O campeonato da Stock Car começa neste final de semana, em Goiânia. |
A Stock Car dá a
largada para a temporada 2017 neste fim de semana em Goiânia. Teremos 30
pilotos de um grid que sofreu muitas mudanças da temporada passada para esta,
com diversas trocas de competidores entre muitos times, vários deles em
condições de lutar pelas vitórias nas etapas do campeonato deste ano, que tem
como novidade o retorno à Argentina, com uma etapa marcada para o autódromo de
Buenos Aires, em outubro. A pista de Brasília, novamente elencada inicialmente
na listagem original do calendário, teve de ficar novamente de fora, por razões
óbvias, já que o autódromo foi detonado pelas obras irregulares tocadas pelo
governo anterior do Distrito Federal que só conseguiu mesmo foi inutilizar o
circuito para qualquer utilidade.
Campeão de 2016, o
jovem Felipe Fraga, da equipe Cimed vai em busca do bicampeonato, com mais
experiência, e a gana e arrojo que marcaram sua campanha na temporada passada.
Da mesma forma, Rubens Barrichello, vice-campeão pela Fulltime, também está em
busca do bicampeonato, após vencer a competição em 2014. A Cimed agora conta
também com o pentacampeão Cacá Bueno, uma vez que a Red Bull, seu antigo time,
debandou da categoria. Daniel Serra, por sua vez, agora está na equipe
Eurofarma RC.
Entre as mudanças para
a temporada, está o novo formato das rodadas duplas. A primeira corrida do fim
de semana continua com a duração de 40 minutos mais uma volta, mas a segunda
corrida, que era muito mais curta, passará a ter 40 minutos também. O sistema
de pontos também mudou, por causa dessa mudança na segunda corrida. Para a
primeira prova da rodada dupla, segue o esquema visto em 2016: 30 pontos para o
vencedor, 26 para o segundo, 23 para o terceiro, 21 para o quarto, 19 para o
quinto, 17 para o sexto, 15 para o sétimo, 13 para o oitavo, 12 para o nono, 11
para o décimo e aí sucessivamente até o 15º colocado, que soma seis. Mas a
pontuação da segunda corrida passa a ser de 20 pontos para o vencedor, 18 para
o segundo, 16 para o terceiro, 14 para o quarto, 12 para o quinto, dez para o
sexto, oito para o sétimo e até o 14º colocado, que leva um ponto. Os carros
também passarão a dispor de um painel de LED no topo do carro que se acenderá
quando o competidor estiver fazendo uso de seu botão de ultrapassagem, o
push-to-pass. A classificação também passa a adotar o esquema de fases, similar
ao adotado pela F-1, como forma de dar mais emoção e disputa aos treinos de
formação para o grid.
Os pilotos também
terão a obrigação de realizar um pit stop nas duas provas. Até o ano passado,
os pilotos optavam por priorizar uma das etapas da rodada dupla, procurando
evitar este pit stop em uma das provas, com o objetivo de marcar mais pontos.
Mas com a equalização das provas das rodadas duplas, isso deixa de ser viável,
e com a opção obrigatória de realizar uma parada nos boxes, os pilotos deverão
andar com o pé no fundo o tempo inteiro, já que não precisarão economizar no
combustível e nos pneus. Isso deve aumentar os duelos na pista. A medida agradou
a grande maioria dos participantes da competição, para quem o esquema de
economizar em uma das provas e andar a fundo apenas na outra não era o mais
correto. Agora, quem quiser avançar para a frente e marcar mais pontos terá de
se aplicar a fundo na pista e mandar ver no acelerador.
Depois de apresentar
competição entre algumas “marcas” nas bolhas utilizadas pelas escuderias, este
ano a Stock terá apenas a Chevrolet, com as carenagens baseadas no modelo Cruze
da marca. As estruturas dos carros continuam a cargo da JL, que produz os
equipamentos para as escuderias.
