quarta-feira, 1 de março de 2017

FLYING LAPS - FEVEREIRO DE 2017



            E nem bem começamos o ano de 2017, e já iniciamos o mês de março. Logo, vários campeonatos iniciarão suas disputas de 2017, como a Fórmula 1, Indycar, MotoGP, entre vários outros. E é hora de mais uma edição da sessão Flying Laps, relacionando alguns acontecimentos do mundo do esporte a motor ocorridas neste mês de fevereiro, com alguns comentários de costume em cada tópico. Então, uma boa leitura para todos, e até a próxima sessão Flying Laps, no próximo mês...


Sebastien Buemi continua arrasando no campeonato da Formula-E. O atual campeão da categoria de carros monopostos elétricos conquistou em Buenos Aires sua terceira vitória consecutiva na atual temporada da competição, e disparou na liderança do certame, com 75 pontos. O piloto da e.dams largou na 3ª posição na etapa disputada na capital argentina, e partiu logo para assumir a primeira colocação, superando Jean-Éric Vergne e o pole-position, Lucas Di Grassi. Uma vez na frente, Buemi simplesmente disparou na frente, deixando a disputa da última colocação do pódio entre vários pilotos, uma vez que Vergne, confirmando a boa performance do carro da equipe Techeetah, nunca foi exatamente ameaçado na segunda posição, e por sua vez, também nunca conseguiu ameaçar a liderança de Buemi, nem mesmo na parte final da prova, onde se aproximou bastante do piloto da e.dams, mas nunca o suficiente para tentar discutir a posição e tentar lutar pela vitória. Di Grassi, após uma corrida um pouco complicada, fechou o pódio, e manteve a segunda posição no campeonato, com 46 pontos, mas sem condições de assumir a liderança na próxima corrida, uma vez que já está 29 pontos atrás de Buemi, que não vem dando chances aos concorrentes nesta nova temporada, pilotando de forma precisa e sem erros, aproveitando a performance de seu carro, que mesmo sem exibir o mesmo domínio da temporada passada, está certamente um pouco acima dos demais rivais, que terão muito trabalho para conseguir alcançá-lo, ou sequer superá-lo na disputa pelo título da atual temporada. A próxima corrida da competição será no dia 1° de abril, na Cidade do México.


Lucas Di Grassi teve uma corrida um pouco difícil em Buenos Aires. O piloto brasileiro da equipe Audi ABT conseguiu em Buenos Aires a sua primeira pole-position na categoria, mas a posição de honra na largada pouco lhe valeu no início da corrida. Com seu carro sem apresentar o mesmo rendimento da classificação, Lucas foi superado por Jean-Éric Vergne e logo a seguir por Sebastien Buemi, que dispararam na frente, deixando para o brasileiro apenas a disputa da 3ª colocação, que se tornou complicada quando acabou superado por Nicolas Prost, e Oliver Turvey, caindo para a 5ª posição. A situação só melhoraria após a parada de box, onde o segundo carro de Di Grassi apresentava uma performance melhor, e ele partiu para recuperar na pista a posição perdida para Nicolas Prost. Na parada de box, seu time conseguiu devolvê-lo à pista à frente de Oliver Turvey, mas o brasileiro por pouco não se envolveu em confusão com Nelsinho Piquet na hora de sair do box, quando voltou à pista imediatamente à frente do compatriota da equipe NexTev, por pouco não causando um acidente, que só não ocorreu porque Piquet freou forte para evitar a colisão. Por essa manobra perigosa na hora de sair, Lucas acabou advertido e punido com uma multa. De volta à pista, o vice-campeão da temporada passada fez uso do seu fanboost para superar Nicolas Prost, e reassumir o 3° lugar na corrida. Lucas ainda conseguiu se aproximar de Vergne, mas nunca esteve em condições de brigar pelo 2° lugar. Lucas vem tentando a mesma tática da temporada passada, de se manter constante e marcar o máximo de pontos para tentar não deixar Buemi escapar, ciente de que seu carro não tem a mesma performance do equipamento da e.dams, mas a parada está particularmente difícil este ano. O brasileiro já está 29 pontos atrás de Buemi, e mesmo que o piloto suíço abandone a próxima corrida e Di Grassi marque todos os pontos possíveis, não será possível conseguir assumir a dianteira do campeonato, pois no máximo, empataria em pontos com Sebastien, e perderia no critério de desempate de vitórias. Aliás, pela performance demonstrada por Vergne, Lucas possivelmente terá de ter cuidado para não ser superado pelo francês, que possui um carro extremamente rápido, e que quando não tem problemas, é mais um adversário difícil de ser superado na pista. Isso para não falar também de Nicolas Prost, que por dispor do mesmo carro que Buemi, também pode ser um adversário duro de roer na pista, e é o 3° colocado na competição, logo atrás do brasileiro da Audi ABT. Tudo indica que o campeonato atual será realmente muito mais difícil para Lucas do que o do ano passado.


Quem teve motivos para comemorar em Buenos Aires foi a equipe NexTev. Depois de amargar resultados ruins em toda a última temporada, a escuderia chinesa deu mostras de estar recuperando sua performance nesta nova temporada, mas diversos problemas impediram seus pilotos de obterem resultados melhores nas duas etapas disputadas anteriormente. Mas na capital da Argentina, tanto Nelsinho Piquet quanto Oliver Turvey classificaram-se para a superpole, e não fossem erros cometidos por ambos os pilotos em suas voltas de classificação, certamente teriam conseguido posições melhores do que a 4ª e 5ª posições no grid. Mas melhor do que isso tudo foi ver o andamento de ambos os pilotos na corrida. Piquet andou sempre entre os primeiros colocados, se tivesse conseguido sair à frente de Lucas Di Grassi nos boxes, durante a troca de carro, talvez até pudesse ter chegado ao pódio. Mesmo assim, o piloto brasileiro, primeiro campeão da categoria de carros elétricos monopostos, finalizou a corrida portenha numa expressiva 5ª posição, enquanto Turvey teve menos sorte e foi o 9° colocado, tendo perdido posições na troca de carros. Com o resultado, Piquet assumiu a 9ª posição na classificação, com 13 pontos, já superando o parceiro Oliver Turvey, 10° colocado, com 12 pontos. Piquet já tinha dado mostras de melhora no carro da NexTev logo na primeira corrida, quando conquistou a pole-position em Hong Kong, resta agora conseguir converter as melhores posições de largada em melhores resultados finais das corridas, e tudo parece indicar que seu time está no caminho certo.


Marc Márquez, atual campeão da MotoGP, se acidentou durante um teste privado de sua equipe, a Honda, na pista de Jerez de La Fronteira, na Espanha, e o piloto espanhol chegou a deslocar o ombro na pancada sofrida. Mas tanto o time quanto o piloto trataram de tranquilizar os fãs ao afirmar que as lesões foram leves, e que o piloto estará em ponto de bala para a estréia da competição de 2017, no circuito de Losail, no Qatar, agora em março. Na verdade, o piloto já deverá estar novamente na pista na última sessão de testes coletivos, a serem realizados na mesma pista de Losail, nos próximos dias 10 a 12 de março. E Márquez já mostrou em ocasiões anteriores que não é uma lesão à toa que vai deixá-lo menos veloz, portanto, os concorrentes que tirem o cavalo da chuva desde já com a noticia de sua queda em Jerez...


Com o fim da equipe KV Racing, a maioria de seus equipamentos acabou adquirida pela escuderia Juncos, que disputa os campeonatos da Pro Mazda e da Indy Lights. E, com os carros adquiridos do time que pertenceu a Kevin Kalkhoven e Jimmy Vasser, Ricardo Juncos anunciou que seu time irá disputar as 500 Milhas de Indianápolis deste ano. Trata-se de uma boa notícia para a prova, uma vez que o campeonato regular da Indycar este ano só tem 21 pilotos, e para preencher as 33 vagas da corrida mais famosa do calendário é preciso arrumar mais gente. A Penske e a Andretti já confirmaram que terão um quinto carro na corrida, que terá também a participação da Dreyer & Reinbold, que correrá apenas essa prova com Sage Karan. Então, até o momento, já são 24 carros, e se tudo correr bem, a Juncos deve alinhar 2 carros, aumentando o número para 26 competidores, mas até o presente momento, foi divulgada apenas a intenção de participar da prova. Nada mais foi definido. Não houve nenhum anúncio de pilotos, patrocinadores, ou até mesmo com qual motor a equipe irá disputar a Indy500. Espera-se que em breve a Juncos anuncie seus planos detalhados para a corrida, que será tradicionalmente realizada no último domingo de maio, sendo este ano a 101ª edição da Indy500... Uma marca de edições realizadas muito respeitável...


Depois de disputar as provas do Mundial de Rali por alguns anos, o polonês Robert Kubica voltará às corridas em autódromos neste ano. O piloto fechou acordo para disputar o Mundial de Endurance pela equipe ByKolles, na classe LMP1. Robert teve oportunidade de testar o carro da escuderia no final do ano passado, na pista de Sakhir, e revelou ter se sentido confortável no carro, e que as limitações decorrentes do acidente sofrido em 2011 em uma prova de rali que o forçaram a encerrar sua carreira na F-1 não o impedem de ter um desempenho competitivo nos protótipos da Endurance. A escuderia ainda não anunciou o time completo de pilotos que correrá com o único carro que o time alinhará no campeonato. Até o presente momento, além de Kubica, foi anunciado o nome do piloto Oliver Webb, faltando definir quem será o terceiro nome da trinca.


Pedro Piquet, o mais novo filho do tricampeão Nélson Piquet, sagrou-se vice-campeão do campeonato 2017 da Toyota Racing Series, tradicional disputa que ocorre no início do ano na Nova Zelândia. O campeonato consistiu de 5 provas em rodadas triplas, totalizando 15 corridas, disputadas entre 14 de janeiro e 12 de fevereiro. Competindo pela equipe MC2 Competition, Pedro venceu 3 corridas, uma a mais que o australiano Thomas Randle, da equipe Victory Motor Racing, que sagrou-se campeão, mas foi menos constante em algumas das corridas, perdendo o título do certame por uma diferença mínima de 5 pontos a favor do australiano (855 a 850). Piquet teria sido o campeão se não tivesse sofrido uma punição na segunda etapa, onde venceu, mas acabou sendo punido por defender de maneira exageradamente agressiva sua posição quando liderava a corrida. Ele recebeu 30s de punição, e despencou várias posições, perdendo com isso 57 pontos, o que o levaria a conquistar o título com 52 pontos de vantagem para Randle. Também com 3 vitórias na competição, o holandês Richard Verschoor, da Gilles Motorsport, foi o 3° colocado na classificação final da competição, com 843 pontos. O neozelandês Marcus Armstrong, do mesmo time de Pedro Piquet, também com 3 vitórias no certame, terminou em 4° lugar, com 792 pontos. O campeonato contou com 20 pilotos, entre eles o também brasileiro Christian Hahn, que terminou em 14° lugar, com 372 pontos. No ano passado, Pedro Piquet também disputou a Toyota Racing Series, tendo vencido duas corridas, e finalizado a competição, pela mesma equipe M2 Competition, em 5° lugar, com 710 pontos, contra 924 pontos do britânico Lando Norris, que foi o campeão.

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