sexta-feira, 29 de abril de 2016

O DESAFIO DE LORENZO



Depois de 9 anos na Yamaha, Jorge Lorenzo defenderá a Ducati a partir de 2017.

            Valentino Rossi chegou, viu, e venceu o Grande Prêmio da Espanha, disputado domingo passado em Jerez de La Fronteira, na Andaluzia, de uma maneira que muitos já haviam esquecido. O "Doutor" largou na pole-position, e venceu a corrida de ponta a ponta, como nos seus bons tempos, que muitos insistem em dizer que já passaram, mas o italiano mostra que ainda não estão tão terminados como se pensa. Mas um dos grandes assuntos no paddock do circuito espanhol, além da vitória do piloto italiano da equipe oficial da Yamaha, era a mudança de seu companheiro de equipe, Jorge Lorenzo, para a Ducati, a partir da próxima temporada. A dupla de pilotos mais forte do grid da categoria rainha do motociclismo será desfeita.
            Além de um proposta financeira melhor por parte dos italianos, que ofereceram cerca de 12 milhões de euros por temporada por um contrato de dois anos, contra um salário de 9 milhões de euros se renovasse com a equipe de Iwata, Lorenzo está buscando um tratamento diferenciado que não ia conseguir na Yamaha: ser o primeiro piloto do time. O piloto espanhol, desde que ficou livre de Rossi no time nipônico quando este foi correr pela Ducati em 2011 e 2012, após várias desavenças com o "Doutor", se acostumou a ser o centro das atenções do time, mas quando Rossi voltou à escuderia em 2013, por incrível que pareça, o relacionamento entre ambos conseguiu até ser mais calmo. Mas bastou ambos disputarem ferrenhamente o título no ano passado, para o caldo entornar de vez, situação que acabou se estendendo até às equipes de mecânicos de cada piloto no box.
            Apesar de ter conquistado o título de 2015, o clima no time entre Lorenzo e Rossi não ficou mais calmo, e até mesmo a direção da escuderia ficou um pouco reticente com o espanhol, depois que ele meio que tomou partido contra o italiano das críticas que Rossi havia feito sobre Marc Márquez estar "fazendo corpo mole" a fim de favorecer seu compatriota na luta pelo título do ano passado, discussão que acabou atingindo seu ápice no incidente entre Rossi e Márquez em Sepang, com o piloto da Honda caindo após um suposto chute do italiano em sua moto em uma disputa de posição. Isso levou à punição de Rossi largar em último na etapa final em Valência, e o piloto tentou apelar ao Tribunal Arbitral do Esporte, a fim de reverter a punição. Além de não ter conseguido o que pretendia, Valentino ainda ouviu Lorenzo criticá-lo, com o espanhol tentando se envolver no processo pedindo maiores punições ao companheiro de time sem consentimento da escuderia. Lorenzo conquistou o tricampeonato, e mesmo que o tenha feito por méritos próprios, seu triunfo ficou à sombra da punição dada a Rossi, que pelo sim, pelo não, contaminou o clima da decisão.
            O ambiente entre as equipes de mecânicos, até então cordial, também ficou meio exaltado. Ambos os times de Rossi e Lorenzo mantinham harmonia no seu trabalho conjunto, mas depois do final polêmico de 2015, a sintonia entre todos dentro dos boxes não se tornou mais a mesma de antes. Junte-se a isso o fato de Lorenzo reclamar do compartilhamento de dados entre ele e Rossi, algo plenamente justificável em uma escuderia de competição, sob alegação de que o italiano se aproveitava de seu trabalho de desenvolvimento, e a negativa da Yamaha de mudar sua filosofia de trabalho, e podemos ver que o ambiente no time dos três diapasões andava meio instável mesmo.
            Mas, procurando manter sua dupla de pilotos tranquila o tanto possível, e confiando no talento deles, a Yamaha ofereceu a ambos o contrato de renovação por mais dois anos antes mesmo da largada da primeira corrida, em Losail, no Qatar. Rossi aceitou de imediato, mas Lorenzo pediu um tempo para pensar. Com uma proposta milionária da Ducati, que já há algum tempo vinha sondando o piloto espanhol, e a certeza de que o clima no time nipônico poderia continuar não sendo do seu agrado, Lorenzo resolveu aceitar o desafio de levar o time da marca italiana de volta ao topo da MotoGP.
            Sobre o desejo de ser o número um do time, o próprio Lin Jarvis, chefe da escuderia oficial da Yamaha, revelou que essa era uma exigência que o time não poderia atender, por contar com dois pilotos campeões, e que o tratamento dado a ambos seria sempre igual, sem prejudicar ou favorecer um ou outro. Claro que Lorenzo disse que isso não foi o motivo principal de sua decisão de guiar para a Ducati, mas que influenciou fortemente, isso influenciou. Oficialmente, Lorenzo disse que ir para a Ducati significa encarar novos desafios e uma mudança de ares na carreira.
            A Ducati conseguiu uma evolução significativa em sua moto para esta temporada, e o modelo desta temporada tem mostrado uma notável velocidade em reta, já capacitando o time italiano a voltar a vencer corridas. Para isso, entretanto, a marca precisava de um piloto campeão em suas fileiras, a fim de não ter mais desculpas para a falta de resultados. E Lorenzo é o piloto que, na opinião do time, pode levar a marca de volta ao topo do pódio. Uma das motivações de Lorenzo em sua empreitada seria conseguir justamente o que Rossi não foi capaz de fazer: levar a equipe italiana de volta ao título. Rossi competiu pela Ducati em 2011 e 2012, mas o melhor que conseguiu foram 2 segundos lugares e um terceiro, ficando sem vencer praticamente. Não foi o resultado que muitos esperavam.
