quarta-feira, 25 de outubro de 2017

COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA – OUTUBRO DE 2017



            Pois é, outubro também já está indo embora, e o ano de 2017 aproxima-se de seu final. Hora de fazer o tradicional balancete de fim de mês do mundo da velocidade, com mais uma edição da Cotação Automobilística, fazendo uma avaliação dos últimos acontecimentos do mundo do esporte a motor pelo mundo afora, sempre com minhas impressões e visão sobre os assuntos enfocados. Aproveitem bem o texto, que segue no esquema tradicional de sempre das avaliações: EM ALTA (caixa na cor verde); NA MESMA (caixa na cor azul); e EM BAIXA (caixa na cor vermelho-claro). Uma boa leitura a todos, concordando ou não com minhas opiniões, e até a cotação do mês que vem...



EM ALTA:

Lewis Hamilton: O piloto da Mercedes aproveitou novamente as oportunidades que apareceram e conquistou duas vitórias cruciais que o deixaram praticamente com a mão na taça do tetracampeonato mundial, precisando apenas de um 5º lugar no GP do México para sacramentar a conquista, o que é muito provável que aconteça. O piloto inglês não deu chances aos adversários em Suzuka e Austin, e mostrou calma e maturidade para ir buscar a vitória mesmo quando foi momentaneamente apertado pelos adversários na pista. Com isso, abriu uma grande vantagem na pontuação, e além de ser o novo recordista de poles da F-1, já superou até mesmo Michael Schumacher nas estatísticas de partida na 1ª fila das corridas. E tem tudo para aumentar seu currículo ainda mais. Neste ritmo, até mesmo o recorde de vitórias de Schumacher, 91, pode vir a ser alcançado em algum tempo, uma vez que Hamilton já tem 62, e pode terminar o ano com ainda mais triunfos...

Max Verstappen: O piloto holandês finalmente jogou o azar para escanteio e vem crescendo no campeonato, obtendo os resultados que sempre se esperaram dele desde o início do ano. Obteve uma vitória firme na Malásia, e pontuou firme no Japão e nos Estados Unidos, mesmo com as punições sofridas. E a Red Bull, que não é boba nem nada, já renovou o contrato do piloto por mais algumas temporadas, dando um banho de água fria nos concorrentes que já vinham crescendo o olho há tempos em cima do jovem atrevido e veloz. Se a Red Bull ganhar mais potência no motor Renault, o jovem Verstappen vai ser um páreo mais duro do que já é atualmente. E ele não é de fazer falsas promessas, seu lema é partir para cima com tudo.

Marc Márquez: O piloto tricampeão da Honda na MotoGP deu um passo decisivo com a vitória no GP da Austrália em direção ao tetracampeonato, ao vencer a corrida, em um momento onde o rival Andrea Dovizioso prometia crescer na pontuação, após uma vitória acirradíssima obtida na etapa do Japão. A “Formiga Atômica” mostrou sua agressividade e talento no momento certo, e abriu uma grande vantagem que dificilmente será revertida, se não acontecer nenhum imprevisto, uma vez que Dovizioso ficou quase zerado em Phillip Island, e suas chances de conquistar o título agora dependem muito mais de um azar de Márquez do que de suas próprias capacidades. Seria o 4º título de Marc em 5 anos na classe rainha do motociclismo. Alguém consegue segurar o espanhol?

Sébastien Ogier: Faltando apenas duas etapas para encerrar o campeonato mundial de rali de 2017, o piloto francês está quase com mais um título garantido. Findo a etapa da Catalunha, Ogier tem 198 pontos, contra 161 do vice-líder, uma diferença de 37 pontos. Ott Tanak vem de uma vitória e dois pódios nas últimas duas etapas, mas vai precisar contar com um providencial azar de Sébastien se quiser levar o título, já que o atual campeão vem mantendo uma grande regularidade, também tendo subido ao pódio nas últimas etapas, tendo ficado zerado na pontuação apenas no rali da Finlândia, e pontuando firme em todas as outras etapas. Mas Tanak vem em uma disputa acirrada com Thierry Neuville, que está com 160 pontos, apenas 1 a menos, e esse duelo entre ambos está permitindo que Ogier escape na liderança, e com chances de liquidar a fatura já na próxima etapa, no País de Gales, penúltima prova da competição. Só mesmo um desastre para tirar Ogier do páreo, e ele não costuma dar muita chance para milagres deste tipo...

Carlos Sainz Jr.: O piloto espanhol conseguiu estrear na Renault antes do que imaginava, e já chegou metendo tempo no principal piloto do time, o alemão Nico Hulkenberg, e fazendo bonito em sua primeira corrida no novo time, nos Estados Unidos, marcando pontos importantes para o time, o que só mostra o quando Jolyon Palmer estava realmente devendo em termos de performance. Mesmo que Hulkenberg tenha tido alguns percalços e seu desempenho não tenha sido o de costume, é de se relevar a estréia de Carlos em seu novo time, mostrando que o piloto realmente merecia a chance de pilotar um carro com maior potencial que o da Toro Rosso. As provas finais do campeonato mostrarão se o resultado de Austin foi um golpe de sorte ou não, mas todo mundo já aponta que o sossego de Nico na escuderia francesa já era com o novo companheiro de time...



NA MESMA:

Motor Honda: De despedida da McLaren, a unidade de potência da fábrica japonesa permanece do mesmo jeito: falta potência e falta fiabilidade. Em Austin, Fernando Alonso até que se classificou bem, mas na corrida, o motor quebrou de novo, fazendo o espanhol abandonar mais uma corrida. E Stoffel Vandoorne já perdeu a conta de quantas posições perdeu por troca de componentes da unidade, o que tem jogado o piloto para o fim do grid, de onde já é muito difícil de sair, comprometendo resultados que já não são muito animadores de se obter. Claro que a marca promete melhorar no ano que vem, mas já andamos ouvindo muito isso nos últimos tempos. Para a Toro Rosso, que irá contar com estas unidades no próximo ano, é esperar que desta vez a coisa vá para a frente realmente. Do contrário, 2018 promete ser um ano tenebroso para o time de Faenza...

Disputa na Force India: Esteban Ocon e Sérgio Perez continuam duelando pelas posições na pista e ajudando a Force Índia a se consolidar como 4ª escuderia na classificação de construtores da F-1 este ano. E os resultados de ambos nas últimas corridas mostram um desempenho bem parelho de ambos, com certa vantagem para Ocon, que vem se aproximando de Perez na classificação, estando o mexicano com 13 pontos de vantagem sobre o francês. Com duas corridas para terminar o campeonato, será que há uma invertida nas posições na classificação? Pelo menos, ambos pararam de se tocar na pista, mas infelizmente isso se deve também ao time ter optado por dar “ordens de equipe” que até certo ponto, pode tolher a capacidade de ambos andarem mais forte, mas pelo menos garante que eles não batam entre si e comprometam os resultados que podem apresentar...

F-1 na Globo: A Rede Globo anunciou a renovação e/ garantia das cotas de patrocínio para a temporada de 2018 na grade da emissora. Todas as cotas foram vendidas, rendendo à emissora carioca mais de US$ 100 milhões anuais com o pacote, que inclui veiculação dos comerciais das marcas participantes durante as corridas e nas reportagens veiculadas dentro dos telejornais da emissora. Um bom sinal, diante da indefinição da permanência de Felipe Massa na categoria, o que mostra que os anunciantes têm confiança na estabilidade da audiência da competição. Por outro lado, significa também que a emissora não fará grandes novidades em sua transmissão, mantendo o atual padrão que nos últimos dois anos, simplesmente passou a transmitir todas as provas do estúdio no Rio de Janeiro, mandando apenas um repórter e equipe técnica ao local das corridas, fazendo a transmissão in loco apenas no GP do Brasil. E nada mais. Do jeito que está, continuar com as transmissões no canal aberto é quase um prêmio, haja visto que em certos países, as transmissões atualmente estão apenas em canais fechados, se bem que em muitos destes casos, a qualidade da transmissão mais do que compensa o modo, o que não é bem o caso do Brasil, onde mesmo a transmissão no SporTV muitas vezes não é tão melhor do que a da Globo no seu canal aberto...

Ferrari mais um ano na fila na F-1: Depois do Grande Prêmio dos Estados Unidos, restou à Ferrari se resignar e ter de encarar mais um ano na fila para tentar voltar a ser campeã na F-1. As últimas corridas, onde o time italiano enfrentou problemas e quebras, fulminou as chances de Sebastian Vettel levar a casa de Maranello de volta ao status de campeã da categoria máxima do automobilismo. Salvo um milagre impensável, Lewis Hamilton conquistará o tetracampeonato, e a Mercedes já é campeã de construtores novamente. A luta agora é para Vettel pelo menos ser vice-campeão, assim como a Ferrari no campeonato de construtores, o que em tese não é muito difícil, mas exige atenção para não serem surpreendidos. E tentarem ser campeões novamente em 2019. E com isso, uma década se passou desde o último título conquistado pelo cavallino rampante, no distante ano de 2007, com Kimi Raikkonen...

Valtteri Bottas: O piloto finlandês não faz um mau campeonato, mas já teve momento melhor na competição este ano, quando parecia capaz de entrar firme na disputa pelo título da temporada. Mas, nas últimas provas, ele tem ficado muito atrás de Hamilton, e até chegou a ameaçar Vettel na classificação do campeonato, mais pelos desaires sofridos pela Ferrari do que propriamente por seu desempenho, tendo chegado sempre atrás do alemão quando este não tem problemas que o levam ao abandono. Com o contrato renovado para 2018, o finlandês está garantido por mais um ano no melhor carro do grid, mas para 2019, precisa se mexer desde já, e se garantisse o vice-campeonato, seria visto com bons olhos pela cúpula da Mercedes, que no momento, tem tido muito mais consideração pelo fato de Bottas não arrumar confusões internas no time, o que não é de se desprezar, mas que seria bom melhorar o desempenho, para ficar bem mais próximo de Lewis, que está conseguindo os resultados que todos esperavam...



