E o mês de setembro está indo embora, e com ele, metade do segundo semestre de 2024. Mais um campeonato de realce, a Indycar, fechou sua temporada deste ano, mas ainda tem muitos outros certames seguindo firme em suas corridas e disputas, como a MotoGP, entre outros campeonatos. E, para fechar o mês, é claro que é hora de mais uma edição da nossa conhecida Cotação Automobilística, analisando alguns dos acontecimentos ocorridos neste mês de setembro, com alguns comentários e análises a respeito, no velho esquema de sempre: EM ALTA (cor verde); NA MESMA (cor azul); e EM BAIXA (cor vermelha). Uma boa leitura a todos, e até a próxima Cotação Automobilística, no fim do mês que vem, com a avaliação dos acontecimentos do mundo da velocidade do mês de outubro...
EM ALTA:
Álex Palou tricampeão na Indycar: O piloto espanhol da equipe Ganassi conquistou seu terceiro título em quatro temporadas defendendo a escuderia, mostrando ser o grande nome da competição nos últimos tempos. Competência, talento e capacidade, Álex consegue conjugar todas estas qualidades, além de ter tido a chamada “sorte de campeão”, sem a qual nenhum piloto consegue vencer um campeonato, pois conseguiu passar incólume por diversos problemas surgidos na pista em várias provas da temporada, enquanto seus adversários mais diretos se viram envolvidos em alguns destes problemas, perdendo pontos importantes que fizeram falta na disputa. Na briga pelo tricampeonato, Palou deixou Will Power para trás, enquanto Josef Newgarden teve um ano para esquecer, fora o triunfo na Indy500. Ambos também buscavam seu terceiro título na competição, mas acabaram passando longe disso por problemas dos mais variados, além de erros próprios. E Palou já surge como o principal favorito para a temporada de 2025, e cabe aos rivais se aplicarem ao máximo se quiserem impedir uma nova conquista do espanhol, que se encaixou perfeitamente na Ganassi, e tem tudo para repetir por lá o grande currículo de seu maior nome, Scott Dixon, e talvez ir até além, já que foram 3 conquistas em apenas 4 anos. Palou tem tudo para ser o grande nome da categoria norte-americana nesta década e talvez além, se continuar mantendo essa performance, e a Ganassi seguir proporcionando um grande carro a seu piloto. Os concorrentes que se virem se não quiserem virar fregueses.
Lando Norris: O piloto inglês da McLaren segue firme na tentativa de se aproximar de Max Verstappen na luta pelo título da temporada 2024 na F-1. E ele vem conseguindo, inclusive tendo uma vitória impecável na prova de Singapura, com direito a pole-position e liderando do começo ao fim. Lando também fez uma largada precisa, evitando de perder a liderança para Verstappen logo no início da corrida. Mas o inglês precisa ser sempre preciso assim, e ele não tem conseguido manter o nível necessário para se aproximar com maior velocidade do holandês como seria de se desejar. Alguns erros e azares ainda preocupam Norris, que apesar de sua inegável velocidade, precisa se aprumar para aproveitar ao máximo as condições técnicas do momento da McLaren, que possui o melhor carro da competição, além de evitar ser surpreendido, como em Monza, quando acabou sendo superado por Oscar Piastri, e terminou atrás do australiano. Lando já deu sinais de que pode ser um verdadeiro líder e potencial campeão com a McLaren, mas precisa elevar seu nível para justificar a posição e o favoritismo. Se conseguir mostrar o mesmo desempenho de Marina Bay, ele conseguirá chegar à disputa com Verstappen nas etapas finais colocando o holandês na parede, e pronto para tentar seu primeiro campeonato, mas não poderá vacilar, nem errar. Em Singapura, por dois momentos Norris quase colocou tudo a perder, e deu sorte de não acontecer nada, mas ele precisa se esmerar para não deixar isso acontecer novamente, especialmente frente a um Verstappen que não está errando na pista. Ele pode chegar lá, só depende dele mesmo. Resta saber se vai conseguir.
Jorge Martin líder na MotoGP: O piloto espanhol da Pramac segur firme na liderança da classe rainha do motociclismo, ainda que tenha alternado alguns maus momentos na competição, com sua vantagem diminuindo e aumentando dependendo dos resultados de cada etapa. Mas é inegável que, entre altos e baixos, Martin tem conseguido se manter na dianteira da disputa, e se manter firme na briga naquela que pode ser sua única chance de chegar ao título da competição, já que no próximo ano defenderá uma equipe que até aqui não tem conseguido repetir o mesmo sucesso da Ducati na MotoGP, e em tese, terá menos chances de entrar novamente na briga pelo campeonato. Jorge tem conseguido manter-se mais no controle, e tem errado menos até aqui do que Pecco Bagnaia, o principal rival na disputa, mas ainda tem muito chão pela frente, e o cuidado precisa ser redobrado para não incorrer nos mesmos erros cometidos no ano passado, quando chegou a assumir o favoritismo, e acabou perdendo no último instante. A MotoGP encerrou sua passagem pela Europa com o espanhol abrindo uma vantagem de 24 pontos para o bicampeão italiano da Ducati de fábrica, e ele precisa não apenas manter essa dianteira como aguentar a pressão que certamente irá sofrer nas 6 etapas que ainda restam até o fim da temporada. Seria a vingança perfeita do piloto contra a Ducati, que novamente o preteriu na promoção para o time oficial de fábrica pelo segundo ano consecutivo. A disputa, contudo, deve seguir ferrenha até o final, e Martin precisa manter o ritmo, se não quiser sofrer uma reação do adversário quando menos se espera.
Colton Herta vice-campeão da Indycar 2024: Depois de mais de dois anos, Colton Herta parece que finalmente voltou a encantar na Indycar. Apontado como nova estrela da competição, o piloto da Andretti, contudo, esmerou-se em desperdiçar oportunidades e cometer erros nas corridas, e começou a ser assombrado dentro do próprio time, com Kyle Kirkwood a assumir o maior protagonismo na escuderia, deixando Herta como um piloto rápido, mas estabanado. Cotado até para ir para a F-1, Colton contudo ficou em baixa, e só este ano parece ter colocado a cabeça mais no lugar, e conseguir aproveitar as oportunidades para voltar a brilhar na competição, voltando finalmente às vitórias, e a liderar o time de Michael Andretti na pista. O piloto ainda voltou a cometer algumas besteiras, como em Detroit, mas no cômputo geral, fez uma temporada bem positiva, chegando ao vice-campeonato, até por uma diferença de pontos relativamente pequena em relação ao campeão Álex Palou, indicando que se tivesse mantido a concentração em mais algumas corridas, poderia até ter entrado firme na briga pelo título. Herta não é o primeiro piloto a passar por um período de baixa na competição, e conseguir recuperar o prestígio, um desafio que muitas vezes nunca é fácil, mas o piloto ainda terá de mostrar que voltou definitivamente à velha forma principalmente no próximo ano, e espantar de vez os fantasmas que o deixaram sem vencer corridas por praticamente dois anos e meio na Indycar. Mais difícil do que chegar ao topo, certamente é se manter no topo. Herta conseguiu dar o primeiro passo para voltar a ser protagonista, agora falta confirmar esta condição, especialmente em uma categoria marcada pelo equilíbrio de performance entre vários times e pilotos.
Ducati novamente campeã na MotoGP: A marca italiana fechou na segunda etapa de Misano o campeonato de construtores da classe rainha do motociclismo. Em mais um pódio 100% de representantes da fábrica de Bolonha, a Ducati praticamente encerrou a disputa de 2024, chegando aos 500 pontos, enquanto a KTM, segunda colocada, tem apenas 239 pontos, em uma disputa renhida com a Aprilia, que tem 234 pontos até o presente momento. Com mais um título de pilotos encaminhado, e certamente mais um título de equipes também, seja com o time oficial de fábrica, que segue disparado também na liderança, ou com um time satélite, embora as chances da Pramac sejam menores, a Ducati coroa mais um ano de grande sucesso na competição, onde os demais fabricantes mal conseguem oferecer resistência às motos da marca italiana. Um exemplo é o desempenho da Honda, que de grande campeã na década passada, hoje amarga a lanterna na competição, numa disputa inglória com a compatriota Yamaha, que embora tenha ficado mais uma vez também longe de discutir as primeiras posições, tem tido um pouco mais de sorte nos resultados. E a tendência da Ducati é manter o domínio em 2025, ainda que tenha perdido seu principal time satélite para o próximo ano. Cabe à concorrência conseguir fazer um trabalho melhor, e apresentarem-se como rivais à altura das Ducatis para a próxima temporada, se não quiserem ver a dinastia italiana seguir em frente. Resta saber se, mais uma vez, ficarão apenas na promessa, ou conseguirão apresentar um desafio de fato.
