E
já estamos em agosto, e chegou a hora de darmos umas notas rápidas de alguns
acontecimentos ocorridos no mês de julho, em mais uma sessão das Flying Laps.
Então boa leitura, e mês que vem tem mais notas...
A Europa voltou a ver o nome Fittipaldi no alto do pódio em uma
corrida. Pietro Fittipaldi, neto de nosso primeiro campeão de F-1, Émerson,
venceu a primeira corrida da rodada tripla disputada no último dia 27 de julho,
na pista de Brands Hatch. Pietro, levado pelo avô este ano para competir na
Europa, está disputando o campeonato da F-4, e até seu triunfo na tradicional
pista inglesa, vinha tendo uma atuação bem discreta na competição. Apesar da
empolgação pela primeira vitória na categoria européia, o jovem Pietro mantém
os pés no chão, e sabe que ainda terá um longo caminho pela frente para firmar
seu nome no Velho Continente. Mas sua vitória em Brands Hatch não
deixa de ser emblemática, pois foi nesta mesma pista que seu avô venceu pela
primeira vez na Europa, em 1969, quando disputava o campeonato da F-Ford 1600,
certame que não existe mais. A partir daquela vitória Émerson começou a mostrar
aos europeus do que era capaz, e no ano seguinte já estava na F-1, e na Lotus,
uma das principais potências da época. Com apenas 17 anos, não se pode
vivenciar destino similar para o mais novo Fittipaldi nas pistas, mas se
conseguir planejar e dar os passos certos, certamente terá como chegar à F-1.
Se vai conseguir ter o mesmo sucesso do avô, mesmo demonstrando muito talento,
só o destino irá responder. Basta lembrar que Christian, sobrinho de Émerson,
não teve boa passagem pela categoria, mesmo mostrando muita capacidade, e mudou
para os Estados Unidos, onde teve melhor sorte, mas sem conseguir atingir os
mesmos feitos do tio...
Marc Márquez detonou a concorrência na MotoGP nas provas disputadas na
Alemanha e nos Estados Unidos. Enquanto seus rivais mais diretos, Dani Pedrosa
e Jorge Lorenzo, padeciam de problemas com tombos e outras enfermidades, o
jovem novato prodígio da categoria máxima do motociclismo aproveitou para
faturar as duas corridas, e de quebra, assumir a liderança do campeonato,
abrindo 16 pontos sobre seu companheiro na equipe Honda, Dani Pedrosa, e 26
pontos distante do atual bicampeão Jorge Lorenzo. E quem também começou a
mostrar melhor rendimento foi Valentino Rossi, que nas duas corridas subiu ao
pódio, na 3ª posição. Rossi, aliás, travou bons duelos nas últimas corridas, e
promete reagir para subir na classificação ainda mais. O "Doutor",
contudo, levou uma bela ultrapassagem de Márquez em Laguna Seca, na curva
do Saca-Rolha, quando o jovem piloto superou o italiano por fora na descida da
curva, em manobra similar à feita por Valentino anos atrás, e também por
Alessandro Zanardi
A Indy Racing League experimentou na rodada dupla de Toronto, no
Canadá, pela primeira vez em sua história, o procedimento de largada parada.
Para frustração do público, só a prova disputada no domingo efetivamente teve
os pilotos largando de suas posições de grid como previa o figurino: na prova
disputada no sábado, o piloto Josef Newgarden deixou seu motor morrer ao parar
no seu lugar no grid, e por segurança, a largada foi abortada. Os pilotos
partiram atrás do pace car, pensando ser uma nova volta de apresentação, mas na
verdade, a corrida já estava valendo, e depois de 5 voltas, os pilotos largaram
de fato, mas em largada lançada, para confusão do público, que demorou a
entender e a ser comunicado sobre o que se passava. Na prova de domingo, tudo
correu bem, e felizmente, sem incidentes, apesar da inexperiência de muitos
pilotos com este tipo de largada. Se a direção da Indycar não inventar idéias
novas sobre o assunto, a rodada dupla de Houston voltará a demonstrar ao
público o procedimento de largada parada, em outubro...
A etapa do campeonato americano de Grand-Am
disputada no último dia 27 de julho no circuito misto de Indianápolis teve alguns
pilotos brasileiros extras competindo na corrida. Rubens Barrichello disputou a
prova em parceria com o piloto Doug Peterson na equipe Doran, e acabou sendo
nosso melhor representante na etapa, finalizando em 5° lugar. Outro brasileiro
convidado foi Tony Kanaan, que competiu pelo time de Chip Ganassi na categoria,
acabando em 9° lugar. Osvaldo Negri Júnior foi o 7°, enquanto Christian
Fittipaldi terminou num modesto 24° lugar.
Depois de começar o campeonato sem um patrocinador principal do
torneio, a Stock Car conseguiu no final de julho um acerto com a Brasil Kirin,
e a partir já da etapa de Ribeirão Preto, no próximo dia 11, a categoria já terá o
patrocínio oficial da cerveja Nova Schin para todo o restante do campeonato, e o
acordo é válido até o final de 2015. O nome oficial do campeonato passa a ser Circuito
2013 Nova Schin Stock Car. Ricardo Maurício lidera o campeonato com 111 pontos,
seguido por Daniel Serra com 108 pontos, e Cacá Bueno com 107. Ainda resta
metade do campeonato pela frente, e a disputa entre os ponteiros promete ser
ferrenha...
E a Áustria vai voltar ao calendário da Fórmula 1 no ano que vem.
Dietrich Mateschitz, dono da Red Bull, maior fabricante de energéticos do
mundo, e que detém a propriedade de duas escuderias na categoria, finalmente
conseguiu convencer Bernie Ecclestone a levar a categoria de volta para seu
país. O palco será o novo Red Bul Ring, nada menos do que o velho circuito A-1
Ring, totalmente recuperada e reformada por Mateschitz, que irá inclusive
bancar todos os gastos da etapa. Depois de dar muitas recusas a Mateschitz,
Ecclestone teve de dar o braço a torcer, principalmente pelo fato de que os
norte-americanos que prometiam acertar todos os detalhes financeiros da prova
de F-1 em Nova Jérsey,
até agora não terem conseguido honrar os compromissos assumidos, o que fez com
que a prometida corrida nos Estados Unidos, que devia estrear este ano, ter
sido adiada para 2015, mas já correndo o risco de ser adiada mais uma vez. E
quem deve estrear também no calendário é a Rússia, que está com uma pista
novinha em folha sendo preparada para receber os F-1.
A promessa de um novo autódromo na cidade
do Rio de Janeiro ganhou um novo capítulo neste mês de julho: agora é a
Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro quem irá tocar as obras de construção da
nova pista que, teoricamente, terá condições de receber até a F-1. A empreitada, prometida há
anos, ia ser tocada pelo governo federal, que acabou repassando a tarefa para o
governo estadual. E agora, depois de outros rolos descobertos em relação ao
estado do terreno, que era utilizado como área de tiro pelo exército
brasileiro, e estava cheio de projéteis não-detonados, ainda se descobriu
contaminado por resíduos tóxicos. As autoridades ainda planejam construir junto
do autódromo um parque esportivo, com vistas às Olimpíadas de 2016. Ainda
reafirmo que só acredito vendo, uma vez que já se prometeu que Jacarepaguá, o
tradicional autódromo carioca, só seria demolido após a inauguração da nova
pista, e o que vimos? Jacarepaguá já foi destruído por completo, e até agora
Deodoro não saiu do papel. A empreitada, que de início era do governo federal,
acabou repassada ao governo estadual, e agora, passa para a prefeitura do Rio,
e até o presente momento, tudo o que se vê é que o terreno de Deodoro vai se
mostrando um tremendo abacaxi que cada vez mais demora para ser descascado, se
é que ainda será feito. E, pelo histórico recente, não dá para ter muitas
esperanças de ver essa nova pista tão já...
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