quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

FLYING LAPS – NOVEMBRO DE 2021

            E chegamos ao mês de dezembro, começando o último mês de 2021. Apesar do fim do ano se aproximando, o mundo da velocidade segue em frente, com alguns campeonatos ainda disputando suas últimas etapas, em um ano que foi cheio de altos e baixos, e ainda fortemente marcado pela pandemia da Covid-19, que segue sendo um transtorno para muitos países e pessoas. E é hora de relacionar aqui alguns dos acontecimentos ocorridos no mês de novembro, que não puderam ser mencionados nas colunas semanais, em mais uma edição da sessão Flying Laps, sempre com alguns comentários rápidos a respeito. Então, boa leitura a todos, e espero novamente por vocês aqui na próxima sessão Flying Laps no mês que vem, já no ano de 2022, que todos esperamos seja um ano muito melhor do que este de 2021, que lamentavelmente foi terrível para muitas pessoas, nos mais diversos aspectos...

 

A Formula-E completou o seu grid para a temporada 2022. Com a saída da Audi, ficaram 11 equipes na competição, com 22 pilotos, número que para a temporada de 2023 será novamente reduzido com a saída já anunciada da Mercedes da categoria, apesar do título conquistado no ano passado por seu piloto Nicky De Vries. Quem também deixou a categoria foi a BMW, que tinha parceria com a equipe Andretti, que segue firme no certame de carros monopostos 100% elétricos. Confiram os pilotos e suas respectivas escuderias para a próxima temporada:

 

Andretti Formula-E: Jake Dennis e Oliver Askew

Dragon Penske Autosport: Sérgio Sette Camara e Antonio Giovinazzi

DS Techeetah : Jean-Éric Vergne e Antônio Félix da Costa

Envision Racing: Robin Frijns e Nicky Cassidy

Mahindra Racing: Oliver Rowland e Alexander Sims

Mercedes-EQ Formula-E Team: Stoffel Vandoorne e Nicky De Vries

NIO 333 Racing: Oliver Turvey e Dan Ticktum

Nissan e.dams : Sébastien Buemi e Maximiliam Günther

Jaguar Racing Formula-E Team: Sam Bird e Mith Evans

Venturi Racing          : Lucas Di Grassi e Edoardo Mortara

Porsche Formula E Team: André Lotterer e Pascal Wehrlein

 

 

Entre as novidades no grid da competição estão o italiano Antonio Giovinazzi, que nem bem perdeu seu lugar na equipe Alfa Romeo na F-1, e já foi anunciado como companheiro do brasileiro Sérgio Sette Câmara na equipe Dragon Penske. Quem também aporta na categoria é Oliver Askew, que foi titular da equipe McLaren na Indycar em 2020, e este ano ficou a pé na competição, participando apenas eventualmente. Quem também chega à categoria dos carros elétricos é Dan Ticktum, proveniente da F-2, sem ter encontrado lugar na F-1 para 2022. Já entre os times ,a Virgin muda de nome, agora denominada Envision.

 

 

A Formula-E também anunciou a sua pré-temporada, que será realizada nesta semana, mais uma vez no seu palco tradicional, o Circuito Ricardo Tormo, em Valência, na Espanha, durante os dias 29 e 30 de novembro, e 01 e 02 de dezembro. Os pilotos estarão na pista nos dias 29 e 30 de novembro, e 02 de dezembro, sendo o dia 01 de dezembro reservado apenas a atividades de imprensa. Os times apresentarão suas novas pinturas para a próxima temporada, além da apresentação oficial dos mesmos e de seus pilotos. A temporada 2022 será a última com o modelo Gen-02, sendo que a temporada 2023 verá a estréia dos novos modelos Gen-03. Mas, em relação à temporada deste ano, para 2022 os carros terão um incremento de potência, passando dos atuais 200 Kw para 220 Kw. A categoria também adotará um novo modo de classificação para as provas da próxima temporada, que deverá ter 16 corridas, mas com algumas datas ainda em aberto, e sem confirmação de quais lugares sediarão as corridas. E, com a volta das restrições por conta do aumento do número de casos e mortes na Europa, diante do elevado número de pessoas ainda não vacinadas contra o coronavírus, sem mencionar os temores despertados nos últimos dias por uma nova variante encontrada no sul da África, potencialmente muito mais contagiosa que as demais, o calendário da competição pode vir a sofrer novas modificações, dependendo dos acontecimentos. A temporada 2022 tem início previsto para os dias 28 e 29 de janeiro, com uma rodada dupla em Diryah, na Arábia Saudita.

