sexta-feira, 30 de agosto de 2019

A F-1 2020 APRESENTA SUAS DATAS

Apesar da bela corrida deste ano, a etapa da Alemanha na pista de Hockenhein está fora do calendário da F-1 em 2020.

            Acabou o descanso. Depois de quase um mês de pausa, para as férias de verão europeu, a Fórmula 1 está de volta, iniciando hoje os treinos oficiais para o Grande Prêmio da Bélgica, aqui em Spa-Francorchamps, uma de minhas pistas favoritas do calendário, pelo belíssimo visual da região das Ardenhas, e também pelo desenho desafiador da pista, em especial com a Eau Rouge, uma curva para ninguém botar defeito (a menos que tenha sofrido um acidente nela, óbvio...). E lá vamos nós de volta à rotina extenuante dos Grandes Prêmios, já que semana que vem, temos mais uma corrida, agora na Itália, em outra pista que adoro, Monza.
            E a F-1 volta mesmo com tudo. Nesta quinta-feira já tivemos algumas novidades interessantes, mas a que me ocuparei neste texto principal é o anúncio do calendário da temporada de 2020, com a confirmação de 22 corridas, recorde na história da categoria máxima do automobilismo. O Liberty Media conseguiu chegar a um acordo para a expansão para 22 provas, o que acredito que seja o limite para o campeonato mundial, apesar de alguns comentários sobre se fazerem 25 corridas por temporada. Falar é fácil, mas fazer acontecer tudo isso não é nada fácil, e todo mundo que acompanha o circo da F-1 praticamente vira um peregrino que anda pelo mundo quase sem parar.
            Espanha e México conseguiram manter suas corridas para o próximo ano. Ambas as provas estavam ameaçadas de não ocorrerem pela recusa dos governos dos respectivos países em continuarem bancando as corridas, o que acho até correto, por serem eventos privados, que devem se manter com patrocinadores privados, sem onerar os cofres públicos. Por outro lado, a Alemanha está novamente fora. Hockenhein não conseguiu chegar a um acordo para custear a prova, e como Nurburgring também está fora do páreo, será um ano sem visitar as belas cercanias de Heidelberg e da Floresta Negra alemã. Em contrapartida, a Holanda está de volta ao calendário, 34 anos depois da última corrida disputada em Zandvoort, que receberá novamente os carros da categoria máxima do automobilismo, que certamente lotarão para ver sua estrela nacional Max Verstappen, da mesma maneira que anos atrás Barcelona entupia-se com os torcedores de Fernando Alonso no auge da Alonsomania. E teremos a estréia do Vietnã no calendário, com mais uma prova a surgir no sudeste asiático. Com 21 corridas este ano, o Liberty Media estava em dúvida sobre qual prova seria rifada do calendário, se a Alemanha batesse o pé para ficar no calendário. Como os germânicos resolveram não continuar a brincadeira, tudo ficou óbvio: a corrida alemã dá lugar à holandesa, e os vietnamitas terão sua estréia na competição.
A pista de Zandvoort não é mais a mesma de quando sediou seu último GP de F-1, em 1985, tendo ficado muito mais travada, o que pode frustrar as expectativas de uma boa corrida em seu retorno ao calendário em 2020.
            Como parte da compensação por mais um GP, os times da categoria acertaram uma redução dos dias de testes da pré-temporada. Ao invés dos oito dias de testes que tivemos nos últimos anos, teremos apenas 6 dias, em duas sessões de 3 dias, separadas por um intervalo de quatro dias. Simplesmente ridículo, na minha opinião... E ainda resolveram acabar com os dois dias de testes que eram feitos durante a temporada, após os GPs em pelo menos duas pistas. Dali a pouco, não teremos mais testes na F-1, do jeito que a coisa anda... Começo a ter muitas saudades dos tempos em que podia testar à vontade... Por mais que entenda se tratar de uma compensação para a inclusão de mais um GP, os testes sempre foram um momento importante para preparação dos times para uma temporada, mas que diante da atual política restritiva, implantada em 2009 pela primeira vez, acabou por transformar estes momentos em algo completamente decepcionante, não empolgando mais como costumava ocorrer, com as expectativas de todos a mil para ver o que os times poderiam apresentar...
            Infelizmente, parte da logística de transporte do calendário continua ruim, e vai sujeitar todo mundo a muito pé na estrada, e com pouco tempo disponível. A Austrália dá a partida na competição, no dia 15 de março, e já no final de semana seguinte, vamos para as areias escaldantes do Bahrein, para a segunda corrida do ano. No dia 5 de abril, a grande novidade do calendário: Vietnã, com o circuito de Hanoi, que parece ser bem interessante no papel. E esperemos que seja interessante também na corrida. Do Vietnã, um pulo na China, em Shanghai, no dia 19 de abril. Aí temos um pequeno descanso, para voltarmos no dia 3 de maio, para a reestreia da Holanda na competição. E uma semana depois, de volta a Barcelona, na Espanha. Ao menos, na Europa a correria é menor, pelas distâncias. Mônaco segue no dia 24 de maio, e de Monte Carlo, vamos para Baku, no Azerbaijão, ainda na Europa, duas semanas após a prova do Principado de Mônaco.
            E aí temos uma corrida para o Canadá, só para a prova de Montreal, e tome-se um bate-volta para a Europa, para a corrida da França, e de lá direto para a Estíria, na Áustria, para mais uma corrida. Novo intervalo de duas semanas, e vamos a Silverstone, para o GP da Inglaterra, e mais duas semanas depois, Budapeste, na Hungria, em 2 de agosto. Entram as férias de verão europeu, e um momento para descansar e recarregar as baterias. No dia 30 de agosto, Bélgica, e na semana seguinte, Itália. E acabou-se tudo o que era doce, com as provas literalmente próximas geograficamente em território europeu. Dali em diante, vamos girar pelo mundo novamente. E tomem aeroportos e conexões.
A pista de Hanoi, que sediará o GP do Vietnã, é a grande novidade do calendário do próximo ano na F-1.
            Se a primeira parada é agradável, em Cingapura, no dia 20 de setembro, não dá nem para curtir a cidade-estado asiática, pois já no dia 27 de setembro, é a corrida da Rússia, em Sochi. Duas semanas depois, de volta ao Oriente, para o GP do Japão, em Suzuka, circuito que gosto muito, assim como das atrações nos arredores, principalmente em Nagoya e Kyoto. Mas, nada de descanso, e lá vamos nós para o Texas, nos Estados Unidos, na bela pista do Circuito das Américas, em Austin, no dia 25 de outubro. Tome mais uma semana, e mais uma corrida, com a prova da Cidade do México, no dia 1º de novembro. No dia 15 de novembro, pausa aqui no Brasil, para nossa etapa do calendário, última prova que realmente deixa o pessoal empolgado no ano, porque o palco de encerramento, em Abu Dhabi, é um completo porre de monotonia em se tratando de emoções na corrida, apesar do belo visual do circuito de Yas Marina, com o pôr do sol dando um charme por vezes imerecido a uma corrida que nunca conseguiu deixar o pessoal empolgado. Mas como os árabes pagam uma nota preta para realizar a corrida, e uns cobres a mais para encerrarem a competição, o que se pode fazer a respeito?
            Sobre a possibilidade de se aumentar o número de corridas, eu diria que já chegamos no limite aceitável, se bem que é verdade que, anos atrás, quando tínhamos 16 corridas, muitos achavam que era o limite, enquanto do lado dos fãs e torcedores, se queria mais provas. Na época, isso até era bem mais plausível do que nos dias atuais. A estrutura que cada time levava para as corridas não era tão complexa como hoje, apesar de já ser bem grande na época. Mas as novas provas, que foram levando a F-1 cada vez mais longe mundo afora, começaram a pesar no tempo de viagem. E a estrutura exigida para a realização de um Grande Prêmio só aumentou de lá para cá. Uma estrutura imensa, que precisa ser montada antes da corrida, e desmontada imediatamente após a prova. E não falo da estrutura dos autódromos, mas dos equipamentos do FIA e das equipes de competição. Para a imprensa e equipes de TV que transmitem as corridas, tudo também é corrido. Cuidar das burocracias de credenciais e achar os caminhos dentro dos autódromos. Instalar o equipamento de trabalho (especialmente para o pessoal da TV), verificar coisas banais, como horários para comer, e onde fazer isso, sem mencionar as burocracias de se viajar por todo mundo. Haja carimbo nos passaportes e solicitações de visto e outras pendengas.
            E isso se aplica a todos. Mesmo na Europa, onde o transporte é mais fácil, por todos os times estarem mais próximos de suas bases, e contando com seus motorhomes, a situação é menos complicada. Já vai longe o tempo onde as bases móveis das escuderias eram ônibus e caminhões adaptados. Isso ainda existe, mas hoje todos os times transformaram seus motorhomes em hospitality centers, alguns até faraônicos, como o Energy Station da equipe Red Bull. Dá uma trabalheira colossal colocar todos eles de pé, com tudo pronto já na quinta-feira pré-GP, para tudo ser desmontado já na segunda-feira (na verdade, tudo começa no domingo mesmo, dependendo do que acontece com a equipe e seus pilotos na corrida). Enfia-se tudo no caminhão, e bora partir para o próximo local de GP, quando não se retorna à sede da equipe para repor carros e outros materiais, e de lá partir para a próxima parada.
Abu Dhabi (acima) se mantém mais pelo dinheiro que os árabes pagam à FOM do que pelas boas corridas na pista. Já a Cidade do México (abaixo) conseguiu manter sua corrida, para satisfação de equipes e pilotos, que gostam muito do país e da pista.
           E o trabalho nunca para nas fábricas. Hoje, com comunicação on-line, os times estão permanentemente conectados com seus setores de engenharia em suas sedes, analisando tudo em tempo real, e até colocando seus pilotos reserva nos simuladores para testar e analisar os dados colhidos na pista durante os próprios treinos oficiais. E tome reunião via computador, para se discutir com o pessoal da fábrica qualquer detalhe que possa ter sido percebido tanto do lá de cá, no autódromo, como do lado de lá, na fábrica. Uma das sugestões para diminuir toda a carga de trabalho de um GP, conforme já propuseram recentemente, seria acabar com as atividades de sexta-feira, reduzindo o fim de semana de cada Grande Prêmio apenas ao sábado e ao domingo, concentrando os treinos em um único dia, e realizando a prova no domingo. Mas a economia de serviço seria completamente inútil, porque a estrutura de competição que os times movimentam não diminuiria, muito pelo contrário, movimentaria-se quase toda a mesma quantidade de equipamento e material, para uso em um dia a menos, o que tornaria parte do trabalho menos rentável, por ser utilizado em menos dias por GP. Não dá para comparar com a Formula-E, que faz tudo em um único dia, aos sábados, devido à enorme diferença de estrutura existente entre uma categoria e outra.
            Da mesma maneira, não dá para comparar o calendário da Nascar, a Stock Car americana, com mais de 30 corridas por temporada, com as 22 provas da F-1, uma vez que as equipes da categoria dos Estados Unidos, e sua própria organização possuem uma estrutura bem menor e mais simples do que a da categoria máxima do automobilismo, demandando muito menos custo e esforço para se efetuar seu transporte e montagem. Daí as críticas que as escuderias fazem a qualquer tentativa de se esticar o calendário quando proposto pela Liberty Media. E é preciso lembrar que o ritmo de trabalho das escuderias segue frenético mesmo após encerrada a temporada, com o intenso trabalho nas sedes das equipes na concepção e construção dos carros que irá ser utilizados no ano seguinte, trabalho que só vai ser encerrado praticamente às vésperas dos testes de pré-temporada, com todos os times usando ao máximo os dias que tem para projetar e preparar seus carros o melhor que puderem.
            Então, vamos lá para a maior temporada que a F-1 já viu em sua história. E que possa ser boa, para pelo menos recompensar o esforço de todos que trabalham para a sua realização, bem como aqueles que a acompanham profissionalmente.


A Mercedes acabou com a espera e incerteza, e anunciou aqui na Bélgica que manterá sua atual dupla de pilotos para a próxima temporada. Valtteri Bottas ganhou uma sobrevida no time prateado, que preferiu jogar pelo seguro, com a expectativa de enfrentar uma concorrência bem mais forte em 2020, com a Red Bull cada vez mais competitiva com a Honda, e uma Ferrari sem cometer os mesmos erros deste ano. Como a escuderia sabe o que esperar de Bottas na pista, apesr de algumas provas onde o finlandês não tem rendido o que poderia, ficava a incerteza se Esteban Ocón poderia pegar a mão do carro rapidamente para garantir os resultados necessários que a escuderia almeja. Pesa também a dúvida se o francês, atualmente piloto reserva do time, não iria bater de frente com Lewis Hamilton, querendo mostrar serviço a qualquer custo, o que poderia tumultuar o ambiente nos boxes, que é bem tranquilo atualmente, com Bottas a não causar nenhum tipo de indisposição com o atual pentacampeão inglês. E, com Bottas garantido por mais um ano, a decisão da Mercedes é coerente em manter seu pupilo George Russel competindo mais um ano pela Williams, apesar do péssimo ano de estréia do campeão da F-2 de 2018, muito mais devido à draga do carro da equipe de Grove do que por um mau desempenho do piloto. Guiar um carro pouco competitivo libera Russel de maiores pressões e cobrança de resultados, e faz com que o piloto aprimore sua pilotagem, tentando superar as limitações do carro. E a intenção de Toto Wolf é que um segundo ano pela Williams ajude Russel a amadurecer e a evoluir sua pilotagem, o que seria muito importante para demonstrar ganhar uma vaga na Mercedes para 2021.


Com a renovação de Valtteri Bottas na Mercedes, quem saiu perdendo foi Esteban Ocón, que pelo menos garantiu seu retorno ao grid, sendo anunciado pela equipe Renault como companheiro de Daniel Ricciardo para 2020. A mudança, salvo mudanças de rumo, deve afastar Ocón do radar da Mercedes, com a vaga de Botas, como mencionado acima, ser considerada para George Russel em 2021, dependendo de como ele for em seu segundo ano de Williams. Resta a Esteban torcer para que o time de fábrica da montadora francesa acerte o rumo no próximo ano, e lhe permita lutar por resultados muito melhores do que a escuderia tem demonstrado nesta temporada, perdendo a luta pelo posto de 4ª força do grid para seu time cliente, a McLaren, depois do bom campeonato feito em 2018.


Com a contratação de Esteban Ocón pela Renault, Nico Hulkenberg está sem time para 2020, mas o alemão é um dos nomes cogitados pela Hass para o próximo ano. Só fica a dúvida de quem vai ser chutado do time de Gene Hass. Por enquanto, Romain Grosjean é o mais cotado para perder a vaga, mas Kevin Magnussem tem tido algumas barbeiragens que também não o fazem ficar tão seguro onde está. Hulkenberg ao menos não tem fama de se meter em confusões na pista, um requisito mais do que bem visto pelo time norte-americano neste momento em que está saindo à caça de um piloto. Outra opção interessante para Nico poderia ser a Alfa Romeu, onde Antonio Giovinazzi vem tomando um vareio do veterano Kimi Raikkonem até maior do que o que Pierre Gasly estava tendo em relação a Max Verstappen...

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA – AGOSTO DE 2019


O mês de agosto foi de férias para o pessoal da F-1, mas no resto do mundo do esporte a motor os trabalhos e competições prosseguiram firmes, sem descanso, e com muita disputa. E, com o fim de mais um mês, chegou a hora de mais uma postagem da Cotação Automobilística, com uma avaliação de alguns dos principais acontecimentos do panorama do mundo da velocidade nestas últimas semanas, com meus comentários de costume a respeito. Estejam ou não de acordo com minhas opiniões, façam bom proveito da leitura e curtam o texto, no tradicional esquema de sempre: em alta (cor verde), na mesma (cor azul), e em baixa (cor vermelha). Uma boa leitura a todos, e até a próxima edição da Cotação Automobilística do mês que vem, com as avaliações dos acontecimentos do mundo das corridas no mês de setembro. Até lá, então...



EM ALTA:

Josef Newgarden: O piloto da Penske entra na reta final do campeonato da Indycar na liderança da competição, e apesar de ter feito lambança na volta final da corrida de Mid-Ohio, perdendo várias posições após uma tentativa de ultrapassagem estabanada, acabou superando seus rivais mais diretos nas duas corridas seguintes, em especial Alexander Rossi, que vinha surgindo como forte ameaça aos seus planos de chegar ao bicampeonato. O norte-americano tem uma vantagem apenas razoável para seus rivais mais diretos, mas só o fato de manter esta vantagem estável já é um duro golpe nos concorrentes, que precisam tirar essa desvantagem nas poucas provas que restam para fechar a competição de 2019. Mas Newgarden parece disposto a se manter no ataque, justamente para desanimar qualquer tentativa de reviravolta na pontuação por parte dos rivais, e não ser pego com a guarda baixa. Ainda mais quando a etapa de encerramento da competição tem pontuação dobrada, e pode favorecer alguma zebra, se as coisas não derem certo na corrida. Seguro morreu de velho, e Josef não quer dar mole para o azar. Mas a parada tem tudo para ser dura, e não será uma conquista fácil. Mas, neste momento, Newgarden é o grande favorito para o título da temporada.

Equipe McLaren na liderança do segundo escalão da F-1: Depois de enfrentar percalços de todo tipo nos últimos anos, a temporada de 2019 está sendo um alento para o time de Woking, que vem crescendo de produção finalmente, e com constância e pés firmes no chão. A escuderia, em seu segundo ano de parceria com a Renault, já deixou para trás o time oficial dos franceses, e consolidou-se como 4ª força do campeonato, perdendo unicamente para Mercedes, Ferrari, e Red Bull, mas mantendo a calma, e trabalhando com uma coesão que não se viu nas últimas temporadas, marcadas pela turbulenta relação com a Honda, provocada pela falta de performance e resultados. A saída de Fernando Alonso arejou o ambiente no time, com muito menos pressão e cobranças, e a nova dupla de pilotos está entrosada, e ajudando o time a melhorar, na pista e nos boxes. Subir ao pódio ainda pode ser muito difícil, se não houve problemas com os pilotos do primeiro escalão, bem como tentar disputar com eles tanto no campeonato de pilotos como de construtores, mas depois de todas as confusões desde 2016, a McLaren está demonstrando crescimento e evolução, com meta a retornar tão logo possível ao pelotão da frente, em um projeto de médio a longo prazo. Vitórias ainda podem estar muito distantes, mas o otimismo de ter novamente um foco, e conseguir cumprir com o objetivo de evoluir dão esperanças de o segundo time mais antigo ainda competindo ininterruptamente na F-1 consiga recuperar o seu lugar entre os grandes protagonistas da categoria máxima do automobilismo.