EM BAIXA:

Equipe Williams: O time inglês já jogou a toalha neste campeonato, e agora se concentra em projetar um bom carro para o ano que vê, que segundo Paddy Lowe, terá muitas mudanças em relação ao modelo atual, cujo desenvolvimento, vindo do modelo de 2014, já atingiu o limite. Mas o time insiste em algumas práticas totalmente erradas, quanto ao planejamento de sua dupla de pilotos para a próxima temporada. Felipe Massa, mais uma vez, parece estar sendo posto de lado pelo time, que resolveu testar Robert Kubica, e Paul Di Resta, como opções para o próximo ano, nomes que, numa comparação direta, não tem mais a oferecer do que Felipe Massa, que até alerta o time de que sua manutenção serviria para ajudar o desenvolvimento e comparação dos dados de desempenho do carro atual para o novo. Melhor o brasileiro ir se preparando para uma possível decepção, pois em 2011, o time também deixou Rubens Barrichello de mãos abanando para preteri-lo por Bruno Senna, sem dar uma resposta ao veterano piloto até que já não havia mais nada a fazer. A Williams parece não aprender certas lições com os erros já cometidos no passado...

Regras da F-1: Que a categoria máxima do automobilismo anda cheia de frescuras e regras ridículas, não é segredo para ninguém. O Liberty Media até vem fazendo um trabalho de promoção interessante, tentando deixar o clima mais ameno e relaxado, mas ainda tem muita coisa para ser feita, e uma delas é simplesmente certas regras imbecis, como as dos motores, que andam penalizando bastante os pilotos e prejudicando o potencial das corridas. Essa regra precisa ser revista, ou tornada mais flexível. Quantos pilotos já foram punidos esse ano por causa disso? Tudo bem, é a regra, mas acho que foram longe demais ao estabelecer um limite tão baixo de componentes. Outra regra que precisa ser melhor esclarecida ou aplicada de forma mais objetiva é esse lance de ultrapassar os limites da pista. Max Verstappen que o diga, a respeito da punição que o tirou do pódio em Austin domingo passado. Alguns pilotos andaram exagerando um pouco, mas parece que o holandês só foi punido por ter feito uma ultrapassagem assim. Essas áreas todas de asfalto complicam a situação, e é preciso uma observação mais objetiva do que pode ou não fazer, já que essa regra de não ultrapassar os limites da pista tem sido muito variável. Ou volta-se a fazer a parte que não é pista voltar a ser grama e brita, que aí ninguém exagera por risco próprio de arruinar sua corrida...

Daniil Kvyat: O piloto russo foi sacado da Toro Rosso para a estréia de Pierre Gasly, no Japão, mas como o piloto tinha que participar da decisão da Superformula no Japão, Kvyat voltou ao cockpit da escuderia B dos energéticos para participar do Grande Prêmio dos Estados Unidos, uma vez que Carlos Sainz Jr. acabou indo antes da hora para a Renault. O russo até que fez bonito, pontuando na corrida do Texas, mas para a corrida seguinte, no México, já foi sacado novamente pelos dirigentes do time, que confirmaram a volta de Gasly, e a permanência, por hora, de Brendon Hartley, que substituiu Sainz Jr. nos EUA. Pelo visto, a carreira de Daniil na F-1 já era mesmo, e a Red Bull, cujo programa de pilotos não anda funcionando a contento, após “queimarem” tantos nomes ao longo dos anos, não terá novas chances na categoria máxima do automobilismo...

Hélio Castro Neves: O piloto brasileiro da equipe Penske encerrou sua carreira em tempo integral na Indycar, sendo remanejado por Roger Penske para o seu novo programa no endurance norte-americano, no IMSA Wheather Tech Sportscar. Com praticamente duas décadas de competição nas categorias Indy, Hélio sempre andou na frente desde que passou a defender a Penske, em 2000, mas infelizmente, sempre faltou o título, que lhe escapou em várias ocasiões. Sobra de consolo ter vencido por três vezes as 500 Milhas de Indianápolis, o que não é de se desprezar, mas o título que faltou conquistar, e foi levantado por vários de seus colegas deixa um certo ar de frustração e de serviço incompleto, que agora não poderá ser reparado. Pelo menos, restará o consolo de continuar disputando a Indy500, e quem sabe, igualar-se aos maiores vencedores da corrida, ou até superá-los. O futuro dará a resposta. E ficaremos apenas com Tony Kanaan na Indycar em 2018...