 

 

A F-E passará a adotar um novo formato de classificação agora na temporada de 2022. O novo procedimento vai dividir inicialmente o grid de 22 carros em dois grupos de 11 que, a partir da segunda corrida, serão baseados na classificação do campeonato de pilotos. Ambos os grupos terão uma sessão de 10 minutos para marcarem seus tempos, sem limites em relação ao número de voltas que um piloto pode dar durante este tempo. Os quatro pilotos que estabelecerem os tempos mais rápidos em cada grupo irão então progredir em 'duelos' de duas vias em uma base eliminatória como se fosse um estilo torneio de futebol. Se, inicialmente, cada piloto irá dispor dos tradicionais 220 Kw na primeira fase da classificação, nesta fase seguinte, a potência será elevada para 250kw, e os pilotos serão eliminados nas “quartas e semifinais” de modo a deixar uma batalha dos dois carros mais rápidos lutando pela pole position. O piloto mais rápido vai garantir o primeiro lugar no grid e o segundo lugar para o “vice”. O terceiro e o quarto vão para os pilotos mais lentos na semifinal, enquanto a classificação das “quartas de final” decidirá as posições de quinto a oitavo. O resto da ordem de partida será definida pelos melhores tempos definidos por aqueles que não conseguiram progredir inicialmente em um dos grupos de 11. A intenção é evitar em parte as injustiças dos melhores pilotos classificados no campeonato pegarem a pista nas piores condições de aderência. O formato parece meio confuso à primeira vista, mas vamos esperar para ver como ele se desenvolverá.

 

 

Quem também está com seu grid completo para a temporada de 2022 é a MotoGP, que pela primeira vez em duas décadas não terá Valentino Rossi alinhando nas corridas, após a aposentadoria do “Doutor” ao fim desta temporada. Confiram os pilotos da classe rainha do motociclismo e suas escuderias:

 

Pramac Ducati Racing: Johaan Zarco e Jorge Martín

Repson Honda Team: Marc Márquez e Pol Spargaró

Ducati Lenovo Team: Francesco Bagnaia e Jack Miller

Monster Energy Yamaha MotoGP: Fabio Quartararo e Franco Morbidelli

Aprilia Racing: Maverick Viñales e Aleix Spargaró

Team Suzuki Ecstar: Joan Mir e Álex Rins

Red Bull KTM Factory Racing: Brad Binder e Miguel Oliveira

LCR Honda: Álex Márquez e Takaaki Nakagami

Tech3 KTM Factory Racing: Raúl Fernandez e Remy Gardner

Yamaha RNF MotoGP Team: Andrea Dovizioso e Darryn Binder

VR46 Racing Team: Luca Marini e Marco Bezzecchi

Gresini Racing MotoGP: Enea Bastianini e Fabio Digianantonio

 

 

Marc Márquez segue descansando para se recuperar do acidente que sofreu em um treino de enduro, quando teve uma concussão por ter batido a cabeça, e por causa disso, acabou não podendo correr as duas etapas finais da temporada 2021 da MotoGP, em Portimão e Valência, além de não ter podido participar dos testes de Jerez de La Frontera. O piloto apresentou visão dupla como uma das sequelas da concussão, razão pela qual a Honda resolveu deixar o piloto em repouso, visando melhorar sua recuperação para a temporada de 2022. Novos testes deverão ser feitos com Marc provavelmente antes do Natal, segundo Alberto Puig, chefe da equipe oficial da marca nipônica na classe rainha do motociclismo, que salientou que Márquez estaria em condições ainda similares às das últimas semanas, o que induz que o piloto ainda está sentindo as sequelas da concussão, como o fenômeno da visão dupla, sem ter melhorado satisfatoriamente. Pela experiência do que ocorreu no ano passado, a escuderia está sendo mais do que prudente, para evitar novas complicações. Márquez não teria gostado de ter ficado de fora dos testes pós-temporada realizados na pista da Andaluzia, mas sabe que precisa ter paciência neste momento. Sua participação na temporada deste ano mostrou que ele ainda não se recuperou totalmente da fratura sofrida no braço no ano passado, que fez com que perdesse toda a temporada de 2020. Marc estava se recuperando gradativamente, voltando a mostrar toda a sua capacidade como piloto, tendo conseguido três vitórias para seu time na temporada, e com a expectativa de estar em plena forma para 2022. O novo acidente, ainda que não pareça ter sido tão grave, acende um sinal de alerta na capacidade de recuperação do piloto, que precisa dar um tempo a si mesmo para voltar com condições ideais de participar das corridas sem forçar o corpo além do que normalmente seria necessário. Nesta temporada deu para ver que em certos momentos o piloto espanhol tentava “acelerar” sua condição forçando na pilotagem, o que o levou a sofrer vários tombos, que felizmente não afetaram sua condição, mas que poderiam ter complicado as coisas, caso tivesse dado azar de cair de mau jeito. Forçar a recuperação poderia implicar em riscos para a temporada de 2022, com Márquez podendo até perder etapas da competição, sendo que alguns especulam que ele já poderia perder os testes da pré-temporada, dependendo de como se der sua recuperação deste acidente.

 

 

A Indycar anunciou que o GP de Detroit voltará para o centro da cidade, deixando de ser realizado no Belle Isle Park, uma ilha no meio do Rio Detroit, que separa os Estados Unidos do Canadá. O novo traçado do circuito, que sediará o evento a partir de 2023, foi divulgado pela direção da categoria, e não será o mesmo circuito que foi utilizado pela antiga F-Indy entre 1989 e 1991, e que fez parte da F-1 antes disso, entre 1982 e 1988. O novo circuito terá uma extensão de 2,7 Km, com 10 curvas. Diferente do circuito antigo, que tinha um piso considerado horroroso tanto pelo pessoal da F-1 quanto da antiga F-Indy, os organizadores prometem um circuito que não deixará nada a dever às melhores pistas, e com uma ampla gama de atividades e shows que farão parte do final de semana do GP, de forma a torna-lo um evento tão popular e grandioso quanto é o GP de Long Beach, de longe a prova em pista de rua mais badalada do calendário da Indycar. O GP de Detroit foi realizado entre 1989 e 2001, pela antiga F-Indy, retornando em 2007 e 2008, agora no calendário da Indy Racing League, e retornando em definitivo a partir de 2012, sendo muitas vezes disputado como uma rodada dupla. A prova só ficou ausente no calendário do ano passado por causa da pandemia da Covid-19, que obrigou ao cancelamento de várias das corridas programadas inicialmente pela Indycar para a temporada, retornando este ano, sendo mais uma vez disputada como rodada dupla, tendo o sueco Marcus Ericsson como vencedor da corrida do sábado, e o mexicano Patricio O’Ward triunfando na corrida de domingo.

 

 

Nos tempos da F-1, Detroit viu dois brasileiros venceram no circuito urbano no centro da cidade. Nélson Piquet venceu com Brabham/BMW em 1984, enquanto Ayrton Senna triunfou em 1986 (Lotus/Renault), 1987 (Lotus/Honda), e 1988 (McLaren/Honda). Émerson Fittipaldi venceu duas vezes por lá na antiga F-Indy, em 1989 (Patrick Racing), quando foi campeão da categoria, e 1991 (Penske). Já quando a corrida passou a ser disputada no Belle Isle Park, Hélio Castro Neves venceu a prova em 2000, 2001 (F-CART), e 2014 (IRL), todas pela equipe de Roger Penske. Scott Dixon é, ao lado de Helinho, o maior vencedor da corrida, com vitórias em 2012, 2018, e 2019, sempre pela equipe de Chip Ganassi.

 

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