Até
que o mês de junho foi agitado, em especial no campeonato da Indy Racing
League, onde posto nesta edição da Flying Laps alguns dos acontecimentos que
foram notícia no certame Indy durante o último mês, além de postar comentários
sobre mais algumas coisinhas. Então, uma boa leitura a todos os amantes do
círculo da velocidade...
A equipe Dale Coyne foi quem mais comemorou os resultados da rodada
dupla promovida pela Indy Racing League como um de seus atrativos para o
campeonato deste ano. Na corrida disputada no sábado, a pequena escuderia
venceu a prova, tendo como piloto o inglês Mke Conway, que fechou acordo para
correr pelo time naquele final de semana. Para completar a festa, o inglês
Justin Wilson, o outro piloto do time, fechou o pódio na 3ª posição. Um
resultado muito festejado pelo time. Na corrida de domingo, Conway voltou a se
destacar, subindo novamente ao pódio, agora em 3º lugar. Justin Wilson,
infelizmente, não teve o que comemorar na segunda corrida, pois abandonou a
prova. Como Conway decidiu não mais participar de provas em pistas ovais, o
time não pôde contar com o piloto inglês nas etapas seguintes, tendo de
recorrer a outros competidores. Mas o principal fato a ser destacada pelo belo
resultado obtido nas etapas de Detroit é que Conway venceu com o carro que era
pilotado, até as 500 Milhas
de Indianápolis, pela brasileira Bia Figueiredo, que teve até então, um 14º
lugar como melhor resultado. Por mais que a Dale Coyne tenha conseguido um
excelente acerto para o circuito de Belle Isle Park, onde a prova de Detroit
foi disputada, é inegável admitir que isso deixa a brasileira em uma tremenda
saia justa, pois não apenas Conway teve um bom carro: ele pilotou muito, e isso
já deixa dúvidas se Bia estava de fato fazendo um bom trabalho no time.
Infelizmente, para colaborar com a afirmação de que a performance da brasileira
estava mesmo abaixo do esperado, Bia não conseguiu fazer nada de notável na
corrida de Milwaukee, onde voltou a correr pela Dale Coyne, assim como na etapa
de Iowa. Certo que o time não conseguiu ter o mesmo desempenho no pequeno oval
de West Allis, mas novamente Bia ficou devendo se considerarmos que ela ficou
muito atrás de Justin Wilson, seu companheiro de time, que levou uma verdadeira
lavada de Conway em Detroit.
A pista de Detroit, inclusive, recebeu reformas para as etapas deste
ano. Com apoio de Roger Penske, que deu importante força para a manutenção da
cidade no calendário, o circuito dentro do Belle Isle teve alguns trechos
alargados, e algumas curvas e zebras redimensionadas e reformadas. Depois do
fiasco do asfalto soltando pedaços e remendos vistos no ano passado, não há
dúvidas de que o circuito ficou bem melhor para este ano, e isso ficou nítido
nas corridas. Deixar a pista mais larga em certos trechos também ajudou a
tornar as ultrapassagens mais fáceis, embora as mesmas tenham continuado serem
difíceis de acontecer. Mas o balanço do fim de semana da rodada dupla promovida
pela Indycar em Detroit foi positiva. Estão previstas mais rodadas duplas para
as etapas de Toronto e Houston este ano, e vamos ver se por lá isso tudo também
será bem aproveitado.
Quem teve balanço extremamente negativo em Detroit foi o americano A.
J. Allmendinger. Em sua última participação, até notícia em contrário, no
campeonato deste ano, o piloto conseguiu a proeza de bater nas duas corridas
disputadas no fim de semana, e na primeira volta de cada uma delas, causando
vários estragos no seu carro, o que sinceramente não deixou Roger Penske nem um
pouco satisfeito. Há 10 anos atrás, Allmendinger era considerado uma das
estrelas em ascenção quando estreou na F-Indy original, tendo inclusive vencido
5 provas no campeonato de 2006, quando pilotou para a equipe Forsythe. O piloto
optou então por mudar-se para a Nascar, em 2007, em busca de melhores salários
e visibilidade profissional. Só que na Stock Car americana A. J. praticamente
passou em branco, sem conseguir nenhum resultado de destaque, e no ano passado,
acabou tomando uma suspensão por ter sido pego no exame antidoping da
categoria. Roger Penske lhe deu uma chance de correr este ano em algumas etapas
da Indy Racing League, mas a julgar pelo que mostrou nestas oportunidades,
parece ter sido perda de tempo por parte de Penske. O piloto, contudo, deu
sorte em seu retorno à Nascar, onde acabou sendo pole-position e vencedor da
etapa da Nationwide disputada no belo circuito de Elkhart Lake, compensando um
pouco a fé de Roger Penske nele. Se a Penske vai lhe dar chance de correr de
novo na IRL este ano, entretanto, só esperando pra ver...
Hélio Castro Neves venceu a etapa do Texas,
obtendo sua primeira vitória no atual campeonato, e assumindo a liderança da
competição. O brasileiro ainda contou com a presença do compatriota Tony Kanaan
no pódio do circuito de Forth Worth, após uma boa apresentação também do piloto
da KV na primeira etapa em pista oval depois da Indy500. Mas a Penske acabou
multada pela direção da categoria, e perdeu parte dos pontos da vitória no
campeonato de equipes, por uma pequena irregularidade descoberta no carro de
Helinho, que segundo afirmaram, estava proporcionando mais downforce no seu
carro. A direção da categoria não especificou mais detalhes da irregularidade,
mas o brasileiro não foi penalizado e manteve sua vitória.
Fechando o mês da IRL, a vitória em Iowa foi de James Hinchcliffe, que
conquistou sua 3ª vitória na temporada e é o piloto que mais venceu no ano. Só
que, sem conseguir manter uma constância igual à de seu companheiro de equipe,
Ryan Hunter-Reay, o canadense é apenas 4º colocado no campeonato, e só não é o
pior piloto de seu time porque a Andretti tem Ernesto Viso, piloto venezuelano
que volta e meia arruma confusões nas corridas, e no momento é o 11º colocado
na tabela. Assim que conseguir ter mais constância de resultados, podem apostar
que James vai incomodar pra valer...
E o “Doutor” está de volta: depois de quase 3 anos após vencer pela
última vez na MotoGP, Valentino Rossi deu um show de pilotagem num dos mais
tradicionais GPs da categoria máxima do motociclismo, o da Holanda, prova
disputada em Assen. Rossi travou duelos empolgantes com a dupla da Honda, Dani
Pedrosa e Marc Márquez, e o britânico Cal Crutchlow. Pedrosa acabou ficando
fora do pódio de Assen, mas manteve sua dianteira no campeonato. Mas quem deu
outro show, pela superação e determinação, foi Jorge Lorenzo. O bicampeão levou
um tombo no treino de quinta-feira, fraturando a clavícula, e foi operado no
mesmo dia para implantar um pino no local. Lorenzo voltou à pista na
sexta-feira e participou da corrida no sábado, lutando fortemente contra as
dores da cirurgia, terminando a prova em 5º lugar, praticamente cambaleando de
dor, mas surpreendendo todo mundo com sua performance e persistência. Espera-se
que o espanhol só se recupere completamente em algumas semanas, mas pelo que
demonstrou em Assen, o bicampeão não está disposto da baixar o combate assim
tão fácil. Pedrosa ainda lidera o certame, com 136 pontos, enquanto Lorenzo tem
127, uma margem curta para os padrões da MotoGP. Márquez, companheiro de
Pedrosa, é o 3º colocado, com 113 pontos. Valentino Rossi, depois de vencer a
prova da Holanda, tem tudo para se recuperar na competição e engrossar a briga,
mas ainda está muito atrás, com 85 pontos, na 5ª colocação.
Mesmo fora do Mundial de Rali, o
eneacampeão Sébastian Loeb continua barbarizando. E seu último show foi na
tradicional prova americana da Subida de Pikes Peak, no Colorando, onde o mito
dos ralis simplesmente pulverizou o recorde da prova, marcando o tempo de
8min13s878, marca cerca de 1min30s mais rápido que o recorde anterior, que
havia sido conquistado por Rhys Miller, no ano passado, quando havia feito o
percurso de cerca de 20 Km
com o tempo de 9min46s164. Loeb competiu com um protótipo da Peugeot na
categoria “Unlimited”. Enquanto isso, no Mundial de Rali, Sébastian Oggier
certamente agradece a ausência do rival no campeonato deste ano, liderando com
mais de 60 pontos de vantagem para o adversário mais próximo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário