Já
chegamos ao mês de maio, e como de costume em cada início de um novo mês, eis
aqui mais uma edição da Flying Laps, com alguns dos acontecimentos do último mês.
Então, fiquem com as notas, e boa leitura. E, no mês que vem, tem mais notas.
Até lá, com mais uma sessão das Flying Laps...
Na abertura do campeonato de 2013 do Mundial de Endurance, em
Silverstone, na Inglaterra, a Audi mostrou que está viva e forte para defender
o seu título, conquistado no ano passado, na primeira edição do novo campeonato
de provas de longa duração. No fim de 2012, a Toyota, que venceu pela primeira vez na
etapa brasileira da competição, em Interlagos, mostrou que a fabricante alemão
não teria mais vida fácil no certame, vencendo as provas finais da competição,
e prometendo vir com tudo neste ano. Na classificação, os carros japoneses
deram um bom susto na concorrência, dominando a primeira fila do grid e levando
a crer que iriam mesmo dar uma boa briga na categoria LMP1, a principal do WEC.
Mas voltas lançadas são uma coisa, e corridas são outros 500, ainda mais se
tratando de provas de longa duração. E ao fim da corrida, eis que a Audi
conquistou a vitória, e ainda fez dobradinha no pódio. Ao fim das 6 horas de
corrida, o modelo R-18 E-Tron das quatro argolas se mostrou mais consistente
que o modelo TS-030 dos japoneses. Apesar da vitória, a Audi enfrentou alguns
percalços durante a corrida, com seu carro No. 1, pilotado pelo trio André
Lotterer/Marcel Fässler/Benoît Tréluyer apresentou problemas mecânicos que o
fizeram deixar de contar com a força do motor híbrido. Mesmo assim, ainda
garantiu a segunda posição, tendo perdido a liderança apenas no final da prova
para o carro No. 2 da equipe alemã, pilotado pelo grupo Tom Kristensen/Allan
McNish/Loïc Duval, que venceu por uma diferença de menos de 4s. À Toyota coube
o 3º lugar do pódio, pilotado por Anthony Davidson, Sébastien Buemi, e Stéphane
Sarrazin, terminando com 1 volta de desvantagem para o carro vencedor. Na 4ª
posição chegou o segundo carro da Toyota, pilotado pela dupla Alexander
Wurz/Nicolas Lapierre. A próxima etapa do campeonato é na Bélgica, com a
disputa das 6 Horas de Spa-Francorchamps.
Os brasileiros presentes na estréia do campeonato de endurance 2013
fizeram bonito em Silverstone. Contratado para correr nesta etapa pelo time
Delta-ADR, na categoria LMP2, Antonio Pizzonia e seus companheiros venceram em
sua categoria, tendo ficado na 7ª posição geral, com 13 voltas de desvantagem
para a dupla vencedora da Audi na categoria LMP1. O bom resultado animou o
piloto de Manaus e querer experimentar participar de outras etapas do
campeonato, mas até o momento, sua participação ficou mesmo restrita à corrida
na Inglaterra. Por outro lado, com contrato para correr todo o campeonato pela
equipe oficial da Aston Martin, Bruno Senna estreou literalmente com o pé
direito do acelerador na competição, onde ajudou seu time a sair da pista
inglesa também com a vitória de sua classe, a GTE Pro, que no geral terminou na
14ª posição, com 26 voltas a menos do que o trio vencedor da Audi. Já o
brasileiro Fernando Ress, competindo pela equipe Larbre, finalizou a corrida na
21ª posição geral, com menos 31 voltas, e acabou na 3ª colocação da classe GTE
Am. Bruno Senna, relaxado e contente como há muito não se via, mostrou que
acertou em sua transferência para o novo campeonato, deixando a F-1, onde não
tinha opções de boas vagas para correr o mundial. E, se levarmos em conta a
condição da Williams, seu ex-time no ano passado, que neste ano está mostrando
um desempenho totalmente sofrível, posso afirmar que o piloto brasileiro
realmente se livrou de uma tremenda encrenca. O time de Frank Williams parece
ter errado novamente no projeto de seu carro, e em 4 provas disputadas, não
conseguiu 1 único ponto, e muito menos demonstrar performance satisfatória
tanto em treino quanto em corrida.
A temporada atual da Indy Racing League, apesar de todas as medidas
visando manter os custos de competição os mais baixos possíveis, vai ver uma
baixa em seu atual conjunto de equipes inscritas. A escuderia Dreyer &
Reinbold anunciou que deixará a competição após a prova das 500 Milhas de
Indianápolis. O motivo é o mesmo de sempre: falta de patrocínio para seguir
competindo na categoria. Com isso, o piloto espanhol Oriol Sérvia ficará a pé
no campeonato. Ainda há alguma esperança de o time seguir na competição, se
aparecer algum patrocinador até a data da Indy500. Caso o time consiga fechar
algum contrato, pode seguir firme em mais algumas corridas, caso contrário, vai
mesmo sair de cena. Não vai ser o fim da escuderia, que já adiantou que
pretende competir na Indy500 do ano que vem. Não é uma situação inédita na
categoria, já que recentemente, Bobby Rahal, tricampeão da F-Indy original,
precisou deixar seu time fora dos campeonatos de 2009 e 2010, para retornar depois,
com orçamento firme, e retomar a competição. Nestes dois anos, o time de Booby
também ficou restrito a competir apenas em Indianápolis.
E o piloto espanhol Marc Márquez, que já chegou mostrando as garras no
campeonato da MotoGP, com apenas 20 anos, tornou-se o mais jovem piloto a
vencer uma corrida na principal categoria do motociclismo mundial. Já em sua
segunda corrida na categoria, o jovem piloto garantiu a pole para o GP das
Américas, na pista texana de Austin, Estados Unidos, superando seu companheiro
de equipe, o veterano Dani Pedrosa. E, largando na frente, Márquez praticamente
ignorou todos os outros rivais, tendo como único adversário Pedrosa, que largou
melhor e assumiu a ponta, mas a perdeu após 12 voltas para o novato companheiro
de equipe, que se manteve firme na frente, e venceu a corrida com pouco mais de
1s de vantagem. Pedrosa, que já havia chegado atrás de Marc na primeira
corrida, em Losail, no Catar, teve outra derrota para o novo colega de time.
Jorge Lorenzo, que havia vencido a corrida de estréia, ficou em 3º lugar,
apenas assistindo a briga e esperando por um erro da dupla da Honda, que
entretanto, não aconteceu. Valentino Rossi, depois de mostrar boa performance
no Catar, acabou tendo um desempenho apenas médio em Austin, terminando apenas
em 6º lugar. Com o resultado, Márquez assumiu a liderança do campeonato, com 41
pontos, empatado com Jorge Lorenzo, que também tem 41 pontos. Logo a seguir vem
Dani Pedrosa, com 33 pontos. Rossi ocupa a 4ª colocação, com 30 pontos. A
próxima corrida é o GP da Espanha, em Jerez de La Fronteira.
Robert Kubica está pegando a mania de
sofrer acidentes perigosos nas provas de rali. Não bastasse o violento acidente
que quase o matou há alguns anos e o
tirou da F-1, desde que voltou a competir no rali já andou perto de se machucar
fortemente. No último dia 26, o piloto sofreu outro forte acidente, quando
disputava o rali dos Açores, e capotou novamente com seu carro, após passar por
um buraco. Apesar do susto e das avarias no carro, o piloto ainda conseguiu
terminar a etapa da competição, sem nenhum ferimento além do forte susto, e se
concentrando ao fim do dia em reparar os estragos no carro para seguir na
competição. Kubica precisa fazer uma reza brava para afastar essa freqüência de
acidentes, antes que sua sorte de sair ileso acabe. Semanas atrás, o polonês
também bateu forte o carro, e por pouco não despencou numa ribanceira, onde
poderia ter sofrido graves ferimentos...
A terceira etapa do campeonato 2013 da Stock Car teve vitória do piloto
Daniel Serra, que venceu pela segunda vez consecutiva este ano. O filho de
Chico Serra largou na pole-position e não deu mole para os adversários,
vencendo a corrida praticamente de ponta a ponta. Thiago Camilo bem que tentou
dar o bote em Serra na parte final da corrida, mas Daniel manteve o controle da
disputa, vencendo com aproximadamente 1,5s de vantagem. Ricardo Mauricio
completou o pódio, em 3º lugar. E Rubens Barrichello mostra que pode demorar a
pegar mão no campeonato da categoria, pois largou lá no fundo do grid e
terminou apenas em 20º lugar. Na IRL, no ano passado, Rubinho estava mostrando
melhor performance com os carros da categoria, e apesar de não encher os olhos,
tinha tudo para evoluir firme neste ano, em um time mais estruturado.
Infelizmente, faltou apoio financeiro suficiente para garantir Barrichello na
competição americana. E, até o momento, já com 6 provas disputadas na Stock,
precisa mostrar mais desenvoltura para se acertar aos carros da categoria, pois
até aqui não vem conseguindo mostrar muita coisa, além de alguns lampejos de
bom desempenho.
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