Nico Rosberg: 3 vitórias, e 36 pontos de vantagem para Lewis Hamilton na pontuação do campeonato. E ele precisa querer mais se quiser ser campeão... |
Depois
de duas temporadas de domínio da Mercedes na nova era turbo da F-1, e de dois títulos
de Lewis Hamilton, muitos se perguntavam se Nico Rosberg, a exemplo de Rubens
Barrichello nos seus tempos de Ferrari, não seria o piloto certo na equipe
certa no momento errado. Afinal, todos são unânimes em afirmar que Hamilton é
muito mais piloto do que Rosberg, e a lavada que levou do inglês em 2015 seria
a prova mais do que cabal de que o alemão só teria chances de conquistar o título
pela escuderia prateada se o Lewis começasse a entrar em parafuso. Bem, e não é
que isso está acontecendo nesta temporada?
Não
se trata de desprezar ou diminuir o trabalho e a performance de Nico, que
venceu até agora todas as 3 corridas na temporada, e até o presente momento, é
o candidato disparado ao título, com nada menos do que 36 pontos de vantagem
justamente para seu companheiro de equipe, Lewis Hamilton, que não sabe o que é
vencer desde o Grande Prêmio dos Estados Unidos do ano passado, justamente
quando faturou o tricampeonato. Rosberg vem aproveitando as chances que tem
aparecido na atual temporada, e vem conseguindo escapar principalmente dos azares
que tem afligido principalmente seu parceiro Hamilton, que não teve até agora
uma única corrida sem problemas no atual campeonato. Problemas nas largadas em
todas as provas tem comprometido as chances potenciais do inglês, e na China,
Lewis ainda teve o agravante de largar na última fila, vítima de um problema de
motor que o impediu de classificar-se para o grid.
Não
que Rosberg não tenha tido seus percalços também, mas até o momento, conseguiu
contorná-los muito bem, e mais importante, escapou das encrencas que vem
surgindo logo no início das corridas. Na China, apesar de ter perdido a
liderança para Daniel Ricciardo, conseguiu recuperá-la sem sofrer consequências
do estouro de pneu da Red Bull do australiano, que ocorreu no momento em que
ele perdia a liderança para o piloto da Mercedes. O pneu do australiano muito
provavelmente pegou algum detrito dos toques da primeira volta, onde alguns pilotos
enroscaram-se uns nos outros, largando pedaços de seus carros na pista. Nico
conseguiu escapar de tudo isso e, uma vez na frente, foi aumentando
gradativamente sua vantagem, para vencer com autoridade a corrida chinesa, com
quase 40s de vantagem para Sebastian Vettel. E ainda viu Hamilton terminar num
apagado 7° lugar, ficando ainda mais para trás na pontuação. Nico não poderia querer
mais.
Desde
2014, esta é a maior vantagem que Rosberg já conseguiu impôr a Hamilton na
pista, o que significa que o alemão só perde a liderança se praticamente abandonar
as próximas duas corridas e Lewis vença ambas. Mas se Rosberg quiser ser campeão,
ele precisa continuar na ofensiva, e não permitir que o atual campeão reverta
as expectativas, o que não é algo impossível. Se Hamilton encaixar uma corrida
sem nenhum azar, muitos apostam que ele terminará à frente de Nico. Algo que
deve deixar o alemão preocupado é o fato de que o inglês até o momento estar
mantendo uma postura bem calma, quando em outras épocas ele já estaria com o
humor meio abalado por ver o companheiro disparar na pontuação. Se Hamilton está
fingindo muito bem, não sei, mas se estiver mesmo tranquilo, ciente de que
chegará a chance de virar o jogo, Rosberg pode ter razão de se preocupar e
precisar ampliar o mais que puder sua vantagem. Se ele acabar tendo problemas
em alguma corrida, seu atual favoritismo pode ser colocado em xeque, embora
muitos apontem que ainda é cedo para afirmar isso.
Com
apenas 3 corridas de um total de 21 provas na temporada, não é nada impossível
poder haver uma reviravolta na situação. Mas a cada corrida que Nico chegar na
frente, a tarefa de Hamilton será mais complicada. No atual momento, com 36
pontos de vantagem, Lewis precisaria vencer as próximas 5 corridas, que mesmo
que Rosberg chegue em segundo, o inglês ainda estaria um ponto atrás na
classificação. E isso já nos levaria a 8 provas no ano. Hamilton pode muito bem
retomar seu rumo e vencer estas corridas, assim como Nico pode facilmente também
fazer a dobradinha e ser o 2° colocado. Mas o piloto alemão não vai querer dar
essa chance ao parceiro inglês. Ele não pode, se quiser de fato ser campeão.
Como Hamilton também não permitiria, como fez no ano passado, disparando também
na pontuação.
