quarta-feira, 3 de julho de 2013

FLYING LAPS – JUNHO DE 2013



            Até que o mês de junho foi agitado, em especial no campeonato da Indy Racing League, onde posto nesta edição da Flying Laps alguns dos acontecimentos que foram notícia no certame Indy durante o último mês, além de postar comentários sobre mais algumas coisinhas. Então, uma boa leitura a todos os amantes do círculo da velocidade...


A equipe Dale Coyne foi quem mais comemorou os resultados da rodada dupla promovida pela Indy Racing League como um de seus atrativos para o campeonato deste ano. Na corrida disputada no sábado, a pequena escuderia venceu a prova, tendo como piloto o inglês Mke Conway, que fechou acordo para correr pelo time naquele final de semana. Para completar a festa, o inglês Justin Wilson, o outro piloto do time, fechou o pódio na 3ª posição. Um resultado muito festejado pelo time. Na corrida de domingo, Conway voltou a se destacar, subindo novamente ao pódio, agora em 3º lugar. Justin Wilson, infelizmente, não teve o que comemorar na segunda corrida, pois abandonou a prova. Como Conway decidiu não mais participar de provas em pistas ovais, o time não pôde contar com o piloto inglês nas etapas seguintes, tendo de recorrer a outros competidores. Mas o principal fato a ser destacada pelo belo resultado obtido nas etapas de Detroit é que Conway venceu com o carro que era pilotado, até as 500 Milhas de Indianápolis, pela brasileira Bia Figueiredo, que teve até então, um 14º lugar como melhor resultado. Por mais que a Dale Coyne tenha conseguido um excelente acerto para o circuito de Belle Isle Park, onde a prova de Detroit foi disputada, é inegável admitir que isso deixa a brasileira em uma tremenda saia justa, pois não apenas Conway teve um bom carro: ele pilotou muito, e isso já deixa dúvidas se Bia estava de fato fazendo um bom trabalho no time. Infelizmente, para colaborar com a afirmação de que a performance da brasileira estava mesmo abaixo do esperado, Bia não conseguiu fazer nada de notável na corrida de Milwaukee, onde voltou a correr pela Dale Coyne, assim como na etapa de Iowa. Certo que o time não conseguiu ter o mesmo desempenho no pequeno oval de West Allis, mas novamente Bia ficou devendo se considerarmos que ela ficou muito atrás de Justin Wilson, seu companheiro de time, que levou uma verdadeira lavada de Conway em Detroit.


A pista de Detroit, inclusive, recebeu reformas para as etapas deste ano. Com apoio de Roger Penske, que deu importante força para a manutenção da cidade no calendário, o circuito dentro do Belle Isle teve alguns trechos alargados, e algumas curvas e zebras redimensionadas e reformadas. Depois do fiasco do asfalto soltando pedaços e remendos vistos no ano passado, não há dúvidas de que o circuito ficou bem melhor para este ano, e isso ficou nítido nas corridas. Deixar a pista mais larga em certos trechos também ajudou a tornar as ultrapassagens mais fáceis, embora as mesmas tenham continuado serem difíceis de acontecer. Mas o balanço do fim de semana da rodada dupla promovida pela Indycar em Detroit foi positiva. Estão previstas mais rodadas duplas para as etapas de Toronto e Houston este ano, e vamos ver se por lá isso tudo também será bem aproveitado.


Quem teve balanço extremamente negativo em Detroit foi o americano A. J. Allmendinger. Em sua última participação, até notícia em contrário, no campeonato deste ano, o piloto conseguiu a proeza de bater nas duas corridas disputadas no fim de semana, e na primeira volta de cada uma delas, causando vários estragos no seu carro, o que sinceramente não deixou Roger Penske nem um pouco satisfeito. Há 10 anos atrás, Allmendinger era considerado uma das estrelas em ascenção quando estreou na F-Indy original, tendo inclusive vencido 5 provas no campeonato de 2006, quando pilotou para a equipe Forsythe. O piloto optou então por mudar-se para a Nascar, em 2007, em busca de melhores salários e visibilidade profissional. Só que na Stock Car americana A. J. praticamente passou em branco, sem conseguir nenhum resultado de destaque, e no ano passado, acabou tomando uma suspensão por ter sido pego no exame antidoping da categoria. Roger Penske lhe deu uma chance de correr este ano em algumas etapas da Indy Racing League, mas a julgar pelo que mostrou nestas oportunidades, parece ter sido perda de tempo por parte de Penske. O piloto, contudo, deu sorte em seu retorno à Nascar, onde acabou sendo pole-position e vencedor da etapa da Nationwide disputada no belo circuito de Elkhart Lake, compensando um pouco a fé de Roger Penske nele. Se a Penske vai lhe dar chance de correr de novo na IRL este ano, entretanto, só esperando pra ver...


Hélio Castro Neves venceu a etapa do Texas, obtendo sua primeira vitória no atual campeonato, e assumindo a liderança da competição. O brasileiro ainda contou com a presença do compatriota Tony Kanaan no pódio do circuito de Forth Worth, após uma boa apresentação também do piloto da KV na primeira etapa em pista oval depois da Indy500. Mas a Penske acabou multada pela direção da categoria, e perdeu parte dos pontos da vitória no campeonato de equipes, por uma pequena irregularidade descoberta no carro de Helinho, que segundo afirmaram, estava proporcionando mais downforce no seu carro. A direção da categoria não especificou mais detalhes da irregularidade, mas o brasileiro não foi penalizado e manteve sua vitória.


Fechando o mês da IRL, a vitória em Iowa foi de James Hinchcliffe, que conquistou sua 3ª vitória na temporada e é o piloto que mais venceu no ano. Só que, sem conseguir manter uma constância igual à de seu companheiro de equipe, Ryan Hunter-Reay, o canadense é apenas 4º colocado no campeonato, e só não é o pior piloto de seu time porque a Andretti tem Ernesto Viso, piloto venezuelano que volta e meia arruma confusões nas corridas, e no momento é o 11º colocado na tabela. Assim que conseguir ter mais constância de resultados, podem apostar que James vai incomodar pra valer...


E o “Doutor” está de volta: depois de quase 3 anos após vencer pela última vez na MotoGP, Valentino Rossi deu um show de pilotagem num dos mais tradicionais GPs da categoria máxima do motociclismo, o da Holanda, prova disputada em Assen. Rossi travou duelos empolgantes com a dupla da Honda, Dani Pedrosa e Marc Márquez, e o britânico Cal Crutchlow. Pedrosa acabou ficando fora do pódio de Assen, mas manteve sua dianteira no campeonato. Mas quem deu outro show, pela superação e determinação, foi Jorge Lorenzo. O bicampeão levou um tombo no treino de quinta-feira, fraturando a clavícula, e foi operado no mesmo dia para implantar um pino no local. Lorenzo voltou à pista na sexta-feira e participou da corrida no sábado, lutando fortemente contra as dores da cirurgia, terminando a prova em 5º lugar, praticamente cambaleando de dor, mas surpreendendo todo mundo com sua performance e persistência. Espera-se que o espanhol só se recupere completamente em algumas semanas, mas pelo que demonstrou em Assen, o bicampeão não está disposto da baixar o combate assim tão fácil. Pedrosa ainda lidera o certame, com 136 pontos, enquanto Lorenzo tem 127, uma margem curta para os padrões da MotoGP. Márquez, companheiro de Pedrosa, é o 3º colocado, com 113 pontos. Valentino Rossi, depois de vencer a prova da Holanda, tem tudo para se recuperar na competição e engrossar a briga, mas ainda está muito atrás, com 85 pontos, na 5ª colocação.


Mesmo fora do Mundial de Rali, o eneacampeão Sébastian Loeb continua barbarizando. E seu último show foi na tradicional prova americana da Subida de Pikes Peak, no Colorando, onde o mito dos ralis simplesmente pulverizou o recorde da prova, marcando o tempo de 8min13s878, marca cerca de 1min30s mais rápido que o recorde anterior, que havia sido conquistado por Rhys Miller, no ano passado, quando havia feito o percurso de cerca de 20 Km com o tempo de 9min46s164. Loeb competiu com um protótipo da Peugeot na categoria “Unlimited”. Enquanto isso, no Mundial de Rali, Sébastian Oggier certamente agradece a ausência do rival no campeonato deste ano, liderando com mais de 60 pontos de vantagem para o adversário mais próximo...

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