quarta-feira, 3 de agosto de 2011

ESTRÉIA – SEÇÃO FLYING LAPS

            Nunca foi minha intenção fazer deste humilde blog um site de teor jornalístico intenso, devido às minhas limitações de tempo e outras atividades que exerço. Mas alguns conhecidos me externaram a opinião de que poderiam ser feitas algumas notas sobre alguns outros acontecimentos do mundo do esporte a motor, que muitas vezes não têm como serem devidamente comentados em minhas colunas jornalísticas. Então pensei em criar, para ver no que vai dar, uma nova seção mensal, a exemplo da COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA, com algumas notas rápidas sobre alguns acontecimentos do mundo das corridas, tais quais as notas que coloco ao final de algumas de minhas colunas semanais, quando há espaço disponível.
            Obviamente, não dá para falar de tudo, mas tentarei colocar algumas notas rápidas sobre certas categorias e acontecimentos que tenham tido espaço no mês anterior à sua publicação, que pretendo tentar fazer sempre na primeira quarta-feira de cada mês, assim como na última quarta-feira fica sempre reservado para a COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA. E, pensando em um nome legal para esta nova seção, me veio à cabeça o nome em inglês das “voltas voadoras” na classificação das corridas, as “Flying Laps”, e é com este nome que batizo esta nova seção, com algumas notas sobre algumas notícias do último mês de julho. E até que venha a seção FLYING LAPS do mês que vem, fiquem com minhas primeiras notas...


A equipe Ganassi faturou a corrida de Toronto da Indy Racing League, disputada no dia 10 de julho passado, após uma corrida cheia de toques e empurrões de vários pilotos na disputa por posições. O ponto mais crítico foi o fim da reta oposta, onde ocorreram a grande maioria dos incidentes, que começaram logo cedo na corrida, sendo que Tony Kanaan acabou sendo a primeira “vítima” dos enroscos ocorridos na referida curva. Dario Franchiti venceu a corrida, e foi um dos que se envolveu em alguns toques também, o mais polêmico deles com o seu rival direto na luta pelo campeonato, Will Power. Ambos tocaram rodas, mas foi o australiano da Penske quem se deu mal, ficando com o carro virado para o sentido contrário, e perdendo qualquer chance de disputar as primeiras posições. Power, encolerizado com o ocorrido, não poupou Franchiti de críticas e outros adjetivos menos educados. Para mim, foram incidentes de corrida, normais em pistas onde os pontos de ultrapassagem são escassos, sendo que no final da reta oposta sempre foi o melhor ponto para se tentar ganhar posições. E numa categoria onde todos correm com o mesmo equipamento, as performances em determinados pontos acabam sendo bem parelhas, o que significa que qualquer oportunidade que seja para ultrapassar deve ser aproveitada. Claro que, infelizmente, nem sempre as coisas saem do jeito que esperamos, mas quem entra em uma prova de carros de corrida tem que esperar que, mais hora, menos hora, todo mundo acabe se esbarrando. Ninguém está batendo por bater, simplesmente...


Se a Ganassi conquistou a vitória com uma dobradinha em Toronto, com Scott Dixon a fazer companhia ao vencedor Dario Franchiti, em Edmonton foi a vez da Penske conquistar sua primeira dobradinha na atual temporada. Will Power, sempre confirmando sua excelente forma nas pistas mistas, venceu no circuito montado no aeroporto da cidade canadense, mas teve de suar o macacão para se defender na parte final da corrida de Hélio Castro Neves, que em sua melhor atuação no campeonato de 2011, pressionou o companheiro fortemente na luta pela vitória. Power não cedeu, mas Helinho parece enfim ter espantado parte da má fase que o perseguia desde o início do ano, e conquistou seu primeiro pódio, com o 2° lugar. A intenção do brasileiro agora é melhorar sua posição no campeonato, uma vez que a luta pelo título a esta altura já está fora de cogitação...


