecer aos torcedores maiores esperanças. Sergio Sette Camara penou mais uma vez com o fraco trem de força da ERT, e por mais que se esforçasse, andou sempre na segunda metade do grid para trás, sem conseguir chegar perto da zona de pontos de forma efetiva, destino que também teve seu colega de time Dan Ticktum. Sergio ainda teve desaire pior de ter sido desclassificado, imaginem só, por uso de energia além do permitido, o que causou um tremendo desgaste do piloto com o time, que repassou informações erradas ao brasileiro, que tinha a informação de que seu consumo de energia não era problemático, para ficar sem carga na última volta, perdendo várias posições, sem que pudesse ter evitado isso diante da informação equivocada passada pela escuderia, o que já teria sido um castigo bem razoável, e depois levando uma desclassificação que certamente não ajudou em nada a melhorar o seu humor. Não por acaso, Sergio já começa a pensar em tentar arrumar um time mais competitivo, e por que não dizer, mais organizado, uma vez que a ERT (antiga NIO) não mostra sinais de melhora, indicando que a temporada não vai ser muito esperançosa.

            Lucas Di Grassi viveu situação similar ao do compatriota. Embora o trem de força da Mahindra tenha dado alguns sinais de melhora, tanto que Edoardo Mortara até conseguiu ir para os mata-matas da classificação, na corrida o equipamento indiano mostra que ainda está muito aquém dos rivais. Com tanto a Mahindra como a ABT a caírem pelas tabelas, apesar de alguns flertes com a zona de pontuação. Di Grassi terminou a corrida em 13º, sem chance de dar alguma satisfação aos torcedores presentes no sambódromo. Uma tônica do que deve ser a temporada, já que nas primeiras provas o desempenho do time do brasileiro tem sido sofrível, em boa parte decorrente do fraco trem de força da Mahindra. Nico Muller até conseguiu andar melhor que Di Grassi no início, tendo conseguido fazer uma classificação melhor, mas também não conseguiu manter a posição na corrida, inclusive sofrendo um abandono, engrossando mais um fim de semana infrutífero da ABT na temporada.

            A F-E segue agora para o outro lado do mundo, para a primeira estréia da temporada 2024, o ePrix de Tóquio, no Japão, marcado para o dia 30 de março, em um circuito montado nas ruas ao lado do Centro de Exposições Internacionais de Tóquio, em Odaiba, mais conhecido como Tokyo Big Sith.

 

 

Encruzilhada na F-E: o Moto Ataque não tem se mostrado mais tão efetivo para aumentar a emoção das corridas da categoria. O problema é que os pilotos tem perdido muitas posições quando precisam sair do traçado para passar no trecho de ativação do recurso, e não tem conseguido recuperar estas posições, mesmo com a potência extra disponível. Em São Paulo, apesar do bom trecho de reta logo após o local de ativação do recurso, mesmo assim os pilotos ficavam no prejuízo, sem conseguirem retomar as posições originais, e muito menos avançar para a frente como era feito antigamente. Por outro lado, os testes do novo “Attack Charge”, que seria um pit stop durante a prova, onde o carro é plugado numa tomada de carregamento rápido para incrementar sua potência e carga das baterias avança a passos muito lentos, com testes realizados até agora nas etapas iniciais do campeonato considerados ainda insuficientes para comprovar a viabilidade e eficiência da nova ferramenta, que deverá ser adotada a partir da etapa de Misano. Jake Dennis, o atual campeão mundial da categoria, defende que o recurso seja implantado o quanto antes, mas admite que os pilotos e times estão divididos em relação ao uso do novo sistema, com alguns deles, como o brasileiro Sergio Sette Camara, defendendo sua introdução apenas no próximo campeonato, a fim de que possam ser realizados mais testes da ferramenta, que já é prometida desde o ano passado pela direção da categoria, mas tem sido adiado devido aos problemas até agora no desenvolvimento da tecnologia, que reintroduziria os pit stops nas corridas, e poderia ajudar a ter corridas de maior duração na competição.

 

 

A Fórmula 1 está em ação novamente, e agora o palco é Melbourne, na Austrália, no traçado montado dentro do Albert Park, que desde 1996 é sede do GP australiano. Na pista, a expectativa de mais um passeio de Max Verstappen e da Red Bull, que iniciou a temporada muito forte. Mesmo a expectativa dos rivais de tentarem superar Sergio Perez não parece muito animadora, visto que o mexicano, apesar de algumas dificuldades, conseguiu fazer a dobradinha sem maiores dificuldades, ficando atrás apenas de Verstappen. Mas, a pista do Albert Park tem lá suas particularidades, e é nisso que os rivais tentam apostar em conseguir dar uma sacudida, ainda que baixa, no favoritismo da Red Bull. A Ferrari, consolidada neste início de temporada como segunda força do grid, confirmou que Carlos Sainz Jr. está de volta ao cockpit em Melbourne, recuperado da cirurgia de apendicite que precisou passar por ocasião do GP da Arábia Saudita, semana retrasada. Com isso, o time italiano deve vir forte para tentar se colocar próximo da Red Bull, e quem sabe, aprontar alguma surpresa. O time italiano tem previsto algumas evoluções para a prova de Suzuka, no Japão, próxima etapa da competição, com o intento de tentar melhorar e conseguir tirar a diferença que ainda a separa da Red Bull em ritmo de corrida. Enquanto isso, a Mercedes tenta acertar as nuances de seu novo carro, que até tem dado sinais encorajadores nos treinos livres, mas que desaparecem nas corridas, mostrando um déficit de performance que ainda é preciso compreender melhor para se resolver. A McLaren espera acertar sua posição de força também, enquanto a Aston Martin testará novamente sua posição na pista, onde Fernando Alonso já falou abertamente que o time precisa melhorar o carro se quiser de fato ter chances de competir mais à frente, vendo que os rivais progrediram, e bem mais que eles.

O Albert Park está pronto para sediar mais um Grande Prêmio da Austrália de F-1.

 

 

Evento especial da Indycar neste fim de semana. Pela primeira vez em mais de 15 anos, a competição irá realizar uma prova extra-campeonato, sem valer pontos. A última vez que isso ocorreu foi em 2008, com o GP de Surfer’s Paradise, prova que era válida pelo campeonato da F-Indy original, que acabou naquele ano, tendo como última corrida realizada o GP de Long Beach. Para evitar multas por rescisão contratual de não-realização da prova, a IRL concordou em disputar a prova, mas sem valer pontos para o seu campeonato, que àquela altura, já tinha se encerrado. Foi a última vez que uma categoria Indy visitou a Austrália, que nunca participou do campeonato da IRL – atual Indycar. A nova corrida, que terá lugar neste final de semana, é chamado de Desafio do US$ 1 Milhão, com o vencedor da corrida recebendo US$ 500 mil de premiação. O palco será o circuito privado do The Thermal Club, localizado em Palm Springs, próximo de Los Angeles e San Diego, na Califórnia. É um circuito misto privado com várias opções de traçados, e que já recebeu a Indycar no ano passado para testes da pré-temporada. A prova será às 13:30 Hrs. deste domingo, com transmissão ao vivo pela TV Cultura, ESPN2 e Star+.

A pista de Thermal Club sediará sua primeira corrida da Indycar, como prova extra-campeonato, neste final de semana.