Estamos fechando o mês de junho, e com
isso, já nos despedimos praticamente de metade do ano de 2018. Então, como é de
praxe ao final de cada mês, é hora de mais uma edição da Cotação
Automobilística, fazendo uma avaliação de alguns dos acontecimentos do mundo da
velocidade neste mês de junho, sempre com minhas devidas considerações e
comentários a respeito, que fica a critério de todos os leitores concordarem ou
não com minhas posições sobre os assuntos tratados, e que possam pelo menos
apreciar o texto, que segue abaixo no esquema tradicional de sempre das
avaliações: EM ALTA (caixa na cor verde); NA MESMA (caixa na cor azul); e EM
BAIXA (caixa na cor vermelho-claro). Uma boa leitura a todos, e até a próxima
edição da Cotação Automobilística no mês que vem, com algumas avaliações dos
acontecimentos do mês de julho, iniciando então o segundo semestre deste ano de
2018:
EM ALTA:
Scott
Dixon: O piloto neozelandês continua sendo a força propulsora do time de Chip
Ganassi, que não tem mostrado mais a força de antigamente, mas tem em Dixon uma
garantia de resultados e determinação na pista. E Scott mostra que essa devoção
não é gratuita, ao conseguir ampliar ainda mais a liderança no campeonato da
Indycar, tendo vencido duas corridas, e usando sempre de estratégia e muita
inteligência para conseguir resultados melhores do que seu time normalmente conseguiria.
Prova disso foi na etapa de Road America, onde conseguiu com muita competência
mais um pódio, e segue firme na liderança indo em busca do seu 5º título nas
categorias Indy. Não é por acaso que a Ganassi preferiu concentrar suas
atenções no neozelandês. Tanto que seu companheiro de equipe, Ed Jones, é
apenas o 12º na classificação, com pouco mais da metade dos pontos de Dixon.
Com o resultado desta última prova, Dixon agora tem 45 pontos de vantagem para
seus rivais mais próximos na tabela, Ryan Hunter-Reay e Alexander Rossi. E ele
não está disposto a desperdiçar chances de bons resultados que possam aparecer,
pois ainda tem muito chão pela frente, e ele sabe, melhor do que ninguém, que
não pode comemorar antecipadamente.
Jorge
Lorenzo: Demorou, mas enfim veio a redenção do piloto espanhol na equipe Ducati
na MotoGP, e em grande estilo, com nada menos do que duas vitórias
consecutivas, e igualando-se na pontuação do campeonato a seu companheiro de
equipe Andrea Dovizioso, que tinha sido superior a ele desde que chegara ao
time italiano no ano passado. E, mais do que voltar a vencer, Jorge Lorenzo já
garantiu lugar naquele que é o melhor time da competição, a escuderia oficial
da Honda, para ser um de seus titulares a partir da próxima temporada, voltando
a dispor de uma moto vencedora, e quem sabe, um pouco mais fácil de domar. Mas
a tarefa do tricampeão ainda não está completa: ele quer deixar a Ducati por
cima, até para mostrar que está acima do time, e nada melhor do que isso
entrando na luta pelo título da temporada, que vem sendo dominada por Marc Márquez,
que segue disparado na frente, com quase o dobro de pontos da dupla de Borgo
Panigale. Lorenzo não deixou de acreditar em si mesmo, em um momento onde todos
já começavam a questionar se ele voltaria a impressionar como fazia na Yamaha.
O recado foi dado, e a partir de agora, ele vai exigir de volta o respeito que
perdeu por parte de todos, e mostrar que não foi tricampeão por acaso na classe
rainha do motociclismo. E podem apostar, ele pretende vir com tudo...