Mas
a dupla de pilotos precisa ficar atenta. Hamilton se complicou na prova da
Austrália por uma largada falha, enquanto no Bahrein e na China, acabou tocado
por outros pilotos, que comprometeram sua corrida em maior ou menor grau. Nada
impede que isso volte a acontecer, ainda mais pelo fato do novo sistema de embreagem
da Mercedes não ter se mostrado tão eficiente como antigamente, quando era tudo
mais automatizado. Hoje, com o piloto tendo de acionar o sistema de forma mais
independente, os concorrentes têm largado melhor, e novas falhas no arranque da
largada podem influir decisivamente no panorama da corrida. Rosberg até agora
teve menos prejuízo com isso, mas tem de se policiar para evitar surpresas que
possam colocar sua prova em risco. E a melhor maneira de continuar a mostrar
força é largar na pole, superando o companheiro de equipe, o que Rosberg já
conseguiu na China, embora isso possa ser relativizado devido ao problema mecânico
sofrido por Hamilton, que incluiu também a troca do câmbio.
A
Mercedes ainda tem o carro mais competitivo do grid, mas a nova regra de pneus
tem mostrado nestas corridas iniciais que podem influir bastante na performance
de corrida. Uma estratégia de pneus equivocada, ou menos correta, pode
significar uma vitória, ou uma derrota. Na China, a Ferrari poderia ter
complicado os planos de Rosberg se não houvesse tido o problema entre Vettel e
Raikkonem. O seu ritmo era muito forte, e uma prova disso é que mesmo caindo
para último, Vettel ainda foi segundo, tendo de fazer a parada extra para
trocar o bico avariado. Raikkonem não teve tanta sorte, mas também andou forte,
para finalizar em 5° lugar, mostrando também que poderia ter ido ao pódio se não
tivesse tido problemas. E quem também surpreendeu em Shanghai foi a Red Bull,
que mostrou um desempenho fortíssimo, se levarmos em consideração que a unidade
de potência da Renault ainda perde muito para as rivais Mercedes e Ferrari,
confirmando a excelência do chassi RB12, que certamente dará muitos problemas
em pistas mais travadas, como Mônaco ou Hungria, embora não se possa descartar
novas surpresas em outros circuitos. E com uma atualização da unidade de potência
marcada para estrear no Canadá, o time alemão pode vir a ter de encarar uma
concorrência mais acirrada na pista.
Por
esse motivo, se as disputas ficarem mais complicadas na pista, Nico Rosberg
precisa manter firme sua vantagem sobre Hamilton. Dependendo da situação, se a
Mercedes sentir que precisará priorizar um de seus pilotos para garantir a
conquista do título, se Rosberg estiver muito à frente de Lewis, será a escolha
óbvia do time. Em outras palavras, ou Hamilton reage de pronto, ou pode ver
suas chances de tetracampeonato irem pelos ares. Depende apenas dele evitar que
isso aconteça. Assim como Nico depende apenas de si próprio para garantir que
suas boas chances de título neste início da competição não esmoreçam ao longo
da temporada.
As
provas iniciais, em que pese a Mercedes ter conseguido monopolizar as vitórias,
tem sido bem disputadas em vários setores do grid, em especial graças à
estabilidade do regulamento técnico, e à nova regra dos pneus, que aumentou as
possibilidades de estratégias distintas a serem adotadas pelos competidores, com
mais chances de resultados inesperados. Uma hora isso pode atingir e/ou
comprometer a supremacia da Mercedes, e embolar a disputa do campeonato. Nesse
momento, Rosberg precisará estar atento para não ser surpreendido, e saber
adotar a melhor estratégia em corrida para continuar vencendo. E quanto mais
vezes chegar à frente de Hamilton, melhor. Cada prova perdida para o alemão será
uma chance a menos de Hamilton recuperar o terreno perdido.
A
missão de Nico Rosberg é mais do que clara. E a chance que tanto quis, de
disparar na frente aproveitando os azares do parceiro, surgiu. E ele está
aproveitando muito bem até agora. Precisará continuar dando as cartas quando o
azar de Lewis terminar. Ele tem condições de fazer isso, e não pode permitir
uma reviravolta na situação. Se mesmo assim, com a vantagem que tem atualmente,
acabar permitindo que Hamilton inverta as posições, Rosberg não irá perder
apenas mais um título, mas o próprio respeito que ainda desfruta dentro da F-1.
Abrir uma vantagem tão grande, e acabar não conseguindo mantê-la poderá ser
tremendamente desagradável para seu currículo de piloto de ponta na categoria. E
talvez possa acabar em definitivo com suas chances de um dia ser campeão na
F-1...
Nos últimos dias se especulou a respeito de uma possível compra da
Sauber pela Ferrari, para transformar o time suíço no retorno da Alfa Romeu à
F-1. Mas Sergio Marchionne, presidente do Grupo Ferrari, em declaração à Autosport,
disse que esta opção não está nos planos do grupo para promover o retorno da
marca à F-1, onde esteve pela última vez em 1985, com equipe própria. Pode
dizer muito, mas também pode não dizer nada, como certos acontecimentos que já
vimos na história da F-1. O jeito é aguardar por maiores detalhes a respeito...
A IRL inicia hoje os treinos oficiais para a próxima etapa do
campeonato 2016. É a prova do Alabama, no circuito de Barber Motorsport Park,
próximo a Birmingham, no Estado do Alabama. A pista tem uma extensão de 3,83 Km, e é extremamente
travada, tendo apenas um ponto ideal de ultrapassagem, na reta dos boxes. A
corrida será disputada em 90 voltas, e terá transmissão ao vivo do canal pago Bandsports
neste domingo, a partir das 16:30 Hrs. na pista, o francês Simon Pagenaud, da
Penske, defende a liderança da competição, com 134 pontos, seguido do atual
campeão, Scott Dixon, da Ganassi, com 120 pontos. Juan Pablo Montoya vem em 3°
lugar, com 106 pontos. Hélio Casro Neves é o 4° colocado, com 92 pontos. Tony
Kanaan ocupa a 5ª posição, com 82 pontos. Hélio vai em busca da 3ª
pole-position consecutiva, tendo largado na frente nas provas de Phoenix e Long
Beach, mas o brasileiro precisa conseguir manter a posição e chegar na frente,
o que não conseguiu nas duas corridas.
Hélio Castro Neves marcou a pole nas últimas duas provas da Indy, e vai em busca de mais uma pole no Alabama. |
A MotoGP prepara-se para sua primeira corrida na Europa na temporada
2016. O palco é o circuito de Jerez de La Fronteira, na Andaluzia, e que sedia
neste fim de semana o Grande Prêmio da Espanha. Com uma extensão de 4,4 Km, a pista de Jerez tem
13 curvas, e a prova será disputada em 27 voltas neste domingo, com transmissão
ao vivo pelo canal pago SporTV a partir das 9:00 Hrs. Marc Márquez lidera o
campeonato com duas vitórias nas últimas duas corridas, com 66 pontos, seguido
do atual campeão Jorge Lorenzo, com 45 pontos. Valentino Rossi vem em 3°, com
33 pontos. Pol Spargaró ocupa a 4ª colocação, com 28 pontos, com Dani Pedrosa
em 5°, com 27 pontos. Jorge Lorenzo é o atual recordista da volta mais rápida e
pole-position na pista da Andaluzia, com os tempos de 1min 38s735 e 1min37s910,
respectivamente, obtidos no ano passado, quando venceu a corrida. Márquez foi o
2° colocado, enquanto Valentino Rossi completou o pódio. No ano passado, a
Ducati apresentou a maior velocidade em reta na pista de Jerez, com 295,9 Km/h, com Andrea
Iannone. Considerando que a moto italiana evoluiu bastante para esta temporada,
e considerando o que já mostraram nas provas anteriores, a dupla da Ducati tem
boas chances de infernizar as duplas da Honda e da Yamaha na luta pela vitória
no fim de semana...
A F-E chega à Europa para as provas da segunda metade de seu campeonato
2015/2016, com Lucas Di Grassi defendendo a liderança da competição, após sua
brilhante vitória em Long Beach, nos Estados Unidos. No ano passado, a categoria
dos carros elétricos iniciou sua incursão pela Europa pelo Principado de Mônaco,
mas a etapa não está no calendário desta temporada. Mas a prova que a substitui
está à altura do charme das terras monegascas: a prova será realizada em Paris,
em um traçado montado ao redor do Túmulo de Napoleão, passando pelo Hotel dos
Inválidos e pelo Museu do Exército, com 14 curvas e cerca de 1,93 Km de extensão. A
corrida terá 45 voltas, e o canal pago Fox Sports 2 transmitirá a corrida a partir das 12:30 Hrs. neste sábado. A disputa pelo campeonato deve pegar
fogo entre o brasileiro Lucas Di Grassi, da Audi ABT, que lidera o campeonato com
101 pontos, e o suíço Sébastien Buemi, da e.dams, que vem logo a seguir, com
100 pontos. Dispondo do melhor carro da competição, Buemi vem cometendo erros
nas duas últimas corridas, o que ajudou o brasileiro a equilibrar a disputa
pelo título com uma pilotagem primorosa e sem erros, ainda que uma falha da
equipe tenha custado a vitória de Lucas na Cidade do México. Se Buemi não
colocar a cabeça no lugar e aproveitar melhor o carro que tem, pode ver o
brasileiro abrir vantagem na pontução. Após a corrida na capital francesa,
restarão apenas as etapas de Berlin, Moscou, e a rodada dupla em Londres, para
encerrar o campeonato, que promete, tal qual no ano passado, uma decisão
eletrizante na luta pelo título.
Traçado que será usado neste sábado para a prova da F-E em Paris. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário