quarta-feira, 2 de outubro de 2013

FLYING LAPS - SETEMBRO DE 2013



            Já chegamos ao mês de outubro, e como é praxe no início de cada mês, lá vamos nós com mais uma sessão Flying Laps, com notas rápidas sobre alguns acontecimentos do mundo do esporte a motor ocorridos em setembro, com alguns comentários sobre eles. Uma boa leitura a todos, e até a edição da Flying Laps do mês que vem...


Jorge Lorenzo tem praticamente feito das  tripas coração para tentar deter a escalada de Marc Márquez, o novato-sensação da MotoGP, rumo ao título do campeonato deste ano. O atual bicampeão do mundo pilotou como nunca sua Yamaha, e conseguiu vencer de forma determinada as etapas da Inglaterra e de San Marino. Nestas duas provas, o piloto da Yamaha conseguiu sobrepujar a dupla da Honda, que completou o pódio nas duas oportunidades, com Márquez ficando em 2° lugar em ambas as provas, sempre na frente de Dani Pedrosa, seu companheiro de equipe. Mas em Aragão, Lorenzo acabou sendo superado por Márquez, que averbou sua 6ª vitória na atual temporada. Com o resultado, o jovem Marc abriu nada menos do que 39 pontos sobre Lorenzo, com 4 corridas ainda para fechar o campeonato, uma vantagem difícil de ser descontada normalmente. Pior ainda para Dani Pedrosa, companheiro de Márquez na equipe Honda, que com seu acidente em Aragão, ficou 59 pontos atrás do jovem parceiro, e pode ter dito adeus às esperanças de ainda disputar o título.


O brasileiro Augusto Farfus Jr. venceu a penúltima etapa do campeonato alemão de Turismo, o DTM, disputada em Zandvort. Foi a 3ª vitória de Farfus, que defende a equipe oficial da BMW na competição. Mas quem comemorou mesmo foi Mike Rockenfeller, da equipe da Audi, que conquistou o título de 2013. A etapa final será disputada dia 20 de outubro, em Hockenhein, e Farfus, já com o vice-campeonato também garantido, vai tentar pelo menos ser o piloto com maior número de vitórias no ano, com o forma de manter a moral. Com 3 triunfos em 2013, ele é o piloto que já venceu mais provas, enquanto Rockenfeller, o campeão, teve apenas 2 vitórias, assim como Robert Wickens, que também venceu 2 vezes. Além deles, apenas outros dois pilotos, Gary Paffett, e Bruno Spengler, conseguiram vencer no ano, com 1 vitória cada um.


Simon Pagenaud, da equipe Sam Schmidt, conquistou na etapa de Baltimore sua 2ª vitória na Indy Racing League. Com o triunfo, o francês assumiu a 3ª posição no campeonato, com 431 pontos, atrás apenas de Scott Dixon, e de Hélio Castro Neves. O piloto brasileiro da Penske, aliás, foi o grande vitorioso da etapa de Baltimore. Com uma atuação apenas mediana, o brasileiro teve inúmeros azares a comprometerem sua atuação, e até mesmo sua liderança no campeonato, em uma prova que foi marcada por vários incidentes e rodadas, mas nem de perto teve o infortúnio de seu rival Scott Dixon, que numa das relargadas, acabou atingido por trás e acertou o muro danificando seu carro e praticamente abandonando a corrida. E quem foi que acabou atingindo Dixon? Will Power, companheiro de Hélio na Penske. Foi o segundo incidente entre os dois pilotos, em duas corridas consecutivas, agora com consequências mais nefastas para o neozelandês, que saiu praguejando contra o australiano, que tentou se desculpar pela manobra equivocada que provocou a colisão de ambos. O resultado, fez Helinho ampliar ainda mais sua vantagem, chegando a 49 pontos. Com 3 corridas para fechar o campeonato, tudo ainda pode acontecer, mas Dixon vai precisar se benzer para não ter mais azares. E Helinho também precisa tomar cuidado: o brasileiro parece estar com o santo forte este ano, mas nos anos anteriores, Will Power também parecia estar garantido para a conquista do título, e todos sabem o que aconteceu nos momentos finais...


O ano de 2014 marcará a estréia do colombiano Juan Pablo Montoya no campeonato da Indy Racing League. Sem ter seu contrato com a Ganassi renovado para a próxima temporada na Sprint Cup, o piloto chegou a ser contatado por Michael Andretti, visando contratar o colombiano para sua escuderia na próxima temporada, e iniciou conversas com patrocinadores dispostos a bancar a empreitada. As tratativas, contudo, não evoluíram, e o próprio Montoya dava a entender que preferia continuar na Nascar no próximo ano. Mas eis que surgiu a notícia de um acordo de Juan Pablo com ninguém menos do que Roger Penske, dono da mais poderosa escuderia da IRL, que assim terá novamente 3 carros no campeonato do ano que vem. Montoya terá como colegas de time os atuais titulares da Penske, o australiano Will Power, e o brasileiro Hélio Castro Neves. Agora, o principal desafio do colombiano é fazer uma dieta brava, já que ele andou engordando um pouco em seus anos na Nascar. Dizem que ele precisará perder algo em torno de uns 10 Kilos, ou não vai conseguir caber dentro do carro. Brincadeiras à parte, para sorte de Montoya, ele terá praticamente 6 meses para entrar em forma a fim de voltar a competir em monopostos. O colombiano foi campeão da Fórmula Indy em 1999, ano em que também competiu pela primeira e única vez nas 500 Milhas de Indianápolis, quando venceu a corrida, na sua única participação no campeonato da IRL até hoje. No ano que vem, ele fará sua estréia como piloto em tempo integral do campeonato. Resta saber se vai dar show como costumava fazer na Fórmula Indy e tentou fazer na F-1...


O Campeonato Mundial de Endurance continua sendo um passeio da equipe Audi em cima da concorrência na série LMP1. O modelo R18 E-tron quattro averbou sua 5ª vitória consecutiva este ano, fazendo os rivais da Toyota sentirem novamente o gosto amargo da derrota. O palco do 5° triunfo consecutivo foi nas 6 Horas do Circuito das Américas, em Austin, no Texas, no mesmo circuito que em novembro receberá a F-1, e já foi lugar este ano de um das etapas da MotoGP. O circuito texano só não viu uma dobradinha da Audi porque o carro do trio André Lotterer/Marcel Fässler/Benoît Tréluyer teve um incidente durante a corrida, e precisou de reparos nos boxes. Coube ao outro carro da Audi garantir que a Toyota continuasse sem vencer em 2013, e o carro N° 2, pilotado pelo trio Tom Kristensen/Allan McNish/Loïc Duval chegou com quase 25s de vantagem para o Toyota TS-030 pilotado pelo trio Anthony Davidson/Sébastien Buemi/Stéphane Sarrazin. A próxima etapa será no dia 20 de outubro, nas 6 Horas de Fuji, no Japão.


Bruno Senna conquistou em Austin sua segunda vitória na Endurance. Ao volante do modelo Aston Martin Vantage V8, o piloto brasileiro foi o vencedor na categoria GTEPro, e foi 12° colocado na classificação geral da prova, com 20 voltas de desvantagem para o carro vencedor da Audi na categoria LMP1. Bruno já havia vencido na etapa inaugural do campeonato, e seu segundo triunfo é uma injeção de ânimo para tentar voltar à luta pelo título em sua categoria. O brasileiro tem 71 pontos, contra 99 dos líderes Giancarlo Fisichella e Gianmaria Brunni. Restam 3 provas para fechar o campeonato.


A segunda edição das 6 Horas de São Paulo teve um público melhor do que o da edição de estréia, em 2012. Ao contrário da corrida do ano passado, que viu a vitória da Toyota, este ano a Audi não deu chances para a rival japonesa, que ainda por cima abandonou a prova logo no início, devido a um acidente. Mas a prova ainda precisa evoluir para assegurar sua posição no campeonato, tanto que, das etapas anunciadas para o Mundial de Endurance em 2014, a etapa brasileira é a única que ainda precisa ser "confirmada", o que significa que a etapa de Interlagos ainda não está garantida no próximo ano. Émerson Fittipaldi tem feito um esforço digno de nota para promover a corrida e fornecer opções de entretenimento, mas parece que ainda falta algo para conseguir popularizar os carros que fazem a festa em Le Mans entre os torcedores nacionais. Estimativas de público ficaram em cerca de 38 mil pessoas no fim de semana. Muito melhor do que os 25 mil anunciados no ano passado. Resta saber se não ficaram novas dívidas a serem quitadas da edição deste ano, a exemplo do que aconteceu em 2012, com gente que prestou serviço e ainda não viu a cor do pagamento até agora...
 



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