Lucas
Di Grassi: O piloto brasileiro, atual campeão da Formula-E, teve um início de
temporada abaixo da expectativa, com seu carro apresentando inúmeros problemas
de confiabilidade, ainda que sempre tenha se mostrado muito rápido. Pois bastou
resolverem os problemas de fiabilidade para os resultados voltarem a aparecer,
e Lucas engatou uma sequência de quatro segundos lugares consecutivos, numa
escalada que só não era perfeita porque sempre alguém conseguia terminar as
corridas na sua frente, apesar de seus esforços. Bem, demorou, para Di Grassi
voltou a vencer, e foi na etapa de Zurique, que marcou a volta de uma
competição automobilística à Suíça, depois de mais de 60 anos de proibição
decretada em meados dos anos 1950. O piloto brasileiro simplesmente partiu para
o ataque desde a largada, e desta vez, conseguiu chegar em primeiro lugar,
assumindo o 3º lugar no campeonato, e dando esperanças ao seu time de ainda
conquistarem o título de equipes da atual temporada, mesmo que remotas, pois a
Techeetah tem 33 pontos de vantagem na disputa, contra 56 pontos ainda em jogo.
Mesmo assim, a intenção de Lucas é terminar a temporada em alta, e mostrar que
poderia ter lutado pelo título se não fossem os problemas iniciais que
enfrentaram.
Thierry
Neuville: O piloto belga da Hyndai está conseguindo o que muitos achavam
impossível: destronar Sébastian Ogier do posto de favorito ao título da
temporada no Mundial de Rali. Neuville havia assumido a liderança da competição
ao vencer a etapa de Portugal, que com Ogier não marcando pontos, muitos
achavam que poderia ser um resultado de sorte. Pois Thierry tratou de mostrar
que a situação não é bem essa, e averbou mais uma vitória na etapa da Sardenha,
conquistando sua 3ª vitória no ano, e igualando-se a Ogier no número de
triunfos na atual temporada. Ogier fez o que pôde, mas não conseguiu impedir
que Neuville faturasse mais uma, e teve de se contentar com o 2º lugar nessa
etapa, e o francês só não pode reclamar porque ele e Neuville encontram-se
disparados na frente na classificação. Ogier tem 122 pontos, enquanto o 3º
colocado, Ott Tanak, tem 77 pontos. E Neuville, com sua nova vitória, está com
149 pontos, impondo uma diferença que Ogier dificilmente reverterá sem que o
belga tenha algum imprevisto pelo caminho. E vai haver muito caminho pela
frente, nas seis etapas que ainda possui o Mundial de Rali para este ano. Mas,
parece que o francês finalmente vai ter trabalho para conseguir emplacar mais
um título no seu currículo...
Vitória
da Toyota nas 24 Horas de Le Mans: Enfim, o time nipônico desencantou, e
finalmente conseguiu a vitória na mais famosa corrida de endurance do planeta,
as 24 Horas de Le Mans. Isso também deu ao espanhol Fernando Alonso o triunfo
na corrida, faltando apenas vencer as 500 Milhas de Indianápolis para Alonso
igualar-se a Graham Hill na conquista da Tríplice Coroa do Automobilismo
Mundial. A vitória também é um prêmio à persistência da Toyota, que manteve-se
na competição, quando os demais concorrentes, Audi e Porsche, simplesmente pularam
fora. Mas, também por isso mesmo, deixa o triunfo da conquista em Sarthe um
pouco esvaziado, pois os nipônicos praticamente correram sozinhos, já que os
demais carros da classe LMP1, de times privados, até por causa das parcas
regras impostas pela direção do WEC, desde o início nunca lhes permitiram
sonhar em disputar a vitória efetivamente com a Toyota, dada a diferença de
performance entre seus carros e os do time de fábrica japonês, num claro
favorecimento aos nipônicos. Mesmo assim, não se deve também menosprezar por
completo o triunfo, pois os dois carros do time tiveram alguns percalços
durante a corrida, decorrentes de penalizações por excederem limites de
velocidade nas slow zones determinadas durante a corrida. E suas trincas de
pilotos aceleraram forte durante a corrida, mostrando seus talentos,
velocidade, e determinação para oferecerem uma performance digna aos amantes da
velocidade que lotaram Le Mans e acompanharam a corrida mundo afora via TV,
rádio, ou internet. E o risco de ambos os carros quebrarem não podia ser
desprezado, como já havia acontecido em outras ocasiões. No fim, deu tudo certo
para a Toyota, que enfim puderam adicionar mais essa conquista a seu currículo
no WEC, e livrarem-se da “maldição” que muitos imaginavam que não acabaria
nunca em relação à montadora japonesa em Sarthe.
