sexta-feira, 16 de agosto de 2024

SURPRESAS DE 2024


            Depois da temporada maçante que foi 2023 na Fórmula 1, a última coisa que todo mundo desejava era ver um repeteco em 2024, e até certo ponto, o início da temporada parecia indicar que Red Bull e Max Verstappen caminhariam novamente sozinhos na luta pelo título da competição. Mesmo o abandono do holandês na Austrália parecia apenas um alívio momentâneo do que se pensava ser um novo massacre na temporada, uma vez que as demais escuderias pareciam incapazes de desafiar a hegemonia do time dos energéticos e de seu principal piloto. Mas, eis que a situação mudou radicalmente, e quem diria, estamos tendo um campeonato melhor do que se imaginava, com disputas, desafios, e até incertezas, e sem saber exatamente o que esperar da segunda metade da temporada, que começa no fim deste mês, com a etapa da Holanda.

            Max Verstappen, entretanto, segue disparado na liderança do campeonato. O holandês soube aproveitar o momento em que seu time ainda detinha a hegemonia na competição, e enfileirou vitórias consecutivas até a etapa da China, à exceção da Austrália. Mas, em Miami, o piloto sofreu o primeiro revés verdadeiro na competição, onde acabou derrotado por Lando Norris na luta pela vitória, sem que Max tivesse tido algum problema de fato no carro durante a corrida. Por mais que a entrada do safety car possa ter influenciado, na parte final da corrida o holandês não conseguiu discutir a vitória com o inglês da McLaren, que vencia ali seu primeiro GP na categoria máxima do automobilismo. O time de Woking, a exemplo do ano passado, estreava na prova da Flórida um novo megapacote de atualizações, e da mesma forma como ocorreu no ano passado, teve um grande salto de performance, a ponto de colocar em risco o triunfo de Verstappen na etapa seguinte, em Ímola, onde o tricampeão holandês cruzou a linha de chegada com uma vantagem mínima para Norris. Estaria a McLaren agora em posição real de desafiar a supremacia de Verstappen e da Red Bull? Apesar das expectativas, era preciso um pouco de cautela, afinal poderiam ser resultados momentâneos, com o carro da McLaren se adaptando melhor às duas pistas. Mas era um alento de um ano que já estava sendo melhor do que o de 2023. Mas não imaginávamos ainda o quanto seria melhor realmente.

            A etapa de Mônaco, com suas particularidades, não serviu exatamente para se analisar uma melhora substancial na competição. A Ferrari venceu, mas foi mais mérito da pole de Charles LeClerc, que soube se manter à frente e vencer de ponta a ponta numa corrida que foi uma sonolenta procissão, onde nem mesmo Verstappen resolveu arriscar para tentar um resultado melhor. Mas, na etapa do Canadá, aí sim pudemos ver que 2024 definitivamente não seria como 2023. Teríamos, de fato, competição na pista. A Mercedes acertou o rumo das atualizações do seu carro, e George Russell marcou uma pole inspirada, igualando o tempo de Verstappen. E a corrida foi cheia de alternativas em meio à chuva, que bagunçou as estratégias de times e pilotos, de modo que tanto a Mercedes quanto a McLaren estiveram fortes, e poderiam ter vencido, não fosse a competência de Verstappen e da Red Bull, que erraram menos que os rivais e saíram com a vitória, mas sem exibir um domínio da situação como vinham fazendo no início do ano. O bom momento da competição duraria mais?

            Sim, duraria. Na Espanha, Verstappen venceu novamente, mas tendo Norris mais uma vez fungando no seu cangote, e ainda que o piloto da McLaren não tenha chegado tão junto quando na etapa de Ímola, isso foi devido a erros do piloto e da estratégia da escuderia, que se tivesse acertado melhor os momentos das paradas, poderia ter complicado a situação da Red Bull e saído com a vitória. Tanto no circuito da Emília Romanha quanto no da Catalunha, Verstappen venceu mais por ele do que pela Red Bull propriamente, uma vez que os adversários, leia-se McLaren e Lando Norris, não souberam capitalizar o potencial que tinham, cometendo erros que, mesmo pequenos, foram cruciais para perderem a vitória em ambas as oportunidades.

Até a etapa da Espanha, Max Verstappen conseguiu vencer e controlar a ascenção dos rivais (acima), mas desde então, a concorrência vem complicando a situação do holandês nas corridas, a ponto do tricampeão ter perdido as estribeiras e até arrumado encrenca com Lewis Hamilton na Hungria (abaixo).


            Na Áustria, vimos novamente um bom duelo entre Lando Norris e Max Verstappen pela liderança da corrida, só que desta vez bem antes da parte final da prova, numa disputa pela vitória efetivamente, onde ambos tocaram rodas numa dividida de curva que infelizmente não terminou bem para ambos, com o holandês dando mais sorte e seguindo na corrida, enquanto Norris amargou o abandono. O triunfo caiu nas mãos de George Russell, que anotava ali sua segunda vitória na F-1, e dava um alento para a Mercedes, que também iniciou o ano brigando até para pontuar em alguns GPs, e agora, lutava para estar no pódio, mostrando uma grande evolução, ainda que não tão contundente quanto a da McLaren. E a situação ia se complicando para a Red Bull, que via Verstappen segurando as pontas, mas tendo de batalhar como não se viu nos últimos dois anos e meio. O sinal mais evidente da queda do time dos energéticos era a situação de Sergio Perez, que despencava no grid e nos resultados das corridas, mostrando que a situação poderia mesmo ser bem séria.

            Na Inglaterra, uma corrida que foi cheia de possibilidades, devido a presença da chuva, vimos uma vitória antológica de Lewis Hamilton, encerrando um jejum de dois anos e meio longe do degrau mais alto do pódio. A exemplo do Canadá, venceu quem soube aproveitar melhor as oportunidades da corrida e sabendo lidar com as circunstâncias. Mas poderia ter dado tanto McLaren quanto a Red Bull, uma vez que Verstappen conseguiu driblar as adversidades e chegar perto de Hamilton na bandeirada. A Mercedes, diferente da Áustria, venceu com méritos, uma vez que George Russell havia marcado a pole, e só não terminou a corrida por problemas no carro, tendo que abandonar, mas tinha boas chances de também brigar pelo pódio. Já a McLaren, mais uma vez, errou com seus pilotos e na estratégia, mostrando que precisava caprichar mais na sinergia dentro e fora da pista.

            A Red Bull voltava a ter concorrência, e agora a ameaça não se resumia apenas à McLaren, mas também à Mercedes, que também vinha para a briga. Quem poderia imaginar que o campeonato teria uma reviravolta dessas? Verdade que o ano não começou exatamente tranquilo para a Red Bull, diante do escândalo envolvendo Christian Horner e uma funcionária, algo que teria sido “resolvido” dentro do time, mas que certamente deixou o clima meio turbulento dentro da escuderia. A princípio, isso não parecia ter interferido no desempenho da equipe, que iniciou 2024 arrasando a concorrência, mas aí, outro problema se apresentou: Adrian Newey, descontente com esse ambiente ruim na equipe, resolveu pular fora, depois de quase duas décadas na escuderia, e criador de todos os carros vencedores da Red Bull. Como a escuderia dos energéticos se comportaria sem o “mago” Newey no comando da área técnica? A princípio, se imaginava que a equipe passaria a ter problemas só no ano que vem, já que até então o time vinha detonando tudo e todos na temporada. Mas, justo na primeira corrida onde Newey já não esteve presente, em Miami, foi onde vimos a primeira derrota de Verstappen no ano. Um panorama que o holandês até conseguiu contornar nas etapas de Ímola, Canadá, e Espanha, mas tendo que dar tudo de si, e não cometer o menor erro, para levar os triunfos que os rivais poderiam ter conquistado. Coincidência, ou não?

Na prova da Áustria, Lando Norris e Max Verstappen foram às vias de fato, na briga pela vitória, com ambos saindo perdendo, mas pior para o piloto da McLaren.

           
Como desgraça pouca é bobagem, as atualizações implementadas no modelo RB20, ao contrário do que vinha acontecendo nos últimos tempos, não surtiram os efeitos desejados, muito pelo contrário, deixaram o carro até mais difícil de ser pilotado, de modo que os concorrentes chegaram ainda mais, melhorando seus carros e otimizando seus desempenhos. E uma hora, contar apenas com o “braço” de Verstappen, e o azar dos adversários, já não seria o bastante para continuar contornando a situação. Uma hora os rivais não apenas chegariam, eles passariam à frente. E isso parece que já é realidade. O próprio Max já avisou sobre isso, e chegou até a perder as estribeiras na Hungria, mostrando que só ele não vai conseguir fazer milagre todo dia. Tanto que saiu até em defesa de Sergio Perez, que vem tendo resultados pífios nas últimas provas, mostrando que o buraco é mais embaixo do que parece realmente, e que o mexicano não merece levar toda a culpa pelo que vem rendendo ultimamente.

            A McLaren, por incrível que pareça, tem agora o melhor carro do momento, mas até aqui, conseguiu demonstrar essa supremacia apenas na Hungria, onde conseguiu uma dobradinha incontestável, mas não escapou de se enrolar sozinha, com as ordens para Lando Norris ceder o lugar a Oscar Piastri, diante da manobra de parada de box que resultou em um undercut do inglês sobre o australiano na pista. Norris poderia ter cedido logo a posição, e desse modo, ficaria livre para disputar a ponta, mas foi enrolando, enrolando, até que a inversão de posições deixasse o time de Woking em uma posição constrangedora, diante de uma situação que poderia ter sido evitada.

            Nas demais corridas, entretanto, apesar da excelente performance do carro e de seus pilotos, a escuderia inglesa errou nas estratégias de seus pilotos, quando estes não cometiam seus erros, de modo que o time perdeu boas oportunidades de conquistar melhores resultados, e até vitórias, não fosse a concorrência aproveitar os vacilos da McLaren. Em várias oportunidades, Piastri acabou derrubado pelo próprio time ao errarem o momento ideal de trocar pneus, com o piloto tendo de recuperar o terreno perdido, o que nem sempre conseguiu fazer. Em compensação, Norris acabou demonstrando arrojo e determinação em vários momentos, apenas para vacilar, ou não atacar como deveria, nas disputas decisivas, o que lhe valeu várias críticas de não ter estofo para ser um campeão de fato, por não ser agressivo em diversas disputas de posição, quase sempre ou errando, ou abrindo passagem para os rivais. Na Áustria, quando tentou discutir a liderança com Verstappen, ele pagou caro pela ingenuidade perante o tricampeão holandês, um sujeito sempre difícil de se ultrapassar, e que levou a disputa aos extremos, onde ambos saíram perdendo, com Norris a levar a pior.

A Mercedes (acima) subiu de produção e já contabiliza três vitórias no ano. Já a McLaren tem agora o melhor carro, mas vem cometendo muitos erros com seus pilotos dentro e fora da pista, tendo conseguido dominar apenas a etapa da Hungria, onde fizeram a dobradinha no pódio (abaixo).


            Lando poderia ter aprendido uma importante lição ali, mas aparentemente, preferiu a política da boa vizinhança com seu amigo Max, no que frustrou muitos fãs que aguardavam um duelo mais renhido entre ambos nas corridas. E, verdade seja dita, dali em diante, com exceção da Hungria, Norris perdeu os duelos para Verstappen, apesar de possuir um carro mais competitivo no momento, enquanto Piastri vem aproveitando melhor as oportunidades, sendo que alguns já questionam se o australiano é quem deveria ser o líder do time na pista.

            Esses percalços do time de Woking, dentro e fora da pista, foram explorados por Verstappen, que mesmo diante das dificuldades, só aumentou sua vantagem na classificação, chegando no momento a 78 pontos diante do vice-líder, Lando Norris, de modo que podemos dizer que o holandês tem praticamente três corridas de folga na dianteira. E a sorte de ver que os rivais, apesar da evolução, não conseguem manter uma constância ideal de modo a neutralizar essa vantagem mais rapidamente do que vem conseguindo. Basta ver a situação da McLaren, que poderia estar ainda mais perto na disputa, tanto no campeonato de pilotos, quanto de construtores, se não tivesse perdido diversas oportunidades e soubesse acertar suas estratégias nas últimas corridas.

            E a Mercedes? O time de Brackley iniciou o ano disposto a recuperar o tempo perdido desde 2022, quando lançou o questionável conceito zeropod em seus carros, que ao fim daquele ano já tinha se mostrado insuficiente para brigar contra os rivais mais fortes, insistindo no erro no início do ano passado ao manter o conceito, obtendo mais uma vez uma performance deficiente. De volta a uma abordagem mais convencional, mesmo assim o time demorou a encontrar o ponto de desenvolvimento do novo modelo W15, que começou a temporada dando a pensar ser até mais fraco que seus controversos antecessores, com seus pilotos brigando para conseguir por vezes até pontuar. Os engenheiros penaram para compreender a natureza do novo carro, mas uma vez que conseguiram encontrar um caminho, por volta do GP do Canadá, o desempenho cresceu a olhos vistos, e o time prateado voltou às vitórias, aproveitando erros dos rivais, ao mesmo tempo em que incrementava sua performance, que embora ainda esteja atrás dos rivais no cômputo geral, conseguiu voltar à briga pelas primeiras colocações.

            O desempenho do time prateado, em termos absolutos, ainda está abaixo da McLaren, e talvez um pouco menos que a Red Bull, e eles sabem que ainda não estão com essa bola toda que aparentam, e que precisam melhorar seu desempenho, considerando a si mesmos ainda inferiores aos rivais mantendo os pés no chão. Mas ao menos o revisado modelo W15 parece estar possibilitando a seus pilotos brigar de novo pelas primeiras colocações, o suficiente para embalar a disputa, o que indiretamente tem favorecido Verstappen, já que enquanto McLaren e Mercedes se engalfinham, o holandês tem se aproveitado para manter ou até aumentar sua distância na liderança, que ainda é considerável, ainda que faltem 10 corridas pela frente até o fim do campeonato.

E até agora, já tivemos 4 times vencendo corridas em 2024, com 7 pilotos diferentes no topo do pódio. Já é muito mais do que poderíamos esperar no início do ano, até porque, em tempos recentes, poucas vezes vimos a situação mudar desta forma ao longo de um campeonato. Mas poderia ser ainda melhor, e para ser redundante, ainda pode, mas assim mesmo, a disputa segue restrita ao tricampeão holandês da Red Bull quando se fala na conquista do título da temporada. Por mais incômoda que seja a perda de favoritismo nas corridas, Verstappen ainda pode se dar ao luxo de administrar os resultados, na pior das hipóteses, e aproveitar as oportunidades que surgirem, valendo-se da briga entre os rivais. E, apesar da queda de performance, o carro da Red Bull ainda é bastante competitivo, e em algum momento, certamente podem pintar novas vitórias do holandês, que precisaria de um desastre completo para efetivamente perder o título deste ano. Com 78 pontos de vantagem, Lando Norris precisaria vencer todas as corridas, e Verstappen mesmo terminando em segundo lugar, ele superaria o holandês apenas na prova final, e por uma margem de 8 pontos, descontando-se as provas Sprint. Para os demais pilotos, a tarefa seria ainda mais complicada, dependendo de forma contundente de azares constantes do tricampeão holandês, além de performances perfeitas na pista.

