quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

FLYING LAPS – DEZEMBRO DE 2012


            Bem, 2012 já era, e agora iniciamos 2013. Mas inicio o ano com a sessão Flying Laps, relacionando alguns fatos ocorridos no mês passado, com algumas considerações minhas. Uma boa leitura a todos, e espero contar com a visita de todos em mais um ano para ler meus textos sobre o mundo da velocidade. Espero que seja um ano melhor do que o de 2012 em muitos aspectos, não apenas para mim, mas para todos. E vamos aos relatos...

Sem se iludir mais em tentar arrumar um lugar na Fórmula 1, o brasileiro Lucas Di Grassi já garantiu sua ocupação em 2013: vai pilotar para a Audi no Mundial de Endurance. O piloto brasileiro deixou uma excelente impressão na fábrica alemã com seu desempenho da corrida das 6 Horas de São Paulo, e agora será piloto do time oficial da fábrica no campeonato de 2013. A Audi, contudo, ainda não definiu quais as provas que o brasileiro irá participar, mas é provável que Grassi participe de todo o campeonato, embora ainda não haja nenhuma confirmação neste sentido. A fábrica alemã deve se preparar para enfrentar uma competição bem mais acirrada este ano, principalmente por parte da Toyota, que mostrou nas provas finais do WEC de 2012 que tem carro e pilotos para desbancar a gigante alemã. Duelo germânico-japonês à vista no mundial de endurance de 2013. E quanto mais competição, melhor. E Di Grassi está mais do que empolgado para pegar no volante novamente dos belos modelos da Audi e acelerar fundo. Lucas vai pilotar um dos mais belos e sofisticados carros de competição do mundo, e sem ter de aturar o mundaréu de regras técnicas que tem sufocado a evolução dos F-1 nos últimos tempos. E ainda por cima guiando para aquele que é considerado o melhor time da categoria...


A Indy Racing League assinou em dezembro contrato garantindo fornecimento de pneus para a categoria pelo menos até 2018. A Firestone, que em tempos recentes chegou até mesmo a anunciar que deixaria a competição, voltou atrás e firmou um novo acordo com a direção da Indycar para continuar como fornecedora de compostos exclusiva para a categoria pelas próximas 5 temporadas. Na verdade, a Firestone está na IRL desde a criação do campeonato, em 1996. A categoria, assim como na F-1, adotou apenas um fornecedor de pneus com a intenção de baixar os custos de competição. A fábrica ainda é importante patrocinadora de algumas corridas do campeonato, com as provas de São Petesburgo e Long Beach.


A equipe Carlin fechou sua dupla de pilotos para o campeonato da GP2 em 2013: o brasileiro Felipe Nasr terá o inglês Jolyon Palmer como companheiro de equipe. Jolyon é filho do ex-piloto Jonathan Palmer, que correu na F-1 nos anos 1980, onde pilotou por times como Tyrrel e Zackspeed, sem conseguir grandes resultados devido à pouca competitividade dos times. Palmer, por sua vez, manifestou alegria pela confiança da Carlin em seu talento, e afirmou que sua meta é disputar o título da categoria. Jolyon venceu uma das etapas de Mônaco em 2012, correndo pela equipe iSport. O piloto inglês terminou o campeonato em 11° lugar, com 78 pontos, curiosamente logo atrás de Felipe Nasr, que foi 10° no campeonato com 95 pontos. Há quem diga que a disputa entre ambos promete pegar fogo dentro da Carlin. Veremos...


Os campeonatos da MotoGP em 2013 trarão um inédito sistema de punição por pontos que serão aplicados aos seus participantes. Similar ao sistema de pontos nas carteiras de motorista, os pilotos que “acumularem” pontos devido a manobras desportivas ou causarem acidentes ou incidentes na pista poderão sofrer punições pelo acúmulo destes pontos. De acordo com as informações fornecidas, o competidor que acumular 4 pontos, por exemplo, perderá sua posição de largada na próxima corrida, e terá de partir da última posição no grid. Se ele acumular 7 pontos, terá então de largar dos boxes. E, caso chegue a 10 pontos, o piloto tomará suspensão da corrida seguinte, ficando proibido de participar da etapa. Isso irá valer tanto para a categoria principal da MotoGP, bem como para suas categorias imediatamente inferiores, como a Moto2 e Moto3 (antigas 250cc e 125cc). O sistema parece interessante, e deve servir para coibir um pouco o excesso de manobras perigosas que porventura possam resultar em acidentes perigosos, ainda mais que estamos falando de competição com motos, onde embora os pilotos tenham um conjunto de proteção eficiente, estão muito mais sujeitos a sofrer um acidente de grande vulto, e com conseqüências por vezes imprevisíveis, que só não se vê com muito mais frequência do que se imagina devido a muita sorte de todos. Fica a esperança de que ele seja aplicado com critérios objetivos e sem firulas, como anda acontecendo com certas punições na F-1, que chegam a encher o saco tanto do público quanto dos pilotos, que por vezes ficam sem saber exatamente o que se pode e o que não pode fazer dentro da pista. Disciplina é bom, mas sem politicagem e conversa fiada no meio...



Nove vezes campeão do Mundial de Rali, o francês Sébastian Loeb anunciou que em 2013 iria se dedicar a outros ares, competindo no mundial do WTCC. Mas o francês anunciou que ainda iria disputar os ralis, embora apenas em poucas etapas. E no mês de dezembro, ele anunciou quais provas irá participar em 2013. O eneacampeão da categoria estará em ação nas etapas que serão disputadas em Monte Carlo, Suécia, Argentina, e França. Nas demais etapas do campeonato, no lugar de Loeb, a Citroen, seu tradicional time de competição já anunciou a contratação do espanhol Dani Sordo, que estará presente em 11 das 13 etapas. Fica a pergunta: Será que competindo apenas em 4 etapas Loeb é capaz de entrar na luta pelo título do rali em 2013? Vai que o campeão vence as 4 provas e fica empolgado com a chance de conquistar um 10° título... Os concorrentes esperam que ele não comece a ter “idéias”...

O escocês Paul Di Resta declarou em entrevista em dezembro que se sentiu frustrado por não ter conseguido um lugar em um time melhor para 2013. Com a saída de Michael Schumacher, o piloto, que é ligado à Mercedes, era tido desde o início como provável ocupante de um dos assentos tanto do time oficial de Stutgart quanto de Woking. Mas a Mercedes contatou Lewis Hamilton, e a McLaren, por sua vez, ficou com a “revelação” Sérgio Pérez. Di Resta tem certa razão em se considerar frustrado, mas infelizmente não foi apenas o carro da Force Índia, seu time, que acabou derrubando seu nome nas cotações para as vagas nos times da Mercedes: seu confronto no ano com o alemão Nico Hulkenberg acabou pesando contra o escocês, que em poucos momentos conseguiu superar o companheiro de equipe, que passou todo o ano de 2011 sendo piloto reserva do time indiano. Como resultado, até Hulkenberg teve opção para mudar de time, indo para a Sauber, enquanto Di Resta deve continuar na Force Índia. E para 2013, sua missão é clara: superar seu companheiro de equipe, seja ele quem for, para recuperar suas credenciais como opção no mercado de pilotos. Mas, claro, ele ainda precisa ter certeza de que vai disputar o campeonato de 2013. Seu maior trunfo de permanência no time de Vijay Mallya é o fato de que com sua estada por lá a escuderia recebe desconto pelos motores Mercedes que usa, e num momento em que as finanças do time andam meio combalidas, isso não pode ser desprezado. O problema é surgir um outro piloto que traga muito patrocínio, e isso, infelizmente, pode acabar com suas esperanças de seguir na F-1, a menos que arrume muito mais grana também...

Campeão com uma etapa de antecipação no campeonato da F-Truck, o paranaense Leandro Totti encerrou o ano de 2012 com chave de ouro, vencendo a etapa final do certame, em Brasília, e conquistando sua 6ª vitória no campeonato, um recorde para a categoria dos caminhões nacionais. A corrida, que começou sob chuva, contudo, foi bem difícil, e o atual campeão precisou suar o macacão para garantir mais um triunfo na temporada, especialmente quando a pista ficou seca. Fecharam o pódio da etapa brasiliense o pernambucano Beto Monteiro, que ficou em 3° no campeonato; e Adalberto Jardim terminou em 3° lugar, que finalizou em 9° lugar no campeonato.

Nenhum comentário: