Já
chegamos ao mês de março, e é hora de mais uma sessão Flying Laps, relacionando
alguns acontecimentos do meio automobilístico ocorridos no mês de fevereiro com
alguns comentários. Uma boa leitura para todos, e até a próxima Flying Laps, no
mês que vem...
Quando a
Volkswagen anunciou que ia entrar novamente na competição do Mundial de Rali,
todos sabiam que a fábrica alemã não estaria na competição para fazer
figuração. E isso foi comprovado neste mês de fevereiro, no Rali da Suécia, que
teve uma vitória magistral de Sébastien Ogier, que simplesmente dominou a etapa
sueca do calendário, não dando chances aos adversários, incluído aí Sébastien
Loeb, que também participou desta etapa do campeonato. É a primeira vitória da
Volkswagen neste seu retorno ao WRC, e pela forma como Ogier dominou a etapa,
não deverá ser um fato isolado. Ogier venceu a competição com quase 42s de
vantagem para seu conterrâneo Loeb, que foi o único piloto a dar algum combate
ao compatriota, em que pese o fato de Ogier ter declarado que diminuiu o ritmo
nas últimas fases da competição para administrar a grande vantagem adquirida
nas fases iniciais. A próxima corrida do mundial é no México, nos dias 8 a 10 de março, e Ogier, que
assumiu a liderança do campeonato com o resultado na Suécia, deve disparar na
classificação se tiver outro bom desempenho. Loeb, que venceu a primeira etapa
e ficou em 2º lugar na Suécia, só volta ao certame na prova da Argentina, que
será a 5ª etapa do Mundial de Rali.
E Adrian Sutil está de volta à Fórmula 1. O piloto alemão, que acabou
perdendo sua vaga na Force Índia no ano passado, com a contratação de Nico
Hulkenberg, retornou justamente na mesma equipe que defendia há 2 anos atrás.
Sutil disputou a vaga com Jules Bianchi, e ao que parece, o time indiano
preferiu a certeza do retrospecto de Sutil, às incertezas do que poderia render
Bianchi na pista. Mas Jules não ficou a pé: acabou contratado pela Marussia,
que rifou o brasileiro Luiz Razia, e assumiu seu lugar como titular do time
russo no campeonato de 2013. E com isso, a F-1 fecha o grid para esta
temporada.
O campeonato de 2013 da Indy Racing League já começará com um time a
menos no grid este ano. A equipe Conquest, do belga Eric Bachelart, não
conseguiu captar patrocinadores para bancar a temporada, e por isso, Bachelart
optou por tirar a escuderia do certame. Para não passar o ano em branco, a
Conquest irá participar da American Le Mans Series (ALMS). O time já tinha 16
anos de atividades, inciadas na F-Indy, e nos últimos anos, na IRL. O time já
participou da categoria nos últimos tempos, e em virtude de ser mais viável os
custos da ALMS, optou por focar seus esforços neste campeonato.
Ernesto Viso acertou sua participação no campeonato da IRL 2013: o
piloto venezuelano, que no ano passado correu pela KV, irá integrar o time da
Andretti Motorsport, fazendo parceria com os demais pilotos da escuderia, os
americanos Ryan Hunter-Reay (atual campeão) e Marco Andretti, e o canadense
James Hinchcliffe. Com isso, o time disputará o campeonato com 4 carros em
tempo integral, como fazia há alguns anos. A contratação de Viso, com forte
aporte da PDVSA, complicou as chances de Bia Figueiredo tentar participar do
campeonato, uma vez que a brasileira não conseguiu reunir patrocínio suficiente
para acertar sua vaga no time. Mesmo a idéia de pelo menos disputar as corridas
de São Paulo e de Indianápolis agora ficaram mais complicadas, pois
dificilmente Michael Andretti irá disponibilizar um carro extra para estas
etapas. Bia segue negociando com outros times, tentando pelo menos viabilizar
sua participação pelo menos nestas duas etapas, e quem sabe, acertar até para
competir o ano todo, mas a situação não é das melhores...
Robert Kubica, que no início do mês de fevereiro chegou a fazer um
teste com o carro da equipe Mercedes para o campeonato de Turismo alemão, o
DTM, não foi o escolhido pela montadora para completar o time no certame de 2013. A Mercedes optou pelo
espanhol Daniel Juncadella, de apenas 21 anos, para disputar o DTM este ano.
Com isso, a esquadra da Mercedes no campeonato alemão será composto de Gary
Paffet, Ralf Schumacher, Daniel Juncadella, Robert Merhi, Christian Vietoris e
Robert Wickens. O polonês, que sofreu um violento acidente de rali há 2 anos,
ainda se recupera das seqüelas do acidente, mas já demonstrou capacidade de
pilotar sem problemas carros de turismo. E agora, Kubica retomará as
competições como piloto profissional, participando no Campeonato Europeu de
Rali, defendendo a Citroen. Kubica segue se esforçando para conseguir recuperar
todos os movimentos, embora já afirme que voltar a pilotar monopostos esteja
totalmente fora de questão. Em outras palavras, as chances do polonês retornar
à F-1, onde era uma das sensações da competição, estão totalmente descartadas.
Mas seus fãs poderão revê-lo ao volante no rali, que aliás, é sua grande
paixão, e as expectativas de sua participação no campeonato europeu são altas,
com alguns até cotando o polonês como possível candidato ao título. Ainda é
cedo para afirmar isso, mas quem conhece Kubica sabe que ele não vai entrar na
competição apenas para fazer figuração. A primeira prova do campeonato europeu
de rali (ERC) é agora em março, com a etapa das Ilhas Canárias.
A crise econômica continua fazendo vítimas no mundo da velocidade. Quem
sucumbiu neste último mês foi a iSport, escuderia da GP2, e que havia sido
campeã na temporada de 2007 com o alemão Timo Glock. Os motivos são os de
sempre: sem conseguir atrair patrocinadores para bancar o campeonato, Paul
Jackson resolveu fechar o time, que já está recebendo algumas propostas de
compra. A situação, contudo, não foi apenas de não conseguir patrocínios, mas
também de não ter conseguido sequer atrair pilotos que trouxessem
patrocinadores próprios, o que acabou por inviabilizar totalmente os planos de
competição do time em 2013. Para competir de forma decente, o time precisaria
de um aporte de aproximadamente US$ 2,5 milhões, e sem ter garantia deste
orçamento em mãos, Jackson preferiu sair de cena, pois afirmou que não gostaria
de iniciar um campeonato sem saber se conseguiria terminá-lo. Também preferiu
sair sem acumular dívidas, e comprometer o nome do time, que havia se tornado
um dos mais respeitáveis e conhecidos da GP2. A situação econômica na Europa
está mesmo complicada, e pelo visto, os patrocínios ficaram mais escassos do
que muita gente esperava. Fica a pergunta de quanto mais crítica a situação
pode ficar, e olhe que mesmo a GP2 não era exatamente uma categoria muito cara.
Paul Jackson afirmou que pode retornar às competições, se conseguir novamente
fundos para isso, mas suas esperanças são poucas, ainda mais por saber que a
crise econômica, neste momento, está inviabilizando muitos planejamentos e
projetos de competição. Se conseguir voltar, ele não se arrisca nem mesmo a
afirmar em qual campeonato poderia correr, dando a entender que a GP2
praticamente já era para seu time, que entra agora apenas nas estatísticas e
anais da categoria. Em janeiro, a equipe Ocean Racing já havia anunciado sua
desistência de participar da competição, também em virtude de falta de
patrocinadores para permanecer na competição. Tiago Monteiro, proprietário da
Ocean, vendeu a escuderia a um grupo alemão que iria usar a vaga para inscrever
outro time no lugar da Ocean.
A temporada 2013 da World Series by Renault terá a participação de
quatro pilotos brasileiros disputando posições no grid. Serão eles: André
Negrão, Lucas Foresti, Yann Cunha, e
Pietro Fantin. O campeonato deste ano começa no dia 7 de abril, no circuito de
Monza, na Itália. O certame terá 9 etapas, e se encerrará no dia 20 de outubro,
na pista de Barcelona, na Espanha.
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