Ott Tanak: O piloto estoniano da equipe Toyota teve um mês de agosto impecável no Mundial de Rali, faturando as etapas da Finlândia e da Alemanha, e com isso abrindo uma larga vantagem no campeonato da categoria, em especial para o grande campeão dos últimos anos, o francês Sébastien Ogier, que não conseguiu responder à altura nas últimas etapas, e com isso perdeu não apenas a liderança da competição, como acabou sendo superado também pelo belga Thierry Neuville, piloto da Hyundai, e atual vice-campeão do principal campeonato mundial off-road do mundo. Faltando quatro etapas para fechar a disputa de 2019, Tanak chegou a 205 pontos, 33 de vantagem para Neuville, que tem 172, enquanto Ogier tem 165. Com 5 vitórias na temporada, Tanak conseguiu assumir o favoritismo na luta pelo título, mas não se pode bobear. Um azar nas etapas restantes, e tudo pode ir pelo ralo, se bem que a vantagem já lhe permite ficar até mesmo sem pontuar na próxima etapa, que não perderá a liderança na classificação. Mas, como a melhor defesa é o ataque, nada de dar colher de chá para os rivais, e acabar sendo surpreendido no final. Tanto Neuville como Ogier ainda podem inverter a situação, e complicar a disputa, portanto, marcação cerrada em cima dos rivais, e manter a concentração para se manter na frente, custe o que custar. E os rivais que tratem de correr atrás do prejuízo, que já começa a ficar bem grande, porque Tanak não vai querer perder sua oportunidade de chegar ao título...

Reação de Lewis Hamilton e da Mercedes na F-1: Depois de uma corrida onde nada deu certo como se esperava, justamente em sua terra natal, a Alemanha, a Mercedes sabia que teria um adversário duro na Hungria, na figura de Max Verstappen e sua Red Bull, com o holandês marcando sua primeira pole na categoria, e comandando a prova húngara desde a largada, mas sem conseguir desgarrar de Lewis Hamilton, que foi sempre uma sombra no câmbio do carro de Max. Mas, com as conhecidas dificuldades de ultrapassagem na pista húngara, e o talento arrojado do holandês, que sempre vende caro uma posição, Hamilton não conseguiu tomar-lhe a liderança como esperava. E a Mercedes então, resolveu arriscar mudando a estratégia do inglês, com mais uma parada de box, e usando pneus mais macios, para tentar dar o pulo do gato. O que só aconteceria se Lewis, a partir dali, corresse em ritmo de classificação, para anular os 20s de vantagem que Verstappen desfrutava. E Hamilton foi à luta, e como se imaginou, os pneus de Max acabaram, quando o holandês tentou tudo por tudo chegar até o fim sem trocar seus compostos. Mesmo assim, Hamilton só foi consumar a ultrapassagem nas voltas finais, fazendo prevalecer a estratégia arriscada assumida pela Mercedes, mas executada com afinco por seu piloto. Por mais que digam que Hamilton só está onde está por ter o melhor carro da F-1, não se pode ignorar que o inglês faz a diferença na pista, mostrando que não é pentacampeão apenas por isso. Do contrário, como justificar mais uma atuação pífia de Vallteri Bottas, que viu sua prova complicada logo no início, e não conseguiu retornar ao pelotão da frente, mesmo com o carro que tinha. Depois de um momento fortuito, a Mercedes partiu para as férias de verão botando a casa em ordem, e demonstrando que será difícil batê-la, assim como seu principal piloto, mesmo que ocorram alguns dias ruins pelo caminho até o título da atual temporada.

Evolução da Honda na F-1: Quando tiveram seu acordo com a McLaren rompido depois de três temporadas de resultados pífios, a Honda ficou com sua imagem seriamente comprometida na categoria máxima do automobilismo, que já não era das melhores quando desistiu em 2008, quando teve uma performance horrorosa como equipe. Era preciso recomeçar em bases mais tranquilas, e o acordo costurado com a Toro Rosso, que seria usada como boi de piranha pela Red Bull, visando ao fornecimento das unidades híbridas para o time principal neste ano, serviu aos seus propósitos, com os japoneses conseguindo trabalhar de forma menos pressionada, e revisando por completo o seu projeto de unidade de potência. O desempenho melhorou o suficiente para a Red Bull decidir que valia a pena arriscar com os japoneses já neste ano, conforme esperavam, e até o presente momento, a aposta está se mostrando certeira. Apesar da performance ainda ficar devendo para Mercedes e Ferrari, o desempenho melhorou muito, e sem comprometer a confiabilidade. E as últimas evoluções promovidas pelos japoneses parecem ter conseguido um incremento de potência que permitiu, junto com melhorias no chassi RB15, colocaram o time dos energéticos para brigar de igual para igual com a Ferrari, e incomodar a Mercedes, com Max Verstappen a conseguir duas vitórias que foram muito comemoradas por ambas as partes, marcando o retorno da Honda ao posto de protagonista na categoria, e não coadjuvante. E os nipônicos prometem mais melhorias para evoluir ainda mais a potência de sua unidade de força, a ponto de os rubrotaurinos afirmarem que mesmo as pistas mais velozes como Spa e Monza agora não são mais tão temidas para eles, graças aos propulsores nipônicos. Por mais que a declaração possa parecer um deboche claramente direcionado para a sua ex-parceira Renault, não se pode negar que a unidade de potência nipônica finalmente começou a mostrar serviço, e quem sabe, possa até reviver as glórias vividas nos saudosos anos 1980 e início dos anos 1990 nas antigas parcerias com Williams e McLaren? A Red Bull arriscou e se deu bem, e agora vai colher os frutos de sua ousadia...



NA MESMA:

Marc Márquez rumo ao título da MotoGP: O piloto espanhol pode até ter perdido as duas últimas corridas da classe rainha do motociclismo, ainda mais por ter sido derrotado praticamente na última curva da última volta das provas da Áustria e da Inglaterra, mas isso pouco alterou a situação da “Formiga Atômica” em sua escalada rumo ao 6º título de sua carreira na MotoGP. Mesmo com os dois segundos lugares, Márquez continua abrindo vantagem para os rivais, que não conseguem exibir a mesma constância e regularidade no confronto com o atual pentacampeão da categoria. Na Áustria, a derrota foi para Andrea Dovizioso e a Ducati, sempre fortes na pista de Zeltweg. Já em Silverstone, o bote foi dado por Alex Rins, da Suzuki, o único que conseguiu desafiar o piloto do time oficial da Honda, a ponto de tomar-lhe a vitória praticamente na linha de chegada, para delírio dos torcedores. Mas Rins é apenas o 3º colocado na classificação, com 149 pontos. E Dovizioso, o vice-líder, tem 172 pontos. Só que Márquez já alcançou 250 pontos na atual temporada, impondo uma diferença abismal de 99 pontos para Rins, e 78 para Dovizioso. Rins só conseguiu pontuar mais do que Marc em Austin, onde o líder da competição abandonou pela única vez no ano, enquanto Dovizioso, que até poderia ensaiar uma pequena aproximação, envolveu-se em um acidente logo na primeira volta na Inglaterra, provocado por Fabio Quartararo, e ficou zerado na corrida, vendo o rival aumentar sua dianteira, mas saindo no lucro de não se machucar seriamente no tombo feio que levou. Enquanto os adversários tem uma prova no cravo e outra na ferradura, Márquez segue em ritmo de cruzeiro para conquistar o título, só faltando mesmo marcar hora para fechar a fatura...

Atitude da Red Bull com seus pilotos: A Red Bull atraiu muitas críticas há alguns anos atrás, quando rebaixou Daniil Kvyat de volta para a Toro Rosso, por algumas besteiras que o russo fez em algumas corridas. O time que já trouxe um frescor ao ambiente asséptico da F-1 mostrou que se deixou corromper por ele, buscando o sucesso mesmo que tivesse que triturar seus pilotos, por mais que Max Verstappen, pelo que demonstrou desde então, tenha feito muitas pessoas concordarem com tal atitude, que poderia muito bem ter esperado pelo fim da temporada em questão para ser feita. E agora, também alegando falta de resultados, em nome de uma disputa com a Ferrari pelo vice-campeonato de construtores, o time das bebidas energéticas não se faz de rogado repetindo a mesma atitude, depois de pronunciamentos hipócritas afirmando o contrário em relação a Pierre Gasly. Alexander Albon ganha uma enorme chance, mas também pisa em uma armadilha que pode acabar com sua carreira. Está certo que quem não arrisca não petisca, mas as circunstâncias, dependendo do que acontecer, podem fazer naufragar até os mais bem preparados e talentosos. Mas como a Red Bull tem afundado muito mais pilotos do que os tem promovido, não é de se admirar que seu programa de formação esteja sendo cada vez mais evitado por jovens promessas, a ponto de Christian Horner e Helmut Marko não terem praticamente novos pilotos que possam usar em 2020, na pior das opções...

Espanha fica na F-1 2020: depois do México se mexer e garantir a permanência de seu GP no calendário de 2020, agora foi a vez da Espanha continuar a fincar sua bandeira na categoria máxima do automobilismo na próxima temporada. Para os que já estão fartos das provas sem ultrapassagens na pista de Barcelona, a notícia não é das melhores, já que o circuito continuará a receber não apenas a prova espanhola, mas também a sediar os testes de pré-temporada, o que significa que os times, salvo raríssimas exceções, continuarão conhecendo a pista como a palma da mão, e a apresentar corridas enfadonhas como as que tem sido vistas na maioria dos anos mais recentes. Apesar disso, é uma prova com farto público, o que ajuda a entender como foi conseguida sua manutenção no calendário, apesar das dificuldades econômicas em renovar o contrato de realização do GP. Só resta mesmo torcer para as próximas corridas fugirem da normalidade e mostrarem boas disputas...