NA MESMA:
Equipe McLaren na F-1: O time da McLaren assumiu a liderança do campeonato de construtores na F-1, posição que não ocupava desde o início da temporada de 2014, e tem boas chances de faturar o título, dada a performance de seus carros nesta fase atual da temporada. Mas a escuderia laranja ainda precisa otimizar seu desempenho, se quiser principalmente conquistar o título de pilotos, a conquista de maior prestígio. Lando Norris vem conseguindo diminuir a vantagem de Max Verstappen, mas muito menos do que seria desejável, até porque o time inglês não vem aproveitando todas as oportunidades que aparecem, seja por erros de seus pilotos, erros de estratégia, ou simplesmente azares variados. O time precisa reaprender a vencer, como muitos disseram, e isso passa por fazer melhores estratégias e evitar cometer erros que podem ser cruciais na disputa. Em Monza, por exemplo, o time acabou surpreendido pela Ferrari na luta pela vitória, deixando escapar mais uma chance de triunfo. No Azerbaijão, Norris acabou dando azar na classificação, e isso comprometeu suas chances de um resultado entre os primeiros, inclusive vitória, que acabou com Oscar Piastri. E, em Singapura, perdeu a chance de fazer uma dobradinha uma vez que Piastri ficou preso atrás das Mercedes na parte inicial da corrida, perdendo novamente a chance de uma dobradinha. O duelo contra Verstappen promete ser árduo, mas poderia ser mais fácil se o time não tivesse cometido tantos erros durante o ano, e poderia ter evitado alguns azares também. Mesmo assim, a McLaren está em sua melhor forma em mais de uma década e meia, e a conquista do título de construtores tem tudo para sacramentar o retorno definitivo da escuderia de Woking ao seu posto de protagonista na F-1, que há tempos não ocupava.
Equipe McLaren na Indycar: Mais um ano se passou, e a impressão é que a McLaren não consegue dar o passo decisivo para lutar pelo título na Indycar. Patrício O’Ward segue sendo o principal piloto do time, mas o piloto negou fogo em alguns momentos, bem como a própria escuderia, que precisa ser mais coesa tecnicamente, e caprichar nos detalhes dos acertos de seus carros, como fazem Ganassi e Penske, as grandes forças da competição. As três vitórias de O’Ward no ano não podem ser menosprezadas, é claro, mas faltou maior constâncias nas demais provas para permitir que o piloto pudesse ir mais longe. Em contrapartida, o time se complicou com um de seus carros, que seria inicialmente pilotado por David Malukas, que nunca pode defender o time devido a um acidente em que machucou o pulso às vésperas de iniciar a temporada, sendo que seu carro passou por um rodízio de pilotos até terminar com Nolan Siegel, depois de uma demissão mal resolvida de Theo Pourchaire, que teve seu contrato rescindido unilateralmente por parte do time. O time também perdeu a paciência com Alexander Rossi, e o substituirá por Christian Lundgaard em 2025. A escuderia viveu perrengues com Álex Palou nos dois últimos anos com relação a contratação do piloto, e já devia ficar mais calejada neste quesito, sendo que este ano ela se enrolou por si mesma, e isso certamente não ajudou no clima interno, e na preparação do time durante a competição. Mas uma escuderia que quer disputar o título precisa saber driblar estes percalços, do contrário a McLaren continuará a ser uma equipe que promete sempre e nunca vai de fato, ao contrário do que está conseguindo fazer na F-1 no presente momento.
Hegemonia da Ganassi na Indycar: O time de Chip Ganassi venceu mais um campeonato este ano na categoria de monopostos dos Estados Unidos. Competindo com um total de cinco carros, na prática precisou de apenas dois de seus pilotos para mais uma vez disputar o título. Álex Palou consagrou-se pela terceira vez em quatro anos defendendo a escuderia, enquanto Scott Dixon, apesar de tudo, fez outra temporada de nível muito bom, ainda que tenha ficado de fora da briga na etapa final do campeonato. Mas a escuderia mais uma vez superou sua principal adversária, a Penske, que chegou a ameaçar com Will Power em boa parte da segunda metade do ano, e até, in extremis, com Scott McLaughlin, mas faltou ao time de Roger Penske aquela sinergia entre piloto e escuderia que fez com que Palou conquistasse mais um título, além de uma certa dose de sorte. Com sua operação reduzida no próximo ano a três carros, tudo indica que a Ganassi continuará sendo um time extremamente eficiente, e o principal candidato ao título da competição, apesar da oposição praticamente certa da Penske, e apenas ocasional de outros times como Andretti ou McLaren, que não conseguem mostrar a mesma coesão interna entre seus pilotos, além da parte técnica, tão necessária em um certame equilibrado como é a Indycar. Cumprimentos a Chip Ganassi por conseguir manter o seu time em tão alto nível de competição na categoria, fazendo por merecer suas conquistas, que estão longe de acabar, para desgosto dos rivais.
Fórmula 1 sem brasileiros no grid em 2025: A disputa pelo segundo cockpit da equipe Sauber, que em 2026 passará a ser o time da Audi, parecia indicar Gabriel Bortoleto como grande favorito à vaga, mas aparentemente a situação andou sofrendo reviravoltas inesperadas, que para variar, colocam justamente o brasileiro em posição desfavorável para ser o escolhido como titular. O bom desempenho de Franco Colapinto nas duas corridas que disputou até agora, que está sem vaga na Williams para o próximo ano, poderia motivar um empréstimo do piloto ao time suíço, e garantir ganho de experiência enquanto aguarda oportunidade melhor. Por outro lado, Valtteri Bottas parece estar também no páreo para permanecer em Hinwill por pelo menos mais um ano, o que também bloquearia a escolha de Bortoleto. Sobraria ao brasileiro a função de piloto de teste e desenvolvimento, função que daria algum alento ao piloto de se manter ativo, com vistas a ser efetivado em 2026. Mas a McLaren, muito satisfeita com um teste realizado com o brasileiro em Zeltweg, impôs o limite de empréstimo apenas por dois anos, temendo perder o piloto, e contando com a possível saída de um de seus titulares, a quem Gabriel poderia substituir, o que pode complicar a situação, já que a Audi quer um compromisso de longo prazo para sua operação. Desse modo, muito provavelmente não será em 2025 que nosso país voltará a ter um representante titular no grid, e sem garantia de que isso poderá ocorrer no ano seguinte.
Desempenho da Mercedes: O time alemão ensaiou uma recuperação antes das férias de verão da categoria máxima do automobilismo, chegando a faturar três vitórias, e dando a impressão de que, apesar de tarde, voltaria a ter chances de brigar pelo pódio, e quem sabe, por vitórias. Mas desde então, o time germânico, apesar de tudo, parece ter novamente empacado na performance. A escuderia não conseguiu apresentar desempenho para tentar enfrentar a McLaren, como indicava poder fazer, ainda que com chances reduzidas, mas passou a ser superada também pela Ferrari, que voltou a crescer na temporada, e até pela Red Bull, só não obtendo resultados piores devido a percalços enfrentados pelos rivais, que permitiram ao time de Brackley ainda se manter com alguma firmeza na disputa. O time agora concentra forças em sua última grande atualização do ano, para a etapa dos Estados Unidos, como tentativa derradeira de achar o seu rumo definitivo, antes de se concentrar unicamente no carro de 2025. Enquanto isso, George Russell e Lewis Hamilton vão levando do jeito que podem o modelo W15, que tem se mostrado meio complicado de entender, como em Singapura, onde o carro melhorou substancialmente da sexta para sábado, sem que o time tenha conseguido explicar essa melhora de performance claramente. Sem compreender melhor o próprio carro, fica mais difícil implantar melhorias efetivas no bólido, o que compromete a evolução da performance, e as chances na competição, de modo que a Mercedes não terá como não se resignar a terminar o ano na 4ª colocação do campeonato de construtores.
EM BAIXA:
Josef Newgarden: principal nome da Penske na Indycar, o norte-americano foi o seu pior piloto na temporada de 2024. Salvou-se um triunfo extraordinário nas 500 Milhas de Indianápolis, o que não é pouca coisa, mas passou quase em branco o restante da temporada. Teve uma vitória anulada por irregularidade em São Petesburgo, e isso certamente abalou um pouco o piloto e sua reputação como competidor e de seu time, o que certamente teve repercussão também no restante do ano. Acabou superado pelos companheiros de time, terminando o ano apenas em 8º lugar, sendo que tinha condições de fazer muito mais na temporada. E ainda se envolveu numa manobra duvidosa na relargada em Gateway, que levou ao acidente sofrido por Will Power, que certamente deixou as relações entre os pilotos estremecidas dentro da Penske. Ainda que não tenha sido um ano catastrófico, certamente será um ano para ser esquecido pelo piloto, que na busca pelo tricampeonato, passou longe de conseguir brigar pelo campeonato, e vendo-se superado por Álex Palou como grande nome da competição da Indycar mais uma vez. Newgarden precisa colocar a cabeça no lugar se quiser voltar à condição de protagonista da competição, se não quiser ser superado até mesmo dentro do próprio time, onde é cada um por si. Por enquanto, sua posição na Penske não corre perigo, mas isso não significa ficar de guarda baixa, ainda mais com alguns pilotos talentosos pintando no horizonte da categoria, que podem levar Roger Penske a repensar a formação de seu time, ainda que isso possa parecer improvável no curto prazo.
Pietro Fittipaldi em seu primeiro ano completo na Indycar: O piloto brasileiro finalmente resolveu reiniciar sua carreira, depois de passar boa parte dos últimos anos como piloto de testes da equipe Haas na F-1, sem ser nunca cogitado para a posição de titular. Mas o balanço do seu primeiro ano completo na Indycar não é dos mais positivos, pois dá a impressão de que, dos carros da equipe Rahal/Leterman/Lanigan, ele ficou com as sobras do time, sempre sendo o pior piloto da escuderia na competição na maioria das etapas, e com raros momentos em que conseguiu mostrar sua capacidade. O piloto também teve diversos azares que comprometeram as chances de melhores resultados em algumas corridas, e terminou o ano em uma modesta 19ª posição na classificação, sendo o pior piloto classificado da escuderia. O único alento é que Graham Rahal ficou apenas uma posição à sua frente, em 18º, e o time parece ter ciência de que Pietro correu de forma bastante limitada pelos problemas do time no ano. Mesmo assim, sua renovação com a equipe ainda parece indefinida, até o presente momento. Com Christian Lundgaard indo para a McLaren, seu lugar no time de Bobby Rahal pode acabar sendo ocupado justamente por Alexander Rossi, e em tese, tudo parece indicar que Pietro siga na escuderia sem maiores problemas. Mas nada está garantido ainda, e a chegada de algum piloto com maiores dotes orçamentários ainda é um perigo potencial, fora que o time precisa também fornecer melhores condições ao seu terceiro carro, do contrário, os riscos de repetir uma temporada de resultados pífios certamente não ajudará Fittipaldi a dar seguimento ao legado de sua família na história das competições Indy, que já teve seu avô Émerson Fittipaldi campeão na antiga F-Indy, bem como a participação de Christian Fittipaldi.
Daniel Ricciardo na F-1: O simpático piloto australiano pode ter encerrado novamente sua participação na categoria máxima do automobilismo após o fim do GP de Singapura. Daniel chegou à McLaren anos atrás para liderar o time na pista, mas acabou sendo sumariamente superado por Lando Norris, a ponto de ter seu contrato rescindido antes do tempo, e ficado fora da competição, resignando-se a ficar como piloto de testes de seu antigo time, a Red Bull. Depois de bom teste em Silverstone ano passado, o piloto ganhou nova chance na Alpha Tauri com a demissão de Nyck de Vries, mas infelizmente não correspondeu às expectativas, sendo superado até mesmo por Yuki Tsunoda, que nunca foi considerado um grande talento pela direção da Red Bull. Ricciardo conseguiu se manter para esta temporada, mas diante da falta de resultados mais tangíveis, e continuando a ficar atrás do japonês, as chances de permanência na F-1 para 2025 não apenas se desvaneceram, como ele pode até deixar o time antes da hora, visto os boatos de que a Red Bull pretendo colocar Liam Lawson em seu lugar nas etapas finais desta temporada, a fim de avaliar o piloto com vistas à substituição de Sergio Perez na Red Bull no próximo ano. Daniel chegou à Red Bull causando furor em 2014, superando ninguém menos que o tetracampeão Sebastian Vettel, a ponto do alemão preferir debandar para a Ferrari no ano seguinte. O australiano vinha indo bem, até que o time ficou deslumbrado com Max Verstappen, e começou a deixa-lo de lado. Daniel resolveu tentar a sorte em outras paragens, a ser constantemente desprezado pela própria escuderia em prol do holandês prodígio. Até se saiu razoavelmente bem na Renault, mas desandou na McLaren, e desde então, nunca mais se reencontrou, do contrário, não teria tido dificuldades em superar Tsunoda na Alpha Tauri no ano passado e neste. Um triste caso de um piloto que chegou a ser considerado um campeão em potencial, mas não conseguiu deslanchar, e ainda decaiu na competição quando mais precisava se impor.
Kevin Magnussen: O piloto dinamarquês conseguiu a proeza de ser o primeiro competidor a ser suspenso de uma corrida por atingir o limite de 12 pontos na carteira, e com isso, acabou substituído por Oliver Bearman na etapa do Azerbaijão, onde o inglês conseguiu até terminar à frente de Nico Hulkenberg, que tem carregado o time nas costas nesta temporada, e superado Magnussem na imensa maioria das etapas. De volta ao cockpit em Singapura, Kevin voltou mostrando novamente essa diferença de performance em relação ao colega alemão, que mais uma vez fez uma corrida combativa, chegando nos pontos, enquanto o dinamarquês andou sempre mais atrás, e acabou abandonando a corrida. Magnussen já está com os dias contados na F-1, com a escuderia tendo anunciado Bearman como seu substituto para 2025, e portanto, cumpre suas últimas corridas, mas para muitos, ele deveria ser dispensado desde já, diante da performance de Oliver em Baku. Magnussen foi mais um grande talento potencial que infelizmente não despontou na F-1, diante das circunstâncias. Acabou dispensado pela Haas e foi competir em outros lugares, até ser chamado de volta para a temporada de 2022 diante da falta de resultados da dupla titular escolhida pelo time. Foi uma segunda oportunidade que até foi bem aproveitada inicialmente, mas que começou a desmoronar na comparação com Nico Hulkenberg, com o agravante de que o alemão desde 2019 não era um competidor regular do grid, o que só ajudou a piorar a medida para o lado de Magnussen, que certamente saberá dar seguimento à sua carreira em outros campeonatos no próximo ano.
Fim da F-1 na Bandeirantes: Infelizmente, as transmissões da categoria máxima do automobilismo estão com os dias contados no Grupo Bandeirantes. Sem conseguir manter a viabilidade financeira da operação, a Liberty Media já teria aceitado rescindir o contrato com a emissora paulista, válido até o fim de 2025, mas mantido até o fim do atual campeonato, que segundo alguns, já corria o risco de nem mais ser transmitido em sua reta final. E segundo constam os boatos, tudo já estaria acertado para voltar a ser exibido pela Globo, que assim retomaria os direitos da competição, que deteve até 2020. Embora não tenha sido feito nenhum anúncio oficial, a Globo já estaria avisando suas afiliadas a respeito da grade de transmissão da competição, que ficaria na íntegra para o SporTV, e apenas parcialmente na TV aberta. A Globo não traria de volta nenhum dos profissionais atualmente trabalhando na cobertura da Bandeirantes, preferindo apostar no seu staff de profissionais próprio, e entre os fãs, as opiniões se dividem, com muitos deles temendo novamente o descaso por parte da emissora carioca em relação à qualidade das transmissões, que em seus últimos anos já não mostrava nem mais os pódios das corridas, cortando o sinal logo após as bandeiradas. Infelizmente, a Bandeirantes não conseguiu capitalizar adequadamente a viabilidade financeira necessária para continuar bancando a operação, e em certos aspectos, sua transmissão até se acomodou, deixando de aproveitar de melhor forma o grande espaço que destinou em sua programação. Foram então quatro anos onde a F-1 foi uma das grandes estrelas da programação da Bandeirantes, onde, apesar de erros e acertos, foi tratada de forma muito melhor do que na Globo nos últimos anos de transmissão. Resta esperar que a Globo mude sua postura e faça uma transmissão mais decente da competição do que fez anteriormente.
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