            Curiosamente, foi o fracasso da parceria Rossi/Ducati que abriu o caminho para a Ducati ser hoje um time em franca ascenção. Como puderam fracassar tendo um multicampeão como o "Doutor" no time? A resposta era mais do que óbvia: o equipamento era ruim. E isso levou a Ducati a promover mudanças na direção do time, investir na área técnica e reformulações no projeto da moto. Levou um tempo, mas hoje a moto italiana só perde para a Yamaha e a Honda, e só precisam mesmo é de um piloto do quilate de Jorge Lorenzo para enfim igualar-se definitivamente aos dois times mais poderosos da MotoGP. E a Ducati já anda incomodando nesta temporada: Andrea Dovizioso batalhou ferozmente com Lorenzo pela vitória no Qatar, cruzando a bandeirada apenas 2s atrás do atual tricampeão. No GP da Argentina, a Ducati tinha garantido o 2° e 3° lugares quando seus dois pilotos se tocaram a caíram a duas curvas da bandeirada, jogando por terra o melhor resultado do time nos últimos tempos, após uma prova aguerrida em que os modelos de Borgo Panigale mostraram excelente performance. Em Austin, a Ducati foi novamente ao pódio, agora com Andrea Iannone, em outra corrida de ritmo forte, que só não terminou melhor para a escuderia porque Andrea Dovizioso acabou fora da corrida em um toque com Dani Pedrosa em disputa de posição. As motos italianas mostraram a maior velocidade de reta em Austin, com Dovizioso cravando 339 Km/h, ante 338,1 de Iannone. Só para efeito de comparação, a Honda mais rápida em velocidade foi de Dani Pedrosa, com 334,1 Km/h, contra 332 de Marc Márquez. Uma diferença significativa. No Qatar, prova de início da temporada, a dupla da marca italiana também marcou as melhores velocidades em reta, com diferenças similares, que ajudaram Dovizioso e Iannone a complicarem a situação de Márquez, Lorenzo e Rossi. Situação idêntica na Argentina e na Espanha, onde as Ducati eram um perigo mais do que real nas reta. Com um pouco mais de equilíbrio nas curvas, a Ducati virá com tudo para cima das Yamahas e Hondas oficiais.
            Jorge Lorenzo já vinha sendo contatado pelos italianos há algum tempo para ser piloto deles, mas até então, o modelo da Yamaha sempre se mostrava mais competitivo do que as motos italianas, razão pela qual permaneceu com o time de Iwata. Agora, com o crescimento de desempenho das Ducati na pista, a diferença reduziu-se a um percentual que Lorenzo acredita ser capaz de dar o passo decisivo para tornar a marca novamente vencedora, derrotando tanto Honda quando Yamaha. Outro detalhe interessante é a adoção das centralinas padrão, a partir desta temporada, que ajudou a reduzir parte da vantagem de Honda e Yamaha nas pistas, uma vez que o novo modelo utilizado por todos não é tão avançado como os sistemas que ambas as escuderias nipônicas dispunham até 2015, mas que não ocasionou nenhuma perda de performance para o modelo italiano.
            Com o desenvolvimento da moto mais centrado em seu estilo de pilotagem, e podendo ter mais voz ativa no que deseja do comportamento da moto, Jorge Lorenzo acredita que fará a diferença para levar a Ducati novamente ao título, algo que a marca não vê desde 2007, quando conquistou seu último título, com Casey Stoner. Aliás, Stoner retornou à marca há poucos meses, para exercer a função de piloto de testes. Muitos apostavam que a Ducati conseguiria demovê-lo da decisão de abandonar oficialmente as competições e retornar como titular, mas a contratação de Lorenzo encerra as suposições sobre o australiano, embora haja quem sonhe com uma dupla Stoner/Lorenzo na Ducati para 2017, algo tido como improvável, não apenas porque Stoner mantém firme sua decisão de ser apenas piloto de testes, mas porque Lorenzo dificilmente iria ter tranquilidade no time se tivesse novamente um piloto campeão a seu lado. E, depois de finalmente conseguir atrair o espanhol, a Ducati não faria a loucura de tentar alinhar dois pilotos campeões novamente, para desgosto do tricampeão. Mas claro que muitos até torceriam para que essa loucura acontecesse...
            Antes de começar sua jornada na Ducati, Lorenzo pretende despedir-se da Yamaha com mais um título, mas é bom que se prepare para enfrentar oposição forte de Valentino Rossi na parada. Lorenzo não tem do que se queixar do tempo em que correu na equipe nipônica, onde estreou na categoria rainha do motociclismo em 2008. Neste tempo, ele foi três vezes campeão, venceu 41 corridas e chegou a 99 pódios. E ele tem intenção de aumentar estes números. Há quem diga que com a saída do espanhol, a Yamaha deverá privilegiar o italiano na disputa pelo título, mas a Yamaha não iria agir dessa forma, depois de reafirmar seu compromisso de dar atenção igual a seus dois pilotos. O único "favorecimento" possível é que até ser escolhido o companheiro do "Doutor" para 2017, o desenvolvimento da moto para a próxima temporada terá Rossi como parâmetro, o que não é nada mais do que óbvio de se agir. Mas, daí a dizer que Lorenzo não terá a atenção do time para disputar o título é a mais pura besteira.
            Se conseguir levar a Ducati de novo a disputar o título da MotoGP, Lorenzo estará ajudando a categoria a mostrar um espetáculo ainda melhor e mais disputado, e isso será comemorado por todos os amantes da motovelocidade, em que pesem alguns fãs bairristas que adoram jogar lenha na fogueira nas disputas de seus pilotos favoritos, algo que é totalmente dispensável para o esporte em si. Que Jorge Lorenzo consiga ser bem sucedido em sua nova vida na marca italiana em 2017, e continue fazendo uma boa temporada em 2016. Quanto mais disputas, melhor para todos.


