E estamos chegando ao fim do mês de julho, e fechando o início do segundo semestre de 2025, que segue avançando firme e forte, com os mais diversos campeonatos em andamento mundo afora. E por isso mesmo, é hora de mais uma Cotação Automobilística, fazendo uma pequena avaliação de tudo o que anda acontecendo no mundo da velocidade, naquele esquema que todos já conhecem aqui: EM ALTA (cor verde); NA MESMA (cor azul); e EM BAIXA (cor vermelha). Uma boa leitura a todos, e até a próxima Cotação Automobilística, já no final de agosto, com as avaliações dos acontecimentos do mundo do esporte a motor do próximo mês...
EM ALTA
McLaren: O time de Woking continua deitando e rolando no campeonato, e nas últimas corridas, mesmo com as novas regras mais rígidas de flexão das asas, continuou mandando na pista, com Lando Norris e Oscar Piastri averbando as vitórias. Max Verstappen até continua dando o ar da graça, como quando venceu a prova Sprint da Bélgica, mas o ano de 2025 é dos carros papaias, pois a Red Bull já está encerrando as atualizações do carro deste ano para se concentrar no modelo da próxima temporada, de modo que o título agora ficará para ser discutido entre os pilotos da equipe inglesa, que foi campeã pela última vez em 2008, justamente com Lewis Hamilton. No ano passado a McLaren foi campeã, mas de construtores, uma vez que Verstappen tinha construído uma grande vantagem com um início de temporada avassalador, que lhe permitiu administrar a situação quando os carros laranjas passaram a dominar a competição. Mas este ano, não tem pra ninguém, a McLaren segue indo de vento em popa, e os rivais estão longe de oferecerem ameaças efetivas à escuderia, ainda mais depois que a Ferrari, que havia terminado 2024 em alta, e com chances de engrossar a briga, negou fogo no campeonato deste ano. E Oscar Piastri, apesar de alguns percalços nos últimos GPs, voltou a vencer na Bélgica, e a abri vantagem sobre Lando Norris. Será que o australiano será o novo campeão, ou Norris ainda vai dar alguma palavra a respeito? É a única dúvida relevante para a temporada, no presente momento...
Álex Palou: Não tem mesmo para ninguém na Indycar em 2025. Álex Palou segue firme e forte, e em Laguna Seca, averbou mais um triunfo firme em cima dos concorrentes, que até tentaram, mas não conseguiram, mais uma vez, segurar o ímpeto do piloto espanhol do time da Chip Ganassi, que abriu 121 pontos de vantagem, e já pode fechar a conquista do título, o quarto, já na próxima corrida do campeonato, na pista mista de Portland. De 14 corridas no ano, Palou venceu nada menos do que 8, um domínio impressionante de um mesmo piloto que há anos não se via nas categorias Indy, sempre muito mais disputadas e equilibradas do que as provas da F-1. E os rivais vão ficando pelo caminho, vítimas de falta de performance ou desempenho, erros de estratégias e/ou pilotagem, problemas incomuns, etc. Palou até teve alguns percalços, mas muito menos do que todos os demais, mostrando não apenas sorte de campeão, mas sabendo ficar longe das confusões na pista, que andaram complicando a vida de alguns outros adversários que até poderiam ter dado mais embate, se tivessem tido mais sorte e/ou competência. E o mérito é grande por parte de Palou, que tem conseguido mostrar performance mesmo quando parece não ser o favorito na pista, obtendo resultados que o mantiveram como favorito destacado na competição, e a caminho de se tornar um dos próximos gigantes da história das categorias Indy, onde praticamente já está, para desespero dos adversários. E eles que se virem se não quiserem ser ofuscados pelo piloto espanhol.
Oliver Rowland: O piloto inglês da equipe Nissan conquistou o tão sonhado título da Formula-E, e marcou a volta por cima depois de ter abandonado a equipe Mahindra no campeonato retrasado em meio à competição, descontente com a falta de competitividade do carro indiano. Regressando à antiga casa, a Nissan, Oliver soube aproveitar o momento de reconstrução do time, que subiu bastante de performance já na temporada passada, chegando para o campeonato atual como um dos grandes favoritos para brigar pelo título contra as até então favoritas Jaguar e Porsche. Se o time britânico decepcionou na disputa, vindo a se reencontrar apenas na reta final, a equipe alemão até que deu alguma disputa, mas não foi páreo para a forma como Rowland se apresentou durante a maior parte do campeonato, vencendo corridas de forma magistral, e obtendo outros tantos resultados de forma competente e constante, enquanto os rivais potenciais se afundavam em problemas e azares, próprios ou alheios. E Oliver conseguiu fechar a disputa com duas provas de antecedência, algo raro na F-E, conhecida por ter disputas e duelos de títulos até o fim da competição, o que mostra o quanto o inglês fez uma temporada diferenciada, e se colocando, em determinado momento, até como favorito único na disputa, já que os demais pilotos não conseguiam manter o mesmo nível de resultados. E, desde já, Rowland é o piloto a ser batido para a próxima temporada, e os rivais que tratem de trabalhar direito se não quiserem ver um repeteco no próximo ano...
Nick Cassidy: O piloto da equipe Jaguar era considerado um dos favoritos para a disputado título no início da atual temporada da Formula-E, mas o time britânico ficou devendo na primeira metade da temporada, e só agora na reta final do campeonato, com o título praticamente já nas mãos de Oliver Rowland, é que as coisas pareceram voltar aos eixos, permitindo a Nick mostrar do que é capaz, vencendo praticamente as três últimas corridas da temporada, e assumindo o vice-campeonato, que até então parecia firme nas mãos de Pascal Wehrlein. Cassidy encerra sua parceria com a Jaguar em alta, já tendo assinado com a Stellantis para o próximo ano, como vice-campeão, apenas 31 pontos atrás de Rowland, o que mostra como um pouco mais de sorte poderia ter mudado os rumos da temporada, e quem sabe, proporcionado muito mais disputas e emoções. Cassidy voltou a ser aquele piloto que encantou na equipe Envision, e que ao mudar para a Jaguar, tinha tudo para incendiar de vez as disputas e brigar por mais vitórias e enfim pelo título. Mas ficou no quase, e pelo menos, encerra o ano com o mesmo número de vitórias de Oliver na competição, quatro, e preparando-se para encarar uma nova fase na carreira na próxima temporada, se tiver um bom carro à sua disposição para brigar na pista.
Marc Márquez: A “Formiga Atômica” continua detonando a concorrência na MotoGP, e na República Tcheca, Marc Márquez mais uma vez venceu, e colocou nada menos do que 120 pontos no rival mais próximo na competição, seu próprio irmão Álex, que apesar de fazer uma boa temporada, tem se mostrado incapaz de brigar a tempo integral com o irmão mais velho, que caminha firme para consolidar seu sétimo título na classe rainha do motociclismo, tirando da Ducati oficial de fábrica tudo e mais um pouco, e deixando os rivais novamente com aquele gosto amargo de derrota, por mais que se esforcem para deter o piloto de Cervera, que vem fazendo um ano espetacular, recuperando todo o protagonismo que havia exibido pela última vez em 2019, antes dos problemas que o deixaram fora de combate durante 2020, e complicaram sua situação nos anos seguintes. A meta de Márquez agora é detonar as marcas de Valentino Rossi, e acreditem, ele terá plenas condições de fazer isso, tanto em vitórias, quando em títulos, e quem sabe, chegar a ser o maior vencedor de todos os tempos, se a Ducati continuar mantendo seu nível, uma vez que a marca italiana não pretende descansar sobre os louros da vitória, tendo mais problemas este ano do que em temporadas anteriores, mas que parecem ter sido deixados de lado pelas atuações exuberantes de Marc Márquez, que anda impossível mesmo, e colecionando vitórias e mais vitórias, para desespero da concorrência. Resta saber quando poderá comemorar a conquista de mais um título, se continuar neste ritmo.
NA MESMA
Lucas Di Grassi: Foi mesmo mais um ano difícil para o piloto brasileiro na Formula-E. Se no ano passado a falta de competitividade do trem de força da Mahindra podou as chances da equipe ABT na temporada, fora a falta de sorte e de ritmo que o brasileiro teve em diversos momentos, nesta nova temporada, a estréia do novo trem de força da Lola/Yamaha já prometia um ano complicado, tendo de desenvolver um novo equipamento, em um time reestruturado. E realmente a temporada foi bem complicada, com raros momentos de competitividade onde Lucas conseguiu alguns poucos resultados, mostrando sua capacidade de pilotagem, sendo o único piloto da equipe a trazer pontos, uma vez que seu companheiro Zane Maloney terminou o ano zerado e em último lugar. A esperança é de melhores dias no próximo campeonato, onde a Lola/Yamaha consigam melhorar o seu equipamento, e o comprometimento de ambas na geração dos carros Gen4 já confirmada, mostrando que eles vieram para ficar, e quem sabe, brigar para ter sucesso na competição, com o brasileiro sendo seu grande trunfo para capitanear o time da ABT na pista, valendo-se de sua experiência e cacife de quem já foi campeão da competição, mas que está há 3 anos sem vencer, diante dos carros pouco competitivos de que dispôs desde então.
Equipe Nissan na F-E: Apesar da boa apresentação de Sergio Sette Câmara na rodada dupla de Berlim pela categoria de carros monopostos elétricos, parece que as chances do brasileiro voltar a ser titular na competição andam fracas, mesmo no time da Nissan, que parece ter resolvido dar uma nova chance a Norman Nato, mesmo diante da fraca temporada do piloto, se comparada com a performance exibida por Oliver Rowland, que foi campeão da temporada. Nato foi apenas o 20º colocado, com apenzs 21 pontos, contra 184 do colega de time e campeão Rowland. A vitória de Nato no WEC, na etapa das 6 Horas de São Paulo, teria convencido a direção da Nissan a lhe dar mais uma chance para a próxima temporada, o que ainda carece de confirmação, mas seria um balde de água fria para Sergio, que confiava em mostrar serviço para se cacifar como titular no próximo ano. O brasileiro até mostrou performance, mas azares alheios ao piloto o impediram de obter melhores resultados, e agora inclusive com menos vagas disponíveis no grid da categoria, com a saída da McLaren, as chances de Sergio voltar ao grid parecem mais escassas, enquanto a Nissan, se tudo se confirmar, manterá sua formação deste ano para a próxima temporada, tendo o campeão Oliver Rowland, e Norman Nato como companheiro de equipe.
Jorge Martin na Aprilia: Depois de algumas trovoadas e ameaças de rompimento antecipado, eis que o atual campeão da MotoGP finalmente fez sua estréia na temporada da classe rainha do motociclismo, na etapa da República Tcheca, em Brno. Um bom 7º lugar na corrida principal deu o primeiro resultado positivo a Martin, que meses atrás já estava querendo até romper o seu contrato com a marca de Noale e tentar outra equipe para 2026. Mas a Aprilia prometeu engrossar a situação, se o piloto não cumprisse com seu contrato, e ao que parece, os ânimos do espanhol arrefeceram, até porque Marco Bezzecchi, que tem carregado o time nas costas desde o início do ano, já venceu até uma corrida, e foi um formidável 2º colocado na prova da República Tcheca, brigando pela vitória com Marc Márquez, mostrando que a moto italiana, se não é tão competitiva quanto a compatriota Ducati, também não é uma Honda ou Yamaha, tanto que Bezzecchi é o 4º colocado no campeonato, atrás apenas da dupla da Ducati de fábrica, e de Álex Márquez. Jorge ainda precisa recuperar o ritmo de competição, e certamente deverá melhorar seu desempenho nas próximas corridas, após as férias de verão da competição. Ainda tem um longo caminho para o atual campeão percorrer, mas depois de acertarem as arestas (e com ameaça de processo bravo se não cumprisse o contrato, o que poderia deixar o piloto queimado no mercado), Martin tem tudo para pelo menos fazer um restante de temporada mais digno, e quem sabe, de fato capitanear o time italiano na próxima temporada.
Francesco Bagnaia: O bicampeão mundial da Ducati continua rendendo abaixo do esperado na temporada, e a briga agora é pelo menos para sair como vice-campeão de 2025, porque o campeonato mesmo, no ritmo que a coisa vai, é de Marc Márquez, mas vai ficar feio diante da diferença que a “Formiga Atômica” vem impondo ao italiano, onde se esperava um duelo mais renhido, e não este passeio desvairado que Bagnaia vem sofrendo não apenas do companheiro de equipe espanhol, mas até de outros pilotos no grid, que tem conseguido vencer enquanto “Pecco” até agora só venceu uma única corrida e graças à custa do abandono de Marc Márquez. E Álex Márquez, o irmão caçula de Marc, vem firme na vice-liderança da competição, deixando o italiano na incômoda 3ª posição do campeonato. A Ducati ainda dá apoio total a Bagnaia, mas neste ritmo, não se espantem se pelo menos para 2027 as conversas de uma nova dupla de pilotos surgirem no paddock, colocando “Pecco” para fora da equipe, se ele não reagir e mostrar a classe e o talento que o fizeram ser bicampeão da categoria.
Yamaha na MotoGP: A marca dos três diapasões ensaiou uma recuperação no campeonato da classe rainha do motociclismo, mas os resultados não vieram, pelas mais diversas causas, e isso já levou Fabio Quartararo novamente a perder a paciência com a escuderia, ameaçando partir para outros ares se não houver uma melhora efetiva no equipamento que lhe permita pelo menos chegar ao pódio, algo que aconteceu apenas uma vez na temporada atual. O piloto francês até conseguiu impressionar ao obter algumas pole-positions, mostrando que em ritmo de volta rápida, a moto até que está conseguindo mostrar algum desempenho, porém nas corridas não está sendo possível manter o mesmo ritmo, e embora tenha conseguido até andar bem perto dos líderes, não tem sido possível batalhar pelas posições como ele gostaria de fazer. A marca tem se esforçado no desenvolvimento de um novo motor, que tem sido o principal ponto fraco da Yamaha nos últimos anos, mas a julgar pela insatisfação de Quartararo, só isso não vai bastar para que a marca volte à condição de protagonista na competição, e voltar a brigar por vitórias, e principalmente títulos. Com boa parte do desenvolvimento congelado até o fim de 2026, por contenção de custos às novas diretrizes para 2027, pelo visto, mesmo com as concessões do regulamento permitidas, parece que o caminho da marca japonesa seguirá sendo meio complicado, e sujeito a chuvas e trovoadas de resultados instáveis pelo caminho.
EM BAIXA
Corridas com chuva na F-1: A categoria máxima do automobilismo mais uma vez mostrou que continua se perdendo quando o assunto são corridas com chuva. E a Bélgica, onde o clima é tão firme quanto gelatina na região das Ardenhas, mais uma vez viu um adiamento inconcebível para muitos pilotos no horário de largada, apenas pela prudência exagerada de se correr na pista molhada, tanto que os pneus de chuva nem sequer foram utilizados. Max Verstappen e Lewis Hamilton ficaram bem irritados com o exagero da direção de prova, que só autorizou a largada mais de uma hora depois do horário original, e ainda por cima com as primeiras voltas atrás do Safety Car. Para que servem os pneus de chuva então, se não são utilizados, e a F-1 ainda fica com essas atitudes imbecis. Tudo bem que segurança não é algo que deva ser menosprezado, mas do jeito que a coisa vai, Verstappen resumiu tudo: “melhor proibir de vez de correr na chuva”, do que aturar este tipo de palhaçada que só ajuda a denegrir a imagem e destreza da F-1 como categoria de elite do esporte a motor internacional, porque do jeito que está não dá para continuar assim...
Band fora da F-1 em 2026: Pois é, não deu desta vez, a F-1 vai voltar à Rede Globo no próximo ano. A Liberty Media preferiu o valor menor pago pela emissora carioca, mas tendo em vista o maior alcance da emissora em relação à audiência no Brasil, do que continuar com a Bandeirantes, que apesar de tudo, fez um trabalho bem competente ao dar à categoria máxima do automobilismo a importância que ela merecia em sua grade na TV aberta, algo que infelizmente será reduzido na Globo, que irá transmitir apenas 15 provas no canal aberto, enquanto deixará para o canal fechado SporTV a transmissão integral de treinos e de todas as corridas. Isso também marcará a despedida de praticamente todo o grupo de profissionais que atualmente trabalha na cobertura da F-1 na Bandeirantes, já que a Globo não tem planos de reaproveitar ninguém, promovendo uma ruptura total com os parâmetros de transmissão que acabaram mantidos pela Bandeirantes quando a emissora adquiriu os direitos nos últimos cinco anos, mantendo praticamente todo o staff que trabalhava nisso na Globo. Espera-se pelo menos mais respeito por parte da emissora com relação ao telespectador nas provas que serão transmitidas em sinal aberto, uma vez que, nas últimas temporadas, eles resolveram cortar a transmissão tão logo os carros recebiam a bandeirada, nem mostrando mais as cerimônias de pódio, para frustração dos fãs que não tinham outra opção de acompanhar as corridas.
Formula-E com um time a menos: O grid da F-E vai encolher para a próxima temporada. Infelizmente a McLaren decidiu encerrar sua participação na competição, uma vez que irá adentrar o Mundial de Endurance em breve. Com isso, a escuderia que leva o nome da equipe de Woking saiu a campo para tentar encontrar novos investidores que se dispusessem a bancar a equipe na competição, da mesma maneira como foi feito quando a Mercedes deixou a F-E, com a McLaren assumindo as rédeas. Mas, desta vez não teve jeito, e o time, infelizmente, fechará as portas, e deixará a categoria, que fica com apenas 20 carros no grid para a próxima temporada. A situação só não é pior porque outro time, a Maserati, também com problemas, deverá ser assumida pela Stellantis, que muito provavelmente renomeará a escuderia com uma de suas marcas (a Citroen é a opção mais em voga no momento, ainda que sem confirmação), mantendo o time no grid, e evitando um encolhimento ainda maior. Apesar de ter se firmado no meio automobilístico, sendo hoje um dos campeonatos que inclusive se tornou a melhor opção para muitos pilotos depois da F-1, a Formula-E não deixa de sentir o efeito negativo desta perda de competidores, e esperamos que a situação melhore no curto prazo, com a chegada de novos participantes, uma vez que várias marcas tem planos de eletrificação em andamento, e a participação na F-E poderia ser uma boa estratégia para seus planos, se bem desenvolvida.
Christian Horner fora da Red Bull: e o que ninguém esperava aconteceu, e Christian Horner acabou demitido do time dos energéticos, onde ocupava a posição de chefia da escuderia desde a sua estréia na F-1, em 2005, ou seja, há praticamente duas décadas, o que o tornava o mais longevo chefe de equipe do grid atual da categoria máxima do automobilismo. As brigas de poder dentro da escuderia, com Helmut Marko, e os recentes insucessos técnicos do time, além da perda de nomes importantes na hierarquia da escuderia de Milton Keynes certamente pesaram contra Horner, que aparentemente tinha tudo sobre controle, depois das escaramuças que viveu no ano passado, quando teve um caso de relacionamento indevido com uma funcionária do time, com o assunto sendo resolvido a portas fechadas, e aparentemente sem deixar maiores problemas. Mas a verdade é que o clima interno do time nunca mais foi o mesmo, e a saída de nomes como Adrian Newey e Jonathan Weatley certamente pesaram dentro da equipe Red Bull, fora o fato de que o time vem tendo uma temporada onde Max Verstappen vem carregando o time literalmente nas costas, com o segundo carro do time austríaco sendo uma verdadeira cadeira elétrica que já defenestrou Liam Lawson, e atualmente está detonando com a imagem de Yuki Tsunoda, situação que foi vivenciada por Sergio Perez no ano passado, que culminou na demissão do mexicano, apesar das defesas do tetracampeão holandês a respeito do comportamento complicado do carro do time. E tudo isso, claro, teria consequências, e eis que Horner acabou pagando o pato, em que pese também não ter sido exatamente santo na condução do time. Resta saber quais outras tempestades a Red Bull terá pela frente, sob nova direção.
Problemas na Stock Car: A maior categoria do automobilismo nacional está tendo um campeonato de trancos e barrancos, e os novos carros modelos SUVs, que deveriam dar uma renovada na imagem da competição, estão dando mais problemas do que satisfações, com uma confiabilidade das mais baixas já vistas em tempos recentes, que chegaram até a promover o cancelamento de treinos em etapas, e a implantação emergencial de testes extras para resolver os problemas, o que não tem sido bem executado até o presente momento. Como desgraça pouca é bobagem, a Stock Car ainda cancelou a etapa de Belo Horizonte, sob alegação de pouco tempo para montar a infraestrutura necessária ao evento, numa situação que só deixa a temporada atual ainda mais cheia de problemas do que se poderia imaginar. Falta de peças, falta de organização, e pior ainda, os pilotos que andaram criticando a situação foram multados pela Stock Car com base no regulamento que proíbe praticamente que os pilotos falem o que precisa ser dito, e vários deles estão insatisfeitos, e com muita coisa entalada na garganta. Houve treinos em que os pilotos mal conseguiram completar voltas na pista, com tudo quebrando nos bólidos. A competição tem conseguido realizar suas corridas, mas a verdade é que tudo está indo na base da banguela, e vendo o que dá para fazer. O novo regulamento técnico, com novos motores, até foi bem-vindo, mas a logística de fornecimento de peças e demais equipamentos virou um verdadeiro tiro no pé, e a situação vem sendo de mais baixos do que altos. Um verdadeiro caos, e quem sobreviver, viverá para contar o que está sendo desta temporada, acredite se quiser...
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