quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

FLYING LAPS – DEZEMBRO DE 2019


            Feliz Ano Novo! Chegamos a 2020, e logo será hora de voltarmos a acelerar fundo nos diversos campeonatos do mundo do esporte a motor. Mas, antes de voltarmos nossas atenções para este ano, que esperemos que seja bem mais interessante do que 2019, é hora de darmos uma olhada em alguns acontecimentos do último mês de dezembro, onde mesmo com o clima de fim de ano, ainda tivemos alguns acontecimentos a serem vistos, e que merecem uma pequena observação. Então, lá vamos nós com a primeira sessão Flying Laps de 2020! Uma boa leitura a todos, e vamos começar a esquentar os motores muito em breve...

Thiago Camilo venceu a corrida de encerramento da Stock Car Brasil, disputada no autódromo de Interlagos, mas quem comemorou mesmo foi Daniel Serra, que com a segunda colocação na corrida, faturou o título da temporada, alcançando o tricampeonato na principal categoria do automobilismo nacional, igualando o pai, Chico Serra, que também foi 3 vezes campeão da Stock. Apesar da vitória, Camilo terminou a temporada na 3ª. Posição na tabela, com 312 pontos. Serra finalizou o ano com 363 pontos, com Ricardo Maurício terminando com o vice-campeonato, com 329 pontos. Rubens Barrichello até que tentou, mas não conseguiu chegar ao bicampeonato, e terminou o ano com a 4ª. Posição, com 296 pontos, numa disputa bem renhida com Júlio Campos, o 5º. colocado, com 294 pontos; e Felipe Fraga, 6º., com 293 pontos.


E a Stock terá uma perda no grid para a próxima temporada. Felipe Fraga, campeão da categoria em 2016, anunciou que está deixando o certame nacional para se concentrar em sua carreira internacional. O piloto do Estado de Tocantins vai participar de várias corridas de turismo mundo afora em 2020, entre elas o Mundial de Endurance, com destaque para as 24 Horas de Le Mans; e também deverá disputar o International GT Challenge. E o primeiro desafio virá logo agora em janeiro, onde o brasileiro deverá disputar a principal prova de endurance dos Estados Unidos, as 24 Horas de Daytona. Felipe agradeceu à equipe e aos torcedores por estas seis temporadas em que disputou a Stock e conclama seus fãs a acompanharem sua investida nas corridas no exterior a partir de agora. Boa sorte a Felipe em sua nova empreitada.


Depois de encerrar prematuramente seu contrato com a KTM, onde não vinha obtendo bons resultados e ficava constantemente atrás do companheiro de equipe, Johaan Zarco acabou acertando com a Avintia para disputar a temporada 2020 da MotoGP. Zarco ainda fez 3 corridas com a equipe LCR, substituindo o japonês Takaaki Nakagami, e era até especulado para ser o novo companheiro de Marc Márquez na equipe oficial da Honda, com a perspectiva de Jorge Lorenzo não seguir no time no próximo ano. Mas com a confirmação de Alex Márquez para correr ao lado do irmão hexacampeão na escuderia, só restou a Zarco batalhar por outro lugar, e encontrou a chance na Avintia, que inclusive terá apoio da Ducati para o próximo ano como equipe satélite oficial, o que deve garantir um maior aporte técnico da marca italiana à Avintia. Zarco vai pilotar o modelo GP19 e terá como companheiro de equipe o campeão de Moto2 de 2014, Tito Rabat, mas a melhor parte é que a Ducati usará a temporada de Zarco na Avintia para avaliar o piloto, podendo considerá-lo para o time oficial em 2021, muito provavelmente na vaga de Danilo Petrucci, se este não mostrar os resultados esperados pela direção do time. Zarco inicialmente rejeitou a idéia de disputar a próxima temporada pela escuderia, diante da falta de perspectiva de poder lugar pelas primeiras posições, mas o empenho da Ducati em sua contratação, inclusive no fornecimento de maior suporte técnico à Avintia, e claro, a possibilidade de poder se juntar à equipe da fábrica em 2021 certamente pesaram na mudança de opinião. Resta saber se o piloto corresponderá ao que se espera. Zarco era tido como uma das novas promessas potenciais da MotoGP, mas quando passou a defender a KTM, os resultados ficaram muito aquém do esperado, e o piloto também começou a se desentender com o time austríaco, o que resultou na rescisão de contrato, ainda durante a temporada.


O hexacampeão da MotoGP, Marc Márquez, vai ficar de molho durante as férias entre-temporadas. O espanhol havia machucado o ombro direito durante os treinos da etapa da Malásia, e nos testes realizados pela classe rainha do motociclismo em Jerez, Márquez sofreu um novo tombo, que acabou agravando a lesão sofrida, motivando sua correção com uma cirurgia. Operado, os médicos garantem que o piloto da Honda estará pronto para os testes da pré-temporada do próximo ano, em fevereiro, mas alertaram que ele poderá não estar 100%, dependendo de sua recuperação. Não é a primeira vez que Márquez tem esse tipo de problema, tendo já lesionado o ombro esquerdo, e tendo sido necessário passar também por uma cirurgia para tratar do problema, mas os rivais não podem ter muitas esperanças quando os médicos dizem que ele poderá não estar 100% recuperado, pois da última vez, isso não fez nenhuma diferença. Marc foi para a pista, e todo mundo viu o que aconteceu...


E a Toyota venceu mais uma no Mundial de Endurance, faturando as 8 Horas do Bahrein ainda por cima em dobradinha. Um panorama que poderia ser mais complicado, depois que a equipe japonesa se viu superada na disputa pela pole-position para a Rebellion, que havia conquistado a primeira posição no grid com Bruno Senna. Mas o brasileiro não teve como comemorar o feito: na largada da corrida, o carro de Bruno acabou tocado pelo carro Ginetta No. 5 de Charlie Robertson, fazendo-o cair para o último lugar. Senna iniciou então uma forte recuperação, mas novamente o azar veio a atingir o carro da equipe Rebellion durante a corrida, fazendo-o perder voltas para consertar um problema de câmbio. Quem agradeceu foram os japoneses, com o carro No. 7, conduzido pelo trio Mike Conway/Kamui Kobayashi/Jose Maria Lopez que assumiu a liderança e venceu praticamente sem oposição, já que o outro carro da fábrica japonesa, o No. 8, conduzido pelos pilotos Sebastien Buemi/Kazuki Nakajima/Brendon Hartley terminou a prova 1 volta atrás. O carro No. 1 da Rebellion ainda tentou a recuperação, e com um pouco de sorte, terminou a corrida em 3º. Lugar, com 3 voltas de distância para os vencedores. Poderia ter sido muito pior, é verdade, mas todos no time lamentaram a chance de repetirem a vitória obtida na etapa anterior, em Shanghai, quando a Rebellion superou os Toyotas e conseguiu a vitória na classe LMP1. Como diz o ditado, corrida não se ganha na primeira volta, mas se perde, em que pese a culpa ter sido inteiramente de Charlie Robertson, que na ânsia de tentar aproveitar o momento dos carros ainda todos juntos, acabou exagerando e provocando o toque no carro de Senna. Com o resultado da etapa barenita, os pilotos do carro No. 7 da Toyota lideram a competição na classe LMP1 com 97 pontos. Na 2ª. posição vem os pilotos do carro No. 8 da marca japonesa, com 89 pontos. O carro No. 1 da Rebellion ocupa a 3ª. Colocação, com 67 pontos, uma diferença já de 20 pontos para os líderes. A nova especificação do Balanço de Força estabelecido pela direção do WEC deixou a Toyota menos dominante do que vinha sendo, o que pode proporcionar lutas mais equilibradas na classe LMP1, o que estava em falta na competição do campeonato, dada a supremacia técnica do carro dos japoneses, única escuderia de fábrica da LMP1. Pudemos ver isso em Shanghai, onde a Rebellion mostrou-se capaz de desafiar o poderio dos japoneses, e parecia ter condições de repetir a dose em Sakhir. Infelizmente, o time deu azar, não apenas pelo toque sofrido por Bruno Senna, mas também pelo problema de câmbio que o carro teve durante a prova, que indiferente do toque recebido na largada, fulminou as chances de uma nova vitória. Os carros da Toyota enfim terão de mostrar o que podem fazer numa disputa mais parelha. Vejamos o que irá acontecer nas próximas etapas do WEC em 2020...


Aliás, a próxima etapa do Mundial de Endurance seria aqui no Brasil, mas graças à falta de competência dos promotores locais, nossa etapa acabou cancelada pela falta de garantias financeiras que precisavam ser apresentadas para que a corrida fosse realizada. A sorte ficou para os Estados Unidos, que receberão a etapa no belo Circuito das Américas, em Austin, em substituição à etapa brasileira, conforme já foi noticiado. Será que o WEC ainda voltará a tentar correr por aqui? Vai ser complicado, já que isso nos deixou mais uma vez com o filme queimado lá fora, no que tange à competência e profissionalismo para se realizar corridas de um campeonato de grande porte, como é o WEC...

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