sexta-feira, 31 de março de 2017

LARGADA PARA A STOCK CAR 2017


O campeonato da Stock Car começa neste final de semana, em Goiânia.

            A Stock Car dá a largada para a temporada 2017 neste fim de semana em Goiânia. Teremos 30 pilotos de um grid que sofreu muitas mudanças da temporada passada para esta, com diversas trocas de competidores entre muitos times, vários deles em condições de lutar pelas vitórias nas etapas do campeonato deste ano, que tem como novidade o retorno à Argentina, com uma etapa marcada para o autódromo de Buenos Aires, em outubro. A pista de Brasília, novamente elencada inicialmente na listagem original do calendário, teve de ficar novamente de fora, por razões óbvias, já que o autódromo foi detonado pelas obras irregulares tocadas pelo governo anterior do Distrito Federal que só conseguiu mesmo foi inutilizar o circuito para qualquer utilidade.
            Campeão de 2016, o jovem Felipe Fraga, da equipe Cimed vai em busca do bicampeonato, com mais experiência, e a gana e arrojo que marcaram sua campanha na temporada passada. Da mesma forma, Rubens Barrichello, vice-campeão pela Fulltime, também está em busca do bicampeonato, após vencer a competição em 2014. A Cimed agora conta também com o pentacampeão Cacá Bueno, uma vez que a Red Bull, seu antigo time, debandou da categoria. Daniel Serra, por sua vez, agora está na equipe Eurofarma RC.
            Entre as mudanças para a temporada, está o novo formato das rodadas duplas. A primeira corrida do fim de semana continua com a duração de 40 minutos mais uma volta, mas a segunda corrida, que era muito mais curta, passará a ter 40 minutos também. O sistema de pontos também mudou, por causa dessa mudança na segunda corrida. Para a primeira prova da rodada dupla, segue o esquema visto em 2016: 30 pontos para o vencedor, 26 para o segundo, 23 para o terceiro, 21 para o quarto, 19 para o quinto, 17 para o sexto, 15 para o sétimo, 13 para o oitavo, 12 para o nono, 11 para o décimo e aí sucessivamente até o 15º colocado, que soma seis. Mas a pontuação da segunda corrida passa a ser de 20 pontos para o vencedor, 18 para o segundo, 16 para o terceiro, 14 para o quarto, 12 para o quinto, dez para o sexto, oito para o sétimo e até o 14º colocado, que leva um ponto. Os carros também passarão a dispor de um painel de LED no topo do carro que se acenderá quando o competidor estiver fazendo uso de seu botão de ultrapassagem, o push-to-pass. A classificação também passa a adotar o esquema de fases, similar ao adotado pela F-1, como forma de dar mais emoção e disputa aos treinos de formação para o grid.
            Os pilotos também terão a obrigação de realizar um pit stop nas duas provas. Até o ano passado, os pilotos optavam por priorizar uma das etapas da rodada dupla, procurando evitar este pit stop em uma das provas, com o objetivo de marcar mais pontos. Mas com a equalização das provas das rodadas duplas, isso deixa de ser viável, e com a opção obrigatória de realizar uma parada nos boxes, os pilotos deverão andar com o pé no fundo o tempo inteiro, já que não precisarão economizar no combustível e nos pneus. Isso deve aumentar os duelos na pista. A medida agradou a grande maioria dos participantes da competição, para quem o esquema de economizar em uma das provas e andar a fundo apenas na outra não era o mais correto. Agora, quem quiser avançar para a frente e marcar mais pontos terá de se aplicar a fundo na pista e mandar ver no acelerador.