NA MESMA:
Tony
Kanaan e Matheus Leist na equipe Foyt em 2019: Apesar dos resultados ainda
estarem sendo abaixo da expectativa, a direção da equipe Foyt já decidiu manter
a sua dupla de pilotos brasileiros para a próxima temporada da Indycar. Além do
firme aporte de seu patrocinador principal, a empresa de materiais de
construção ABC, a escuderia sabe que este é um ano de transição para o time,
depois da reestruturação promovida com a ajuda de Kanaan na parte técnica, e
que as peças ainda estão se encaixando pouco a pouco. Larry Foyt, que comanda a
escuderia fundada por seu pai, o lendário A. J. Foyt, sabe das qualidades de
sua dupla de pilotos, e que a experiência trazida por Tony, e a juventude proporcionada
por Matheus tem tudo para render bons frutos tão logo o time consiga acertar a
constância de suas performances, e proporcionar carros melhores a ambos para
que possam mostrar do que são capazes. A renovação também ajuda o time a
planejar suas ações a longo prazo, já que manterá o felling de seus pilotos
para coordenar a evolução dos ajustes no equipamento da escuderia. E, com isso,
Kanaan garante mais um ano na categoria, e Leist, mais tranquilidade para
procurar mostrar o seu talento ao time que confiou nele para ser um de seus
titulares na atual temporada da categoria...
Equipe
Yamaha na MotoGP: Sem vencer há praticamente um ano, o time oficial da marca dos
três diapasões continua sem muita perspectiva de melhora na atual temporada da
classe rainha do motociclismo. Maverick Viñales e Valentino Rossi tem se
desdobrado para andar na frente nas corridas, mas o máximo que tem conseguido
nas últimas corridas foram três pódios de Rossi, sempre em 3º lugar. Não
deveria ser exatamente um mal resultado, afinal, terminar no pódio sempre é
bom. Mas tem sido o limite de performance alcançado pelos pilotos da Yamaha na temporada,
e é preciso lembrar que em várias corridas adversários potenciais que poderiam
ter complicado a posição final na bandeirada ficaram pelo caminho, devido a
tombos e alguns percalços. Rossi tem conseguido driblar um pouco as
adversidades, mas Viñales tem ficado um pouco pelo caminho, sem ter conseguido
o mesmo desempenho. Em um momento onde Honda e Ducati se encontram mais
competitivas, a Yamaha tem tido um sufoco para superar times satélites como a
LCR ou a Tech3, fora quando a Suzuki também começa a apertar. Pelo visto, o
time não conseguirá que seus pilotos entrem firmes na disputa do título desta temporada,
a exemplo do ano passado, apesar de no momento sua dupla de pilotos serem 2º e
3º colocados na classificação.
Emoção
nas corridas da F-1: A temporada 2018 da categoria máxima do automobilismo
mundial até que começou com algumas corridas que, se não foram épicas,
mostraram resultados interessantes, e uma perspectiva de um duelo bem
equilibrado pelo título. Mas, depois do Grande Prêmio da Espanha, o marasmo
parece ter invadido pra valer as provas do campeonato, que ficaram
completamente insossas e ausentes de maiores emoções, salvo alguns momentos
esporádicos. Mônaco já não prometia muito, todos sabiam, mas quando até a
corrida do Canadá começa a dar sono, é para começar a se preocupar. Felizmente,
a corrida francesa, de volta ao calendário, teve um pouco mais de movimentação,
ajudando a escapar um pouco da monotonia, mas sem empolgar exatamente. A
disputa pelo campeonato ainda promete segurar a atenção mais pelos resultados e
a tabela de pontos, do que pelas disputas na pista propriamente. E o que
prometia ser um ano empolgante de disputas pode vir a ser um ano cheio de
provas enfadonhas, em um momento onde a Liberty Media tenta dar uma nova e mais
revigorante identidade à F-1...
Transmissão
da F-1 na Globo: Ninguém deveria ficar surpreso, ainda mais em tempos de Copa
do Mundo. Com a bola rolando na Rússia, a Globo empurrou a transmissão das
corridas para seus canais pagos do SporTV, de modo que até a corrida do Canadá,
em virtude do novo horário de transmissão adotado este ano para várias corridas,
acabou indo parar na TV paga para transmissão ao vivo. Ao menos, o
telespectador que tem acesso aos canais SporTV tem tido a oportunidade de acompanhar
uma transmissão um pouco melhor, com um espaço pré-corrida bem maior, que só
não é mais elogiado porque a emissora poderia ter feito um trabalho muito
melhor, com a produção de matérias mais interessantes, mas ficou no básico, sem
aproveitar de forma mais positiva o espaço adicional oferecido. Em boa parte, ficou
com discussões da equipe de apresentação em estúdio, com Sérgio Mauricio,
Reginaldo Leme e Luciano Burti. Não foi ruim, mas poderiam ter sido mais
ousados na apresentação do material. A Globo ainda precisa se livrar de suas
amarras de criatividade para incrementar suas transmissões nesse sentido...
Nelsinho
Piquet na F-E: Primeiro campeão da categoria de carros monopostos elétricos,
Nelsinho Piquet pretendia recomeçar na competição nesta temporada, tendo
trocado a antiga China Racing pela equipe de fábrica da Jaguar. No início, até
que tudo ia bem, mas nas últimas corridas, azares e percalços tem feito o piloto
brasileiro ficar fora da zona de pontuação, e por tabela, ir ficando para trás
na classificação, sendo superado pelos outros pilotos, e até mesmo por seu
companheiro de equipe, Mith Evans, que já marcou 15 pontos a mais que Nelsinho
na temporada, algo que nem ele próprio poderia esperar. Já são 5 etapas zerado,
sem conseguir pontuar, e com apenas duas corridas para terminar o ano, a esperança
é pelo menos voltar à zona de pontos, e mostrar um final de temporada mais
positivo. Até porque Piquet acabou de ser superado na pontuação por Oliver
Turvey, piloto de seu antigo time... Aí se vê que a situação de Nelsinho
empacou mesmo.
EM BAIXA:
Equipe
McLaren: O time de Woking começou razoavelmente bem a temporada 2018, mostrando
que a troca dos propulsores Honda pelos Renault havia sido um passo correto,
até porque na primeira corrida, a Toro Rosso, nova usuária das unidades
motrizes nipônicas, teve um fim de semana infernal, e em parte provocada pelos
motores japoneses. Só que a ambição da McLaren era ao menos tentar competir com
o melhor time equipado com a Renault, a Red Bull, e isso ainda estava longe de
acontecer. Mas, com a temporada em andamento, a esperança era que o time
evoluísse, e pelo menos fosse a 4ª força da temporada, pois querer mais do que
isso seria sonhar demais. Só que a temporada foi avançando, e mesmo depois de
um grande upgrade no chassi MCL33, e da nova unidade de potência francesa
liberada no Canadá, o time, ao invés de progredir, regrediu, a ponto de na
França a escuderia de Woking só ter sido melhor que a Williams, na definição do
grid de largada. Falta velocidade, e para piorar, o próprio time admite que não
sabe o que está errado no seu carro. O problema não é mais motor, e agora a
McLaren só pode culpar a si mesma por seu carro não ser tão bom quanto eles
prometiam. E até mesmo a confiabilidade está indo para o rali, com Alonso tendo
de abandonar por problemas mecânicos nas últimas 3 provas. Não fiquem surpresos
se o asturiano começar a surtar de novo, o que já não está longe de
acontecer...
Andrea
Dovizioso: Vice-campeão da temporada passada, o piloto italiano da Ducati não
está tendo a temporada que imaginava. Se o duelo contra Marc Márquez já não
deveria surpreender por ser difícil, tanto pelo talento quanto pelo equipamento
do espanhol, Andrea ao menos esperava ser capaz de conseguir continuar a
surpreender, como fez na prova de estréia da temporada, no Qatar. Mas, os
azares começaram a aparecer, e três abandonos nas últimas quatro corridas
certamente não foram muito abonadores, enquanto Márquez sumiu na dianteira da
competição, tornando ainda mais difícil repetir o duelo pelo título de 2017.
