segunda-feira, 6 de novembro de 2017

FLYING LAPS – OUTUBRO DE 2017



Já estamos praticamente na reta final do ano de 2017, e com um pouco de atraso, eis que sai hoje a edição da Flying Laps dedicada a alguns dos acontecimentos ocorridos no mundo da velocidade no mês de outubro passado, com várias notas sobre estes eventos do mundo do esporte a motor que tiveram lugar neste último mês, sempre com alguns comentários rápidos a respeito de cada dos assuntos abordados. Então, uma boa leitura a todos, e vamos em frente, sempre em altíssima velocidade, característica mais do que marcante do mundo das corridas, rumo ao fim deste ano...


Depois de ser derrotado por Andrea Dovizioso no GP do Japão e ver sua vantagem na classificação do campeonato ser reduzida a 11 pontos, Marc Márquez precisava dar uma resposta cabal de que ainda é o favorito na luta pelo título da classe rainha do motociclismo, e a “Formiga Atômica” deu seu recado na etapa da Austrália, em Phillip Island, conseguindo seu 6º triunfo no campeonato, e abrindo uma grande vantagem na classificação, quase colocando a mão na taça. O piloto da equipe oficial da Honda largou na pole e venceu a prova, enquanto seu rival Dovizioso, da Ducati, largava apenas em 11º, e ainda cometeu um erro nas primeiras voltas, caindo para as últimas colocações, de onde precisou fazer uma prova de recuperação, mas sem nenhuma condição de brigar pelas primeiras posições na corrida australiana. Com um pelotão bem compacto nas primeiras colocações, Márquez aproveitou-se do renhido duelo pela segunda posição na prova para escapar e averbar mais um triunfo no campeonato. Depois de algumas provas em baixa, a Yamaha conseguiu um grande resultado, colocando seus dois pilotos no pódio, com Valentino Rossi a mostrar uma grande performance, depois de seu revés em Motegi, e terminando a prova australiana em 2º lugar. Maverick Viñales, ainda sonhando com o título, foi o 3º colocado, ficando praticamente de fora da disputa. Johann Zarco, em mais uma demonstração de capacidade, duelou pelo pódio até as voltas finais, quando acabou superado pela dupla do time oficial da Yamaha, e terminou em 4º lugar, dando outro excelente resultado à Tech3. Para a Ducati, não foi mesmo um bom dia: além de ter ido mal na classificação com Andrea Dovizioso, viu o postulante ao título finalizar a prova apenas em 13º, vendo o arquirrival Márquez vencer e aumentar exponencialmente sua vantagem na classificação, de 11 para 33 pontos. Jorge Lorenzo, o outro piloto do time de Borgo Panigale, acabou a corrida na 15ª posição. Quem teve motivos para comemorar foi a dupla da KTM, Paul Spargaró e Bradley Smith, ao terminarem em 9º e 10º, mostrando a evolução gradual da marca, que entrou este ano na MotoGP e vinha sofrendo com os maus resultados.


Na penúltima etapa do campeonato da MotoGP, disputado em Sepang, na Malásia, todas as atenções estavam voltadas para Marc Márquez, que dependendo da combinação de resultados, poderia conquistar o tetracampeonato na corrida malaia, uma vez que abrira uma grande vantagem na Austrália sobre Andrea Dovizioso, o único piloto em condições de lhe roubar o título. E o italiano da Ducati conseguiu reverter a desvantagem, pelo menos parcialmente, e levar a decisão do campeonato para a corrida final do campeonato, em Valência, na Espanha. Dovizioso averbou em Sepang seu 6º triunfo na temporada, igualando o número de vitórias de Marc Márquez, que foi o 4º colocado, e minimizou os prejuízos, tendo largado em 7º, enquanto Dovizioso largava na primeira fila, em 3º lugar. A chuva mais uma vez mostrou as caras, e a corrida malaia foi disputada em piso molhado. Na sua melhor apresentação na Ducati este ano, Jorge Lorenzo tomou a ponta de Johann Zarco ainda nas primeiras voltas e tinha boas chances de, enfim, conseguir sua primeira vitória na temporada, mas Andrea Dovizioso, que havia caído um pouco na largada, tinha outras idéias, e já vinha no encalço do companheiro de equipe, que várias voltas depois de um duelo de tempos entre os pilotos da Ducati, errou em uma curva, permitindo a Dovizioso assumir a ponta, e conquistar a vitória na pista de Sepang. Com o resultado, o piloto italiano da Ducati agora tem 21 pontos de desvantagem para Marc Márquez, com 25 pontos em jogo na etapa final, em Valência. A desvantagem, portanto, ainda é grande, e o italiano precisa não apenas de um bom resultado indispensável, uma vitória, como ainda torcer para um resultado bem ruim de Márquez, de preferência um abandono, para chegar ao título, o que será muito difícil de acontecer. De qualquer forma, a Ducati termina o ano melhor do que imaginava, fazendo o vice-campeão da temporada com Dovizioso. Mas quem sabe, com alguma sorte, vem o título da temporada? As chances são pequenas, mas ainda existem...