GP da Rússia terá sua terceira edição neste fim de semana.
Hoje começam os treinos oficiais para o Grande Prêmio da Rússia de F-1. Na pista, uma das novidades será o experimento do aparato de proteção ao piloto desenvolvido pela Red Bull, chamado Aeroscreen, bem diferente do demonstrado pela Ferrari nos testes da pré-temporada, visando a dar mais proteção, que consiste em um parabrisa de policarbonato. Muito provavelmente seja Daniel Riciardo a testar a peça, mas a escuderia austríaca iria decidir isso apenas na manhã de hoje. Para Charlie Whiting, diretor técnico da FIA, a peça desenvolvida pela Ferrari, batizada de Halo, tem mais chances de ser adotada, mas ainda são necessários mais testes, e a experiência que a Red Bull fará hoje em Sochi fornecerá mais dados a respeito de qual sistema pode ser o mais viável de ser adotado, muito provavelmente já em 2017.


Felipe Nasr pediu e a Sauber resolveu atender: o brasileiro terá um novo chassi à sua disposição para a corrida na Rússia. Felipe alegou que alguma coisa no carro deveria estar errada, para ele não conseguir obter o mesmo desempenho de seu parceiro de equipe Marcus Ericsson nas corridas disputadas até agora, em que pese o rendimento do carro, mesmo com o sueco, estar péssimo. Pelo sim, pelo não, é bom Nasr confimar na pista suas suspeitas de que só não andou melhor por causa do carro, porque Ericsson já aproveitou para dar umas alfinetadas em Nasr dizendo que topava trocar de carro só para mostrar que está andando na frente dele por ser melhor piloto. Como Felipe precisa manter seu cacife em alta se quiser arrumar um lugar em um time mais competitivo em 2017, cabe a ele mostrar que serviço e enfiar o sueco novamente no bolso, ou sua imagem de bom piloto com potencial pode levar alguns arranhões que podem comprometer seus planos para o futuro...



Depois de surpreender por seu desempenho na China, todo mundo espera outra grande exibição da Red Bull aqui em Sochi, ainda mais pelo fato de o circuito montado no Parque Olímpico não ter as mesmas grandes retas da pista de Shanghai, onde o motor Renault ainda deve performance para Mercedes e Ferrari. Em um circuito um pouco mais travado, todos apostam que o time dos energéticos deverá incomodar bastante as favoritas Mercedes e Ferrari. A conferir já nestes treinos livres de hoje...

quarta-feira, 27 de abril de 2016

COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA - ABRIL DE 2016



            O mês de abril já está indo embora, com uma velocidade que parece imitar as dos carros das diversas categorias do mundo do esporte a motor, cujos campeonatos seguem firmes em todos os lugares, com disputas mais ou menos acirradas, além de alguns vários outros acontecimentos que se dão fora da pista. Portanto, é hora de mais uma edição da Cotação Automobilística, fazendo a tradicional avaliação do panorama do mundo da velocidade neste mês de abril que está nos deixando, no velho esquema de sempre nas avaliações: EM ALTA (caixa na cor verde); NA MESMA (caixa na cor azul); e EM BAIXA (caixa na cor vermelho-claro). Portanto, uma boa leitura para todos...



EM ALTA:

Simon Pagenaud: O piloto francês da equipe Penske venceu as duas últimas corridas do campeonato 2016 da IRL e parece finalmente ter se encontrado no time de Roger após uma performance apenas mediana em 2015. Com 2 triunfos e uma pole-position, ele já abriu 48 pontos de vantagem para o segundo colocado, Scott Dixon, e pelo sistema de pontuação da categoria, não perderá a liderança mesmo que abandone a próxima corrida, no traçado misto de Indianápolis. Simon tem demonstrado muita garra, e lutou bravamente pela vitória em Barber, onde foi superado por Graham Rahal na parte final da corrida e foi atrás, conseguindo recuperar a liderança e conquistando uma vitória categórica.

Lucas Di Grassi: O piloto da equipe Audi ABT conquistou sua segunda vitória consecutiva no campeonato da F-E na etapa de Paris. Em um circuito estreito de difíceis ultrapassagens, o piloto brasileiro garantiu um lugar na primeira fila, e logo na largada conseguiu pular na frente para seguir firme rumo à vitória, repetindo o feito de Long Beach, onde retomou a liderança da competição depois da desclassificação na prova da Cidade do México. Junto com alguma trapalhadas e confusões de Sébastien Buemi, Lucas não só reassumiu a liderança na classificação como agora tem 11 pontos de vantagem para o piloto da e.dams, que continua tendo o melhor carro da competição, mas que não tem conseguido aproveitar essa vantagem como deveria. Faltam 4 etapas para o encerramento do campeonato dos carros elétricos, e Di Grassi passa a ser o favorito destacado para o título da temporada.

Porsche no Mundial de Endurance: As interpéries bagunçaram a relação de forças das escuderias da classe LMP1 na prova inaugural do Mundial de Endurance deste ano em Silverstone, oferecendo à Audi a chance de fazer a pole-position e de vencer a corrida. Mas quem acabou levando foi a atual campeã da competição, a Porsche, uma vez que o carro da equipe das quatro argolas acabou desclassificado por uma irregularidade técnica. Mas é bom que ninguém se iluda: o modelo 919 ainda é o carro mais competitivo da classe LMP1, e a Toyota, só para ilustrar, ficou a uma volta atrás do trio vencedor da equipe alemã, e só não fez dobradinha porque o outro carro quebrou muito cedo na corrida. Audi e Toyota precisarão dar duro para impedir que a Porsche conquiste um novo título nesta temporada do WEC, e tudo indica que os alemães não vão dar mole na competição.

Valentino Rossi: O piloto da Yamaha conquistou uma vitória categórica em Jerez de La Fronteira, na Espanha, largando na pole e vencendo de ponta a ponta, deixando seus rivais nitidamente incomodados com o sucesso. Não há como negar que o piloto italiano é o grande ídolo da categoria, e a equipe dos três diapasões já garantiu os serviços do "Doutor" por pelo menos mais duas temporadas, e a prova de que o sucesso de Rossi já incomoda demais é o fato de Jorge Lorenzo, o atual campeão e seu companheiro de equipe, anunciar que irá para a Ducati na próxima temporada, onde deverá ter o status de primeiro piloto do time italiano, condição que a Yamaha não poderia lhe oferecer por contar com dois pilotos campeões. Mas Rossi ainda terá muito trabalho para tentar conquistar o título da temporada, pois conta com praticamente 24 pontos de desvantagem para o líder Marc Márquez, e está também 7 pontos atrás de Lorenzo na classificação. Mas alguém acha que o "Doutor" vai ficar parado vendo seus rivais ficarem à sua frente no campeonato?

Nico Rosberg: O piloto alemão está tendo o início de campeonato que sempre desejou: venceu as três corridas disputadas até aqui e viu seu principal rival e companheiro de equipe Lewis Hamilton ter problemas em todas as corridas, e agora livrou a maior vantagem sobre o inglês desde que a Mercedes se tornou a força dominante da F-1 em 2014: 36 pontos. Mas é cedo para comemorar: o campeonato ainda tem 18 corridas até o final, e muita água ainda vai rolar por baixo da ponte. Da mesma forma, Rosberg precisa garantir que poderá vencer Hamilton se o inglês não enfrentar nenhum problema em corrida, e se conseguir se manter à frente na classificação, terá boas chances de enfim conquistar o seu tão sonhado título. Mas o piloto alemão precisa tomar cuidado para não sofrer um revés no campeonato: permitir uma reviravolta com a grande vantagem que acumulou até aqui seria catastrófico, e comprometer sua imagem de piloto de ponta, que já sofreu alguns estragos nas últimas duas temporadas, quando foi superado por Hamilton no time prateado, especialmente no ano passado, quando não conseguiu se impôr ao companheiro de equipe na luta pelo título.



NA MESMA:

Marc Márquez: A "Formiga Atômica" mostra que, mesmo com um equipamento ainda um pouco instável, não se pode descuidar do bicampeão espanhol, que anda apanhando um pouco com a adaptação da Honda à eletrônica padrão adotada pela MotoGP a partir desta temporada. Márquez venceu metade das corridas do ano até agora, e lidera o campeonato com alguma folga sobre a dupla da rival Yamaha, com 17 pontos para o atual campeão, Jorge Lorenzo. E ele faz questão de frisar que vai lutar sempre até o limite do seu equipamento. Basta ver a diferença de pontos para seu companheiro Dani Pedrosa, que até o presente momento marcou menos da metade dos pontos de seu colega bicampeão no time oficial da Honda.

Sébastien Buemi: O piloto da equipe e.dams chegou novamente atrás do brasileiro Lucas Di Grassi em mais uma corrida, mas pelo menos desta vez não fez estripulias pelo meio do caminho, como em Long Beach. O piloto suíço da equipe oficial da Renault na F-E ainda dispõe de um carro extremamente competitivo, mas precisa começar a fazer uso de todo o potencial de seu equipamento, se quiser reverter o favoritismo do piloto brasileiro da Audi ABT. Os 11 pontos de desvantagem são um problema, mas nada impossível de se resolver. E Buemi ainda tem chance de inverter as chances nas etapas restantes da competição. É preciso ficar de olho nele.

Lewis Hamilton: Mais uma corrida, e mais problemas surgindo no caminho do tricampeão de F-1. Na China, o inglês já ia ter um começo atribulado pela troca do câmbio, mas tudo ficou ainda mais complicado com o problema em sua unidade de potência, o que o fez largar do fim do pelotão. Como desgraça pouca é bobagem, Hamilton ainda se viu enroscado em um toque na primeira volta, e a partir daí, teve de lutar para se recuperar com ainda mais dificuldades do que o esperado. Acabou empacando atrás de Felipe Massa no final da corrida, e ainda viu Nico Rosberg vencer mais uma vez e disparar na classificação. O inglês afirma que está tranquilo com a situação, não demonstrando desespero em tentar inverter a situação o mais rápido possível. É bom ele manter a cabeça fresca, pois isso ajuda a encarar melhor o desafio de correr atrás do prejuízo. Vejamos até onde ele mantém essa postura.

Kits aerodinâmicos na Indy Racing League: Desde que a categoria de monopostos americana adotou os kits aerodinâmicos como forma de promover um desenvolvimento diferenciado dos carros e chamar a atenção do público, tornou-se notório que a Chevrolet desenvolvera um equipamento mais competitivo do que a Honda. Por isso, apesar da medida polêmica adotada pela direção da Indycar no ano passado, ao permitir que os japoneses melhorassem seu kit em áreas que normalmente não seriam permitidas pelo regulamento para esse ano, visando equalizar o rendimento do dois equipamentos, tudo indica que a direção da categoria queimou parte de sua credibilidade por nada. Os kits produzidos pela Chevrolet, estritamente sem nenhum "favorecimento", como eles gostam de referir à legalidade das peças que produzem, continuam tendo um desempenho superior aos kits da Honda, a ponto de o principal time equipado com eles, a Andretti, já admitir, por meio do próprio Michael Andretti, que as condições de competitividade com os carros da Chevrolet só irão piorar, ainda mais nas provas dos superovais, temendo levar um baile nas 500 Milhas de Indianápolis. E a Chevrolet vem deitando e rolando desde que o campeonato começou...

Votação das novas regras da F-1 para 2017: Deveria haver uma reunião esta semana na Inglaterra para ratificar a adoção de novas regras para a categoria máxima do automobilismo a partir da próxima temporada, mas não houve quórum suficiente, e a decisão acabou adiada. Já há quem defenda que, diante das boas corridas apresentadas neste ano, e a evolução contínua das unidades de potência, não deverão ser efetivadas as mudanças que previam motores muito mais fortes e carros mais largos. Aliás, começa a ganhar força a idéia de que manter o regulamento estável será muito mais benéfico do que promover uma nova revolução técnica do qual ninguém sabe o que poderá resultar, o que seria talvez mais prejudicial ainda à F-1, se as regras se mostrarem erradas. Parece que ainda não é desta vez que todo mundo irá concordar nas mudanças que precisam ser feitas na categoria máxima do automobilismo, ou mesmo se algumas coisas precisam de fato serem alteradas...



EM BAIXA:

Novo treino de classificação da F-1: Bastaram duas corridas para todo mundo perceber o que era mais do que óbvio: o sistema de eliminação nos Qs foi uma tremenda furada, e se já foi ruim na Austrália, ficou ainda pior no Bahrein. Tanto que na China, a categoria já voltou a seu sistema antigo, usado até o ano passado. Mas o "perigo" de se inventar no treino de classificação ainda não passou. A Williams, por exemplo, agora deu de defender a inversão do grid, como forma de "salvar" a emoção da F-1. Que a categoria precisa fazer mudanças, todo mundo concorda... Mas será que não podiam parar de ter idéias esdrúxulas a respeito do que fazer...?

Felipe Nasr: O piloto brasileiro da equipe Sauber vem tendo provas pífias na temporada deste ano, e para piorar, vem sendo superado pelo sueco Marcus Ericsson, que já andou dando umas cutucadas no parceiro de equipe a respeito de suas reclamações sobre o chassi que anda usando. Nasr solicitou a troca do seu chassi afirmando que o que ele vinha usando tinha algum "problema". Com um chassi novo, Felipe terá de se aplicar para provar que o problema estava no carro, mas se perder a parada, seu prestígio de bom piloto angariado na temporada do ano passado pode ser corroída mais rápido do que já vem sendo com as poucas perspectivas do carro deste ano. É uma aposta que ele não pode se dar ao luxo de perder.

Equipe Renault: O retorno da Renault como time oficial na F-1 vai ser mais complicado do que todos imaginavam. O time francês não conseguiu uma performance decente até agora na temporada, e se não tomar cuidado, vai disputar com a Sauber as últimas colocações no campeonato de construtores e na pista. Tudo bem que a fábrica francesa está mirando mesmo é em 2017, mas começar tão mal a temporada também não era exatamente o plano da marca, que está vendo os melhores resultados na pista virem justamente do time que queria se livrar deles a todo custo no ano passado, a Red Bull. Vai ser um ano de muito mais trabalho do que todos imaginavam em Enstone. Pastor Maldonado, que perdeu a vaga para Kevin Magnussem antes da pré-temporada, talvez não tenha tido tanto azar em ficar de fora da F-1 nesta temporada...

Um time a menos na F-E: Enquanto espera pela chegada da Jaguar, que estreará na categoria na próxima temporada, que começa no fim do ano, a categoria dos carros elétricos está em vias de perder mais um time, ou quase isso. Aguri Suzuki, proprietário do time Aguri, anunciou que pretende vender o time nestes últimos dias. Ao que parece, o ex-piloto japonês tem novos planos para o futuro, que não incluem a escuderia com a qual compete na F-E. Resta esperar que ele arrume um comprador que se disponha a permanecer na competição. Jarno Trulli, que também tinha um time na categoria, teve de fechar a equipe depois dos maus resutados da primeira temporada e das dificuldades para alinhar na temporada deste ano, desistindo da empreitada após tentativas frustradas nas duas primeiras corridas.

Nelsinho Piquet na F-E: A fase não anda mesmo boa para o primeiro campeão da categoria de carros elétricos monopostos. A etapa de Paris foi mais uma corrida em que o brasileiro até começou bem, e com a esperança de pelo menos voltar a marcar pontos, mas tudo acabou perdido por um defeito no primeiro carro usado na corrida, que começou a perder potência quando ainda faltavam várias voltas para o pit stop de troca de carro. Mesmo com o segundo carro, o desempenho não melhorou, e culminou com o abandono na etapa francesa. Em Long Beach, Nelsinho tentava pelo menos fazer a volta mais rápida para ganhar alguns pontos, já que novamente não alcançaria a zona de pontuação, quando acabou batendo no muro. O jeito é esperar pela próxima temporada, porque a atual já é um caso de perda total.

 

sexta-feira, 22 de abril de 2016

A CHANCE DE ROSBERG



Nico Rosberg: 3 vitórias, e 36 pontos de vantagem para Lewis Hamilton na pontuação do campeonato. E ele precisa querer mais se quiser ser campeão...
            Depois de duas temporadas de domínio da Mercedes na nova era turbo da F-1, e de dois títulos de Lewis Hamilton, muitos se perguntavam se Nico Rosberg, a exemplo de Rubens Barrichello nos seus tempos de Ferrari, não seria o piloto certo na equipe certa no momento errado. Afinal, todos são unânimes em afirmar que Hamilton é muito mais piloto do que Rosberg, e a lavada que levou do inglês em 2015 seria a prova mais do que cabal de que o alemão só teria chances de conquistar o título pela escuderia prateada se o Lewis começasse a entrar em parafuso. Bem, e não é que isso está acontecendo nesta temporada?
            Não se trata de desprezar ou diminuir o trabalho e a performance de Nico, que venceu até agora todas as 3 corridas na temporada, e até o presente momento, é o candidato disparado ao título, com nada menos do que 36 pontos de vantagem justamente para seu companheiro de equipe, Lewis Hamilton, que não sabe o que é vencer desde o Grande Prêmio dos Estados Unidos do ano passado, justamente quando faturou o tricampeonato. Rosberg vem aproveitando as chances que tem aparecido na atual temporada, e vem conseguindo escapar principalmente dos azares que tem afligido principalmente seu parceiro Hamilton, que não teve até agora uma única corrida sem problemas no atual campeonato. Problemas nas largadas em todas as provas tem comprometido as chances potenciais do inglês, e na China, Lewis ainda teve o agravante de largar na última fila, vítima de um problema de motor que o impediu de classificar-se para o grid.
            Não que Rosberg não tenha tido seus percalços também, mas até o momento, conseguiu contorná-los muito bem, e mais importante, escapou das encrencas que vem surgindo logo no início das corridas. Na China, apesar de ter perdido a liderança para Daniel Ricciardo, conseguiu recuperá-la sem sofrer consequências do estouro de pneu da Red Bull do australiano, que ocorreu no momento em que ele perdia a liderança para o piloto da Mercedes. O pneu do australiano muito provavelmente pegou algum detrito dos toques da primeira volta, onde alguns pilotos enroscaram-se uns nos outros, largando pedaços de seus carros na pista. Nico conseguiu escapar de tudo isso e, uma vez na frente, foi aumentando gradativamente sua vantagem, para vencer com autoridade a corrida chinesa, com quase 40s de vantagem para Sebastian Vettel. E ainda viu Hamilton terminar num apagado 7° lugar, ficando ainda mais para trás na pontuação. Nico não poderia querer mais.
            Desde 2014, esta é a maior vantagem que Rosberg já conseguiu impôr a Hamilton na pista, o que significa que o alemão só perde a liderança se praticamente abandonar as próximas duas corridas e Lewis vença ambas. Mas se Rosberg quiser ser campeão, ele precisa continuar na ofensiva, e não permitir que o atual campeão reverta as expectativas, o que não é algo impossível. Se Hamilton encaixar uma corrida sem nenhum azar, muitos apostam que ele terminará à frente de Nico. Algo que deve deixar o alemão preocupado é o fato de que o inglês até o momento estar mantendo uma postura bem calma, quando em outras épocas ele já estaria com o humor meio abalado por ver o companheiro disparar na pontuação. Se Hamilton está fingindo muito bem, não sei, mas se estiver mesmo tranquilo, ciente de que chegará a chance de virar o jogo, Rosberg pode ter razão de se preocupar e precisar ampliar o mais que puder sua vantagem. Se ele acabar tendo problemas em alguma corrida, seu atual favoritismo pode ser colocado em xeque, embora muitos apontem que ainda é cedo para afirmar isso.
            Com apenas 3 corridas de um total de 21 provas na temporada, não é nada impossível poder haver uma reviravolta na situação. Mas a cada corrida que Nico chegar na frente, a tarefa de Hamilton será mais complicada. No atual momento, com 36 pontos de vantagem, Lewis precisaria vencer as próximas 5 corridas, que mesmo que Rosberg chegue em segundo, o inglês ainda estaria um ponto atrás na classificação. E isso já nos levaria a 8 provas no ano. Hamilton pode muito bem retomar seu rumo e vencer estas corridas, assim como Nico pode facilmente também fazer a dobradinha e ser o 2° colocado. Mas o piloto alemão não vai querer dar essa chance ao parceiro inglês. Ele não pode, se quiser de fato ser campeão. Como Hamilton também não permitiria, como fez no ano passado, disparando também na pontuação.
            Mas a dupla de pilotos precisa ficar atenta. Hamilton se complicou na prova da Austrália por uma largada falha, enquanto no Bahrein e na China, acabou tocado por outros pilotos, que comprometeram sua corrida em maior ou menor grau. Nada impede que isso volte a acontecer, ainda mais pelo fato do novo sistema de embreagem da Mercedes não ter se mostrado tão eficiente como antigamente, quando era tudo mais automatizado. Hoje, com o piloto tendo de acionar o sistema de forma mais independente, os concorrentes têm largado melhor, e novas falhas no arranque da largada podem influir decisivamente no panorama da corrida. Rosberg até agora teve menos prejuízo com isso, mas tem de se policiar para evitar surpresas que possam colocar sua prova em risco. E a melhor maneira de continuar a mostrar força é largar na pole, superando o companheiro de equipe, o que Rosberg já conseguiu na China, embora isso possa ser relativizado devido ao problema mecânico sofrido por Hamilton, que incluiu também a troca do câmbio.
            A Mercedes ainda tem o carro mais competitivo do grid, mas a nova regra de pneus tem mostrado nestas corridas iniciais que podem influir bastante na performance de corrida. Uma estratégia de pneus equivocada, ou menos correta, pode significar uma vitória, ou uma derrota. Na China, a Ferrari poderia ter complicado os planos de Rosberg se não houvesse tido o problema entre Vettel e Raikkonem. O seu ritmo era muito forte, e uma prova disso é que mesmo caindo para último, Vettel ainda foi segundo, tendo de fazer a parada extra para trocar o bico avariado. Raikkonem não teve tanta sorte, mas também andou forte, para finalizar em 5° lugar, mostrando também que poderia ter ido ao pódio se não tivesse tido problemas. E quem também surpreendeu em Shanghai foi a Red Bull, que mostrou um desempenho fortíssimo, se levarmos em consideração que a unidade de potência da Renault ainda perde muito para as rivais Mercedes e Ferrari, confirmando a excelência do chassi RB12, que certamente dará muitos problemas em pistas mais travadas, como Mônaco ou Hungria, embora não se possa descartar novas surpresas em outros circuitos. E com uma atualização da unidade de potência marcada para estrear no Canadá, o time alemão pode vir a ter de encarar uma concorrência mais acirrada na pista.
            Por esse motivo, se as disputas ficarem mais complicadas na pista, Nico Rosberg precisa manter firme sua vantagem sobre Hamilton. Dependendo da situação, se a Mercedes sentir que precisará priorizar um de seus pilotos para garantir a conquista do título, se Rosberg estiver muito à frente de Lewis, será a escolha óbvia do time. Em outras palavras, ou Hamilton reage de pronto, ou pode ver suas chances de tetracampeonato irem pelos ares. Depende apenas dele evitar que isso aconteça. Assim como Nico depende apenas de si próprio para garantir que suas boas chances de título neste início da competição não esmoreçam ao longo da temporada.
            As provas iniciais, em que pese a Mercedes ter conseguido monopolizar as vitórias, tem sido bem disputadas em vários setores do grid, em especial graças à estabilidade do regulamento técnico, e à nova regra dos pneus, que aumentou as possibilidades de estratégias distintas a serem adotadas pelos competidores, com mais chances de resultados inesperados. Uma hora isso pode atingir e/ou comprometer a supremacia da Mercedes, e embolar a disputa do campeonato. Nesse momento, Rosberg precisará estar atento para não ser surpreendido, e saber adotar a melhor estratégia em corrida para continuar vencendo. E quanto mais vezes chegar à frente de Hamilton, melhor. Cada prova perdida para o alemão será uma chance a menos de Hamilton recuperar o terreno perdido.
            A missão de Nico Rosberg é mais do que clara. E a chance que tanto quis, de disparar na frente aproveitando os azares do parceiro, surgiu. E ele está aproveitando muito bem até agora. Precisará continuar dando as cartas quando o azar de Lewis terminar. Ele tem condições de fazer isso, e não pode permitir uma reviravolta na situação. Se mesmo assim, com a vantagem que tem atualmente, acabar permitindo que Hamilton inverta as posições, Rosberg não irá perder apenas mais um título, mas o próprio respeito que ainda desfruta dentro da F-1. Abrir uma vantagem tão grande, e acabar não conseguindo mantê-la poderá ser tremendamente desagradável para seu currículo de piloto de ponta na categoria. E talvez possa acabar em definitivo com suas chances de um dia ser campeão na F-1...


Nos últimos dias se especulou a respeito de uma possível compra da Sauber pela Ferrari, para transformar o time suíço no retorno da Alfa Romeu à F-1. Mas Sergio Marchionne, presidente do Grupo Ferrari, em declaração à Autosport, disse que esta opção não está nos planos do grupo para promover o retorno da marca à F-1, onde esteve pela última vez em 1985, com equipe própria. Pode dizer muito, mas também pode não dizer nada, como certos acontecimentos que já vimos na história da F-1. O jeito é aguardar por maiores detalhes a respeito...





A IRL inicia hoje os treinos oficiais para a próxima etapa do campeonato 2016. É a prova do Alabama, no circuito de Barber Motorsport Park, próximo a Birmingham, no Estado do Alabama. A pista tem uma extensão de 3,83 Km, e é extremamente travada, tendo apenas um ponto ideal de ultrapassagem, na reta dos boxes. A corrida será disputada em 90 voltas, e terá transmissão ao vivo do canal pago Bandsports neste domingo, a partir das 16:30 Hrs. na pista, o francês Simon Pagenaud, da Penske, defende a liderança da competição, com 134 pontos, seguido do atual campeão, Scott Dixon, da Ganassi, com 120 pontos. Juan Pablo Montoya vem em 3° lugar, com 106 pontos. Hélio Casro Neves é o 4° colocado, com 92 pontos. Tony Kanaan ocupa a 5ª posição, com 82 pontos. Hélio vai em busca da 3ª pole-position consecutiva, tendo largado na frente nas provas de Phoenix e Long Beach, mas o brasileiro precisa conseguir manter a posição e chegar na frente, o que não conseguiu nas duas corridas.

Hélio Castro Neves marcou a pole nas últimas duas provas da Indy, e vai em busca de mais uma pole no Alabama.

A MotoGP prepara-se para sua primeira corrida na Europa na temporada 2016. O palco é o circuito de Jerez de La Fronteira, na Andaluzia, e que sedia neste fim de semana o Grande Prêmio da Espanha. Com uma extensão de 4,4 Km, a pista de Jerez tem 13 curvas, e a prova será disputada em 27 voltas neste domingo, com transmissão ao vivo pelo canal pago SporTV a partir das 9:00 Hrs. Marc Márquez lidera o campeonato com duas vitórias nas últimas duas corridas, com 66 pontos, seguido do atual campeão Jorge Lorenzo, com 45 pontos. Valentino Rossi vem em 3°, com 33 pontos. Pol Spargaró ocupa a 4ª colocação, com 28 pontos, com Dani Pedrosa em 5°, com 27 pontos. Jorge Lorenzo é o atual recordista da volta mais rápida e pole-position na pista da Andaluzia, com os tempos de 1min 38s735 e 1min37s910, respectivamente, obtidos no ano passado, quando venceu a corrida. Márquez foi o 2° colocado, enquanto Valentino Rossi completou o pódio. No ano passado, a Ducati apresentou a maior velocidade em reta na pista de Jerez, com 295,9 Km/h, com Andrea Iannone. Considerando que a moto italiana evoluiu bastante para esta temporada, e considerando o que já mostraram nas provas anteriores, a dupla da Ducati tem boas chances de infernizar as duplas da Honda e da Yamaha na luta pela vitória no fim de semana...





A F-E chega à Europa para as provas da segunda metade de seu campeonato 2015/2016, com Lucas Di Grassi defendendo a liderança da competição, após sua brilhante vitória em Long Beach, nos Estados Unidos. No ano passado, a categoria dos carros elétricos iniciou sua incursão pela Europa pelo Principado de Mônaco, mas a etapa não está no calendário desta temporada. Mas a prova que a substitui está à altura do charme das terras monegascas: a prova será realizada em Paris, em um traçado montado ao redor do Túmulo de Napoleão, passando pelo Hotel dos Inválidos e pelo Museu do Exército, com 14 curvas e cerca de 1,93 Km de extensão. A corrida terá 45 voltas, e o canal pago Fox Sports 2 transmitirá a corrida a partir das 12:30 Hrs. neste sábado. A disputa pelo campeonato deve pegar fogo entre o brasileiro Lucas Di Grassi, da Audi ABT, que lidera o campeonato com 101 pontos, e o suíço Sébastien Buemi, da e.dams, que vem logo a seguir, com 100 pontos. Dispondo do melhor carro da competição, Buemi vem cometendo erros nas duas últimas corridas, o que ajudou o brasileiro a equilibrar a disputa pelo título com uma pilotagem primorosa e sem erros, ainda que uma falha da equipe tenha custado a vitória de Lucas na Cidade do México. Se Buemi não colocar a cabeça no lugar e aproveitar melhor o carro que tem, pode ver o brasileiro abrir vantagem na pontução. Após a corrida na capital francesa, restarão apenas as etapas de Berlin, Moscou, e a rodada dupla em Londres, para encerrar o campeonato, que promete, tal qual no ano passado, uma decisão eletrizante na luta pelo título.
Traçado que será usado neste sábado para a prova da F-E em Paris.