quarta-feira, 6 de março de 2013

FLYING LAPS – FEVEREIRO DE 2013


            Já chegamos ao mês de março, e é hora de mais uma sessão Flying Laps, relacionando alguns acontecimentos do meio automobilístico ocorridos no mês de fevereiro com alguns comentários. Uma boa leitura para todos, e até a próxima Flying Laps, no mês que vem...

 
Quando a Volkswagen anunciou que ia entrar novamente na competição do Mundial de Rali, todos sabiam que a fábrica alemã não estaria na competição para fazer figuração. E isso foi comprovado neste mês de fevereiro, no Rali da Suécia, que teve uma vitória magistral de Sébastien Ogier, que simplesmente dominou a etapa sueca do calendário, não dando chances aos adversários, incluído aí Sébastien Loeb, que também participou desta etapa do campeonato. É a primeira vitória da Volkswagen neste seu retorno ao WRC, e pela forma como Ogier dominou a etapa, não deverá ser um fato isolado. Ogier venceu a competição com quase 42s de vantagem para seu conterrâneo Loeb, que foi o único piloto a dar algum combate ao compatriota, em que pese o fato de Ogier ter declarado que diminuiu o ritmo nas últimas fases da competição para administrar a grande vantagem adquirida nas fases iniciais. A próxima corrida do mundial é no México, nos dias 8 a 10 de março, e Ogier, que assumiu a liderança do campeonato com o resultado na Suécia, deve disparar na classificação se tiver outro bom desempenho. Loeb, que venceu a primeira etapa e ficou em 2º lugar na Suécia, só volta ao certame na prova da Argentina, que será a 5ª etapa do Mundial de Rali.
E Adrian Sutil está de volta à Fórmula 1. O piloto alemão, que acabou perdendo sua vaga na Force Índia no ano passado, com a contratação de Nico Hulkenberg, retornou justamente na mesma equipe que defendia há 2 anos atrás. Sutil disputou a vaga com Jules Bianchi, e ao que parece, o time indiano preferiu a certeza do retrospecto de Sutil, às incertezas do que poderia render Bianchi na pista. Mas Jules não ficou a pé: acabou contratado pela Marussia, que rifou o brasileiro Luiz Razia, e assumiu seu lugar como titular do time russo no campeonato de 2013. E com isso, a F-1 fecha o grid para esta temporada.
O campeonato de 2013 da Indy Racing League já começará com um time a menos no grid este ano. A equipe Conquest, do belga Eric Bachelart, não conseguiu captar patrocinadores para bancar a temporada, e por isso, Bachelart optou por tirar a escuderia do certame. Para não passar o ano em branco, a Conquest irá participar da American Le Mans Series (ALMS). O time já tinha 16 anos de atividades, inciadas na F-Indy, e nos últimos anos, na IRL. O time já participou da categoria nos últimos tempos, e em virtude de ser mais viável os custos da ALMS, optou por focar seus esforços neste campeonato.
Ernesto Viso acertou sua participação no campeonato da IRL 2013: o piloto venezuelano, que no ano passado correu pela KV, irá integrar o time da Andretti Motorsport, fazendo parceria com os demais pilotos da escuderia, os americanos Ryan Hunter-Reay (atual campeão) e Marco Andretti, e o canadense James Hinchcliffe. Com isso, o time disputará o campeonato com 4 carros em tempo integral, como fazia há alguns anos. A contratação de Viso, com forte aporte da PDVSA, complicou as chances de Bia Figueiredo tentar participar do campeonato, uma vez que a brasileira não conseguiu reunir patrocínio suficiente para acertar sua vaga no time. Mesmo a idéia de pelo menos disputar as corridas de São Paulo e de Indianápolis agora ficaram mais complicadas, pois dificilmente Michael Andretti irá disponibilizar um carro extra para estas etapas. Bia segue negociando com outros times, tentando pelo menos viabilizar sua participação pelo menos nestas duas etapas, e quem sabe, acertar até para competir o ano todo, mas a situação não é das melhores...
