Já
chegamos ao mês de outubro, e como é praxe no início de cada mês, lá vamos nós
com mais uma sessão Flying Laps, com notas rápidas sobre alguns acontecimentos
do mundo do esporte a motor ocorridos em setembro, com alguns comentários sobre
eles. Uma boa leitura a todos, e até a edição da Flying Laps do mês que vem...
Jorge Lorenzo tem praticamente feito das tripas coração para tentar deter a escalada
de Marc Márquez, o novato-sensação da MotoGP, rumo ao título do campeonato
deste ano. O atual bicampeão do mundo pilotou como nunca sua Yamaha, e
conseguiu vencer de forma determinada as etapas da Inglaterra e de San Marino.
Nestas duas provas, o piloto da Yamaha conseguiu sobrepujar a dupla da Honda,
que completou o pódio nas duas oportunidades, com Márquez ficando em 2° lugar
em ambas as provas, sempre na frente de Dani Pedrosa, seu companheiro de
equipe. Mas em Aragão, Lorenzo acabou sendo superado por Márquez, que averbou
sua 6ª vitória na atual temporada. Com o resultado, o jovem Marc abriu nada
menos do que 39 pontos sobre Lorenzo, com 4 corridas ainda para fechar o
campeonato, uma vantagem difícil de ser descontada normalmente. Pior ainda para
Dani Pedrosa, companheiro de Márquez na equipe Honda, que com seu acidente em
Aragão, ficou 59 pontos atrás do jovem parceiro, e pode ter dito adeus às
esperanças de ainda disputar o título.
O brasileiro Augusto Farfus Jr. venceu a penúltima etapa do campeonato
alemão de Turismo, o DTM, disputada em Zandvort. Foi a 3ª vitória de Farfus, que defende
a equipe oficial da BMW na competição. Mas quem comemorou mesmo foi Mike
Rockenfeller, da equipe da Audi, que conquistou o título de 2013. A etapa final será
disputada dia 20 de outubro, em Hockenhein, e Farfus, já com o vice-campeonato
também garantido, vai tentar pelo menos ser o piloto com maior número de
vitórias no ano, com o forma de manter a moral. Com 3 triunfos em 2013, ele é o
piloto que já venceu mais provas, enquanto Rockenfeller, o campeão, teve apenas
2 vitórias, assim como Robert Wickens, que também venceu 2 vezes. Além deles,
apenas outros dois pilotos, Gary Paffett, e Bruno Spengler, conseguiram vencer
no ano, com 1 vitória cada um.
Simon Pagenaud, da equipe Sam Schmidt, conquistou na etapa de Baltimore
sua 2ª vitória na Indy Racing League. Com o triunfo, o francês assumiu a 3ª
posição no campeonato, com 431 pontos, atrás apenas de Scott Dixon, e de Hélio
Castro Neves. O piloto brasileiro da Penske, aliás, foi o grande vitorioso da
etapa de Baltimore. Com uma atuação apenas mediana, o brasileiro teve inúmeros
azares a comprometerem sua atuação, e até mesmo sua liderança no campeonato, em
uma prova que foi marcada por vários incidentes e rodadas, mas nem de perto
teve o infortúnio de seu rival Scott Dixon, que numa das relargadas, acabou
atingido por trás e acertou o muro danificando seu carro e praticamente
abandonando a corrida. E quem foi que acabou atingindo Dixon? Will Power,
companheiro de Hélio na Penske. Foi o segundo incidente entre os dois pilotos,
em duas corridas consecutivas, agora com consequências mais nefastas para o
neozelandês, que saiu praguejando contra o australiano, que tentou se desculpar
pela manobra equivocada que provocou a colisão de ambos. O resultado, fez
Helinho ampliar ainda mais sua vantagem, chegando a 49 pontos. Com 3 corridas
para fechar o campeonato, tudo ainda pode acontecer, mas Dixon vai precisar se
benzer para não ter mais azares. E Helinho também precisa tomar cuidado: o
brasileiro parece estar com o santo forte este ano, mas nos anos anteriores,
Will Power também parecia estar garantido para a conquista do título, e todos
sabem o que aconteceu nos momentos finais...
O ano de 2014 marcará a estréia do
colombiano Juan Pablo Montoya no campeonato da Indy Racing League. Sem ter seu
contrato com a Ganassi renovado para a próxima temporada na Sprint Cup, o piloto
chegou a ser contatado por Michael Andretti, visando contratar o colombiano
para sua escuderia na próxima temporada, e iniciou conversas com patrocinadores
dispostos a bancar a empreitada. As tratativas, contudo, não evoluíram, e o
próprio Montoya dava a entender que preferia continuar na Nascar no próximo
ano. Mas eis que surgiu a notícia de um acordo de Juan Pablo com ninguém menos
do que Roger Penske, dono da mais poderosa escuderia da IRL, que assim terá
novamente 3 carros no campeonato do ano que vem. Montoya terá como colegas de
time os atuais titulares da Penske, o australiano Will Power, e o brasileiro
Hélio Castro Neves. Agora, o principal desafio do colombiano é fazer uma dieta
brava, já que ele andou engordando um pouco em seus anos na Nascar. Dizem que
ele precisará perder algo em torno de uns 10 Kilos, ou não vai conseguir caber
dentro do carro. Brincadeiras à parte, para sorte de Montoya, ele terá
praticamente 6 meses para entrar em forma a fim de voltar a competir em monopostos. O colombiano
foi campeão da Fórmula Indy em 1999, ano em que também competiu pela primeira e
única vez nas 500 Milhas
de Indianápolis, quando venceu a corrida, na sua única participação no
campeonato da IRL até hoje. No ano que vem, ele fará sua estréia como piloto em
tempo integral do campeonato. Resta saber se vai dar show como costumava fazer
na Fórmula Indy e tentou fazer na F-1...
O Campeonato Mundial de Endurance continua
sendo um passeio da equipe Audi em cima da concorrência na série LMP1. O modelo
R18 E-tron quattro averbou sua 5ª vitória consecutiva este ano, fazendo os
rivais da Toyota sentirem novamente o gosto amargo da derrota. O palco do 5°
triunfo consecutivo foi nas 6 Horas do Circuito das Américas, em Austin, no
Texas, no mesmo circuito que em novembro receberá a F-1, e já foi lugar este
ano de um das etapas da MotoGP. O circuito texano só não viu uma dobradinha da
Audi porque o carro do trio André Lotterer/Marcel Fässler/Benoît Tréluyer teve
um incidente durante a corrida, e precisou de reparos nos boxes. Coube ao outro
carro da Audi garantir que a Toyota continuasse sem vencer em 2013, e o carro
N° 2, pilotado pelo trio Tom Kristensen/Allan McNish/Loïc Duval chegou com
quase 25s de vantagem para o Toyota TS-030 pilotado pelo trio Anthony Davidson/Sébastien
Buemi/Stéphane Sarrazin. A próxima etapa será no dia 20 de outubro, nas 6 Horas
de Fuji, no Japão.
Bruno Senna conquistou em Austin sua
segunda vitória na Endurance. Ao volante do modelo Aston Martin Vantage V8, o
piloto brasileiro foi o vencedor na categoria GTEPro, e foi 12° colocado na
classificação geral da prova, com 20 voltas de desvantagem para o carro
vencedor da Audi na categoria LMP1. Bruno já havia vencido na etapa inaugural
do campeonato, e seu segundo triunfo é uma injeção de ânimo para tentar voltar
à luta pelo título em sua categoria. O brasileiro tem 71 pontos, contra 99 dos
líderes Giancarlo Fisichella e Gianmaria Brunni. Restam 3 provas para fechar o
campeonato.
A segunda edição das 6 Horas de São Paulo
teve um público melhor do que o da edição de estréia, em 2012. Ao contrário da
corrida do ano passado, que viu a vitória da Toyota, este ano a Audi não deu
chances para a rival japonesa, que ainda por cima abandonou a prova logo no
início, devido a um acidente. Mas a prova ainda precisa evoluir para assegurar
sua posição no campeonato, tanto que, das etapas anunciadas para o Mundial de
Endurance em 2014, a
etapa brasileira é a única que ainda precisa ser "confirmada", o que
significa que a etapa de Interlagos ainda não está garantida no próximo ano.
Émerson Fittipaldi tem feito um esforço digno de nota para promover a corrida e
fornecer opções de entretenimento, mas parece que ainda falta algo para
conseguir popularizar os carros que fazem a festa em Le Mans entre os
torcedores nacionais. Estimativas de público ficaram em cerca de 38 mil pessoas
no fim de semana. Muito melhor do que os 25 mil anunciados no ano passado.
Resta saber se não ficaram novas dívidas a serem quitadas da edição deste ano,
a exemplo do que aconteceu em 2012, com gente que prestou serviço e ainda não
viu a cor do pagamento até agora...
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