Felipe Fraga foi o campeão de 2016, após um grande duelo contra Rubens Barrichello, e é o piloto a ser batido na pista. |
Mas não é apenas
dentro da pista que a Stock terá mudanças. O comando da categoria agora tem
outro nome. A Vicar, empresa que organiza a competição, está com um novo diretor,
Rodrigo Mathias, que substitui Mauricio Slaviero. E a corrida de duplas, que
abriu a competição nos últimos anos, não será realizada este ano. Mas o
calendário ainda tem uma pendência; ainda não foi decidido o local que abrigará
este ano a principal etapa da competição, a Corrida do Milhão, marcada para o
dia 10 de setembro.
Nos testes realizados
pelos pilotos nesta quinta-feira, Daniel Serra fechou as duas sessões com as
melhores marcas. Ambos os treinos mostraram uma performance bem parelha entre
vários pilotos, com a diferença do mais veloz para o último classificado
ficando em torno de 2s. O primeiro treino teve 15 pilotos dentro do mesmo
segundo, enquanto o segundo treino viu essa diferença alcançar 25 pilotos, um
indicativo de que o pessoal deve andar bem embolado dentro da pista, com
expectativa de muitos duelos e disputas que deverão deixar o torcedor em pé nas
arquibancadas.
A transmissão da
categoria continua com o SporTV, com algumas provas sendo exibidas dentro do
Esporte Espetacular. Com o enfraquecimento da F-Truck, a Stock Car deve reinar
absoluta no automobilismo nacional, que anda cada vez mais débil, sem oferecer
maiores oportunidades de carreira para os pilotos. Alie-se a isso a uma CBA
cada vez mais inoperante e passiva, e podemos considerar quase lucro o campeonato
da Stock conseguir manter o seu padrão de competição, e ter pistas suficientes
para a formação de um calendário bem satisfatório, ainda mais depois do que
vimos acontecer com as pistas do Rio de Janeiro, completamente destruída para
dar lugar a um parque olímpico que menos de seis meses depois da olimpíada já
está virando ruínas, num exemplo de descalabro e descaso para com o amante do
esporte nacional; além das picaretagens que vitimaram o autódromo de Brasília,
que ainda está lá, mas incapaz de receber provas de qualquer modalidade até o
presente momento.
Esperemos, portanto,
que diante desse cenário precário do automobilismo de nosso país, a Stock
consiga se manter firme, e oferecer ao fã nacional de corridas as melhores
disputas e emoções que uma competição do esporte a motor possa render. É hora
de pisar fundo no acelerador e partir para a disputa do título da categoria!
CALENDÁRIO DA STOCK CAR 2017
DATA
|
PROVA
|
CIRCUITO
|
02.04
|
Goiânia
|
Autódromo Internacional de Goiânia
|
23.04
|
Velopark
|
Autódromo do Velopark
|
21.05
|
Santa Cruz do Sul
|
Autódromo Internacional de Santa Cruz do Sul
|
11.06
|
Cascavel
|
Autódromo Zilmar Beux
|
09.07
|
Londrina
|
Autódromo de Londrina
|
23.07
|
Curvelo
|
Circuito dos Cristais
|
06.08
|
Velo Citta
|
Autódromo Velo Citta
|
10.09
|
Corrida do Milhão
|
Local a ser definido
|
01.10
|
Argentina
|
Buenos Aires
|
22.10
|
Curitiba
|
Autódromo Internacional de Curitiba
|
26.11
|
Tarumã
|
Autódromo Internacional de Tarumã
|
10.12
|
São Paulo
|
Autódromo José Carlos Pace (Interlagos)
|
EQUIPES E PILOTOS DA STOCK CAR 2017
EQUIPE
|
PILOTOS (N°)
|
Full Time Sports
|
Allam Khodair (18)
Rubens Barrichello (111)
|
Prati-Donadduzi RX Mattheis
|
Antonio Pizzonia (1)
Julio Campos (4)
|
Shell TMG Racing
|
Átila Abreu (51)
Ricardo Zonta (10)
|
Full Time Academy
|
Bia Figueiredo (3)
Lucas Foresti (12)
|
Cimed Racing
|
Cacá Bueno (0)
Marcos Gomes (80)
|
Blau Motorsport
|
Cezar Ramos (30)
Marcio Campos (31)
|
Eurofarma RC
|
Daniel Serra (29)
Ricardo Maurício (90)
|
Cimed ProGP
|
Denis Navarro (5)
Felipe Fraga (88)
|
Cavaleiro Racing
|
Felipe Lapenna (110)
Rafael Suzuki (8)
|
Ipiranga A. Mattheis Racing
|
Galid Osman (28)
Thiago Camilo (21)
|
Hot Car Competições
|
Guga Lima (9)
Sérgio Jimenez (73)
|
RCM
|
Max Wilson (65)
Tuka Rocha (25)
|
Eisenbahn Racing Team
|
Valdeno Brito (77)
Vitor Genz (46)
|
Vogel
|
Gabriel Casagrande (83)
Guilherme Salas (117)
|
Full Time Bassani
|
Alberto Valério (44)
Diego Nunes (70)
|
A Formula-E volta a acelerar
neste final de semana. O palco é o autódromo Hermanos Rodriguez, na Cidade do
México, que usará o traçado oval do circuito com algumas curvas para a disputa
da etapa dos carros de competição monoposto elétricos. A pista tem 2,093 Km de
extensão, com 17 curvas, e um traçado complicado para as ultrapassagens. No ano
passado, a corrida foi vencida por Lucas Di Grassi, após um desempenho
impecável na corrida, onde conseguiu superar os concorrentes no momento certo,
mas o brasileiro acabou desclassificado por seu carro estar mais leve do que o
permitido pelo regulamento, o que acabou fazendo falta depois na luta pelo
título, a exemplo do que havia acontecido na etapa de Berlim da primeira
temporada. Com isso, o triunfo na corrida mexicana acabou com o belga Jérôme
D’Ambrosio. A situação do brasileiro nesta temporada é ligeiramente mais
complicada que a do ano passado. A equipe e.dams, a exemplo da temporada passada,
continua tendo o melhor carro, mas ele está mais confiável, e seus pilotos,
principalmente Sébastien Buemi, não vem cometendo erros, tendo vencido todas as
etapas realizadas até agora na atual temporada. Di Grassi é o vice-líder do
campeonato, mas mesmo que ele vença a corrida e Buemi abandone, Lucas não terá
como assumir a liderança, uma vez que já está 29 pontos atrás do suíço. Para
complicar a situação, logo atrás do brasileiro, Nicolas Prost também vem
crescendo na disputa, estando apenas 10 pontos atrás do piloto da Audi ABT. Di
Grassi pretende dar o melhor de si para evitar ficar ainda mais para trás, mas
admite que o time de Buemi e Prost está com um rendimento bem superior ao seu,
e que se nada de errado acontecer, a chance de superá-los será bem complicada.
O canal pago Fox Sports 2 mostrará a corrida neste sábado a partir das
18hs30min, pelo horário de Brasília.
Mudança no grid da F-E. No time
da Techeetah, sai o chinês Ma Qing Hua, que passará a ser o piloto reserva, e
entrará o mexicano Esteban Gutiérrez, que disputou o campeonato de F-1 do ano
passado pela equipe de Gene Hass, e foi dispensado depois de não conseguir
marcar um ponto sequer em todo o campeonato. Gutiérrez será o piloto titular de
todas as etapas restantes da temporada atual, que termina em julho, e tem
previsão de tentar correr a temporada 2017/2018 pela escuderia, mas dependerá
dos resultados que obtiver na pista. O mexicano estréia em casa, e terá um
carro bem competitivo para tentar dar alguma alegria à sua torcida. A escuderia
usa o sistema do trem de força da Renault, o mesmo da e.dams, e mostrou, nas
mãos de Jean-Éric Vergne, ser capaz de desafiar o poderio do time de Nicolas
Prost e Sébastien Buemi. Uma excelente oportunidade para Esteban mostrar
serviço e talento. Mas, se não conseguir andar no ritmo de Vergne, vai pegar
mal para o mexicano, que não conseguiu passar uma boa impressão na Hass no
campeonato de 2016 da F-1...
A Cidade do México receberá pela segunda vez os carros da F-E. |
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