O
mês de maio está chegando ao fim, e portanto, lá vamos nós com mais uma edição
da COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA, fazendo o tradicional balanço do que andou
acontecendo neste mês no mundo da velocidade. Como de costume, vamos às
classificações: EM ALTA (caixa na cor verde); NA MESMA (caixa na cor azul); e
EM BAIXA (caixa na cor vermelho-claro). Então, boa leitura a todos, e até a
cotação do mês que vem...
EM ALTA:
Nico
Rosberg: Após amargar 4 derrotas consecutivas para Lewis Hamilton e ter perdido
a liderança do mundial no GP da Espanha, o filho de Keke Rosberg precisava
reagir na competição, e o fez de forma magistral em Mônaco, onde largou na
pole-position e venceu a corrida praticamente de ponta a ponta. Se é verdade
que o circuito ajudou a se defender de possíveis investidas de Hamilton, o
inglês também sentiu o golpe, e já começou a soltar comentários indicando que o
bom relacionamento entre ambos acaba de ir para o brejo. Piloto por piloto,
Hamilton é melhor do que Nico, mas nem por isso o alemão pode ser subestimado,
o que demonstrou na corrida do Principado.
Ryan
Hunter-Reay: O piloto da Andretti teve um mês de maio pra ninguém botar defeito
no campeonato da Indy Racing League. Foi segundo colocado na corrida de
Indianápolis, e duas semanas depois, conseguiu vencer as 500 Milhas de
Indianápolis, em uma disputa eletrizante com Hélio Castro Neves nas voltas
finais. Como resultado, pulou para a liderança do campeonato, com 274 pontos, e
começa a se mostrar como forte candidato ao título da temporada, surpreendendo
quem achava que a briga se daria entre os pilotos da Penske e da Ganassi.
Equipe
Marussia: Pode ser exagero afirmar que este time nanico está em alta, mas a
pequena escuderia, desde que estreou na F-1 há 5 anos, finalmente marcou seus
primeiros pontos na categoria, com o 9° lugar de Jules Bianchi na etapa de
Mônaco, que foi mais comemorado até do que uma vitória. O time e o piloto
aproveitaram a oportunidade para superar rivais mais bem equipados e com isso
garantiram um importante alivio financeiro para o campeonato de 2015. Um golpe
e tanto para sua principal rival, a Caterham, que desde que estreou, na mesma
temporada da Marussia, chamada na época de Virgin, sempre se mostrou a mais
promissora e profissional das equipes nanicas, e aos poucos vem perdendo o
encanto com a categoria. Poderão ser os únicos pontos do time em toda a
temporada, mas dada a performance exibida nestes anos todos, é para se
comemorar realmente.
Equipe
Volkswagen no Mundial de Rali: A fábrica alemã está deitando e rolando no
Campeonato Mundial de Rali deste ano. A escuderia venceu todas as 5 provas
disputadas até agora, com 3 vitórias para o atual campeão, o francês Sebastien
Ogier, enquanto seu parceiro, o finlandês Jari-Matti Latvala faturou as outras
2 etapas da competição. Ogier lidera o certame com 112 pontos, seguido por
Latvala, que tem 88. O mais próximo concorrente na tabela é o norueguês Mads
Ostberg, que tem apenas 48 pontos. Verdade que ainda tem 8 etapas até o fim do
campeonato, mas pelo ritmo que os pilotos da Volkswagen têm demonstrado,
dificilmente o título não será de um deles, para desespero dos concorrentes.
Equipe
Andretti: O time de Michael Andretti está em alta neste início do campeonato da
Indy Racing League 2014. Ryan Hunter-Reay já acumula 2 vitórias na temporada, e
a escuderia tem 3 de seus 4 pilotos entre os 6 primeiros colocados na
classificação do campeonato, e lidera a classificação por equipes da categoria.
Campeã em 2012 com Hunter-Reay, o time dá mostras de que tem tudo para fazer o
americano chegar ao bicampeonato. Marco Andretti e o novato Carlos Munhoz
também tem feito boas apresentações, e só James Hinchcliffe tem ficado a
desejar, depois do bom início de campeonato feito no ano passado. Michael
Andretti, quando era piloto, nunca conseguiu vencer a Indy500, e só agora como
dono de equipe conseguiu a proeza. No momento, o time é a escuderia a ser
batida na luta pelo título, e a Penske vem em seus calcanhares.
NA MESMA:
Equipe
Mercedes: Não importa a pista ou as atualizações que a concorrência faça, o
time prateado sediado em Brackley continua deitando e rolando no atual
campeonato de F-1, tendo em 6 etapas 6 vitórias e 6 pole-positions, além de 5
dobradinhas. O que salvará a expectativa do mundial é saber qual dos pilotos
levará a taça, Lewis Hamilton ou Nico Rosberg. O título de construtores vai ser
barbada, então. Os concorrentes que comecem a pensar em 2015...
Marc
Márquez: O atual campeão da MotoGP vem barbarizando no campeonato de 2014, e em
5 corridas já contabiliza 5 vitórias, novo recorde na história da categoria.
Vai ser difícil derrubar o seu favoritismo: além de contar com o melhor
equipamento, seu companheiro de equipe Dani Pedrosa parece não ter forçar para
acompanhar o ritmo de seu parceiro mais novo. A continuar nessa toada, Márquez
deve encerrar a disputa pela taça com várias provas de antecipação, a menos que
a concorrência consiga reagir, o que está parecendo difícil de acontecer.
Hélio
Castro Neves: Buscando o 4° triunfo nas 500 Milhas de
Indianápolis, o piloto brasileiro da Penske bateu na trave novamente este ano,
chegando em 2° lugar depois de uma luta acirrada com Ryan Hunter-Reay nas
voltas finais. De positivo, apenas o fato de ter terminado entre os primeiros
nas duas provas disputadas na capital de Indiana neste mês de maio, o que o
leva para a 3ª posição no campeonato. Mas, lembrando-se do que aconteceu no ano
passado, é melhor que Helinho comece a ganhar corridas, para entrar firme na
luta pelo título de forma que não precise evitar um fim de semana ruim, como
aconteceu em Houston em 2013, quando de favorito passou a azarão. Isso para não
falar que Will Power vem andando mais forte este ano, e se não tomar cuidado,
pode ficar novamente na sombra do australiano.
Felipe
Massa: O piloto brasileiro não está tendo o desempenho desejado no campeonato
que se esperava. Massa já ficou algumas provas sem pontuar, e mesmo tendo um
resultado satisfatório em Mônaco depois do azar na classificação, tem de se
empenhar mais para evitar ser ofuscado pelo finlandês Valtteri Bottas, que tem
se mostrado muito rápido. O maior problema do brasileiro, contudo, são os
azares que insistem em persegui-lo, como se viu nas últimas corridas, que
sempre ajudaram a estragar parte do potencial de resultados melhores. Felipe
precisa sair dessa sina se quiser de fato renascer na F-1, do contrário, ao fim
de seu atual contrato com a Williams, pode ficar novamente sem lugar para ir na
tentativa de permanecer na F-1. Já a Williams, por sua vez, parece reviver a
temporada de 2012, quando tinha um bom carro, e só não foi mais longe por culpa
da dupla de pilotos, sendo que atualmente o carro tem potencial para render
mais, mas sempre há problemas localizados que impedem que se extrair tudo o que
eles podem dar.
Sebastian
Vettel: O atual tetracampeão de F-1 continua atrás de seu parceiro de equipe
Daniel Ricciardo na classificação do campeonato. Em Mônaco, que na teoria seria
o melhor cenário para a Red Bull tentar incomodar a Mercedes, o alemão ficou
novamente a pé por problemas na unidade de potência da Renault, que afligiu
também os carros do time "B", a Toro Rosso. Há que se elogiar o
comportamento de Vettel, que até o presente momento está aceitando na esportiva
o momento incômodo que está vivendo, uma vez que não sabia o que era ficar
atrás do colega de time na classificação há muito tempo. Mas, nas entrelinhas,
ele mostra estar bem insatisfeito com a situação de não poder vencer corridas.
Felizmente, ele também parece demonstrar saber que seu time está fazendo o que
pode para sanar o problema, dentro de suas possibilidades, e é hora de ser
solidário com o time que lhe deu tudo nos últimos 4 anos, anos que são muito
recentes, mas que devem estar dando uma saudade danada em Sebastian...
EM BAIXA:
Tony
Kanaan: O piloto brasileiro não vem tendo um bom início de temporada na IRL
este ano. Dispondo novamente de uma estrutura de ponta, o piloto baiano vem
enfrentando percalços atrás de percalços, e na Indy500, amargou abandonar a
corrida perto do final, prova da qual já estava alijado de um bom resultado por
um erro de estratégia que lhe causou uma pane seca e a necessidade de troca do
câmbio de seu carro, o que o fez perder 18 voltas nos boxes. Após o fim da
Indy500, Tony é apenas o 16° colocado na competição, e vendo as chances de
disputar o título ficarem mais distantes. Resta esperar por uma reviravolta
como a que seu time conseguiu em 2013, com Scott Dixon, que a partir de Pocono
desandou a andar na frente...
Pastor
Maldonado: O piloto venezuelano continua comendo o pão que o diabo amassou
nesta temporada. Enquanto vê o parceiro Romain Grossjean começar a pontuar,
graças à melhora da competitividade do carro da Lotus, ele se vê em problemas a
torto e a direito, sendo que em Mônaco, nem conseguiu largar após seu carro
enguiçar no grid e os mecânicos não terem conseguido fazê-lo funcionar
novamente, o que fez Pastor praticamente abandonar a prova sem sequer ter
largado. Para complicar, a PDVSA, seu principal trunfo e patrocinador, está
prometendo rever sua política de patrocínio de pilotos, e embora desminta que
isso o afete, pode sim complicar a continuidade de sua carreira na F-1, uma vez
que seu histórico na categoria é de mais baixos que altos.
Jorge
Lorenzo: O bicampeão da MotoGP não está tendo este ano o campeonato que
esperava. Além de ver o rival Marc Márquez disparar na ponta, vencendo corrida
atrás de corrida, ele ainda está se vendo superado por Valentino Rossi, que
ocupa a 2ª posição no campeonato e já subiu 3 vezes ao pódio, enquanto ele
contabiliza apenas 1, e já teve um abandono logo no início do campeonato, no
Catar. O espanhol ocupa a 5ª posição na classificação, com apenas 49 pontos,
enquanto Márquez já acumula 125, e Rossi, 81 pontos. A meta de chegar ao tri
vai ficando cada vez mais distante.
Equipe
Sauber: O time suíço está tendo o seu pior início de temporada desde que
estreou na F-1. Até o momento, está sem pontos no campeonato, e o desempenho do
carro não dá sinais de que vai evoluir. Em Mônaco, para piorar, ainda viu
Adrian Sutil bater forte e aumentar as despesas do time, que agora foi superado
até pela nanica Marussia na classificação de construtores. E, como desgraça
pouca é bobagem, patrocinadores que é bom, nada. Os poucos apoios de peso da
escuderia de Peter Sauber são derivados de Esteban Gutierrez, que até o
presente momento não tem conseguido dar mostras de evoluir mais como piloto, e
que pode dar adeus ao fim do ano, levando com ele o apoio das empresas de
Carlos Slim.
Equipe
Chip Ganassi: O time do velho Chip pretendia comemorar seus 25 anos de fundação
em grande estilo na Indy500, com direito a pintura comemorativa em prata nos
dois carros do time, mas deu tudo errado: Tony Kanaan sofreu uma pane seca e
problemas no carro, e Scott Dixon ainda bateu forte na parte final da corrida,
felizmente sem sofrer ferimentos de monta na pancada. No time "B",
Charlie Kimball também abandonou, e sobrou apenas Ryan Briscoe terminar num
modesto 18° lugar. Depois de dar uma arrancada fulminante na segunda metade do
ano passado e conquistar o título com Scott Dixon, a Ganassi parece novamente
iniciar um campeonato abaixo das expectativas, resta saber se vai conseguir dar
a volta por cima. como fez em 2013...
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