            Mas Norris conseguiria vencer estas 10 corridas, como precisaria fazer? Difícil, até porque a McLaren teria de ser perfeita, e ainda por cima, dar total atenção ao inglês, esquecendo Oscar Piastri na equação, a não ser no caso de fazer jogo de equipe para ambos conseguirem dobradinhas, e com isso diminuir as chances de Verstappen. Mas, como vimos na Bélgica, as coisas podem não sair como se espera. E não há como cravar o que pode ocorrer nestas dez corridas que ainda faltam. Mesmo estando bem atrás na pontuação, a Mercedes quer vir para o jogo, e isso pode embolar as disputas. E enquanto dois brigam, o terceiro sai lucrando, diz o tradicional ditado. E Max Verstappen pretende ser esse terceiro, no provável duelo que pode haver entre os rivais. Até porque para o holandês, administrar resultados não é bem sua política de competição: ele vai ir para cima tanto quanto for possível, portanto, não subestimem a fera, porque ferida, sempre acaba sendo subestimada. E quem acha que o homem vai encarar a derrota numa boa vai se decepcionar.

A Ferrari venceu duas corridas, mas caiu de rendimento, sendo superada por McLaren e Mercedes, sem ter conseguido desafiar efetivamente a Red Bull.

           
E a decepção até aqui tem sido a Ferrari. O time rosso iniciou o ano como mais próximo adversário da Red Bull, e vinha conseguindo manter este papel, enquanto o time austríaco ainda dominava. Mas, quando McLaren e Mercedes conseguiram evoluir seus carros, a Ferrari não conseguiu o mesmo, e foi ficando para trás nesta briga, repetindo um panorama visto em anos recentes, quando a equipe italiana começava forte, e ia perdendo força ao longo do ano. Tanto que ela nem é muito visada pela própria Red Bull no que tange à briga pelas primeiras posições e vitórias nas corridas. Pode até incomodar, mas tem tudo para ficar atrás até da Mercedes no fim do ano, na classificação, diante da performance demonstrada nos últimos GPs. O que seria muito incômodo, e uma vergonha total para os italianos, que tinham tudo para liderar a “oposição”, mas acabaram atropelados por quem conseguiu fazer o serviço com mais competência.

            Completando o TOP-5, temos a Aston Martin, que infelizmente não conseguiu repetir a impressionante performance de 2023. O time já tinha identificado um grande ponto fraco no ano passado, que foi não conseguir desenvolver atualizações que incrementassem a performance do modelo AMR23, talvez por não compreendê-lo totalmente, uma vez que ele fora baseado no bem-sucedido modelo RB18 com o qual a Red Bull venceu a temporada de 2022. Assim, o novo AMR24 foi um bólido mais autoral, concebido inteiramente pelo departamento técnico da equipe de Silverstone, o que deveria facilitar a compreensão das reações do carro, e assim, o time saber onde estariam seus pontos fracos, e o que seria necessário para corrigi-los e melhorar a performance. Mas, não apenas os conceitos aplicados no carro de 2024 se mostraram errados, como nem mesmo com um carro “da casa” eles souberam evoluir sua performance adequadamente. A equipe esmeralda luta para marcar parcos pontos, e o melhor que pode fazer neste momento é aprender com seus erros e evoluir sua área técnica, para estarem prontos quando iniciarem a nova parceria com a Honda em 2026.

            No cômputo geral, 2024 começou com todo mundo já pensando em 2025, quando se anunciou a ida de Lewis Hamilton para a Ferrari, e a expectativa de um novo passeio de verstappen e da Red Bull dava o tom do que seria o campeonato. Menos de seis meses depois, o panorama é completamente diferente, para sorte dos amantes da velocidade. E podemos ter ainda muito pelo que torcer ainda este ano, antes de começarmos a especular mais uma vez o que o próximo ano poderá nos trazer.

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