Como se isso tudo não bastasse, Jorge Lorenzo parece ter finalmente encontrado
seu ritmo com a moto italiana, e já venceu duas corridas, conseguindo empatar
com Dovizioso na pontuação do campeonato, o que significa um rival a mais para
ser batido na pista. E, se no ano passado, e no início deste ano, Andrea deixou
Lorenzo comendo poeira na grande maioria das corridas, o tricampeão parece
agora disposto a uma revanche, o que deve dividir as atenções ainda mais na
Ducati, pois ambos os pilotos terão de correr como franco atiradores para
tentarem alcançar Márquez. Se quiser ter chances nessa disputa, Dovizioso terá
de correr atrás dos resultados perdidos até aqui, e se mostrar mais eficiente
do que nunca. E evitar novas oportunidades de pontuar perdidas por acidentes.
Romain
Grosjean: Pode parecer incrível, mas somente dois pilotos continuam zerados na
pontuação do Mundial de F-1 em 2018. Um deles é o russo Sergey Sirotkin, da
Williams, e isso por si só já explica a dificuldade de conseguir pontuar. O
outro é justamente Grosjean, que teve uma boa chance até de tentar sair do zero
na França, onde pelo menos vinha surpreendendo na classificação, até que no Q3,
acabou batendo, e deu adeus às chances de largar um pouco mais à frente. E, na
corrida, mesmo largando em 10º, não conseguiu sustentar o ritmo, e terminou
apenas em 11º, novamente fora da zona de pontos. A comparação fica pior com seu
companheiro de equipe Kevin Magnussem, que largou em 9º, e fez uma corrida
combativa, terminando em 6º, e acumulando 27 pontos no campeonato, todos os que
a Hass contabiliza na temporada 2018, enquanto Romain não tem nada até agora. O
ano vai ficando difícil para Grosjean digerir, desse jeito...
Dani
Pedrosa: Uma hora iria acontecer, e aconteceu. A equipe oficial da Honda na
MotoGP não contará mais com os serviços de Dani Pedrosa. O piloto espanhol
sempre guiou pelo time oficial da marca japonesa na classe rainha do
motociclismo, mas tirando as temporadas de 2007, 2010, e 2012, quando foi
vice-campeão, nunca conseguiu se impor frente aos concorrentes como Marc Márquez
vem fazendo desde que estreou na escuderia há 6 anos. Aliás, desde a estréia de
Marc, Pedrosa raramente conseguiu andar no nível do novo companheiro de equipe,
e infelizmente, tem sofrido também uma série de infortúnios que só ajudaram a
complicar sua campanha nas últimas temporadas, como por exemplo os acidentes
que sofreu, e chegaram a comprometer seu rendimento, quando não o afastaram de
algumas etapas. E, tendo uma moto competitiva, e vencedora, o desempenho de
Pedrosa fica ainda mais inferiorizado quando comparado a alguns outros pilotos
que correm com motos menos competitivas. E, com Jorge Lorenzo rondando o time,
a opção acabou sendo óbvia para os nipônicos, que agora deverão ter em 2019 uma
das duplas mais fortes do grid. Resta a Pedrosa encontrar agora um lugar para
fincar sua bandeira no próximo ano, o que até o presente momento tem se
mostrado meio complicado, pela falta de melhores opções disponíveis.
Circuitos
ovais pequenos na Indycar: Definitivamente, os tempos atuais não são muito favoráveis
às pequenas pistas ovais na categoria de monopostos top dos Estados Unidos. Antes
sinônimo de corridas empolgantes e disputadas, nos últimos tempos as corridas
ou não empolgaram, ou o público perdeu o interesse também. Milwaukee, a pista
mais antiga do país, foi sacada do calendário, e nos últimos três anos, Phoenix
tentou manter a tradição dos circuitos ovais de uma milha no calendário da
competição. Mas a corrida do ano passado não foi das melhores, e este ano, com
o novo aerokit universal, as disputas na pista praticamente sumiram, com os
pilotos sendo incapazes de manterem o controle do carro com muito menos
downforce do que gostariam de ter. E o público, infelizmente, também não andou
prestigiando a prova da maneira que todos esperavam, de modo que a direção da
Indycar já oficializou que Phoenix não estará mais no calendário no ano que vem,
e que provavelmente não fará falta nenhuma. Ao que parece, só as pistas ovais
maiores estão conseguindo segurar um pouco melhor o interesse do público, além
de oferecer um pouco mais de condições de corridas mais disputadas. E isso,
sabe-se lá por quanto tempo...
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