Já estamos encerrando o mês de março,
e começaram três importantes campeonatos, que foram a Indycar, a MotoGP, e a Fórmula
1, com a disputa de suas primeiras etapas. E todo final de mês é hora de colocarmos
uma nova edição da Cotação Automobilística, fazendo uma avaliação de alguns dos
acontecimentos do mundo do esporte a motor nestas últimas semanas. Espero que
todos possam apreciar o texto, que segue abaixo no esquema tradicional de
sempre das avaliações: EM ALTA (caixa na cor verde); NA MESMA (caixa na cor
azul); e EM BAIXA (caixa na cor vermelho-claro). Uma boa leitura a todos, e até
a próxima edição da Cotação Automobilística no mês que vem, já com algumas
avaliações dos acontecimentos do mês de abril:
EM ALTA:
Sébastien
Bourdais: O piloto francês da equipe Dale Coyne repetiu o triunfo inaugural na
temporada 2018 da Indycar, a exemplo do que havia feito no ano passado, ao
vencer a prova de São Petesburgo, mesmo com o carro da modesta Dale Coyne, um
dos times de menos recursos do grid da categoria, e que terá somente o francês
como piloto por toda a temporada, dividindo o segundo carro entre dois pilotos
durante a competição. A exibição de Sébastien não foi tão primorosa quanto a de
2017, quando ele liderou boa parte da parte final da corrida, mas não se pode
ignorar sua performance na corrida deste ano. Largando a meio do grid, Bourdais
foi ganhando posições na pista e na estratégia, e era um 3º colocado firme,
quando Alexander Rossi e Robert Wickens acabaram se enrolando a duas voltas do
final, deixando o triunfo para o piloto francês. Sébastien começou a temporada
do ano passado muito bem, e infelizmente, deu azar no acidente para a
classificação na Indy500, que o deixou de fora da competição por vários meses.
Agora recuperado, pode-se ver que ele ainda mantém sua capacidade de levar seu
carro a boas posições. Espera-se que tenha sorte muito melhor neste ano.
Andrea
Dovizioso: O piloto italiano da Ducati abriu a temporada da MotoGP na frente,
ao vencer o GP do Qatar, depois de mais um duelo renhido com Marc Márquez, que
tentou até a última curva da corrida superar o vice-campeão do ano passado.
Dovizioso não largou tão à frente como pretendia, mas durante a corrida foi
ganhando posições e travando duelos com os pilotos que estavam à sua frente,
até chegar à liderança e de lá não mais sair, apesar da pressão dos
concorrentes, que estavam sempre à espreita. Surpresa no campeonato da classe
rainha do motociclismo no ano passado, Dovizioso mostra que já pode ser
considerado um candidato real às vitórias e ao título, assim como o seu time, a
Ducati, que parece finalmente de volta ao pelotão da frente em tempo integral,
e não apenas esporádico. Podem esperar novas boas exibições de Andrea ao
volante da Desmosédici na temporada deste ano. Marc Márquez que fique esperto
com seu novo rival, que parece ter vindo definitivamente para ficar.
Jean-Éric
Vergne: O piloto francês da equipe Techeetah caminha firme rumo ao título da
atual temporada da Fórmula-E. Vergne venceu de ponta a ponta a etapa em Punta
Del Este, no Uruguai, onde travou um duelo firme contra Lucas Di Grassi pela
vitória desde a largada. Foi seu 3º triunfo nas 6 provas disputadas até aqui, e
para sorte dele, seus rivais diretos na luta pelo campeonato não tiveram os
resultados esperados na etapa uruguaia. Felix Rosenqvist foi o 5º colocado, e
viu o francês disparar na classificação do campeonato, abrindo nada menos do
que 30 pontos de vantagem, uma folga que só poderá ser descontada se Vergne
sofrer percalços que o façam ficar sem pontuar em pelo menos uma etapa. Sam
Bird, que também vinha na disputa, foi o 3º, e só encostou em Rosenqvist, que
antes de pensar em “caçar” Vergne, precisa se preocupar em não ser superado na
classificação. Com metade do campeonato já disputado, e com esta vantagem,
Vergne só precisa se preocupar em manter a constância, e não se envolver em
problemas potenciais que o façam perder opções de pontuar nas corridas. E, pelo
que se viu até aqui, ele vem cumprindo o script com perfeição, pontuando em
todas as provas.
Vitória
da Ferrari na abertura da F-1 2018: Depois da performance arrasadora de Lewis
Hamilton na classificação para o grid de largada na etapa inaugural, a única
chance de uma vitória para a Ferrari era apostar no ritmo de corrida durante a
prova, e de certa forma, tentar esperar pela sorte. Bem, o ritmo de corrida,
apesar de satisfatório, não dava muitas esperanças de vitória, uma vez que o
inglês da Mercedes se mantinha firme na liderança. Mas eis que os dois carros
da equipe Hass tiveram problemas, e acabaram motivando a entrada do Safety Car.
Foi a deixa que a Ferrari precisava para usar o incidente a seu favor, chamando
Sebastian Vettel para os boxes em um momento onde Hamilton não podia acelerar,
e conseguiu devolver o alemão na liderança da corrida. Em um circuito de
ultrapassagens extremamente difíceis, Vettel teve alguma sorte em conseguir se
manter à frente de Lewis, até porque o inglês começou a ter problemas de
desgaste em seus pneus, e não conseguiu manter o ritmo para pressionar o piloto
da Ferrari, que rumou para a vitória, e estréia liderando o campeonato de 2018,
ajudando a derrubar um pouco a expectativa da invencibilidade da Mercedes na
temporada. A Ferrari conseguiu ser bem mais inteligente do que a Mercedes para
vencer a corrida, fazendo uso da oportunidade que se apresentou durante a
prova. Resta à Mercedes aprender com o caso e ficar mais atenta nas próximas
etapas.
Sébastien
Ogier: O piloto francês da M-Sports Ford venceu a etapa do México, e com isso,
já acumula 2 vitórias nas 3 provas disputadas no Mundial de Rali deste ano,
reassumindo a liderança na classificação, que havia sido ocupada
momentaneamente pelo belga Thierry Neuville, que havia vencido a etapa da
Suécia, e dá pinta de que vai ser um páreo duro para o atual pentacampeão da
categoria off-road, afinal, Ogier está apenas 4 pontos à frente na
classificação. Por isso mesmo, Ogier não pode marcar bobeira nas próximas
etapas da competição, se quiser garantir o seu sexto título consecutivo na
categoria. As ferramentas estão na sua mão, resta apenas conduzir com sua
costumeira competência e talento, ao lado de seu navegador, e torcer para não
acontecer nenhum imprevisto, que pode arruinar com suas chances, algo muito fácil
de acontecer nas provas de rali. Ainda é cedo para afirmar que Ogier caminha
determinado rumo ao título de 2018, mas que ninguém marque bobeira com o piloto
francês, lembrando-se de que ele venceu os últimos 5 campeonatos de forma
consecutiva. Ou será preciso avisar mais?
NA MESMA:
Unidades
de potência da Honda: Foi só uma corrida, a da Austrália, e tudo o que vimos
foi mais do que já havíamos testemunhado em quase todos os três anos da
associação da fábrica nipônica com a McLaren. A Toro Rosso, novo time oficial
da Honda, acabou largando entre as últimas posições do grid em Melbourne, e
teve um abandono por problema de motor logo na primeira corrida, enquanto seu
outro piloto ainda cruzou a bandeirada, mas em último lugar na pista. É muito
cedo para condenar novamente os esforços da Honda em tentar achar seu lugar
nesta nova F-1 de unidades turbo híbridas, mas o desempenho foi decepcionante
depois do que vimos nos testes da pré-temporada, em Barcelona, onde a Toro
Rosso foi um dos times que mais andou, sem que as unidades de potência
nipônicas tivessem sofrido qualquer problema de funcionamento. Depois de muitos
até acharem e fazerem piadas de que a McLaren iria se arrepender de ter largado
a Honda, a julgar pelo resultado da Austrália, onde o time inglês chegou em 5º
e 9º, marcando de cara 12 pontos, acho que o pessoal de Woking neste momento
não está sentindo muitas saudades dos japoneses não... Resta esperar para ver
se Melbourne foi um acidente de percurso ou não...
Valentino
Rossi: O “Doutor”, aos 39anos, segundo diziam, já poderia estar preparando a
aposentadoria das pistas da MotoGP, uma vez que seu contrato ia somente até o
fim desta temporada com a equipe oficial da Yamaha. O time, aliás, já havia
renovado com Maverick Viñales, o que podia dar a impressão de que o piloto
italiano estaria considerando o período de renovação de seu contrato, talvez
por apenas mais um ano. Mas eis que, às vésperas da corrida de abertura da
temporada 2018, no Qatar, tanto Rossi quanto a Yamaha anunciaram a renovação do
contrato por mais dois anos. Em outras palavras, os fãs poderão torcer por
Valentino por mais 3 temporadas, já que a atual acabou de começar, e teremos o
privilégio de acompanhar as performances do “Doutor” por mais dois anos, sendo
que ao final deste tempo, Rossi deverá estar com 41 anos. Mas o piloto italiano
mostra que ainda tem lenha para queimar, e na prova de Losail, travou bons
duelos com os outros pilotos, sempre no pelotão da frente, e subiu ao pódio na
3ª colocação, atrás de Marc Márquez e Andrea Dovizioso. Ao que parece, aqueles
que torcem pela decadência do maior ídolo da MotoGP atual vão precisar ter
muita paciência pelos próximos anos, porque Valentino, como afirmou, ainda tem
muito o que oferecer, e ainda é capaz de se bater com os mais talentosos
pilotos da nova geração que tem chegado na classe rainha do motociclismo. Vida
longa ao “Doutor” na classe rainha do motociclismo mundial...
Equipe
Sauber: Lanterna da competição no Mundial de F-1 em 2017, a Sauber vislumbrou
novos horizontes com a parceria firmada com a Alfa Romeo através da Ferrari,
que permitiu a volta de um nome icônico da história ao campeonato da F-1, e de
quebra, aliviou bastante o orçamento do time, extremamente apertado nas últimas
temporadas. Mas em termos de performance, o time ainda não tem do que se
orgulhar. Se no ano passado resolveram competir com o motor Ferrari do ano
anterior por questão de economia, o que diminuiu a competitividade do time, que
já não era das melhores, este ano, mesmo utilizando a unidade de potência atual
de Maranello, e com o reforço técnico da parceria com os italianos, o novo
modelo C37 continuou deixando os pilotos da escuderia disputando as últimas
posições no grid, ao menos na Austrália, mas de certa forma confirmando as
suspeitas dos testes da pré-temporada, em Barcelona. Pelo visto, pontuar será
possível apenas com um golpe de sorte tremendo, realidade já admitida até pela
própria equipe, que prevê uma evolução digna do nome apenas para 2019. Então, o
time suíço pode ao menos dizer que já está familiarizado com as últimas filas
do grid. Em curiosamente, a Alfa Romeo, quando deixou a F-1 pela última vez, em
meados dos anos 1980, também já estava andando nas últimas filas do grid. De
início, nada mudou para ambos. Vejamos para o futuro, quando a parceria começar
a render frutos mais vistosos...
Valtteri
Bottas: O piloto finlandês sabe que esse ano é crucial para sua carreira na
F-1. Sua temporada de estréia na Mercedes não foi ruim, mas também não foi
espetacular, como seu currículo até então sugeria ser capaz. Sabendo disso,
Bottas disse que se esforçaria para andar à altura de Lewis Hamilton e ser
capaz de efetivamente disputar o título. E, acima de tudo, a própria Mercedes
quer que o finlandês exerça pressão em Hamilton para que o inglês ande ainda
mais forte. Só que o finlandês infelizmente já deu azar logo na primeira
corrida, ao bater forte no Q3, danificando seu carro, e de quebra, já perdeu um
cambio, e pode até ter perdido já um de seus poucos motores para toda a
temporada. Na corrida, infelizmente Valtteri, apesar do carro que possuía, não
foi capaz de efetuar uma recuperação como se esperava, e acabou em 8º lugar,
sem conseguir ultrapassar carros teoricamente mais lentos. Tudo isso, e mais o
baile que a Mercedes levou da Ferrari na estratégia que lhes garantiu a vitória
pelo segundo ano consecutivo no Albert Park, com o time italiano acumulando 40
pontos ante os 22 da equipe alemã perfazem mais um final de semana onde Bottas
ficou abaixo do rendimento esperado pelo time. É só a primeira corrida, é
verdade, mas se o finlandês não reagir, não vai ser bom para seus planos de
permanecer naF-1 em 2019...
Transmissões
da F-1 e da Indycar em 2018: As transmissões das primeiras corridas dos
campeonatos da Indycar e da F-1 mostraram mais do mesmo tanto na Bandeirantes
quanto na Globo, mostrando o mesmo padrão básico que já vimos nas últimas
temporadas. Na Bandeirantes, o agravante foi o novo narrador perder muitos
lances na pista enquanto discutia outros assuntos com o comentarista, mostrando
que deveria ter se preparado melhor para a função, e não precisar ser
“socorrido” em vários momentos por Felipe Giaffone, este muito mais entendido e
experiente no assunto. Na Globo, houve pelo menos a volta da transmissão do Q3
do treino de classificação, aproveitando a transmissão ao vivo que era feita
pelo canal pago SporTV, o que foi um alento. Mas, para a primeira corrida da
temporada, a emissora não mostrou quase nada de introdução à nova temporada,
obrigando os fãs a aguentarem a transmissão do Lollapalooza até quase o início
da largada da prova. E infelizmente, Galvão Bueno poderia ser mais sóbrio sem
pilotos brasileiros na pista para tentar insuflar uma torcida, mas parece que
isso seria pedir demais... Mas transmissão por transmissão, ambas ficaram meio
que no empate, embora em termos técnicos a Globo ainda ganhe por ter mandado
repórter para a corrida, o que a Bandeirantes não fez...
EM BAIXA:
Jorge
Lorenzo: O piloto espanhol, tricampeão mundial da MotoGP com a Yamaha, mudou-se
para a Ducati onde esperava superar novos desafios e continuar a batalhar por
vitórias e pelo título da categoria. Mas Lorenzo teve um ano mais difícil do
que esperava em 2017, tendo muitos problemas para se adaptar ao comportamento
da moto italiana, bem diferente da qual estava acostumado na Yamaha. Como
resultado, passou o ano em branco, mas o pior foi ver seu novo companheiro de
equipe, Andrea Dovizioso, vencer corridas e disputar o título até a última
corrida. Para 2018, a expectativa era de que o espanhol, mais aclimatado ao
time de Borgo Panigale, mostrasse mais performance e estivesse mais adaptado ao
equipamento. Mas o resultado da primeira corrida, no Qatar, foi um repeteco de
2017: enquanto Dovizioso escalava o primeiro pelotão e vencia a corrida,
Lorenzo largou lá atrás, e mal conseguia sair do meio do pelotão, até que
acabou caindo em uma das curvas, e deu adeus à corrida. Problemas à parte, o
espanhol vai ter trabalho para recompor sua imagem de piloto campeão se não
conseguir resultados que não sejam comparáveis ao de Dovizioso, que já largou
na frente na competição pelo título da atual temporada...
Popularidade
do halo na F-1: O novo dispositivo de segurança, enfiado goela abaixo pela FIA
na categoria máxima do automobilismo para esta temporada, sem testar efetivamente
outras alternativas de aumentar a segurança dos pilotos dentro do cockpit, foi
malhado sem dó pelos torcedores da F-1, e por vários membros da imprensa
especializada. Os motivos foram os mais óbvios possíveis: falta de harmonia com
o visual do carro, impedimento de se ver direito os pilotos, dependendo do
ângulo, bloqueio da visão de algumas das câmeras on-board dos carros,
estragando o visual de transmissão, entre outras críticas mais ácidas e
contundentes. Ruim é a passividade dos pilotos, que não fazem críticas em
público, temendo represálias da FIA, que bateu o pé e resolveu por que os
carros teriam sim este novo dispositivo para proteger os pilotos, cuja eficácia
até agora ainda não foi comprovada em 100%, ou pelo menos, em índices altamente
satisfatórios. Mas ruim é que não se pode querer testar a eficácia da peça na
pista, pois um acidente, por mais simples que seja, pode ter consequências
imprevisíveis. O maior aliado para condenar a peça deve ser o Liberty Media,
que se ficar preocupado com o índice de rejeição dos fãs, pode pressionar a FIA
para que reveja o uso do halo, ou até o substitua por outro dispositivo, que
sofra menos rejeição. Resta esperar que a FIA seja razoável.
Ultrapassagens
no Albert Park: Circuito costumeiramente complicado de se fazer ultrapassagens,
mesmo com a introdução do DRS, a pista montada no Albert Park nos últimos anos
não apresentou corridas muito agitadas ou emocionantes, tendo sempre um número
bem reduzido de ultrapassagens. A direção da F-1 resolveu, então, introduzir
uma terceira zona de uso do DRS na pista australiana, na tentativa de facilitar
as trocas de posições, e dar mais emoção à corrida de F-1. O que se viu na
pista, contudo, não foi o que se esperava: a corrida que abriu o campeonato
2018 da categoria máxima do automobilismo mostrou as poucas ultrapassagens de
costume, com os pilotos tentando ganhar posições mais nos boxes do que na
pista. Mesmo estando mais veloz, Daniel Ricciardo não conseguiu ultrapassar
Kimi Raikkonen, e Max Verstappen ficou trancado atrás da Hass no início da
corrida, e posteriormente atrás de Fernando Alonso. Está mais do que na hora da
FIA rever certos aspectos técnicos dos carros da F-1, e torna-los mais estáveis
mecanicamente, e não aerodinamicamente, como é a regra atual. Mas é difícil
conseguir consenso nesse sentido. Enquanto isso, que ninguém espere shows nas
etapas do Grande Prêmio da Austrália de F-1, a menos que chova durante a
prova...
Equipe
Williams: O time de Frank Williams, que já foi sinônimo de time campeão nos anos
1990, começou 2018 andando lá atrás, pelo menos em Melbourne. Mesmo dispondo do
melhor motor da categoria, o novo FW41 não mostrou a que veio, e seus pilotos
não conseguiram mostrar quase nada na corrida, com Sergei Sirotkin abandonando
cedo, e Lance Stroll só não terminando em último porque teve uma Toro Rosso
atrás dele. O time já vinha recebendo críticas pela escolha da dupla de
pilotos, que garantiram suas vagas mais pela grana que trouxeram do que pelo
talento propriamente dito. Mas o principal problema é que a reformulação da
área técnica, que precisava de novas diretrizes para voltar a crescer, até o
presente momento, ainda não rendeu resultados, e o problema não é paciência,
não. O time foi o 5º colocado no Mundial de Construtores em 2017, e para voltar
a crescer, devia pelo menos mostrar potencial para manter este ritmo, mas nem
isso foi possível demonstrar na Austrália. Um pouco exagerado? Talvez, mas
quando até Lance Stroll começa a criticar que o carro estava uma porcaria, é
sinal de que a coisa começou mesmo muito mal. Felipe Massa, que acabou
dispensado pela equipe, certamente está muito agradecido pelo favor que lhe
fizeram... Ele não mereceria pilotar esse carro...
Force
India: O time indiano, uma das sensações da temporada passada, infelizmente não
conseguiu ter um bom início de temporada em 2018. Apesar da valentia e talento
de sua dupla de pilotos, em nenhum momento eles conseguiram andar na zona de
pontuação para conseguir marcar pontos na prova da Austrália. O ponto positivo
é que a equipe já conseguiu se recuperar de inícios ruins e fazer um bom
desenvolvimento de seu carro durante a competição. O problema é que os rivais
estão muito mais bem preparados este ano, e uma possível recuperação será
complicada porque a Force India precisará evoluir muito mais do que eles se
quiser melhorar sua competitividade. O saldo só não é ainda pior porque Toro
Rosso e Williams conseguiram ser ainda piores, o que não é exatamente algo a se
vangloriar. Resta esperar que eles deem a volta por cima, ou na pior das
hipóteses, não serem superados pela turma de trás...
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