Watkins Glen fora do calendário da Indycar 2018: O ótimo autódromo misto de Watkins Glen caiu fora novamente do calendário da Indycar para a temporada do próximo ano. Incapazes de acertar uma data com os organizadores, a direção da categoria excluiu a pista da competição em 2018, após o circuito ter retornardo à competição nas últimas duas temporadas, e de ter feito parte do calendário entre 2005 e 2010. Em seu lugar, entra o circuito misto de Portland, que sediou pela última vez uma prova Indy em 2007, pela F-Indy original, e que agora fará sua estréia no calendário da IRL. Em que pese a boa notícia de Portland estar na competição, a perda do clássico circuito que já abrigou as corridas da F-1 até 1980 certamente fará falta, na opinião de pilotos e equipes. Quem sabe ele possa retornar em um futuro próximo...


sexta-feira, 20 de outubro de 2017

DUELO A DOIS NA MOTOGP


Marc Márquez (acima) e Andrea Dovizioso (abaixo) tiveram outra disputa eletrizante nas voltas finais para decidir o Grande Prêmio do Japão, em Motegi, que acabou vencido pelo piloto da Ducati. O duelo promete se repetir agora na Austrália. Quem vence?

          
  Em mais uma corrida de tirar o fôlego, Andrea Dovizioso bateu novamente Marc Márquez no Grande Prêmio do Japão, disputado sob chuva no circuito misto do autódromo de Twin Ring Motegi, para se mostrar novamente no páreo da disputa pelo título da classe rainha do motociclismo nesta temporada. Arrebatando a vitória no final da prova, a exemplo do que já tinha ocorrido em Zeltweg, na etapa da Áustria, o piloto italiano chegou à 5ª vitória na temporada, empatando com a “Formiga Atômica” e reduzindo a vantagem na pontuação para meros 11 pontos. Ainda restam 3 provas para o encerramento da competição, com um total de 75 pontos em jogo, o que em tese não dá para afirmar quem é o grande favorito. Pelo retrospecto e talento, Márquez é o nome principal, e quem tem maiores possibilidades. Mas Dovizioso, em que pese possuir um retrospecto menos glamuroso, está mostrando as garras este ano, e aproveitando a maioria das oportunidades que surgiram na pista.
            Pelo equipamento e performance, a Honda tem as melhores expectativas. Tanto que a corrida em Aragón, na Espanha, acabou com dobradinha do time japonês, com vitória de Márquez e Dani Pedrosa em 2º lugar, em grande atuação. Apesar do bom resultado final, o fato da dupla da Yamaha ter finalizado em 4º e 5º lugares, eles nunca estiveram em posição de discutir a vitória. O único que lhes deu um pouco de combate foi Jorge Lorenzo, que subiu novamente ao pódio, em 3º lugar, mas que ainda permanece sem conseguir vencer na Ducati, enquanto Dovizioso já atingiu 5 triunfos no ano. Andrea Dovizioso foi quem deixou a desejar na última prova do ano em território espanhol: foi apenas o 7º colocado, o que ajudou Márquez a aumentar a sua vantagem na classificação. Felizmente, para o italiano, ele conseguiu dar o troco na etapa do Japão, e voltar à luta pelo título.
            A Ducati parece ter um pequeno déficit de performance em relação à Honda, mas dependendo da pista, as possibilidades são mais flexíveis. E claro, com a chuva se apresentando, as condições na pista variam, e isso foi bem explorado por Dovizioso em Motegi, com o piloto da Ducati roubando a vitória de Marc Márquez nos momentos finais da corrida. Fica a dúvida se, em condições normais, a equipe italiana irá ter condições de competir de igual para igual com a Honda. Para quem torce por uma briga acirrada pelo título, espera-se que a Ducati consiga responder à altura, e repetir um título conquistado apenas por Casey Stoner para a casa de Borgo Panigale em 2007, há 10 anos atrás. Por enquanto, o time italiano vem até surpreendendo, com as vitórias de Andrea Dovizioso, quando todo mundo esperava por uma melhor performance de Jorge Lorenzo, que chegou este ano à equipe e ainda não se encontrou totalmente com a Desmocédici.
            Performances de equipamento à parte, Dovizioso se diz plenamente ciente de que seu rival Márquez tem mais talento e maior capacidade, mas nem por isso se considera fora da disputa. Ele diz que também tem suas armas, e a maior dela é a experiência, que lhe permite extrair uma performance que no momento o está levando para bem perto do título. Pelo sim, pelo não, é essa imprevisibilidade que está deixando esta reta final da competição empolgante. Se na teoria tudo aponta para um favoritismo, ainda que pequeno, da Honda, e de Márquez, na pista o que temos visto é que tudo pode acontecer. E a Ducati, com a perspectiva de finalmente voltar a conquistar um título, vai dar tudo por tudo nesta reta final da competição. Não se espera esforço menor na Honda, até porque pela experiência da última década, com o time sendo o único a vencer na competição ao lado da tradicional rival Yamaha, a escuderia de Márquez e Pedrosa tem vivência e conhecimentos de sobra para encarar esta situação até com mais naturalidade do que os italianos, que só a vivenciaram uma única vez. Se as performances de ambas as equipes se mantiverem próximas, podem esperar duelos renhidos nas corridas que restam, na Austrália, Malásia, e Comunidade Valenciana.
            Quem parece estar completamente fora de combate na luta pelo título é a dupla da Yamaha. Valentino Rossi já havia dado praticamente adeus à disputa depois do tombo que levou em uma atividade extra-pista, que o obrigou a passar por uma cirurgia que o fez ficar de fora de uma corrida, em Misano. Ele voltou até surpreendendo em Aragón, apesar do pouco tempo de recuperação e, mesmo bem mais recuperado em Motegi, o “Doutor” infelizmente caiu durante a corrida, e despediu-se em definitivo das chances de chegar ao seu oitavo título em 2017. Mesmo a disputa pelo vice, posição que o italiano conseguiu nos últimos anos, é apenas um sonho distante, dada a disputa ferrenha entre Márquez e Dovizioso este ano. De qualquer forma, o melhor resultado, atestado pelo próprio Rossi em Motegi, foi não se machucar no tombo que levou e o tirou da corrida, levando em consideração os percalços extra-pista que já teve este ano. No momento, Valentino agora tem de lutar para terminar o campeonato à frente de Dani Pedrosa, que mesmo sem uma atuação inspirada, o ultrapassou e está à sua frente na classificação do campeonato, com 170 pontos, contra 168 do italiano.
            Já Maverick Viñales ainda está matematicamente com chances de chegar ao título, mas a diferença de 41 pontos para o líder Márquez já se tornou um obstáculo praticamente intransponível. A Yamaha decaiu de performance nesta segunda metade do campeonato, e já não consegue fazer frente devidamente à Honda, sendo que em algumas corridas, acabou superada até pelo time satélite da Tech3. Viñales tem feito o que pode, mas parece ter chegado ao limite com o time oficial da Yamaha. Para piorar, a corrida sob chuva no Japão não foi nem um pouco favorável ao time dos três diapasões: enquanto Rossi caiu e abandonou a corrida, Maverick terminou em um apagado 9º lugar, sem nunca conseguir disputar as primeiras posições. No momento, Viñales se encontra 30 pontos atrás de Dovizioso na competição, e mesmo essa diferença para o piloto da marca de Borgo Panigale parece extremamente difícil de ser reduzida.
            Viñales começou a temporada como o piloto a ser batido, e em tese, era considerado o grande rival para enfrentar Márquez na disputa pelo título da competição. O espanhol, que havia demonstrado grande talento na Suzuki, até que correspondeu no início do ano, mas com a queda de performance da Yamaha, Maverick infelizmente caiu de performance na mesma proporção, além de ter enfrentado alguns percalços, tendo ficado bem para trás. Enquanto isso, Andrea Dovizioso, de quem se esperava uma performance pelo menos à altura da de Jorge Lorenzo, que chegou no time italiano com o status de tricampeão mundial e que deveria liderar a escuderia no seu processo de fortalecimento em busca de voltar a disputar o título, foi surpreendendo a todos, e confirmando as boas expectativas das performances da pré-temporada, quando se afirmava que, mesmo sem esperar lutar efetivamente pelo título, a Ducati tinha o melhor equipamento dos últimos anos, ainda que estivesse ligeiramente abaixo de Honda e Yamaha. Na melhor das hipóteses, a Ducati estaria logo ali, na sombra de Honda e Yamaha, pronta para abocanhar qualquer resultado que escapasse às duas principais equipes da competição.
            Mas, se a Honda iniciou o ano um pouco inferior à Yamaha, ela logo conseguiu se impor frente ao time dos três diapasões, e a Ducati, por sua vez, mostrou-se, pelo menos com Dovizioso, a explorar totalmente sua intimidade com a Desmocédici, melhor que a encomenda, obtendo duas vitórias contundentes nas etapas de Mugello e Barcelona, quando até então tudo apontava para um favoritismo de Viñales. Com Marc Márquez a partir para o ataque, e uma nova rodada dupla de vitórias em Zeltweg e Silverstone, assistimos à queda da Yamaha, à afirmação da Honda, e à grande surpresa da Ducati. Melhor ainda seria se Rossi e Viñales estivessem firmes na disputa, pau a pau, mas ao que parece, a exemplo dos últimos anos, teremos novamente apenas uma disputa efetiva a dois pelo título da MotoGP. A diferença é que a Ducati é a surpresa do ano, e uma vez que todos os últimos certames foram decididos entre Honda e a Yamaha, a torcida para que a fábrica italiana vença a competição é a maior possível. Daria um frescor ao campeonato termos um novo campeão, e mais uma marca a vencer o título.
            E, mesmo com boas corridas, o fato de termos tido apenas Honda e Yamaha disputando de fato o título da categoria sempre pesa um pouco contra a popularidade do certame, embora não tenhamos visto um domínio de supremacia ao estila da Mercedes na F-1. Mas, quanto mais vencedores, melhor para a competição, e para a categoria.
            E a próxima etapa da competição já teve seus treinos iniciando hoje, no circuito de Phillip Island, na Austrália. Com um traçado de 4,4 Km de extensão, com 12 curvas, 7 para a esquerda e 5 para a direita, a corrida é disputada em 27 voltas. No ano passado, esta foi mais uma das corridas da temporada com vencedores inesperados, com Cal Crutchlow, da LCR Honda, a vencer a prova, secundado por Valentino Rossi, da Yamaha, em 2º lugar, e Maverick Viñales, então na equipe Suzuki, fechando o pódio em 3º lugar. Valentino Rossi, aliás, é o maior vencedor dessa corrida, ao lado de Casey Stoner, com 6 vitórias cada um. Stoner, aliás, foi quem mais largou na pole na prova, em 5 ocasiões. Do grid atual, Márquez é quem mais vezes largou na frente, com 3 poles, e é neste retrospecto que o atual campeão espera manter sua dianteira na competição. De seu lado, Marc Márquez afirma que a pista australiana é mais favorável à Honda do que em Motegi, e o espanhol ainda afirma que precisa se preocupar com Maverick Viñales, embora não deixe de menosprezar a ameaça que Andrea Dovizioso representa.
O circuito de Phillip Island é o palco do Grande Prêmio da Austrália da MotoGP.
            E, pelo resultado dos treinos livres realizados hoje, o páreo tem tudo para ser duro entre os dois postulantes. Márquez fez o segundo tempo, mas Dovizioso ficou logo atrás, com uma diferença mínima entre eles. Claro que treino é treino, e corrida é corrida, mas é um indício interessante de que o duelo tem boas perspectivas de se repetir, e sem favoritos entre ambos. O canal SporTV transmite a corrida ao vivo na madrugada deste domingo, a partir das 3 horas. A corrida promete!


Hoje começam os treinos oficiais para o Grande Prêmio do Japão, no Circuito das Américas, em Austin, no Texas. A corrida pode decidir o campeonato da F-1 de 2017, com Lewis Hamilton a poder conquistar o tetracampeonato dependendo da combinação de resultados. Se Hamilton vencer a corrida, e Sebastian Vettel terminar em 7º lugar, a fatura estará liquidada a favor do piloto da Mercedes, atualmente com 59 pontos de vantagem para o rival da Ferrari. Para deixar o panorama mais complicado contra o time italiano, Hamilton tem um retrospecto amplamente favorável em Austin, tendo vencido nada menos do que 4 corridas das 5 que foram disputadas neste circuito. A única exceção foi em 2013, quando a vitória foi justamente de Sebastian Vettel, mas que na época corrida por uma Red Bull praticamente imbatível, a exemplo da Mercedes das últimas três temporadas. Naquela corrida, Hamilton foi o 4º colocado, já competindo pela Mercedes. A Ferrari, de qualquer maneira, precisa reagir, até para Vettel defender sua vice-liderança na competição, uma vez que com os desaires ocorridos nas últimas provas, Valtteri Bottas está chegando muito perto do alemão, e com boas chances de lutar pelo vice-campeonato, o que seria o melhor resultado para a Mercedes, obviamente. Mas um desastre para o time italiano, que começou o campeonato com muita força com Vettel, e que seria muito ruim ver seu melhor piloto batido na reta final para ser apenas o 3º colocado na classificação. Bottas, por outro lado, embora já garantido para 2018, tem de mostrar serviço para garantir-se para 2019, uma vez que começaram os boatos de que uma eventual contratação de Max Verstappen pelo time alemão já se avizinha no horizonte, e o finlandês precisará mostrar serviço para buscar novos ares onde possa se instalar, no caso de isso se confirmar...


