quarta-feira, 30 de março de 2011

COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA - ESTRÉIA

            Esta é uma nova seção do Blog, onde espero colocar, todos os meses, um pequeno balanço de como anda a cotação de times, pilotos e/ou categorias automobilísticas no geral, de acordo com o que tenha acontecido no mês em questão. Sintam-se à vontade para concordar/discordar, dar opiniões, sobre as avaliações apresentadas, que serão apresentadas de forma sucinta, em três níveis: EM ALTA (caixa na cor verde); NA MESMA (caixa na cor azul); e EM BAIXA (caixa na cor vermelha-clara). Então, vamos à avaliação de março, e até a próxima avaliação, daqui a um mês...

EM ALTA: 


Sebastian Vettel: o atual campeão do mundo da F-1 fez uma corrida perfeita na Austrália e mostrou que, se nada de inesperado acontecer, é o candidato disparado ao título. Estaremos vendo o início da “Era Vettel”, como tivemos a “Era Schumacher”? Os concorrentes torcem para que isso não seja verdade...

Vitaly Petrov: o piloto russo, que ficou conhecido por suas provas sem brilho e acidentes em 2010, fez uma corrida irrepreensível na Austrália, conquistando seu primeiro pódio, e surpreendendo até a equipe Renault, que com a ausência de Robert Kubica, não esperava obter um resultado tão bom logo no início do campeonato.

Sérgio Perez: o intrépido piloto mexicano da Sauber entrou na F-1 mostrando do que é capaz, especialmente frente ao seu companheiro de equipe japonês, que é tido como o piloto mais decidido numa luta de posição na categoria atualmente. Não fosse a desclassificação da escuderia, teria marcado seus primeiros pontos em sua primeira corrida, mas Perez deu o seu recado, e ele não vai ser esquecido tão cedo. Koba-san que se cuide...

Tony Kanaan: desempregado até praticamente uma semana antes da abertura do campeonato da Indy Racing Lague, o piloto baiano fechou contrato com a KV Racing “nos acréscimos do segundo tempo”, e estreou mostrando o pé direito no acelerador: conquistou um excelente 3° lugar com seu novo time logo na estréia, e mostrando que alguém como ele não poderia ficar de fora da categoria. E, só para constar, seu ex-time, a Andretti, só teve Danica Patrick em 12° lugar ao fim da corrida, sendo que Marco Andretti capotou logo na largada, e Mike Conway e Ryan-Hunter Reay ficaram pelo caminho...

McLaren: o time inglês terminou a pré-temporada com prenúncio de crise, e com o trabalho acelerado em Woking para preparar um novo conjunto de peças e assoalho que corrigisse o desempenho do novo MP4/26. Pelo que se viu na Austrália, o esforço valeu a pena, e a escuderia de Lewis Hamilton e Jenson Button assumiu o papel de principal adversária da Red Bull, para desespero dos torcedores italianos da Ferrari...


NA MESMA:


Fórmula 1: entra regra, sai regra, e a categoria máxima do automobilismo mostra que não consegue fazer a coisa funcionar melhor direito. A volta do Kers e a nova asa móvel traseira não ajudaram muito nas ultrapassagens no GP da Austrália como se imaginava. Resta saber se isso vai se repetir nas próximas corridas. Até os novos pneus da Pirelli não apresentaram tanta surpresa como se esperava...

Red Bull: o time das bebidas energéticas começou o ano de 2011 do mesmo jeito que terminou 2010: na frente de todo mundo. Estando no topo, a luta é para não cair, e o único calcanhar de Aquiles da escuderia austríaca parece ser mesmo Mark Webber, que não está conseguindo acompanhar o ritmo de seu companheiro de time alemão...

Felipe Massa: O piloto brasileiro terminou 2010 amplamente batido por Fernando Alonso na escuderia Ferrari. Massa alegava que não se entendia com os pneus da Bridgestone. Com os Pirelli, prometia uma história diferente, mas o que se viu no Albert Park, apesar de um início de prova mais encorajador, foi outro massacre do piloto espanhol em cima de seu colega de time brasileiro, que chegou atrás com uma desvantagem de mais de 50s. Novamente, Felipe disse que não conseguiu “aquecer” os seus pneus adequadamente...

Equipes pequenas: Com um ano de experiência, imaginava-se que os novos times da F-1 apresentassem uma evolução de sua performance em relação às demais escuderias já estabelecidas na categoria. Houve uma melhora, mas tanto Lótus quanto Virgin ainda estão longe do pelotão intermediário, onde imaginavam passar a disputar posições. E a Hispania, nem se fala...

Michael Schumacher: na sua volta à F-1 em 2010, o heptacampeão alemão tomou um verdadeiro passeio de seu jovem companheiro Nico Rosberg. Problemas de adaptação e a ausência de 3 anos foram as justificativas para a falta de resultados à altura. Para 2011, a promessa de performances melhores, no mínimo. E na Austrália, Rosberg cravou novamente seu colega de equipe mais velho em cerca de 0s5 na classificação. Na corrida então, Nico praticamente nem viu Schumacher pelo retrovisor, só quando foi dar-lhe uma volta em cima, antes que ambos abandonassem a prova australiana...


EM BAIXA: 

Ferrari: o time italiano encerrou a pré-temporada com o status de principal adversário da imbatível Red Bull. Os testes apontavam confiabilidade e velocidade plenamente satisfatórios, só não sabendo exatamente qual a vantagem da adversária do Touro Vermelho. Levou não apenas um baile da Red Bull, como temia acontecer, como ainda ficou atrás de McLaren e até da Renault. Felipe Massa, por sua vez, perdeu até da Sauber...

Mercedes: O time que foi campeão do mundo em 2009 com o nome Brawn GP ainda não mostrou a que veio sob o símbolo da estrela de três pontas. Os bons resultados no último treino da pré-temporada indicava que poderiam ao menos aspirar a algo melhor do que o visto em 2010. O baque em Melbourne foi mais forte do que os alemães esperavam, e ambos os pilotos abandonaram a corrida em virtude de toques e acidentes, sem conseguir marcar pontos. A paciência alemã também tem limites...

Andretti Motorsport: o antigo time de Tony Kanaan na IRL já começou a sentir a falta do piloto brasileiro na etapa de abertura do campeonato 2011: de seus 4 pilotos, 3 abandonaram a corrida, e nunca andaram entre os primeiros na prova. Danica Patrick, a única a receber a bandeirada, foi apenas a 12ª colocada. Já o brasileiro estreou pela KV e terminou a corrida em 3° lugar...

Valentino Rossi: O “doutor” vai ter mais trabalho na Ducati do que esperava para conseguir voltar a vencer na MotoGP. O piloto italiano teve um desempenho discreto na prova de abertura do campeonato 2011, no Qatar, e foi apenas o 7° colocado. Para piorar, o ombro do piloto, operado devido ao forte acidente sofrido no ano passado, ainda incomoda o suficiente para impedir que Rossi consiga tirar tudo de sua pilotagem, ajudando a aumentar o déficit de performance de sua Ducati para as outras máquinas.

Hispania: o pior time da F-1 conseguiu iniciar 2011 ainda pior do que em 2010, e olhe que todos os times ainda tiveram um tempo extra para preparar seus carros devido ao cancelamento do GP do Bahrein. Se tivessem corrido com os carros do ano passado, muito provavelmente teriam andado até mais rápido do que este ano. Collin Kolles disse que Bruno Senna não fazia parte dos planos do time para este ano, e vendo esta situação, duvido que o brasileiro esteja chateado vendo seu ex-time arrastar-se pelas pistas...

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