sexta-feira, 30 de maio de 2014

PRENÚNCIO DE TEMPESTADE


Nico Rosberg e Daniel Ricciardo estavam pra lá de sorridentes na cerimônia do pódio de Mônaco. Já Lewis Hamilton...

            O que todo mundo esperava que aconteceria mais cedo ou mais tarde começou: os pilotos da equipe Mercedes, time que vem dominando o campeonato deste ano da Fórmula 1, já não falam a mesma língua. Depois de 4 vitórias consecutivas de Lewis Hamilton, Nico Rosberg conseguiu dar o troco em Monte Carlo e vencer pela segunda vez no ano, retomando a liderança da competição, que havia perdido para Lewis em Barcelona. Verdade que algumas circunstâncias ajudaram também: pista travada e sem pontos de ultrapassagem, Nico, que largou na pole, só perderia a corrida se cometesse um erro ou sofresse uma falha mecânica. Não aconteceu nem uma nem outra: Rosberg largou bem e firme ficou na dianteira até a bandeirada. Hamilton, que não conseguiu tomar a ponta no arranque da largada, só teria chance de tomar a dianteira na parada de box, mas aí o acidente de Adrian Sutil, que estampou o guard-rail na saída do túnel, complicou as coisas, porque quase todo mundo aproveitou para trocar os pneus, e a Mercedes chamou seus dois pilotos na mesma hora, arruinando os planos de Lewis, que certamente tentaria ficar um pouco mais na pista para tentar voltar à frente. Mas Hamilton saiu de Mônaco com o sangue quente.
            O que certamente o incomodou mesmo foi o "erro" de Rosberg no Q3, após ter feito o melhor tempo, quando saiu reto na Mirabeau e motivou bandeira amarela no local, o que "matou" a volta de Lewis naquele momento, que nas parciais, vinha 0s2 mais veloz que o tempo da pole de Nico. E como a pole era mais de meio caminho para a vitória no Principado, e sabendo que podia ter batido o colega não fosse sua saída de pista, normal achar que o companheiro tenha "encenado" aquilo como artífice para garantir a pole. Qualquer um suspeitaria. Até aí, nada de anormal. O problema foi externar essa opinião, e mesmo com a FIA tendo analisado o caso e nada encontrado de errado, Hamilton cometeu o erro crasso de acusar o golpe, mostrando-se vulnerável emocionalmente. Ele prometeu revanche na corrida, mas não deu em nada. Mas soube manter a cabeça sob controle ao não tentar arriscar um duelo renhido pela vitória, o que poderia ser muito pior.
            Uma luta roda a roda pela liderança durante a prova seria arriscado, e um erro, por mínimo que fosse, jogaria um, ou ambos, no guard-rail, arruinando a corrida de todo o time, e como autor da tentativa de ultrapassagem, se causasse tais problemas, poderia ficar queimado com o time, que até o presente momento tem deixado ambos duelarem livremente nas corridas, com a determinação de que ambos não se estranhem e coloquem tudo a perder. Nesse ponto, melhor garantir o 2° lugar, tanto na prova como no campeonato. Nico retomou a liderança, por 4 pontos, e ainda temos 2 terços do campeonato pela frente. Tem muito chão até o final do campeonato, e no ritmo em que ambos se encontram, é possível que a decisão se dê apenas na última corrida, graças à idéia mequetrefe da FIA de estabelecer pontuação dobrada no encerramento da competição. Mas, a partir de agora, as provas serão de guerra dentro do time da Mercedes. E, apesar das declarações esquentadas de Hamilton em Mônaco, posso dizer que o clima de combate ainda é relativamente velado. Mas falta pouco para a guerra aberta ser declarada.
            Porque falo que o clima ainda é de guerra "velada"? É só lembrar que, nas 4 corridas vencidas por Hamilton, era Nico quem cada vez mais estava ficando com a cara fechada. Seu semblante em Barcelona, prova anterior a Mônaco, era tão insatisfeito quando o de Lewis após o fim da corrida de Monte Carlo. Apenas por ser um pouco mais frio e controlado, ele não saiu também chiando, o que não quer dizer que estivesse satisfeito com a situação. Em Mônaco, ele preferiu contemporizar, como se o problema não fosse com ele. Claro, tendo vencido, era natural que estivesse todo sorridente e faceiro. Afinal, está de volta à dianteira da classificação, e espantou, por hora, o fantasma de virar sombra do parceiro de equipe. Mas e se tivesse tomado outra derrota do inglês. Certamente que seu humor estaria um tanto quanto diferente. Se Hamilton voltar a dar as cartas nas próximas corridas, como fez nas provas antes de Mônaco, vamos ver até onde vai a frieza de Rosberg. Por enquanto, é só Hamilton que está de cabeça quente, e esse é o maior problema dele: se deixar que isso o perturbe, pode perder a concentração e dar a Nico a vantagem psicológica que ele precisava para se impôr no time e na pista. Pior, suas declarações inflamadas já causaram um tremendo mal-estar na própria Mercedes, e isso pode pesar muito contra ele, dependendo de como as coisas evoluírem, em caso de nova derrota.
            A direção da Mercedes já se movimenta para colocar panos quentes na questão. Tanto Toto Wolf como Niki Lauda já estão se movimentando para evitar que os ânimos fiquem mais exaltados, e se necessário, Wolf já avisou que poderá impôr ordens de equipe aos pilotos na pista. Nada pior para o campeonato a esta altura, quando a única atração é ver a briga entre os pilotos do time que domina a competição. Já vimos isso em 1988, quando a McLaren arrasou a concorrência e tinha Ayrton Senna e Alain Prost.
            A situação na McLaren, aliás, até que ficou serena boa parte do ano. Apenas mais para o final da temporada, em Portugal, quando Senna deu uma largada que quase prensou Prost no muro é que os ânimos ficaram mais tensos, fora o fato de Prost achar que seus motores andavam "descalibrados" para favorecer o brasileiro a certa altura do campeonato (que nada se provou, com os japoneses até dando ao francês a chance de escolher quais motores queria no lote de unidades disponíveis a cada GP), mas ambos ainda terminaram o ano relativamente numa boa. Mas em 1989 a coisa azedou de vez, quando o brasileiro descumpriu o pacto de não-agressão na primeira volta em San Marino e venceu a corrida. A situação na Mercedes está se deteriorando mais rápido: foram apenas 6 corridas até agora.
            Fica a dúvida de como ficará o clima na Mercedes a partir de agora. A tempestade se aproxima, resta saber a intensidade das trovoadas. Se nas próximas corridas houver luta ferrenha pela vitória, tudo deve azedar de vez mesmo, vai depender de quem ganha e quem perde. E pode ficar menos ou mais complicado se um dos pilotos conseguir vencer com margem ampla, suplantando o parceiro com folga. Amigos de longa data, tanto Rosberg quanto Hamilton estão prestes a jogar a amizade no lixo pela disputa acirrada do título, uma pena, mas a F-1 atual é assim, destrói amizades e traz o pior à tona. Hamilton é o primeiro a falar algo mais escancaradamente de que está incomodado por ter perdido, e não duvidem que Rosberg demorará a falar algo parecido quando perder também.
            No fundo, ambos sabem que é uma chance que pode não se repetir. Quem garante que no ano que vem a Mercedes continuará dando as cartas da maneira como vem fazendo agora? Pode tanto continuar vencendo como pode enfim ter concorrência maus dura ou até ficar em desvantagem, dependendo de como ficarem os novos carros de 2015. Portanto, é aproveitar para ser campeão agora e arcar com possíveis consequências depois. Hamilton busca o bi desde 2009, após ter sido campeão em 2008, e nos últimos 4 anos, viu-se subjugado pela hegemonia do conjunto Sebastian Vettel/Red Bull. De novo com um carro vencedor e campeão em mãos, ele não vai deixar passar a chance. Para Nico Rosberg, que está na F-1 desde 2006, e desde então sendo considerado sempre uma "promessa", esta é sua primeira temporada efetiva como postulante ao título, e nunca tendo sido considerado um dos favoritos antes, também não vai querer deixar ninguém estragar suas chances de finalmente ser campeão.
            Continuo reafirmando o que já falei em colunas anteriores: piloto por piloto, Lewis Hamilton é mais rápido e talentoso do que Nico Rosberg, mas nem por isso o alemão deve ser subestimado. Vai ser um duelo homem-a-homem, e o principal problema até o presente momento é o fato de Hamilton por vezes se perder emocionalmente se as coisas não correm bem a seu favor. É um ponto fraco que pode ser explorado por Rosberg, que a princípio saiu-se bem em Mônaco. Por outro lado, não dá para saber até que ponto Nico também vai ser manter impassível no caso de ser superado por Hamilton com frequência. Ele ficou relativamente quieto nas 4 corridas que foram ganhas pelo inglês, mas não ia escondendo seu incômodo com a situação. O fato de ser apenas o início do campeonato ajudou, mas e quando isso ocorrer mais à frente, em momentos decisivos? Vai se manter impassível, ou também pode perder as estribeiras? É algo que precisa ser conferido. Rosberg só foi superado no campeonato por um companheiro de equipe no ano passado, mas com o domínio imposto por Vettel e sua Red Bull na segunda metade da competição, isso passou meio que em branco. Agora que o título está diretamente na alça de mira, a situação é diferente, e promete mexer com os brios de ambos os pilotos, e da escuderia.
            Que eles se preparem para a tempestade que se aproxima...ela pode ser bem feroz...

quarta-feira, 28 de maio de 2014

COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA - MAIO DE 2014



            O mês de maio está chegando ao fim, e portanto, lá vamos nós com mais uma edição da COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA, fazendo o tradicional balanço do que andou acontecendo neste mês no mundo da velocidade. Como de costume, vamos às classificações: EM ALTA (caixa na cor verde); NA MESMA (caixa na cor azul); e EM BAIXA (caixa na cor vermelho-claro). Então, boa leitura a todos, e até a cotação do mês que vem...



EM ALTA:

Nico Rosberg: Após amargar 4 derrotas consecutivas para Lewis Hamilton e ter perdido a liderança do mundial no GP da Espanha, o filho de Keke Rosberg precisava reagir na competição, e o fez de forma magistral em Mônaco, onde largou na pole-position e venceu a corrida praticamente de ponta a ponta. Se é verdade que o circuito ajudou a se defender de possíveis investidas de Hamilton, o inglês também sentiu o golpe, e já começou a soltar comentários indicando que o bom relacionamento entre ambos acaba de ir para o brejo. Piloto por piloto, Hamilton é melhor do que Nico, mas nem por isso o alemão pode ser subestimado, o que demonstrou na corrida do Principado.

Ryan Hunter-Reay: O piloto da Andretti teve um mês de maio pra ninguém botar defeito no campeonato da Indy Racing League. Foi segundo colocado na corrida de Indianápolis, e duas semanas depois, conseguiu vencer as 500 Milhas de Indianápolis, em uma disputa eletrizante com Hélio Castro Neves nas voltas finais. Como resultado, pulou para a liderança do campeonato, com 274 pontos, e começa a se mostrar como forte candidato ao título da temporada, surpreendendo quem achava que a briga se daria entre os pilotos da Penske e da Ganassi.

Equipe Marussia: Pode ser exagero afirmar que este time nanico está em alta, mas a pequena escuderia, desde que estreou na F-1 há 5 anos, finalmente marcou seus primeiros pontos na categoria, com o 9° lugar de Jules Bianchi na etapa de Mônaco, que foi mais comemorado até do que uma vitória. O time e o piloto aproveitaram a oportunidade para superar rivais mais bem equipados e com isso garantiram um importante alivio financeiro para o campeonato de 2015. Um golpe e tanto para sua principal rival, a Caterham, que desde que estreou, na mesma temporada da Marussia, chamada na época de Virgin, sempre se mostrou a mais promissora e profissional das equipes nanicas, e aos poucos vem perdendo o encanto com a categoria. Poderão ser os únicos pontos do time em toda a temporada, mas dada a performance exibida nestes anos todos, é para se comemorar realmente.

Equipe Volkswagen no Mundial de Rali: A fábrica alemã está deitando e rolando no Campeonato Mundial de Rali deste ano. A escuderia venceu todas as 5 provas disputadas até agora, com 3 vitórias para o atual campeão, o francês Sebastien Ogier, enquanto seu parceiro, o finlandês Jari-Matti Latvala faturou as outras 2 etapas da competição. Ogier lidera o certame com 112 pontos, seguido por Latvala, que tem 88. O mais próximo concorrente na tabela é o norueguês Mads Ostberg, que tem apenas 48 pontos. Verdade que ainda tem 8 etapas até o fim do campeonato, mas pelo ritmo que os pilotos da Volkswagen têm demonstrado, dificilmente o título não será de um deles, para desespero dos concorrentes.

Equipe Andretti: O time de Michael Andretti está em alta neste início do campeonato da Indy Racing League 2014. Ryan Hunter-Reay já acumula 2 vitórias na temporada, e a escuderia tem 3 de seus 4 pilotos entre os 6 primeiros colocados na classificação do campeonato, e lidera a classificação por equipes da categoria. Campeã em 2012 com Hunter-Reay, o time dá mostras de que tem tudo para fazer o americano chegar ao bicampeonato. Marco Andretti e o novato Carlos Munhoz também tem feito boas apresentações, e só James Hinchcliffe tem ficado a desejar, depois do bom início de campeonato feito no ano passado. Michael Andretti, quando era piloto, nunca conseguiu vencer a Indy500, e só agora como dono de equipe conseguiu a proeza. No momento, o time é a escuderia a ser batida na luta pelo título, e a Penske vem em seus calcanhares.



NA MESMA:

Equipe Mercedes: Não importa a pista ou as atualizações que a concorrência faça, o time prateado sediado em Brackley continua deitando e rolando no atual campeonato de F-1, tendo em 6 etapas 6 vitórias e 6 pole-positions, além de 5 dobradinhas. O que salvará a expectativa do mundial é saber qual dos pilotos levará a taça, Lewis Hamilton ou Nico Rosberg. O título de construtores vai ser barbada, então. Os concorrentes que comecem a pensar em 2015...

Marc Márquez: O atual campeão da MotoGP vem barbarizando no campeonato de 2014, e em 5 corridas já contabiliza 5 vitórias, novo recorde na história da categoria. Vai ser difícil derrubar o seu favoritismo: além de contar com o melhor equipamento, seu companheiro de equipe Dani Pedrosa parece não ter forçar para acompanhar o ritmo de seu parceiro mais novo. A continuar nessa toada, Márquez deve encerrar a disputa pela taça com várias provas de antecipação, a menos que a concorrência consiga reagir, o que está parecendo difícil de acontecer.

Hélio Castro Neves: Buscando o 4° triunfo nas 500 Milhas de Indianápolis, o piloto brasileiro da Penske bateu na trave novamente este ano, chegando em 2° lugar depois de uma luta acirrada com Ryan Hunter-Reay nas voltas finais. De positivo, apenas o fato de ter terminado entre os primeiros nas duas provas disputadas na capital de Indiana neste mês de maio, o que o leva para a 3ª posição no campeonato. Mas, lembrando-se do que aconteceu no ano passado, é melhor que Helinho comece a ganhar corridas, para entrar firme na luta pelo título de forma que não precise evitar um fim de semana ruim, como aconteceu em Houston em 2013, quando de favorito passou a azarão. Isso para não falar que Will Power vem andando mais forte este ano, e se não tomar cuidado, pode ficar novamente na sombra do australiano.

Felipe Massa: O piloto brasileiro não está tendo o desempenho desejado no campeonato que se esperava. Massa já ficou algumas provas sem pontuar, e mesmo tendo um resultado satisfatório em Mônaco depois do azar na classificação, tem de se empenhar mais para evitar ser ofuscado pelo finlandês Valtteri Bottas, que tem se mostrado muito rápido. O maior problema do brasileiro, contudo, são os azares que insistem em persegui-lo, como se viu nas últimas corridas, que sempre ajudaram a estragar parte do potencial de resultados melhores. Felipe precisa sair dessa sina se quiser de fato renascer na F-1, do contrário, ao fim de seu atual contrato com a Williams, pode ficar novamente sem lugar para ir na tentativa de permanecer na F-1. Já a Williams, por sua vez, parece reviver a temporada de 2012, quando tinha um bom carro, e só não foi mais longe por culpa da dupla de pilotos, sendo que atualmente o carro tem potencial para render mais, mas sempre há problemas localizados que impedem que se extrair tudo o que eles podem dar.

Sebastian Vettel: O atual tetracampeão de F-1 continua atrás de seu parceiro de equipe Daniel Ricciardo na classificação do campeonato. Em Mônaco, que na teoria seria o melhor cenário para a Red Bull tentar incomodar a Mercedes, o alemão ficou novamente a pé por problemas na unidade de potência da Renault, que afligiu também os carros do time "B", a Toro Rosso. Há que se elogiar o comportamento de Vettel, que até o presente momento está aceitando na esportiva o momento incômodo que está vivendo, uma vez que não sabia o que era ficar atrás do colega de time na classificação há muito tempo. Mas, nas entrelinhas, ele mostra estar bem insatisfeito com a situação de não poder vencer corridas. Felizmente, ele também parece demonstrar saber que seu time está fazendo o que pode para sanar o problema, dentro de suas possibilidades, e é hora de ser solidário com o time que lhe deu tudo nos últimos 4 anos, anos que são muito recentes, mas que devem estar dando uma saudade danada em Sebastian...



EM BAIXA:

Tony Kanaan: O piloto brasileiro não vem tendo um bom início de temporada na IRL este ano. Dispondo novamente de uma estrutura de ponta, o piloto baiano vem enfrentando percalços atrás de percalços, e na Indy500, amargou abandonar a corrida perto do final, prova da qual já estava alijado de um bom resultado por um erro de estratégia que lhe causou uma pane seca e a necessidade de troca do câmbio de seu carro, o que o fez perder 18 voltas nos boxes. Após o fim da Indy500, Tony é apenas o 16° colocado na competição, e vendo as chances de disputar o título ficarem mais distantes. Resta esperar por uma reviravolta como a que seu time conseguiu em 2013, com Scott Dixon, que a partir de Pocono desandou a andar na frente...

Pastor Maldonado: O piloto venezuelano continua comendo o pão que o diabo amassou nesta temporada. Enquanto vê o parceiro Romain Grossjean começar a pontuar, graças à melhora da competitividade do carro da Lotus, ele se vê em problemas a torto e a direito, sendo que em Mônaco, nem conseguiu largar após seu carro enguiçar no grid e os mecânicos não terem conseguido fazê-lo funcionar novamente, o que fez Pastor praticamente abandonar a prova sem sequer ter largado. Para complicar, a PDVSA, seu principal trunfo e patrocinador, está prometendo rever sua política de patrocínio de pilotos, e embora desminta que isso o afete, pode sim complicar a continuidade de sua carreira na F-1, uma vez que seu histórico na categoria é de mais baixos que altos.

Jorge Lorenzo: O bicampeão da MotoGP não está tendo este ano o campeonato que esperava. Além de ver o rival Marc Márquez disparar na ponta, vencendo corrida atrás de corrida, ele ainda está se vendo superado por Valentino Rossi, que ocupa a 2ª posição no campeonato e já subiu 3 vezes ao pódio, enquanto ele contabiliza apenas 1, e já teve um abandono logo no início do campeonato, no Catar. O espanhol ocupa a 5ª posição na classificação, com apenas 49 pontos, enquanto Márquez já acumula 125, e Rossi, 81 pontos. A meta de chegar ao tri vai ficando cada vez mais distante.

Equipe Sauber: O time suíço está tendo o seu pior início de temporada desde que estreou na F-1. Até o momento, está sem pontos no campeonato, e o desempenho do carro não dá sinais de que vai evoluir. Em Mônaco, para piorar, ainda viu Adrian Sutil bater forte e aumentar as despesas do time, que agora foi superado até pela nanica Marussia na classificação de construtores. E, como desgraça pouca é bobagem, patrocinadores que é bom, nada. Os poucos apoios de peso da escuderia de Peter Sauber são derivados de Esteban Gutierrez, que até o presente momento não tem conseguido dar mostras de evoluir mais como piloto, e que pode dar adeus ao fim do ano, levando com ele o apoio das empresas de Carlos Slim.

Equipe Chip Ganassi: O time do velho Chip pretendia comemorar seus 25 anos de fundação em grande estilo na Indy500, com direito a pintura comemorativa em prata nos dois carros do time, mas deu tudo errado: Tony Kanaan sofreu uma pane seca e problemas no carro, e Scott Dixon ainda bateu forte na parte final da corrida, felizmente sem sofrer ferimentos de monta na pancada. No time "B", Charlie Kimball também abandonou, e sobrou apenas Ryan Briscoe terminar num modesto 18° lugar. Depois de dar uma arrancada fulminante na segunda metade do ano passado e conquistar o título com Scott Dixon, a Ganassi parece novamente iniciar um campeonato abaixo das expectativas, resta saber se vai conseguir dar a volta por cima. como fez em 2013...

 



sexta-feira, 23 de maio de 2014

A CHANCE DA RED BULL?


Mônaco: chance maior de desafiar a Mercedes, ou mais um passeio dos carros alemães?

            A Fórmula 1 chegou ao Principado de Mônaco para a corrida mais charmosa do calendário, e também para aquela que é vista por muitos como a única oportunidade, no atual momento de domínio da equipe Mercedes na categoria, de assistirmos a uma vitória de um time que não o dos carros prateados alemães.
            As características únicas da pista de Mônaco, extremamente travada, e de baixa velocidade, oferecem o panorama mais propício a um time obter um bom resultado quando não possui um bom motor, mas possui um chassi muito bom, e/ou conta com um piloto extremamente talentoso, e que saiba explorar a complexidade das curvas monegascas com desenvoltura. Nos últimos anos, com o congelamento dos motores, e com suas performances ficando mais próximas uns dos outros, essa tendência acabou ficando de lado, mas volta a tona este ano, especialmente diante do principal ponto fraco do time campeão das últimas temporadas, a Red Bull, que tem nas unidades de potência da Renault seu calcanhar de Aquiles na luta contra o poderio do time da Mercedes.
            O modelo RB10, tal qual a maioria dos modelos desenvolvidos por Adrian Newey, possui uma aerodinâmica extremamente refinada, e nas últimas provas, mostrou grande desenvolvimento, podendo ser considerado o melhor carro depois do modelo W05 da Mercedes. O problema é que o carro alemão vem sobrando na temporada, de modo que mesmo já estando na posição de segundo melhor carro, uma disputa aberta tem se tornado praticamente impossível, e depois de tomar praticamente 50s do vencedor Lewis Hamilton na pista de Barcelona, semana passada, durante o GP da Espanha, só circunstâncias anormais pode oferecer uma chance de equilibrar o duelo.
            E é o que a Red Bull vai tentar aqui em Mônaco. O excelente equilíbrio do modelo RB10 pode mostrar toda a sua eficiência aqui, especialmente pelo fato de ser um circuito de baixa velocidade, onde a falta de potência da unidade de força da Renault não deverá pesar tanto quanto nas demais corridas. E, se Sebastian Vettel dar conta de sua parte, as chances de conseguir uma posição de largada à frente das imbatíveis Mercedes torna-se mais real. E largar na frente sempre é considerado meio caminho para a vitória nesta pista. Mas a tarefa vai ser complicada.
            Supondo que Vettel, ou seu companheiro, Daniel Ricciardo, consigam largar à frente de Lewis Hamilton e Nico Rosberg, eles terão de dar tudo por tudo para abrir vantagem logo de cara, a fim de evitar perder a liderança na primeira parada de troca de pneus. É uma estratégia de tudo ou nada: se não largarem na frente, o panorama mais evidente da estratégia dos pilotos da Mercedes será comboiar o líder de perto, sem forçar, e assim que tiverem pista livre pela frente, quando o rival fizer sua parada, poderão partir para voltas demolidoras a fim de saírem à frente quando fizerem seus pit stops.
            Será que Vettel, Ricciardo, e o modelo RB10 conseguirão abrir a dianteira necessária para impedir isso de ocorrer? Só ficaremos sabendo mesmo na corrida. Em todas as pistas visitadas este ano, os carros prateados do time alemão demonstraram performance superior em todas elas. Mesmo que porventura não largassem na frente, era praticamente impossível mantê-las atrás de si, como demonstrou Nico Rosberg quando teve de se livrar de concorrentes na prova da China, quando perdeu posições na largada e teve de fazer uma prova de recuperação.
            O circuito de Mônaco, contudo, tem particularidades que tornam muito mais complicado uma recuperação de posições durante a corrida. É uma pista estreita, sem ponto de ultrapassagem idéias, e onde quem vai à frente só perde a posição mesmo se bobear e cometer um erro. E isso pode ser fatal em se tratando de estratégias de corrida, pois se acabar ficando “trancado” atrás de um carro mais lento, pode-se perder muito tempo, e talvez até mesmo a corrida.
            Há anos atrás, David Couthard teve parte de sua corrida estragada nesta pista por ter perdido muitas voltas “preso” atrás de Enrique Bernoldi. O piloto brasileiro estava guiando sem cometer um único erro, e assim, ele, mesmo pilotando uma modesta Arrows, conseguiu segurar atrás de si o piloto escocês, que pilotava uma McLaren, carro muito superior ao de Bernoldi. Por fim, quando conseguiu superar Bernoldi, Couthard já tinha ficado com sua estratégia de corrida totalmente comprometida. Curioso foi ver Ron Dennis perder a calma e ir tirar satisfações com o brasileiro após a corrida, como se Enrique não tivesse direito de defender sua posição.
            E, antes disso, Mônaco sempre era a etapa do calendário mais aguardada pelos times que não possuíam um motor potente, como única chance de tentar obter um resultado de monta que pudesse garantir a sobrevivência da escuderia pelo resto do ano. Assim como a dificuldade da pista era sempre um belo teste para evidenciar a habilidade dos pilotos. Foi aqui, por exemplo, que Roberto Moreno conseguiu a única classificação da equipe Andrea Moda em sua curta vida na F-1. O carro era uma porcaria, e a estrutura técnica do time não conseguia proporcionar melhoria ao carro. Mesmo assim, Moreno conseguiu a última posição no grid, e largou, durante apenas 14 voltas na corrida, mas mostrando como uma pista como Mônaco exaltava o talento dos pilotos, não importando qual carro estivessem pilotando.
            E não é por acaso que foi nesta pista que Ayrton Senna sempre se sobressaiu, desde que estreou na F-1. Em 1984, debaixo de chuva, o brasileiro deu aqui o seu primeiro show de pilotagem, obtendo seu primeiro pódio. Em 1987, ele venceria a corrida pela primeira vez, feito que repetiria em 1988, 1990, 1991, 1992, e 1993, batendo o recorde anterior que era de Graham Hill, com 5 triunfos.
            Mas se as chances aumentam na teoria, a realidade pode muito bem jogar contra. Nada a discutir sobre a qualidade do chassi da Red Bull, ou do talento de Sebastian Vettel, mas o time da Mercedes não está apresentando pontos fracos a serem explorados apenas em virtude das características da pista monegasca. O modelo W05 já mostrou é praticamente tão bom quanto o do time das bebidas energéticas, e em termos de pilotos, Lewis Hamilton é tido como o mais veloz da F-1 atual, capaz de arrancar do carro mais velocidade do que ele pode oferecer, da mesma maneira como Senna costumava fazer. E Nico Rosberg também não está para brincadeira: no ano passado, ele foi pole e venceu aqui, quando o carro da Mercedes exibia velocidade, mas maltratava os pneus como nenhum outro carro da temporada. Com o modelo atual tendo corrigido todos os defeitos do carro de 2013, e agregando ainda mais performance, vai ser complicado tentar desbancar o favoritismo das flechas de prata alemãs. Claro que as chances de uma surpresa existem, mas as chances de tudo ficar do mesmo jeito também. Resta saber se vamos assistir a mais um passeio do time alemão, ou se poderemos ver um pouco de esperança de algum outro time quebrar, ainda que apenas nesta prova, a hegemonia do time de Hamilton e Rosberg.
            Pelo desempenho atual dos carros, a Red Bull parece a única com alguma chance de conseguir tal feito. Mas não se pode descuidar de potenciais rivais que também podem utilizar dessa estratégia, como Fernando Alonso, se o carro da Ferrari permitir ao espanhol descontar pelo menos parte da imensa diferença que o separa para os carros alemães. A se julgar pelo resultado do primeiro treino livre de ontem, feito com pista seca, vai ser difícil tentar superar os carros da Mercedes. Já com chuva, como aconteceu no segundo treino livre, a parada promete ser mais viável, mas ainda assim, sem garantias de sucesso, uma vez que Hamilton costuma andar muito bem na chuva, ponto que não poderá ser explorado pelos rivais.
            Aguardemos os resultados dos treinos deste sábado para ver se teremos uma corrida, ou mais uma procissão. Infelizmente, pelo histórico das corridas monegascas, a possibilidade da segunda opção é bem mais real...


Neste domingo teremos a edição 2014 de uma das mais famosas corridas do mundo inteiro: as 500 Milhas de Indianápolis. Depois de brilhar nos treinos livres, o americano Ed Carpenter confirmou a boa forma exibida e conquistou a pole-position para a corrida, faturando só com isso mais de US$ 100 mil. Os brasileiros tiveram desempenhos diferentes: enquanto Hélio Castro Neves larga na 4ª posição, abrindo a segunda fila, Tony Kanaan alinha apenas em 16º lugar, mas numa prova tão longa como a Indy500, e cheia de surpresas durante o seu desenrolar, as posições de largada pouco influem para o resultado final, e não se pode descartar a dupla brasileira entre os candidatos à vitória. Hélio busca seu 4º triunfo na prova, enquanto Tony venceu a corrida no ano passado, e está decidido a aumentar o seu número de vitórias na Brickyard Line. Vamos ver quem consegue chegar na frente depois dos mais de 800 Km de percurso...

quarta-feira, 21 de maio de 2014

ARQUIVO PISTA & BOX - DEZEMBRO DE 1996 - 20.12.1996


            Trazendo mais um antigo texto na seção Arquivo, esta é a última coluna que escrevi em 1996. Estávamos às vésperas do Natal e era hora de dar um tempo nos textos para descansar a cabeça e iniciar 1997 com energias renovadas. Na pauta do texto, os motivos para a queda de rendimento da escuderia Benetton, que não se resumiam só ao fato de terem perdido Michael Schumacher para a Ferrari naquela temporada. Uma boa leitura a todos, e em breve começo a trazer as colunas escritas em 1997...

 

 

BENETTON EM QUEDA LIVRE

 

            A Benetton, quem diria, não tem boas perspectivas para o mundial de 1997. E os motivos para isso são vários. A começar pelo mais importante de todos numa escuderia de Fórmula 1: dinheiro. Este ano a Benetton não conseguiu nem metade do número de pontos atingidos em 1995, quando foi campeã mundial de pilotos e de construtores. Isso se refletiu no patrocínio da Mild Seven, que baixará pela metade no próximo ano, o que complicará as coisas para o time multicolorido.

            Outro golpe sofrido pela escuderia foi a perda de seus principais nomes da área técnica, Rory Byrne e Ross Brawn, para a Ferrari. O time italiano, por coincidência, o fez a pedido de Michael Schumacher, ex-piloto da Benetton. Com isso, a escuderia sofre um sério revés para o próximo campeonato.

            O que aconteceu para a escuderia mais eficiente dos dois últimos anos cair tão rápido assim? A resposta é simples e já me era conhecida desde 1994, sendo que já cheguei a levantar o tema em discussão nesta coluna: a dependência extrema de Michael Schumacher.

            Explicando melhor, tudo começou em 1993, quando a Benetton resolveu otimizar o desempenho de seu carro, o B193, construindo especificamente para o estilo de pilotagem de Michael Schumacher. Visto com um campeão em potencial na época, nada mais óbvio para a escuderia do que apostar todas as suas fichas no piloto alemão. O resultado foi bom, e os carros de 1994 e de 1995 seguiram a mesma tendência: estilo “Schumacher” de pilotagem, cada vez mais extremo. Com um carro configurado especialmente para si, Schumacher deu verdadeiros shows de pilotagem, levando o carro a limites extremos, o que resultou no bicampeonato do alemão, mesmo guiando um monoposto tecnicamente inferior ao da Williams.

            Só que esse sucesso todo tinha o seu outro lado: o carro dificilmente permitia a qualquer outro piloto que não Schumacher um resultado decente. Vários pilotos de talento comprovado tentaram em vão pilotar o carro no limite extremo, e nenhum deles conseguia o mesmo desempenho de Michael. Jos Verstappen, Riccardo Patrese, Johnny Herbert, e Jirky Jarvi Letho ficaram relegados a performances secundárias com os Benetton, que em suas mãos ainda pareciam carros de times médios. Mas como Schumacher dava e sobrava, Flavio Briatore praticamente ignorava seus segundos pilotos, dando atenção somente para o piloto alemão. Johnny Herbert foi quem mais chiou com o tratamento recebido e com o modo de desenvolvimento do carro, sempre afinado unicamente para o estilo particular de pilotagem de Schumacher. Briatore, por sua vez, não deixou por menos, e deu acaloradas declarações públicas atacando Herbert por seus mais resultados e pondo o talento do inglês em dúvida. Em uma das discussões dentro do time, Briatore teria dito a Herbert que ele estava ali para pilotar, e não para dar palpites no desenvolvimento dos carros.

            Mas essa dependência de Schumacher iria colocar em xeque a escuderia um dia. E esse dia chegou, quando o piloto alemão partiu para a Ferrari, deixando a Benetton com parâmetros de desenvolvimento de um carro que não teriam utilidade alguma para os novos pilotos do time.

            Gerhard Berger e Jean Alesi, os novos pilotos da escuderia, não conseguiram obter bons desempenhos do bólido, comprovando minha teoria, e o resultado só podia ser esse: ter de recomeçar do zero novamente a desenvolver um carro que pudesse ser utilizado por qualquer piloto, como era até 1992, quando Michael Schumacher e Martin Brundle, então pilotos da equipe, conseguiram bons resultados tanto para um quanto para o outro, sendo que em várias corridas Brundle andou à frente do alemão e até conseguiu subir ao pódio em alguns GPs.

            Com essa nova partida do zero, praticamente todo o trabalho de desenvolvimento realizado entre 1993 e 1995 teve de ser jogado fora. Isso resultou numa queda de performance considerável. Até a fiabilidade mecânica dos carros, exemplar em 1995, teve acentuada queda neste ano, deixando tanto Alesi quanto Berger a pé em várias corridas, quando lutavam por lugares pontuáveis e até mesmo por vitórias.

            Chegou-se a cogitar na demissão da atual dupla de pilotos do time, que segundo Briatore, custava muito e não produzia nada, mas por fim, tanto Alesi quanto Berger foram confirmados como titulares da escuderia para 1997. Mas para 1998 já é certo que eles terão de procurar um novo time para competir...

            Para o bem da competição, espero que a Benetton não caia mais do que se viu este ano, mas pelo jeito como as coisas andam, Flavio Briatore já deve ter sentido na pele o drama que a dependência criada no time em relação a Michael Schumacher criou. Como um drogado, o time agora tenta lutar pela sua recuperação depois de ter abandonado o vício...Será que vai conseguir?

 

 

Para fechar o ano, aqui vai a classificação final do Mundial de F-1 de 1996:

 

PILOTOS
CONSTRUTORES
1) Damon Hill..............97
1) Williams/Renault.........175
2) Jacques Villeneuve......78
2) Ferrari...................70
3) Michael Schumacher......59
3) Benetton/Renault..........68
4) Jean Alesi..............47
4) McLaren/Mercedes..........49
5) Mika Hakkinen...........31
5) Jordan/Peugeot............22
6) Gerhard Berger………………..…21
6) Ligier/Mugen-Honda........15
7) David Couthard………………..…18
7) Sauber/Ford...............11
8) Rubens Barrichello...…..14
8) Tyrrel/Yamaha..............5
9) Olivier Panis…………...…….13
9) Arrows/Hart................1
10) Eddie Irvinne..........11
 
11) Martin Brundle..........8
 
12) Heinz-Harald Frentzen...7
 
13) Mika Salo..............5
 
14) Johnny Herbert..........4
 
15) Pedro Paulo Diniz.......2
 
16) Jos Verstappen..........1
 

 

 

Nélson Piquet atacou de novo! Na segunda e última etapa da categoria Gran Turismo disputada em nosso país, nosso primeiro tricampeão de F-1 deu um show de pilotagem, junto com seu parceiro de carro, Johnny Ceccoto. Piquet pilotou como nos velhos tempos dando duro na pista para manter a liderança da corrida. Outro destaque na prova foi o desempenho da dupla Antonio Hermann e Massimo Angelelli, que largaram em último e terminaram em 3º lugar. Já o 2º lugar também teve brasileiro na parada: Maurizio Sala, em dupla com Fabien Giroix, que não conseguiram ter braço suficiente para encararem a dupla Piquet/Ceccoto. Parabéns, Piquet! E também a todos os demais que participaram das etapas, pelo bom show mostrado na competição.

 

 

Semana passada, nosso grande campeão Émerson Fittipaldi comemorou 50 anos de vida, com direito a uma festa de arromba no restaurante Planet Hollywood de Miami. Estiveram presentes toda a família Fittipaldi, o piloto Roberto Moreno, Teddy Mayer (que era o chefe da equipe McLaren quando Émerson foi bicampeão em 1974), além do ex-Beattle George Harrison. Parabéns, Émerson, pelo seus 50 anos, e uma das mais respeitáveis carreiras de todo o automobilismo mundial!