E a Red Bull resolveu promover a estréia de um de seus pilotos na Fórmula 1. Daniel Ricciardo enfim teve a chance de alinhar num grid de F-1. Mas, para quem esperava  que o jovem australiano fosse ocupar um dos lugares da Toro Rosso, ou até mesmo a vaga de Mark Webber na equipe “matriz”, Ricciardo fez sua estréia ao volante da Hispania. Quem acabou rifado do time espanhol acabou sendo o indiano Narain Karthikeyan. Com a operação, a Hispania receberá algum suporte técnico da Red Bull, além, claro, de alguns recursos financeiros. O principal motivo de promover a estréia de Ricciardo em um time como a Hispania é dar uma chance de o rapaz mostrar do que é capaz sem ter nenhum tipo de pressão. Como todos sabem que a Hispania é a pior escuderia do grid, Ricciardo poderá acumular quilometragem e desenvolver seu conhecimento sobre os circuitos e estratégias sem maiores preocupações. Visto como principal piloto do programa de apoio e formação mantido pela Red Bull, a oportunidade é para confirmar se Daniel faz por merecer uma vaga na Toro Rosso, ou mesmo na Red Bull. Na escuderia “filial”, persiste a dúvida sobre quem é melhor: Sebastian Buemi ou Jaime Alguerssuari. Como Webber deve se manter na Red Bull até o fim de 2012, Ricciardo pode não ter pressa em seu desenvolvimento como piloto de F-1. A Hispania, claro, agradece a chance de abrigar o jovem australiano. Por enquanto, nas suas primeiras corridas, Ricciardo tem alternado melhores resultados frente a Vitantonio Liuzzi, mas nada que seja exatamente empolgante em termos de performance...


Timo Glock resolveu mostrar que bota fé em sua atual escuderia de F-1, mesmo que esteja passando por um tremendo calvário quando o assunto é performance e fiabilidade do atual modelo MRV-02: renovou contrato com a Virgin Marussia até 2014! Seu contrato ia até o final deste ano. Glock agora tem apenas que torcer para que a escuderia não vire uma pagação de mico permanente, pois alguns dizem que Lucas Di Grassi, que foi preterido em favor do belga Jerome D’Ambrosio, acabou sendo o mais favorecido na disputa por um bom lugar este ano. Lucas tornou-se o atual test driver da Pirelli, e está tendo bom reconhecimento dos técnicos da fábrica italiana de pneus. Já o piloto belga, assim como Glock, está vendo como é o mundo do fim do grid da Fórmula 1. Isso para não mencionar que a Hispania, considerado o pior time da categoria, vem impondo algumas derrotas vergonhosas à escuderia em algumas das corridas deste ano...


Felipe Nasr vem mostrando, além de um grande talento, também muita sorte no campeonato inglês de F-3 deste ano. Na etapa tripla disputada no circuito francês de Paul Ricard, Felipe faturou nada menos do que 2 vitórias nas 3 corridas realizadas na pista francesa que até 1990 recebeu o GP da França de F-1. Na primeira corrida, Nasr aproveitou-se de um erro de Kevin Magnussen, que largava na pole-position, mas caiu para a 7ª posição na largada da primeira corrida. Felipe largou em 2°, mas assumiu a ponta na largada e assim seguiu até a bandeirada. Na segunda corrida, com uma série de confusões, Nasr acabou ficando em 16°, numa prova bem curta que viu a primeira vitória de William Buller. Mas na 3ª e última corrida da rodada, Felipe faturou nova vitória, após Antonio Félix da Costa e Kevin Magnussen baterem na última curva da última volta da prova, em uma disputa de posição. Felipe vinha na 3ª posição, e acabou ganhando a vitória de presente. Foi seu 7° triunfo na atual temporada da F-3 inglesa...


E a Volkswagen fez sua estréia no Mundial de Rali na prova da Finlândia. Estreando apenas como equipe, tendo os carros fornecidos pela parceira Skoda e pilotados por Andreas Mikkelsen e Joonas Lindroos, o novo time da categoria tem por objetivo apenas ganhar experiência, tencionando participar de mais 4 etapas do campeonato de rali deste ano. Entre os demais objetivos da fábrica alemã, estaria a avaliação dos carros da Skoda, com vistas ao aprimoramento de seu modelo Pólo R. Tudo indica que a Volkswagen pode entrar mais firme no rali em breve, mas isso dependerá das performances e resultados obtidos por sua dupla de pilotos. Para quem já foi até cortejada pela F-1 em tempos não tão distantes, há boas chances de a Volkswagen entrar firme nos ralis, até porque as corridas de monopostos, em especial da F-1, não atendem muito aos objetivos da montadora, que sempre se caracterizou por carros mais populares. Os ralis, contudo, por utilizarem carros mais similares aos que são vendidos ao consumidor, podem ter maior apelo e racionalidade no uso de recursos. Afinal, o automobilismo não vive apenas de F-1...


A BMW apresentou este mês o modelo M3, carro com o qual a montadora bávara irá correr no campeonato DTM de 2012. E o retorno da marca ao campeonato do DTM teá um piloto brasileiro ao volante: Augusto Farfus foi confirmado com piloto do time alemão, ao lado de Andy Priaulx. O campeonato do ano que vem vai assistir ao confronto de uma verdadeira tríade alemã do automobilismo, pois Audi e Mercedes também estarão na pista. Farfus, que já venceu diversas corridas com a BMW no campeonato do WTCC, agradece a oportunidade, e pretende continuar conquistando vitórias com os bávaros agora no DTM...

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