Situação de Valtteri Bottas e Esteban Ocón: O piloto finlandês da equipe Mercedes continua na corda bamba em relação à sua renovação com a equipe Mercedes como piloto titular para a temporada de 2020, especialmente depois das atuações pífias das etapas da Alemanha e da Hungria, estando ameaçado na classificação do campeonato por um aguerrido e surpreendente Max Verstappen. Mas Lewis Hamilton ainda defende a manutenção de Bottas como seu companheiro de time, até mesmo pelos motivos mais óbvios, e a equipe sabe que, com Valtteri, não há chance do clima ficar conturbado nos boxes da escuderia, como ocorria quando Nico Rosberg era o outro piloto. Por outro lado, Toto Wolf quer dar uma utilidade a Esteban Ocón, rebaixado à posição de piloto de testes, e que tem sido uma sombra para Bottas, podendo ocupar o lugar do finlandês no time prateado no próximo ano, se Valtteri continuar decepcionando. Se mantiver Bottas, o que fazer com Ocón? Começam a surgir rumores de que o francês poderia até ser emprestado à Renault, que poderia coloca-lo no lugar de Nico Hulkenberg, que pode ser dispensado pelo time da fábrica francesa. Para Ocon, seria a volta à uma posição de piloto titular, mas não a posição que ele tanto almejava, que seria substituir Bottas em 2020. Seja qual for a decisão, ela pode ser desagradável tanto para um quanto para o outro, dependendo de quem for para onde. A indecisão permanece até o presente momento, o que não deve estar deixando nenhum deles muito tranquilo com relação às expectativas para a próxima temporada da F-1...

Novo autódromo em Deodoro, Rio de Janeiro: O tão propalado e prometido novo autódromo do Rio de Janeiro, que será (?) construído em Deodoro, tão cedo não deve virar realidade. Como se já não bastassem as confusões e incertezas que rondam o processo licitatório, esta semana, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região – TRF-2, ainda decidiu suspender o contrato de concessão e construção do empreendimento. O motivo principal foi o fato de não ter sido apresentado relatório de impacto ambiental para a execução da obra, já que o terreno possui mata nativa, que seria derrubada em grande parte para a construção do autódromo, que continua sendo prometido pelos governos federal, estadual, e até municipal, ainda alegando que a F-1 se mudará em breve para o novo circuito, que praticamente nem existe. Como tudo costuma ser complicado neste país, a cada momento vamos vendo o surgimento de mais detalhes, nada agradáveis, a respeito da organização e regularidade necessárias para a viabilização de uma obra desta magnitude, como se construir um novo autódromo do zero fosse algo simples. Até poderia ser, mas em nosso país, onde interesses escusos, e picaretagens em obras e porte viraram regra, e não a exceção, podem apostar que ainda vamos ver muitos rolos a respeito deste tão sonhado novo autódromo, que deveria já estar pronto antes da construção do Parque Olímpico que sediou os Jogos Olímpicos de 2016, e que já está virando ruínas em parte, no local onde foi destruído o antigo circuito de Jacarepaguá. Realmente, o Brasil parece não tomar jeito mesmo...



EM BAIXA:

Permanência de Pocono no calendário da Indycar: O circuito trioval de Long Pond teve um bom público na edição das 500 Milhas de Pocono este ano, mas ainda está longe de lotar como costuma acontecer nas corridas da Nascar. E, para piorar, pelo segundo ano consecutivo a corrida viu um forte acidente ocorrer entre vários pilotos, mas desta vez sem consequências mais graves, ao contrário do ocorrido em 2018, quando Robert Wickens foi parar no hospital e ficou paraplégico, estando em recuperação até hoje. Isso desencadeou inúmeras críticas contra a pista, pedindo inclusive sua retirada do calendário da Indycar para a próxima temporada. Mas, se vários pilotos e parte do público se manifestaram a favor de “rifar” Pocono, outros nomes também se mobilizaram em defesa do autódromo na queda de braço das opiniões. Mas a presença de público ainda pode ser o maior fator a jogar contra a permanência do circuito na competição, já que quanto mais pagantes, mais renda a pista consegue com a realização da corrida. A direção da Indycar não quer perder mais pistas ovais no calendário, e isso deveria ser um trunfo para Pocono, até porque é a única prova de 500 milhas do calendário além de Indianápolis. Resta esperar para ver se o trioval de alta velocidade da Pensilvânia não será trocado por uma pista “menor” que esteja disponível. E, infelizmente, o autódromo não tem contrato para a corrida do ano que vem, tendo encerrado o atual acordo com a corrida deste ano.

Pierre Gasly: E acabou dando o óbvio, com o piloto francês sendo “rifado” pela Red Bull, que não esperou o fim da temporada, para punir seu piloto pela falta de resultados, e rebaixá-lo de volta à Toro Rosso, onde estava no ano passado, tendo feito um bom campeonato até. Mas, a paciência de Christian Horner e Helmut Marko é instável, e na ânsia de derrotar a Ferrari, com quem trava uma luta no mundial de construtores, o time dos energéticos não hesitou em cortar as asas de Gasly, que agora vai precisar reorganizar suas prioridades, e tentar não sucumbir psicologicamente, da mesma maneira que ocorreu com Daniil Kvyat há algum tempo atrás, quando o russo levou a mesma rasteira e perdeu o rumo, sendo demitido duas vezes, praticamente. Pierre terá até o fim do ano para mostrar que merece continuar como piloto da organização da Red Bull, e vai ter de medir forças justamente com Kvyat, que voltou à Toro Rosso, mas mais por falta de opções da Red Bull do que por méritos propriamente, e se tomar tempo do russo, mesmo levando em consideração sua situação mental com a rasteira que tomou, será mais um piloto queimado pela turma dos energéticos em anos recentes, a menos que Horner e Marko fiquem ainda mais sem opções de pilotos, o que não é difícil, dada a quantidade de pilotos descartados por eles nos últimos anos.

Lucas Di Grassi na Corrida do Milhão: Campeão da F-E há alguns anos atrás, Lucas Di Grassi foi uma das atrações deste ano da prova mais badalada do campeonato da Stock Car brasileira, a Corrida do Milhão. E Lucas chegou chegando na edição de 2019, fazendo a pole-position, e dominando a corrida desde a largada. Mas, ao usar a parte interna da pista junto à entrada de box quando foi superar Ricardo Mauricio, o piloto infringiu as regras, e ao não cumprir a punição prevista pelo regulamento – um drive through, acabou sendo desclassificado da corrida, onde vinha tendo uma atuação de gala até a citada ultrapassagem. Por mais que algumas críticas do piloto sobre o modo como são feitas algumas punições pela CBA possam até ser coerentes, Lucas marcou bobeira de ignorar as recomendações da equipe, preferindo permanecer na pista, o que selou sua sorte na prova. O resultado é que o piloto acabou sendo muito criticado por sua atitude, por muitos pilotos, e o que tinha tudo para ser um dia de glórias, acabou na verdade sendo de muita frustração, com Di Grassi, apesar de reconhecer seu erro, colocar em dúvida novas participações suas na categoria no futuro, por não concordar como deveria ser paga a punição para a infração que cometeu. E, como muitos torcedores tem por Lucas aquela tradicional frustração por ele ter sido outro piloto que não vingou na F-1, onde correu pela nanica Virgin em 2010, mesmo que tenha sido campeão da F-E, e vencido corridas no Mundial de Endurance, não demorou para muitos caírem de pau em cima dele nos fóruns e redes sociais da internet, condenando sua atitude, na pista e fora dela...

Pietro Fittipaldi na F-1 em 2020: Ocupando o cargo de piloto de testes da equipe Hass de F-1, muitos especularam a possibilidade de o neto de Émerson Fittipaldi ser promovido a titular do time estadunidense na próxima temporada de F-1, ainda mais depois dos desempenhos erráticos de sua atual dupla de competidores, Kevin Magnussem e Romain Grosjean, que estão dando mais dores de cabeça do que pontos ao time. Mas a escuderia já dá mostras de que, se for colocar um piloto novo no time em 2020, tem preferência por um nome experiente, o que significa que Pietro, ao menos por hora, não está nos planos preferenciais do time para ser um dos titulares no próximo ano. Um dos problemas do brasileiro também é a falta de pontos para obtenção da superlicença, e embora faltem poucos para isso, Pietro não tem conseguido os resultados necessários competindo no DTM para completar a pontuação exigida, sendo que a própria Hass já revelou não ter como ajudar muito Pietro nesse sentido. Pelo visto, ainda vai demorar um pouco mais para vermos o nome Fittipaldi de volta à categoria máxima do automobilismo, mas esperar um pouco mais pode ser positivo, porque ninguém sabe se a Hass produzirá um carro competitivo no próximo ano, e se continuasse com um carro problemático como o de 2019, poderia arrastar o brasileiro para o fundo, ao invés de promover sua imagem.

Johaan Zarco fora da KTM: O piloto francês, que vinha de boas performances com a equipe satélite Tech3 da Yamaha nas temporadas passadas, firmou contrato com o time de fábrica da KTM para competir por duas temporadas, mas o acordo acabou abreviado para apenas este ano, após uma rescisão “amigável” entre o piloto e o time, de forma que Zarco está desempregado para 2020 na MotoGP. O piloto, que apostou no crescimento da fábrica austríaca na classe rainha do motociclismo, infelizmente entregou poucos resultados nas corridas disputadas até agora, perdendo quase sempre o duelo com Pol Spargaró, que ocupara a 11ª colocação, com 68 pontos, enquanto ele, Zarco, é apenas o 18º, com apenas 22 pontos. Apesar do equipamento por vezes pouco competitivo, Spargaró tem andado sempre à frente, e aproveitando oportunidades, o que faltou na performance de Johaan, que até aqui não conseguiu sequer apresentar o mesmo nível que vinha demonstrando na Tech3. O piloto francês também não vinha conseguindo cultivar um bom relacionamento com a escuderia, de modo que preferiu rescindir o contrato por ambas as partes, a fim de que todos possam buscar caminhos melhores no próximo ano. Para Zarco, as opções podem ser a vaga de piloto de testes em algum time, ou até mesmo voltar a competir na Moto2, para se manter junto ao pessoal da MotoGP, e tentar reconstruir sua imagem e garimpar novas oportunidades. Resta saber se irá conseguir...