Rubens Barrichello venceu a segunda corrida da Stock Car em Buenos Aires, fazendo uso da estratégia de largar com os pneus de pista seca, com os quais havia terminado a primeira prova. O piloto da Fulltime largou em 21º e foi superando os rivais na pista um a um, até assumir a liderança da corrida, de onde não mais sairia. A mesma estratégia foi adotada por Max Wilson (RCM/Eurofarma) e Rafael Suzuki (Cavaleiro), que terminaram no pódio, em 2º e 3º lugares. Felipe Fraga, que havia vencido a primeira corrida, foi o 6º colocado. Cacá Bueno terminou em 5º lugar. Daniel Serra, o líder do campeonato, acabou abandonando a prova, e com o 10º lugar de Thiago Camilo (Ipiranga), viu sua vantagem na classificação ser reduzida a 4 pontos. Com os resultados da etapa, Felipe Fraga, então o 6º colocado, subiu para a 3ª posição no campeonato.



A etapa de Tarumã da Stock Car foi marcada por um festival de punições que bagunçou o resultado obtido pelos pilotos na pista. Para começar, Ricardo Zonta havia vencido a primeira corrida, mas a queda do tanque de combustível na área do pit-line nos boxes da equipe do piloto, após a parada, foi considerada pelos comissários como infração, e Zonta perdeu a vitória, sendo classificado apenas em 13º lugar. Daniel Serra, da RC/Eurofarma, que havia chegado em 2º, ficou com a vitória, voltando a abrir vantagem na classificação para Thiago Camilo, que finalizara em 4º lugar. Galid Osman ficou com o 2º lugar, e Max Wilson fechou o pódio da primeira corrida na pista gaúcha. Rubens Barrichello foi apenas o 9º colocado, enquanto Felipe Fraga acabou abandonando a prova, e viu suas chances de uma recuperação no campeonato sofrerem um forte tombo. Na segunda corrida, a vitória ficou com Ricardo Mauricio, da RC/Eurofarma. Felipe Fraga, da Cimed, havia terminado em 2º lugar, mas acabou punido pela direção de prova, por ter feito ultrapassagens sob bandeira amarela, e acabou classificado em 7º lugar. Com isso, Átila Abreu acabou com a 2º posição, seguido por Márcio Campos. Daniel Serra fechou a segunda corrida sem pontuar, mas para sua sorte, Thiago Camilo, o segundo colocado na classificação, também não obteve um resultado de monta, fechando a corrida apenas em 11º.


Com os resultados das rodadas de Buenos Aires e Tarumã, Daniel Serra ainda segue na liderança do campeonato da Stock Car, com 289 pontos, 10 à frente de Thiago Camilo, com 279. Depois de um fim de semana positivo na capital da Argentina, Felipe Fraga acabou superado por Átila Abreu na pontuação, por um ponto (223 a 222), caindo para a 4ª posição. Em 5] lugar, vem Max Wilson, com 203 pontos. Rubens Barrichello é o 6º colocado, com 198 pontos. Cacá Bueno é o 7º, com 191 pontos, à frente de Ricardo Maurício, com 181 pontos. Para fechar o campeonato, ainda haverá a rodada dupla de Goiânia, no dia 19 de novembro, e a corrida final, em Interlagos, no dia 10 de dezembro.


