quarta-feira, 6 de junho de 2012

FLYING LAPS – MAIO DE 2012


            Acabou o mês de maio, hora de vermos algumas notas rápidas sobre o que mais andou acontecendo nas corridas deste último mês, em mais uma sessão Flying Laps. Uma boa leitura a todos...

Quem pode deter Sébastien Loeb? Essa é a pergunta que todos fazem no Mundial de Rali, que estão vendo o atual octacampeão rumar determinado a mais um título. Com 6 etapas disputadas até agora, o francês venceu nada menos do que 4, e seu último triunfo foi no Rali da Grécia, onde obteve sua 71ª vitória na categoria, apesar de alguns percalços durante o fim de semana, inclusive um pneu furado em que muitos davam por certa sua derrota na competição. Bem, Loeb mostrou que vai ser preciso muito mais do que isso para segurar sua escalada rumo ao 9° título da carreira mais vitoriosa que o mundial de rali já teve oportunidade de presenciar. Com o resultado, o francês da Citroen aumentou sua vantagem no campeonato, ficando com 30 pontos sobre seu mais direto perseguidor, Miko Hirvonen, seu próprio companheiro da equipe Citroen, que está sentindo como é difícil encarar Loeb, ainda mais tendo o mesmo equipamento que ele. Hirvonen, aliás, deu combate a Loeb no rali grego, mas no final, ainda ficou 40s atrás do companheiro. A próxima etapa será nos dias 22/24 de junho, na Nova Zelândia. Veremos mais um passeio de Loeb? Não há como garantir que não...


Depois do anúncio da aposentadoria de Casey Stoner ao fim da atual temporada, agora quem pode acabar deixando a MotoGP seria o italiano Valentino Rossi. Boatos correm nos bastidores da categoria de que o piloto, sem conseguir resultados expressivos desde que se mudou para a Ducati no ano passado, poderia até encerrar a carreira, enquanto outras fofocas dizem que Rossi poderia se mudar para o campeonato das Superbikes. Seja lá o que for, seria uma grande perda para a MotoGP ficar sem dois de seus principais nomes da atualidade de uma vez. Casey Stoner declarou que a atual MotoGP não é mais a categoria que o empolgava há algum tempo atrás, e ninguém pode negar que Rossi tem se mostrado bem desencantado na Ducati atualmente. Muitos esperavam que o “Doutor” conseguisse reproduzir na Ducati o feito obtido quando trocou a Honda pela Yamaha, e esta teve uma bela subida de produção com a pilotagem de Valentino. Mas naquela época, Rossi levou para a Yamaha parte do staff técnico que o acompanhava na Honda, algo que ele não conseguiu fazer quando saiu da Yamaha e foi para a fábrica italiana. E a Ducati também parece não estar conseguindo melhorar como Rossi imaginava. Mas ainda é cedo para apostar na aposentadoria do piloto italiano, e não é segredo para ninguém que a aposentadoria de Stoner abre uma bela vaga na Honda. Será que Valentino voltaria para a fábrica japonesa em 2013? Sonhar é possível...


A etapa de Ribeirão Preto da Stock Car nacional foi vencida por Daniel Serra, após uma renhida disputa com Cacá Bueno, que foi superado na largada pelo companheiro. Com a vitória, Serra assume a liderança da competição, com 69 pontos, 5 a mais do que Cacá Bueno, que tem 64. O pódio em Ribeirão Preto foi completado com Átila Abreu, que faturou a 3ª colocação na corrida, e agora tem a 4ª posição no campeonato, com 52 pontos. Ricardo Mauricio, com 59 pontos, é o 3° na classificação.


 Ainda sobre a Stock Car, a famosa Corrida do Milhão, uma das principais provas do campeonato da categoria, acabou tendo sua data mudada. Marcada inicialmente para 5 de agosto, ela foi realocada para o dia 9 de dezembro, e irá encerrar o campeonato de 2012. O motivo: TV Globo, que alegou que precisava dar uma adequada na programação, e com isso, simplesmente chutou a corrida para o final do ano. Uma das justificativas, meio furadas, diga-se de passagem, é de a corrida iria coincidir com a realização dos Jogos Olímpicos, que poderiam tirar a atenção do grande público. Vale lembrar que, em relação aos jogos deste ano, a emissora carioca “caiu do cavalo”, pois não tem os direitos de exibição em TV aberta, que ficaram com a Record. A Globo só poderá mostrar os jogos em seus canais pagos do SporTV. Então, podem se preparar meio que para a “não-existência dos jogos” na TV aberta pela Globo, que quando muito, mencionará os jogos em seus telejornais, na incômoda posição de “excluída”. Os fãs do automobilismo saem perdendo. Para compensar, a corrida em dezembro terá pontuação dobrada, e dependendo das circunstâncias, deve definir o campeão, ajudando a tornar a prova ainda mais concorrida. O lugar da prova continuará sendo em Interlagos.


O piloto mexicano Sérgio Pérez fez em Mônaco uma homenagem inusitada: correu com o símbolo e a imagem do personagem Chapolin Colorado em seu capacete. O personagem, interpretado por Roberto Gomez Bolaños, que também interpretava o personagem Chaves no seriado homônimo, é uma paródia aos super-heróis, e vence os criminosos mais pela sorte do que pela competência. As duas séries fizeram e ainda faze sucesso na programação da TVS/SBT. Infelizmente para Pérez, a homenagem não rendeu bons fluidos em Monte Carlo, um circuito onde competência é um dos diferenciais dos pilotos. Pérez largou em último, e acabou terminando a prova em 11°, uma volta atrás de Mark Webber, que foi o vencedor da corrida. Não deixa de ser válida a homenagem feita por Pérez, que considera Bolaños um de seus ídolos. E a F-1 precisa de momentos como esses, para mostrar que não é apenas negócios e dinheiro desenfreados... 


Pela vitória obtida em Indianápolis, Dario Franchiti embolsou a quantia de aproximadamente US$ 2,475 milhões. Seu companheiro de equipe, Scott Dixon, que terminou a prova na 2ª colocação, faturou mais de US$ 1,1 milhão. Tony Kanaan, que ficou em 3° lugar, ganhou cerca de US$ 637 mil. Rubens Barrichello, eleito o melhor novato da prova este ano, ficou com US$ 331 mil na 11ª posição na prova. Jean Alesi, que largou em último e foi obrigado a abandonar a prova pela direção de corrida devido ao fato de andar muito lento, levou perto de US$ 252 mil. Ao lado de Wade Cunningham, Alesi foi quem menos faturou na corrida milionária. Apesar das cifras de alguns parecerem astronômicas, o valor não fica todo com os pilotos, sendo dividido junto com suas equipes, dependendo dos acordos firmados por cada um com seu time. Mas ninguém pode dizer que as boladas não sejam compensadoras...


O péssimo desempenho dos motores Lótus na IRL atingiu seu clímax na Indy500, produzindo sua primeira vítima fora das pistas: Dany Bahar, diretor executivo do Grupo Lótus, foi suspenso pela nova organização controladora da empresa. Bahar, aliás, meio que “já vai tarde”, pois andou arrumando algumas confusões nos últimos tempos. Só para começar, foi ele quem começou a briga do Grupo Lótus com Tony Fernandes, que havia adquirido os direitos de uso do nome “Lótus” para o automobilismo. Como a empreitada de Fernandes estava indo bem, Bahar viu aí a oportunidade de promover o Grupo Lótus, e iniciou-se uma luta nos tribunais ingleses pelo uso do nome no ano passado, que acabou meio que vencida por Fernandes. Mesmo assim, o Grupo Lótus iniciou um patrocínio na equipe Renault, forçando o uso do nome “Renault Lótus”, que a partir deste ano passou a ser apenas “Lótus”, uma vez que Fernandes resolveu entregar os pontos e rebatizou seu time de Caterham a partir desta temporada. Bahar também foi o principal mentor da entrada da Lótus no campeonato da Indy Racing League, mas o pouco tempo de preparação para o campeonato cobrou seu preço, tornando os propulsores fracos e pouco fiáveis, resultando nos péssimos resultados vistos até agora. O Grupo Lótus também retirou-se da equipe Lótus de F-1, que continuará usando o nome pelos próximos anos, em acordo previamente acertado com a empresa malaia.

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