sexta-feira, 22 de abril de 2016

A CHANCE DE ROSBERG



Nico Rosberg: 3 vitórias, e 36 pontos de vantagem para Lewis Hamilton na pontuação do campeonato. E ele precisa querer mais se quiser ser campeão...
            Depois de duas temporadas de domínio da Mercedes na nova era turbo da F-1, e de dois títulos de Lewis Hamilton, muitos se perguntavam se Nico Rosberg, a exemplo de Rubens Barrichello nos seus tempos de Ferrari, não seria o piloto certo na equipe certa no momento errado. Afinal, todos são unânimes em afirmar que Hamilton é muito mais piloto do que Rosberg, e a lavada que levou do inglês em 2015 seria a prova mais do que cabal de que o alemão só teria chances de conquistar o título pela escuderia prateada se o Lewis começasse a entrar em parafuso. Bem, e não é que isso está acontecendo nesta temporada?
            Não se trata de desprezar ou diminuir o trabalho e a performance de Nico, que venceu até agora todas as 3 corridas na temporada, e até o presente momento, é o candidato disparado ao título, com nada menos do que 36 pontos de vantagem justamente para seu companheiro de equipe, Lewis Hamilton, que não sabe o que é vencer desde o Grande Prêmio dos Estados Unidos do ano passado, justamente quando faturou o tricampeonato. Rosberg vem aproveitando as chances que tem aparecido na atual temporada, e vem conseguindo escapar principalmente dos azares que tem afligido principalmente seu parceiro Hamilton, que não teve até agora uma única corrida sem problemas no atual campeonato. Problemas nas largadas em todas as provas tem comprometido as chances potenciais do inglês, e na China, Lewis ainda teve o agravante de largar na última fila, vítima de um problema de motor que o impediu de classificar-se para o grid.
            Não que Rosberg não tenha tido seus percalços também, mas até o momento, conseguiu contorná-los muito bem, e mais importante, escapou das encrencas que vem surgindo logo no início das corridas. Na China, apesar de ter perdido a liderança para Daniel Ricciardo, conseguiu recuperá-la sem sofrer consequências do estouro de pneu da Red Bull do australiano, que ocorreu no momento em que ele perdia a liderança para o piloto da Mercedes. O pneu do australiano muito provavelmente pegou algum detrito dos toques da primeira volta, onde alguns pilotos enroscaram-se uns nos outros, largando pedaços de seus carros na pista. Nico conseguiu escapar de tudo isso e, uma vez na frente, foi aumentando gradativamente sua vantagem, para vencer com autoridade a corrida chinesa, com quase 40s de vantagem para Sebastian Vettel. E ainda viu Hamilton terminar num apagado 7° lugar, ficando ainda mais para trás na pontuação. Nico não poderia querer mais.
            Desde 2014, esta é a maior vantagem que Rosberg já conseguiu impôr a Hamilton na pista, o que significa que o alemão só perde a liderança se praticamente abandonar as próximas duas corridas e Lewis vença ambas. Mas se Rosberg quiser ser campeão, ele precisa continuar na ofensiva, e não permitir que o atual campeão reverta as expectativas, o que não é algo impossível. Se Hamilton encaixar uma corrida sem nenhum azar, muitos apostam que ele terminará à frente de Nico. Algo que deve deixar o alemão preocupado é o fato de que o inglês até o momento estar mantendo uma postura bem calma, quando em outras épocas ele já estaria com o humor meio abalado por ver o companheiro disparar na pontuação. Se Hamilton está fingindo muito bem, não sei, mas se estiver mesmo tranquilo, ciente de que chegará a chance de virar o jogo, Rosberg pode ter razão de se preocupar e precisar ampliar o mais que puder sua vantagem. Se ele acabar tendo problemas em alguma corrida, seu atual favoritismo pode ser colocado em xeque, embora muitos apontem que ainda é cedo para afirmar isso.
            Com apenas 3 corridas de um total de 21 provas na temporada, não é nada impossível poder haver uma reviravolta na situação. Mas a cada corrida que Nico chegar na frente, a tarefa de Hamilton será mais complicada. No atual momento, com 36 pontos de vantagem, Lewis precisaria vencer as próximas 5 corridas, que mesmo que Rosberg chegue em segundo, o inglês ainda estaria um ponto atrás na classificação. E isso já nos levaria a 8 provas no ano. Hamilton pode muito bem retomar seu rumo e vencer estas corridas, assim como Nico pode facilmente também fazer a dobradinha e ser o 2° colocado. Mas o piloto alemão não vai querer dar essa chance ao parceiro inglês. Ele não pode, se quiser de fato ser campeão. Como Hamilton também não permitiria, como fez no ano passado, disparando também na pontuação.
            Mas a dupla de pilotos precisa ficar atenta. Hamilton se complicou na prova da Austrália por uma largada falha, enquanto no Bahrein e na China, acabou tocado por outros pilotos, que comprometeram sua corrida em maior ou menor grau. Nada impede que isso volte a acontecer, ainda mais pelo fato do novo sistema de embreagem da Mercedes não ter se mostrado tão eficiente como antigamente, quando era tudo mais automatizado. Hoje, com o piloto tendo de acionar o sistema de forma mais independente, os concorrentes têm largado melhor, e novas falhas no arranque da largada podem influir decisivamente no panorama da corrida. Rosberg até agora teve menos prejuízo com isso, mas tem de se policiar para evitar surpresas que possam colocar sua prova em risco. E a melhor maneira de continuar a mostrar força é largar na pole, superando o companheiro de equipe, o que Rosberg já conseguiu na China, embora isso possa ser relativizado devido ao problema mecânico sofrido por Hamilton, que incluiu também a troca do câmbio.
            A Mercedes ainda tem o carro mais competitivo do grid, mas a nova regra de pneus tem mostrado nestas corridas iniciais que podem influir bastante na performance de corrida. Uma estratégia de pneus equivocada, ou menos correta, pode significar uma vitória, ou uma derrota. Na China, a Ferrari poderia ter complicado os planos de Rosberg se não houvesse tido o problema entre Vettel e Raikkonem. O seu ritmo era muito forte, e uma prova disso é que mesmo caindo para último, Vettel ainda foi segundo, tendo de fazer a parada extra para trocar o bico avariado. Raikkonem não teve tanta sorte, mas também andou forte, para finalizar em 5° lugar, mostrando também que poderia ter ido ao pódio se não tivesse tido problemas. E quem também surpreendeu em Shanghai foi a Red Bull, que mostrou um desempenho fortíssimo, se levarmos em consideração que a unidade de potência da Renault ainda perde muito para as rivais Mercedes e Ferrari, confirmando a excelência do chassi RB12, que certamente dará muitos problemas em pistas mais travadas, como Mônaco ou Hungria, embora não se possa descartar novas surpresas em outros circuitos. E com uma atualização da unidade de potência marcada para estrear no Canadá, o time alemão pode vir a ter de encarar uma concorrência mais acirrada na pista.
            Por esse motivo, se as disputas ficarem mais complicadas na pista, Nico Rosberg precisa manter firme sua vantagem sobre Hamilton. Dependendo da situação, se a Mercedes sentir que precisará priorizar um de seus pilotos para garantir a conquista do título, se Rosberg estiver muito à frente de Lewis, será a escolha óbvia do time. Em outras palavras, ou Hamilton reage de pronto, ou pode ver suas chances de tetracampeonato irem pelos ares. Depende apenas dele evitar que isso aconteça. Assim como Nico depende apenas de si próprio para garantir que suas boas chances de título neste início da competição não esmoreçam ao longo da temporada.
            As provas iniciais, em que pese a Mercedes ter conseguido monopolizar as vitórias, tem sido bem disputadas em vários setores do grid, em especial graças à estabilidade do regulamento técnico, e à nova regra dos pneus, que aumentou as possibilidades de estratégias distintas a serem adotadas pelos competidores, com mais chances de resultados inesperados. Uma hora isso pode atingir e/ou comprometer a supremacia da Mercedes, e embolar a disputa do campeonato. Nesse momento, Rosberg precisará estar atento para não ser surpreendido, e saber adotar a melhor estratégia em corrida para continuar vencendo. E quanto mais vezes chegar à frente de Hamilton, melhor. Cada prova perdida para o alemão será uma chance a menos de Hamilton recuperar o terreno perdido.
            A missão de Nico Rosberg é mais do que clara. E a chance que tanto quis, de disparar na frente aproveitando os azares do parceiro, surgiu. E ele está aproveitando muito bem até agora. Precisará continuar dando as cartas quando o azar de Lewis terminar. Ele tem condições de fazer isso, e não pode permitir uma reviravolta na situação. Se mesmo assim, com a vantagem que tem atualmente, acabar permitindo que Hamilton inverta as posições, Rosberg não irá perder apenas mais um título, mas o próprio respeito que ainda desfruta dentro da F-1. Abrir uma vantagem tão grande, e acabar não conseguindo mantê-la poderá ser tremendamente desagradável para seu currículo de piloto de ponta na categoria. E talvez possa acabar em definitivo com suas chances de um dia ser campeão na F-1...


Nos últimos dias se especulou a respeito de uma possível compra da Sauber pela Ferrari, para transformar o time suíço no retorno da Alfa Romeu à F-1. Mas Sergio Marchionne, presidente do Grupo Ferrari, em declaração à Autosport, disse que esta opção não está nos planos do grupo para promover o retorno da marca à F-1, onde esteve pela última vez em 1985, com equipe própria. Pode dizer muito, mas também pode não dizer nada, como certos acontecimentos que já vimos na história da F-1. O jeito é aguardar por maiores detalhes a respeito...





A IRL inicia hoje os treinos oficiais para a próxima etapa do campeonato 2016. É a prova do Alabama, no circuito de Barber Motorsport Park, próximo a Birmingham, no Estado do Alabama. A pista tem uma extensão de 3,83 Km, e é extremamente travada, tendo apenas um ponto ideal de ultrapassagem, na reta dos boxes. A corrida será disputada em 90 voltas, e terá transmissão ao vivo do canal pago Bandsports neste domingo, a partir das 16:30 Hrs. na pista, o francês Simon Pagenaud, da Penske, defende a liderança da competição, com 134 pontos, seguido do atual campeão, Scott Dixon, da Ganassi, com 120 pontos. Juan Pablo Montoya vem em 3° lugar, com 106 pontos. Hélio Casro Neves é o 4° colocado, com 92 pontos. Tony Kanaan ocupa a 5ª posição, com 82 pontos. Hélio vai em busca da 3ª pole-position consecutiva, tendo largado na frente nas provas de Phoenix e Long Beach, mas o brasileiro precisa conseguir manter a posição e chegar na frente, o que não conseguiu nas duas corridas.

Hélio Castro Neves marcou a pole nas últimas duas provas da Indy, e vai em busca de mais uma pole no Alabama.

A MotoGP prepara-se para sua primeira corrida na Europa na temporada 2016. O palco é o circuito de Jerez de La Fronteira, na Andaluzia, e que sedia neste fim de semana o Grande Prêmio da Espanha. Com uma extensão de 4,4 Km, a pista de Jerez tem 13 curvas, e a prova será disputada em 27 voltas neste domingo, com transmissão ao vivo pelo canal pago SporTV a partir das 9:00 Hrs. Marc Márquez lidera o campeonato com duas vitórias nas últimas duas corridas, com 66 pontos, seguido do atual campeão Jorge Lorenzo, com 45 pontos. Valentino Rossi vem em 3°, com 33 pontos. Pol Spargaró ocupa a 4ª colocação, com 28 pontos, com Dani Pedrosa em 5°, com 27 pontos. Jorge Lorenzo é o atual recordista da volta mais rápida e pole-position na pista da Andaluzia, com os tempos de 1min 38s735 e 1min37s910, respectivamente, obtidos no ano passado, quando venceu a corrida. Márquez foi o 2° colocado, enquanto Valentino Rossi completou o pódio. No ano passado, a Ducati apresentou a maior velocidade em reta na pista de Jerez, com 295,9 Km/h, com Andrea Iannone. Considerando que a moto italiana evoluiu bastante para esta temporada, e considerando o que já mostraram nas provas anteriores, a dupla da Ducati tem boas chances de infernizar as duplas da Honda e da Yamaha na luta pela vitória no fim de semana...





A F-E chega à Europa para as provas da segunda metade de seu campeonato 2015/2016, com Lucas Di Grassi defendendo a liderança da competição, após sua brilhante vitória em Long Beach, nos Estados Unidos. No ano passado, a categoria dos carros elétricos iniciou sua incursão pela Europa pelo Principado de Mônaco, mas a etapa não está no calendário desta temporada. Mas a prova que a substitui está à altura do charme das terras monegascas: a prova será realizada em Paris, em um traçado montado ao redor do Túmulo de Napoleão, passando pelo Hotel dos Inválidos e pelo Museu do Exército, com 14 curvas e cerca de 1,93 Km de extensão. A corrida terá 45 voltas, e o canal pago Fox Sports 2 transmitirá a corrida a partir das 12:30 Hrs. neste sábado. A disputa pelo campeonato deve pegar fogo entre o brasileiro Lucas Di Grassi, da Audi ABT, que lidera o campeonato com 101 pontos, e o suíço Sébastien Buemi, da e.dams, que vem logo a seguir, com 100 pontos. Dispondo do melhor carro da competição, Buemi vem cometendo erros nas duas últimas corridas, o que ajudou o brasileiro a equilibrar a disputa pelo título com uma pilotagem primorosa e sem erros, ainda que uma falha da equipe tenha custado a vitória de Lucas na Cidade do México. Se Buemi não colocar a cabeça no lugar e aproveitar melhor o carro que tem, pode ver o brasileiro abrir vantagem na pontução. Após a corrida na capital francesa, restarão apenas as etapas de Berlin, Moscou, e a rodada dupla em Londres, para encerrar o campeonato, que promete, tal qual no ano passado, uma decisão eletrizante na luta pelo título.
Traçado que será usado neste sábado para a prova da F-E em Paris.

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