Batida repetidamente pela Porsche no Mundial de Endurance nesta temporada na classe LMP1, a Toyota pelo menos sentiu o gosto da vitória em casa, nas 6 Horas de Fuji, disputadas no circuito próximo à montanha-símbolo do Japão. A fábrica alemã havia saído na pole-position, mas a prova, marcada por várias interrupções devido ao clima, acabou encerrada por causa do mau tempo, e com isso, a marca japonesa pôde comemorar a vitória em dobradinha, com o trio Sébastien Buemi/Kazuki Nakajima/Anthony Davidson, ao volante do carro Nº 8. Na segunda posição ficou o trio Mike Conway/Kamui Kobayashi/José-Maria López, com o carro Nº 7. A Porsche acabou terminando com seus dois carros logo a seguir, em 3º e 4º lugares. E houve vitória brasileira na classe LMP2: Bruno Senna, que fazia aniversário justamente no dia da corrida, venceu em sua categoria, ao lado de seus parceiros Nicolas Prost e Julien Canal, no carro Nº 31 da equipe Rebellion, classificados em 5º lugar na classificação geral da prova. André Negrão, defendendo a Signatech-Alpine no carro Nº 36, ao lado de Gustavo Menezes e Nicolas Lapierre, fechou a prova na 2º colocação na classe LMP2, garantindo dois brasileiros no pódio. Agora, faltam duas etapas para o encerramento do Mundial de Endurance, com as etapas de Shanghai e do Bahrein. Com o anúncio do abandono da Porsche ao fim do ano, ainda fica em dúvida se a Toyota permanecerá na competição, uma vez que não teria uma adversária à altura para enfrentar, já que os demais times da classe LMP1 não são de equipes de fábrica. A marca japonesa prometia anunciar sua decisão de permanecer ou não após a corrida em Fuji, mas até o fechamento deste texto, nada ainda havia sido divulgado a respeito, mas aumentaram as possibilidades de a Toyota permanecer no certame, segundo alguns comentários, uma vez que novos times privados devem adentrar na classe em 2018.


Depois de sua participação nas 500 Milhas de Indianápolis deste ano, o espanhol Fernando Alonso, depois de renovar seu contrato com a McLaren para estar mais um ano no grid da F-1 em 2018, anunciou o seu novo desafio no mundo do automobilismo: irá participar das 24 Horas de Daytona, a mais tradicional de endurance dos Estados Unidos, pela equipe United Autosports, comandada justamente por Zak Brown, que é diretor da equipe McLaren de F-1. A participação de Alonso é uma preparação visando as 24 Horas de Le Mans, que no próximo ano não irão conflitar com nenhuma etapa do mundial de F-1, e é um desejo de participação do piloto espanhol, que há pouco tempo atrás, quase participou da corrida pela Porsche, mas Ron Dennis, então chefe da McLaren, vetou sua aventura em Le Sarthe. Os alemães então contrataram Nico Hulkemberg para a vaga, e ele acabou ganhando a corrida, e ganhando muito prestígio por isso. Em Daytona, Alonso terá como parceiros os pilotos Lando Norris, campeão da F-3 Européia e piloto do programa de desenvolvimento da McLaren, e Phil Hanson. Ainda não dá para saber como será a performance do asturiano na corrida, onde conduzirá um protótipo Ligier JS P217, classe LMP2. O piloto possui grandes expectativas sobre o próximo ano, uma vez que, além da participação em Daytona, e dos planos de disputar as 24 Horas de Le Mans, a McLaren utilizará um motor bem mais competitivo na F-1: o Renault, em substituição aos Honda utilizados nos últimos três anos e que não trouxeram os resultados esperados.


Desfalcando o time da Toro Rosso em Austin para lutar pelo título da Super Formula japonesa na pista de Suzuka no mesmo fim de semana do GP dos EUA de F-1, Pierre Gasly nem teve chance de entrar na pista: a passagem de um tufão pelo Japão complicou as coisas e a etapa final da competição acabou cancelada, dando o título da temporada para o japonês Hiroaki Ishiura, da Toyota. Gasly acabou com o vice-campeonato, 0,5 ponto atrás de Ishiura.
 



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