            Depois de apresentar competição entre algumas “marcas” nas bolhas utilizadas pelas escuderias, este ano a Stock terá apenas a Chevrolet, com as carenagens baseadas no modelo Cruze da marca. As estruturas dos carros continuam a cargo da JL, que produz os equipamentos para as escuderias.
Felipe Fraga foi o campeão de 2016, após um grande duelo contra Rubens Barrichello, e é o piloto a ser batido na pista.
            Mas não é apenas dentro da pista que a Stock terá mudanças. O comando da categoria agora tem outro nome. A Vicar, empresa que organiza a competição, está com um novo diretor, Rodrigo Mathias, que substitui Mauricio Slaviero. E a corrida de duplas, que abriu a competição nos últimos anos, não será realizada este ano. Mas o calendário ainda tem uma pendência; ainda não foi decidido o local que abrigará este ano a principal etapa da competição, a Corrida do Milhão, marcada para o dia 10 de setembro.
            Nos testes realizados pelos pilotos nesta quinta-feira, Daniel Serra fechou as duas sessões com as melhores marcas. Ambos os treinos mostraram uma performance bem parelha entre vários pilotos, com a diferença do mais veloz para o último classificado ficando em torno de 2s. O primeiro treino teve 15 pilotos dentro do mesmo segundo, enquanto o segundo treino viu essa diferença alcançar 25 pilotos, um indicativo de que o pessoal deve andar bem embolado dentro da pista, com expectativa de muitos duelos e disputas que deverão deixar o torcedor em pé nas arquibancadas.
            A transmissão da categoria continua com o SporTV, com algumas provas sendo exibidas dentro do Esporte Espetacular. Com o enfraquecimento da F-Truck, a Stock Car deve reinar absoluta no automobilismo nacional, que anda cada vez mais débil, sem oferecer maiores oportunidades de carreira para os pilotos. Alie-se a isso a uma CBA cada vez mais inoperante e passiva, e podemos considerar quase lucro o campeonato da Stock conseguir manter o seu padrão de competição, e ter pistas suficientes para a formação de um calendário bem satisfatório, ainda mais depois do que vimos acontecer com as pistas do Rio de Janeiro, completamente destruída para dar lugar a um parque olímpico que menos de seis meses depois da olimpíada já está virando ruínas, num exemplo de descalabro e descaso para com o amante do esporte nacional; além das picaretagens que vitimaram o autódromo de Brasília, que ainda está lá, mas incapaz de receber provas de qualquer modalidade até o presente momento.
            Esperemos, portanto, que diante desse cenário precário do automobilismo de nosso país, a Stock consiga se manter firme, e oferecer ao fã nacional de corridas as melhores disputas e emoções que uma competição do esporte a motor possa render. É hora de pisar fundo no acelerador e partir para a disputa do título da categoria!

CALENDÁRIO DA STOCK CAR 2017

DATA
PROVA
CIRCUITO
02.04
Goiânia
Autódromo Internacional de Goiânia
23.04
Velopark
Autódromo do Velopark
21.05
Santa Cruz do Sul
Autódromo Internacional de Santa Cruz do Sul
11.06
Cascavel
Autódromo Zilmar Beux
09.07
Londrina
Autódromo de Londrina
23.07
Curvelo
Circuito dos Cristais
06.08
Velo Citta
Autódromo Velo Citta
10.09
Corrida do Milhão
Local a ser definido
01.10
Argentina
Buenos Aires
22.10
Curitiba
Autódromo Internacional de Curitiba
26.11
Tarumã
Autódromo Internacional de Tarumã
10.12
São Paulo
Autódromo José Carlos Pace (Interlagos)

EQUIPES E PILOTOS DA STOCK CAR 2017

EQUIPE
PILOTOS (N°)
Full Time Sports
Allam Khodair (18)
Rubens Barrichello (111)
Prati-Donadduzi RX Mattheis
Antonio Pizzonia (1)
Julio Campos (4)
Shell TMG Racing
Átila Abreu (51)
Ricardo Zonta (10)
Full Time Academy
Bia Figueiredo (3)
Lucas Foresti (12)
Cimed Racing
Cacá Bueno (0)
Marcos Gomes (80)
Blau Motorsport
Cezar Ramos (30)
Marcio Campos (31)
Eurofarma RC
Daniel Serra (29)
Ricardo Maurício (90)
Cimed ProGP
Denis Navarro (5)
Felipe Fraga (88)
Cavaleiro Racing
Felipe Lapenna (110)
Rafael Suzuki (8)
Ipiranga A. Mattheis Racing
Galid Osman (28)
Thiago Camilo (21)
Hot Car Competições
Guga Lima (9)
Sérgio Jimenez (73)
RCM
Max Wilson (65)
Tuka Rocha (25)
Eisenbahn Racing Team
Valdeno Brito (77)
Vitor Genz (46)
Vogel
Gabriel Casagrande (83)
Guilherme Salas (117)
Full Time Bassani
Alberto Valério (44)
Diego Nunes (70)


A Formula-E volta a acelerar neste final de semana. O palco é o autódromo Hermanos Rodriguez, na Cidade do México, que usará o traçado oval do circuito com algumas curvas para a disputa da etapa dos carros de competição monoposto elétricos. A pista tem 2,093 Km de extensão, com 17 curvas, e um traçado complicado para as ultrapassagens. No ano passado, a corrida foi vencida por Lucas Di Grassi, após um desempenho impecável na corrida, onde conseguiu superar os concorrentes no momento certo, mas o brasileiro acabou desclassificado por seu carro estar mais leve do que o permitido pelo regulamento, o que acabou fazendo falta depois na luta pelo título, a exemplo do que havia acontecido na etapa de Berlim da primeira temporada. Com isso, o triunfo na corrida mexicana acabou com o belga Jérôme D’Ambrosio. A situação do brasileiro nesta temporada é ligeiramente mais complicada que a do ano passado. A equipe e.dams, a exemplo da temporada passada, continua tendo o melhor carro, mas ele está mais confiável, e seus pilotos, principalmente Sébastien Buemi, não vem cometendo erros, tendo vencido todas as etapas realizadas até agora na atual temporada. Di Grassi é o vice-líder do campeonato, mas mesmo que ele vença a corrida e Buemi abandone, Lucas não terá como assumir a liderança, uma vez que já está 29 pontos atrás do suíço. Para complicar a situação, logo atrás do brasileiro, Nicolas Prost também vem crescendo na disputa, estando apenas 10 pontos atrás do piloto da Audi ABT. Di Grassi pretende dar o melhor de si para evitar ficar ainda mais para trás, mas admite que o time de Buemi e Prost está com um rendimento bem superior ao seu, e que se nada de errado acontecer, a chance de superá-los será bem complicada. O canal pago Fox Sports 2 mostrará a corrida neste sábado a partir das 18hs30min, pelo horário de Brasília.


Mudança no grid da F-E. No time da Techeetah, sai o chinês Ma Qing Hua, que passará a ser o piloto reserva, e entrará o mexicano Esteban Gutiérrez, que disputou o campeonato de F-1 do ano passado pela equipe de Gene Hass, e foi dispensado depois de não conseguir marcar um ponto sequer em todo o campeonato. Gutiérrez será o piloto titular de todas as etapas restantes da temporada atual, que termina em julho, e tem previsão de tentar correr a temporada 2017/2018 pela escuderia, mas dependerá dos resultados que obtiver na pista. O mexicano estréia em casa, e terá um carro bem competitivo para tentar dar alguma alegria à sua torcida. A escuderia usa o sistema do trem de força da Renault, o mesmo da e.dams, e mostrou, nas mãos de Jean-Éric Vergne, ser capaz de desafiar o poderio do time de Nicolas Prost e Sébastien Buemi. Uma excelente oportunidade para Esteban mostrar serviço e talento. Mas, se não conseguir andar no ritmo de Vergne, vai pegar mal para o mexicano, que não conseguiu passar uma boa impressão na Hass no campeonato de 2016 da F-1...
A Cidade do México receberá pela segunda vez os carros da F-E.

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