Robert Kubica, que no início do mês de fevereiro chegou a fazer um teste com o carro da equipe Mercedes para o campeonato de Turismo alemão, o DTM, não foi o escolhido pela montadora para completar o time no certame de 2013. A Mercedes optou pelo espanhol Daniel Juncadella, de apenas 21 anos, para disputar o DTM este ano. Com isso, a esquadra da Mercedes no campeonato alemão será composto de Gary Paffet, Ralf Schumacher, Daniel Juncadella, Robert Merhi, Christian Vietoris e Robert Wickens. O polonês, que sofreu um violento acidente de rali há 2 anos, ainda se recupera das seqüelas do acidente, mas já demonstrou capacidade de pilotar sem problemas carros de turismo. E agora, Kubica retomará as competições como piloto profissional, participando no Campeonato Europeu de Rali, defendendo a Citroen. Kubica segue se esforçando para conseguir recuperar todos os movimentos, embora já afirme que voltar a pilotar monopostos esteja totalmente fora de questão. Em outras palavras, as chances do polonês retornar à F-1, onde era uma das sensações da competição, estão totalmente descartadas. Mas seus fãs poderão revê-lo ao volante no rali, que aliás, é sua grande paixão, e as expectativas de sua participação no campeonato europeu são altas, com alguns até cotando o polonês como possível candidato ao título. Ainda é cedo para afirmar isso, mas quem conhece Kubica sabe que ele não vai entrar na competição apenas para fazer figuração. A primeira prova do campeonato europeu de rali (ERC) é agora em março, com a etapa das Ilhas Canárias.
A crise econômica continua fazendo vítimas no mundo da velocidade. Quem sucumbiu neste último mês foi a iSport, escuderia da GP2, e que havia sido campeã na temporada de 2007 com o alemão Timo Glock. Os motivos são os de sempre: sem conseguir atrair patrocinadores para bancar o campeonato, Paul Jackson resolveu fechar o time, que já está recebendo algumas propostas de compra. A situação, contudo, não foi apenas de não conseguir patrocínios, mas também de não ter conseguido sequer atrair pilotos que trouxessem patrocinadores próprios, o que acabou por inviabilizar totalmente os planos de competição do time em 2013. Para competir de forma decente, o time precisaria de um aporte de aproximadamente US$ 2,5 milhões, e sem ter garantia deste orçamento em mãos, Jackson preferiu sair de cena, pois afirmou que não gostaria de iniciar um campeonato sem saber se conseguiria terminá-lo. Também preferiu sair sem acumular dívidas, e comprometer o nome do time, que havia se tornado um dos mais respeitáveis e conhecidos da GP2. A situação econômica na Europa está mesmo complicada, e pelo visto, os patrocínios ficaram mais escassos do que muita gente esperava. Fica a pergunta de quanto mais crítica a situação pode ficar, e olhe que mesmo a GP2 não era exatamente uma categoria muito cara. Paul Jackson afirmou que pode retornar às competições, se conseguir novamente fundos para isso, mas suas esperanças são poucas, ainda mais por saber que a crise econômica, neste momento, está inviabilizando muitos planejamentos e projetos de competição. Se conseguir voltar, ele não se arrisca nem mesmo a afirmar em qual campeonato poderia correr, dando a entender que a GP2 praticamente já era para seu time, que entra agora apenas nas estatísticas e anais da categoria. Em janeiro, a equipe Ocean Racing já havia anunciado sua desistência de participar da competição, também em virtude de falta de patrocinadores para permanecer na competição. Tiago Monteiro, proprietário da Ocean, vendeu a escuderia a um grupo alemão que iria usar a vaga para inscrever outro time no lugar da Ocean.
A temporada 2013 da World Series by Renault terá a participação de quatro pilotos brasileiros disputando posições no grid. Serão eles: André Negrão, Lucas Foresti,  Yann Cunha, e Pietro Fantin. O campeonato deste ano começa no dia 7 de abril, no circuito de Monza, na Itália. O certame terá 9 etapas, e se encerrará no dia 20 de outubro, na pista de Barcelona, na Espanha.

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