Bem,
2012 já era, e agora iniciamos 2013. Mas inicio o ano com a sessão Flying Laps,
relacionando alguns fatos ocorridos no mês passado, com algumas considerações
minhas. Uma boa leitura a todos, e espero contar com a visita de todos em mais
um ano para ler meus textos sobre o mundo da velocidade. Espero que seja um ano
melhor do que o de 2012 em muitos aspectos, não apenas para mim, mas para
todos. E vamos aos relatos...
Sem se iludir mais em tentar arrumar um lugar na Fórmula 1, o
brasileiro Lucas Di Grassi já garantiu sua ocupação em 2013: vai pilotar para a
Audi no Mundial de Endurance. O piloto brasileiro deixou uma excelente
impressão na fábrica alemã com seu desempenho da corrida das 6 Horas de São
Paulo, e agora será piloto do time oficial da fábrica no campeonato de 2013. A Audi, contudo,
ainda não definiu quais as provas que o brasileiro irá participar, mas é
provável que Grassi participe de todo o campeonato, embora ainda não haja
nenhuma confirmação neste sentido. A fábrica alemã deve se preparar para
enfrentar uma competição bem mais acirrada este ano, principalmente por parte
da Toyota, que mostrou nas provas finais do WEC de 2012 que tem carro e pilotos
para desbancar a gigante alemã. Duelo germânico-japonês à vista no mundial de
endurance de 2013. E quanto mais competição, melhor. E Di Grassi está mais do
que empolgado para pegar no volante novamente dos belos modelos da Audi e acelerar
fundo. Lucas vai pilotar um dos mais belos e sofisticados carros de competição
do mundo, e sem ter de aturar o mundaréu de regras técnicas que tem sufocado a
evolução dos F-1 nos últimos tempos. E ainda por cima guiando para aquele que é
considerado o melhor time da categoria...
A Indy Racing League assinou em dezembro contrato garantindo
fornecimento de pneus para a categoria pelo menos até 2018. A Firestone, que em
tempos recentes chegou até mesmo a anunciar que deixaria a competição, voltou
atrás e firmou um novo acordo com a direção da Indycar para continuar como
fornecedora de compostos exclusiva para a categoria pelas próximas 5
temporadas. Na verdade, a Firestone está na IRL desde a criação do campeonato,
em 1996. A
categoria, assim como na F-1, adotou apenas um fornecedor de pneus com a
intenção de baixar os custos de competição. A fábrica ainda é importante
patrocinadora de algumas corridas do campeonato, com as provas de São
Petesburgo e Long Beach.
A equipe Carlin fechou sua dupla de pilotos para o campeonato da GP2 em
2013: o brasileiro Felipe Nasr terá o inglês Jolyon Palmer como companheiro de
equipe. Jolyon é filho do ex-piloto Jonathan Palmer, que correu na F-1 nos anos
1980, onde pilotou por times como Tyrrel e Zackspeed, sem conseguir grandes
resultados devido à pouca competitividade dos times. Palmer, por sua vez,
manifestou alegria pela confiança da Carlin em seu talento, e afirmou que sua
meta é disputar o título da categoria. Jolyon venceu uma das etapas de Mônaco
em 2012, correndo pela equipe iSport. O piloto inglês terminou o campeonato em
11° lugar, com 78 pontos, curiosamente logo atrás de Felipe Nasr, que foi 10°
no campeonato com 95 pontos. Há quem diga que a disputa entre ambos promete
pegar fogo dentro da Carlin. Veremos...
Os campeonatos da MotoGP em 2013 trarão um inédito sistema de punição
por pontos que serão aplicados aos seus participantes. Similar ao sistema de
pontos nas carteiras de motorista, os pilotos que “acumularem” pontos devido a
manobras desportivas ou causarem acidentes ou incidentes na pista poderão
sofrer punições pelo acúmulo destes pontos. De acordo com as informações
fornecidas, o competidor que acumular 4 pontos, por exemplo, perderá sua
posição de largada na próxima corrida, e terá de partir da última posição no
grid. Se ele acumular 7 pontos, terá então de largar dos boxes. E, caso chegue
a 10 pontos, o piloto tomará suspensão da corrida seguinte, ficando proibido de
participar da etapa. Isso irá valer tanto para a categoria principal da MotoGP,
bem como para suas categorias imediatamente inferiores, como a Moto2 e Moto3
(antigas 250cc e 125cc). O sistema parece interessante, e deve servir para
coibir um pouco o excesso de manobras perigosas que porventura possam resultar
em acidentes perigosos, ainda mais que estamos falando de competição com motos,
onde embora os pilotos tenham um conjunto de proteção eficiente, estão muito
mais sujeitos a sofrer um acidente de grande vulto, e com conseqüências por
vezes imprevisíveis, que só não se vê com muito mais frequência do que se
imagina devido a muita sorte de todos. Fica a esperança de que ele seja
aplicado com critérios objetivos e sem firulas, como anda acontecendo com
certas punições na F-1, que chegam a encher o saco tanto do público quanto dos
pilotos, que por vezes ficam sem saber exatamente o que se pode e o que não
pode fazer dentro da pista. Disciplina é bom, mas sem politicagem e conversa
fiada no meio...
Nove vezes campeão do Mundial de Rali, o francês Sébastian Loeb
anunciou que em 2013 iria se dedicar a outros ares, competindo no mundial do
WTCC. Mas o francês anunciou que ainda iria disputar os ralis, embora apenas em
poucas etapas. E no mês de dezembro, ele anunciou quais provas irá participar
em 2013. O eneacampeão da categoria estará em ação nas etapas que serão
disputadas em Monte Carlo, Suécia, Argentina, e França. Nas demais etapas do
campeonato, no lugar de Loeb, a Citroen, seu tradicional time de competição já
anunciou a contratação do espanhol Dani Sordo, que estará presente em 11 das 13
etapas. Fica a pergunta: Será que competindo apenas em 4 etapas Loeb é capaz de
entrar na luta pelo título do rali em 2013? Vai que o campeão vence as 4 provas
e fica empolgado com a chance de conquistar um 10° título... Os concorrentes
esperam que ele não comece a ter “idéias”...
O escocês Paul Di Resta declarou em entrevista em dezembro que se
sentiu frustrado por não ter conseguido um lugar em um time melhor para 2013.
Com a saída de Michael Schumacher, o piloto, que é ligado à Mercedes, era tido desde
o início como provável ocupante de um dos assentos tanto do time oficial de
Stutgart quanto de Woking. Mas a Mercedes contatou Lewis Hamilton, e a McLaren,
por sua vez, ficou com a “revelação” Sérgio Pérez. Di Resta tem certa razão em
se considerar frustrado, mas infelizmente não foi apenas o carro da Force
Índia, seu time, que acabou derrubando seu nome nas cotações para as vagas nos
times da Mercedes: seu confronto no ano com o alemão Nico Hulkenberg acabou
pesando contra o escocês, que em poucos momentos conseguiu superar o
companheiro de equipe, que passou todo o ano de 2011 sendo piloto reserva do
time indiano. Como resultado, até Hulkenberg teve opção para mudar de time,
indo para a Sauber, enquanto Di Resta deve continuar na Force Índia. E para 2013,
sua missão é clara: superar seu companheiro de equipe, seja ele quem for, para
recuperar suas credenciais como opção no mercado de pilotos. Mas, claro, ele
ainda precisa ter certeza de que vai disputar o campeonato de 2013. Seu maior
trunfo de permanência no time de Vijay Mallya é o fato de que com sua estada
por lá a escuderia recebe desconto pelos motores Mercedes que usa, e num
momento em que as finanças do time andam meio combalidas, isso não pode ser
desprezado. O problema é surgir um outro piloto que traga muito patrocínio, e
isso, infelizmente, pode acabar com suas esperanças de seguir na F-1, a menos que arrume muito
mais grana também...
Campeão com uma etapa de antecipação no
campeonato da F-Truck, o paranaense Leandro Totti encerrou o ano de 2012 com
chave de ouro, vencendo a etapa final do certame, em Brasília, e conquistando
sua 6ª vitória no campeonato, um recorde para a categoria dos caminhões
nacionais. A corrida, que começou sob chuva, contudo, foi bem difícil, e o
atual campeão precisou suar o macacão para garantir mais um triunfo na
temporada, especialmente quando a pista ficou seca. Fecharam o pódio da etapa
brasiliense o pernambucano Beto Monteiro, que ficou em 3° no campeonato; e
Adalberto Jardim terminou em 3° lugar, que finalizou em 9° lugar no campeonato.
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