E mais uma vez, a Globo não irá exibir o Grande Prêmio dos Estados Unidos ao vivo. Por bater de frente com o horário do futebol, a emissora carioca fará o que tem feito nos últimos anos: a transmissão ao vivo ficará por conta do SporTV, que transmitirá a corrida ao vivo, a partir das 17 horas deste domingo, além dos treinos, com a Globo exibindo apenas um compacto na TV aberta ao fim da noite de domingo. E, mesmo com a expectativa da definição do título... Alguma supresa? A única notícia positiva é que a emissora renovou os contratos de publicidade da categoria, o que significa que a transmissão das corridas seguirá firme na grade da emissora em 2018, nos mesmos padrões atuais que tem sido mostrados nos últimos anos. Apesar da expectativa de o Brasil ficar sem um representante pela primeira vez no grid no próximo ano, já que até o fechamento desta coluna Felipe Massa ainda estava negociando sua renovação com o time da Williams, a emissora não teve problemas em negociar todas as cotas de patrocínio da transmissão. Por um lado, isso é positivo, pois demonstra que os índices de audiência e o interesse da emissora parecem ter atingido certa estabilidade, de forma que a presença ou não de um piloto brasileiro não fará diferença para a manutenção das corridas na grade de transmissão. Por outro lado, contudo, significa também que a Globo não deverá melhorar o padrão das transmissões, que nos últimos dois anos, ficou restrito a mandar apenas a equipe de reportagem para as corridas, ficando narradores e comentaristas fazendo a transmissão de estúdio no Brasil.
O Circuito das Américas, em Austin, Texas, é o palco do Grande Prêmio dos Estados Unidos, que pode decidir a temporada 2017 da Fórmula 1.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

ARQUIVO PISTA & BOX – MARÇO DE 1998 – 20.03.1998



            De volta com uma de minhas antigas colunas, esta foi lançada no dia 20 de março de 1998, e o assunto debatido era a estréia de nossos representantes nos principais campeonatos de monopostos à época, aF-1, e a F-CART. Na categoria máxima do automobilismo, teríamos mais um período de vacas magras, com nossos pilotos na categoria carecendo de carros competitivos para poderem mostrar do que eram capazes. A expectativa era pelo menos conseguir fazer algo melhor do que em 1997, mas nem isso era algo muito possível. Não bastasse nossos pilotos não terem carros de boa performance, ainda sofriam com a falta de fiabilidade, sofrendo os mais variados percalços. Enquanto isso, do lado de cá do Atlântico, a F-CART atravessa uma excelente fase, e o Brasil tinha vários representantes no grid, a grande maioria com carros competitivos que permitiam até vencer corridas. Mas, mesmo com um equipamento menos desigual, não seria naquele ano que nossos pilotos mostrariam sua força de fato. Gil de Ferran até que tentou, mas a superioridade da Ganassi e de Alessandro Zanardi acabaram com as esperanças do brasileiro e de seus demais compatriotas que ansiavam por melhores resultados e chances de disputarem o título.
            Nas notas rápidas, os calendários daquele ano dos certames da F-3 Inglesa, e da F-Renault Européia, além de comentários rápidos sobre a estréia da F-1 em Melbourne, na Austrália, além de mais alguns comentários a respeito da F-CART, e da F-3 Inglesa. Aproveitem o texto, que em breve tem mais...

A LARGADA DOS BRASILEIROS

            Enfim, foram iniciados os campeonatos de 98 da Fórmula 1 e Fórmula CART. Mais uma vez, o Brasil marca presença nos dois campeonatos. No caso da F-1, entretanto, nossos pilotos começaram 98 com o pé esquerdo. Na Austrália, Rubens Barrichello, Ricardo Rosset e Pedro Paulo Diniz não conseguiram nada de positivo. De certo modo, pareceu tudo igual ao ano passado, quando nenhum de nossos pilotos teve um bom fim de semana em Melbourne.
            Na TWR-Arrows, o panorama foi quase igual ao de 97: o carro foi feito em cima da hora, quase sem testes, tendo que ir para a pista mostrar serviço. Diniz teve um tremendo susto ao ver seu carro pegar fogo quando levava o monoposto para o grid de largada antes de começar a corrida. Teve de mudar para o carro reserva, que não permitiu nada muito melhor. Já Rubinho limitou-se a engatar a primeira marcha, pois o câmbio quebrou na hora e sua corrida ficou em 2 míseros metros percorridos para encostar o bólido. Rosset ainda conseguiu andar razoavelmente bem, mas ficou a pé antes da metade da corrida.
            Já na F-CART, nossos pilotos começaram razoavelmente bem, mas tiveram inúmeros percalços durante a prova de Miami. Gil de Ferran e André Ribeiro que o digam: Gil liderava a corrida quando sua equipe arriscou na estratégia de Box, e com isso, derrubou o brasileiro para a 15ª posição. Terminou a prova em 7º lugar, posição até satisfatória. Já André Ribeiro acabou sendo traído pelos pneus, cujo primeiro jogo estava com desgaste muito acentuado e provocou um pit stop extra. André caiu para as últimas posições e não conseguiu recuperar as voltas de desvantagem na prova. Nossos dois estreantes na categoria, Tony Kanaan e Hélio Castro Neves, praticamente já foram “diplomados” nos ovais: primeira corrida, e primeira batida no muro. Christian Fittipaldi finalmente começou bem um ano, terminando em 4º lugar. Maurício Gugelmim acabou num decepcionante 10º lugar, segundo ele próprio admitiu. Já Roberto Moreno, que assumiu de última hora o carro da equipe Project Indy, conseguiu a façanha de terminar a corrida com apenas 1 volta de desvantagem para o vencedor, Michael Andretti, mesmo que em apenas 15º lugar.
            É cedo para fazer qualquer análise do que se pode esperar da temporada em relação aos brasileiros, mas é certo que todos, seja na F-1 ou na F-CART, ficaram aquém de suas possibilidades. As equipes TWR-Arrows, Stewart e Tyrrel podem fazer muito mais do que mostraram na Austrália. Todos os times dispõem de bons orçamentos para esta temporada. O problema é a falta de fiabilidade dos carros. Até mesmo a Tyrrel, que estava mais adiantada do que a Stewart e a TWR-Arrows, acabou sucumbindo a problemas mecânicos em Melbourne. Mas, mesmo que consigam resolver seus dilemas, as possibilidades de nossos pilotos, ao menos na F-1, não parecem ser das melhores para este campeonato.
            Na F-CART, o problema parece inverso: temos praticamente 3 pilotos em equipes de ponta, enquanto outros 2 contam com excelentes estruturas intermediárias. Mas parece surgir todo tipo de contratempo. Temos potencial de sobra para, mais uma vez, disputar o título da categoria, mas fica a dúvida se esse potencial vai se confirmar, ou se vamos ficar mais uma vez na expectativa apenas. É preciso conter a euforia, pois há cerca de 4 anos estamos esperando um título na categoria, e o máximo que conseguimos até agora foi o vice-campeonato de Gil de Ferran ano passado.
            Apesar de tudo, a esperança nunca morre, e é a ela que nós nos agarramos, mais uma vez. Que venham as próximas corridas!


CALENDÁRIOS 98: F-3 Inglesa

Data
Circuito
22.03
Donington Park
29.03
Thruxton
05.04
Silverstone
25 e 26.04
Brands Hatch
04.05
Oulton Park
17.05
Silverstone
25.05
Croft
14.06
Snetterton
10.07
Silverstone
15 e 16.08
Pembrey
30.08
Donington Park
13.09
Thruxton
27.09
Spa-Francorchamps*
04.10
Silverstone

(*) = Etapa na Bélgica


CALENDÁRIOS 98: F-Renault Européia

Data
Circuito (País)
22.03
Le Mans (França)
05.04
Silverstone (Inglaterra)
26.04
Jarama (Espanha)
10.05
Paul Ricard (França)
17.05
Ímola (San Marino)
07.06
Spa-Francorchamps (Bélgica)
05.07
Monza (Itália)
30.08
Hungaroring (Hungria)
11.10
Hockenhein (Alemanha)
17.10
*

(*) = Etapa a definir


O massacre imposto pela McLaren às demais equipes no GP da Austrália fez com que quase todas as demais escuderias de F-1 se movimentassem intensamente. Esta semana todos estiveram testando sem parar nas pistas de Monza, Barcelona e Silverstone. A Ferrari, por sua vez, fez uso intensivo de suas duas pistas, em Mugello e Fiorano. Em todas as equipes, apenas uma meta: não sofrer tamanha humilhação no GP do Brasil, em Interlagos.


A F-3 Inglesa dá a sua largada neste domingo, no circuito de Donington Park. Este ano, teremos 4 representantes brasileiros na disputa: Enrique Bernoldi, que corre pela equipe Promatecme; Ricardo Maurício na Alan Docking Racing; e a dupla de pilotos da Paul Stewart Racing, Mário Haberfeld e Luciano Burti. Todos com bons esquemas e estruturas, e com excelentes chances de trazer para o Brasil mais uma taça de campeão da F-3 Inglesa...


Só para lembrar, nossos pilotos já conquistaram 7 títulos na F-3 Inglesa, a saber:

1969
Émerson Fittipaldi
1977
Nélson Piquet
1978
Chico Serra
1981
Maurício Gugelmim
1983
Ayrton Senna
1991
Rubens Barrichello
1992
Gil de Ferran


Vai começar também a F-Renault Européia. Nosso brazucas na parada são Giuliano Losacco, Gastão Fráguas e Hoover Orsi. Todos com chance de fazer bonito no certame...


Os motores Mercedes surpreenderam em Homestead, na prova de abertura do campeonato da F-CART. Nenhum quebrou, e o mais importante, conqusitaram a pole-position com Greg Moore e por pouco não venceram a corrida com o mesmo piloto, que cruzou a linha de chegada a míseros 0s07 de Michael Andretti, o vencedor. Um bom indício para as demais equipes com o motor alemão, entre eles a PacWest, cujos pilotos confessaram sua decepção com o desempenho dos carros de 97 no último domingo...


Nas transmissões da F-CART a TVS/SBT fez a estréia de seu novo comentarista Celso Miranda no último fim de semana. Miranda substituiu Dedê Gomez, que fazia parceria de transmissão com Téo José e Luiz Carlos Azenha desde 1993...