sexta-feira, 30 de agosto de 2024

A CAÇA A VERSTAPPEN

Max Verstappen até conseguiu largar melhor, mas desta vez não conseguiu, ou preferiu não lutar de forma desnecessária, com Lando Norris, da McLaren.

            Max Verstappen perdeu a invencibilidade em casa domingo passado. O tricampeão holandês, desde o retorno do GP da Holanda ao calendário em 2021, havia feito a pole-position e dominado a corrida em todas as edições desde então. Mas este ano, o panorama mudou. Lando Norris fez a pole, e venceu a prova. Max, apesar do mau humor com seu resultado, não teve do que reclamar propriamente: largou em 2º, e terminou em 2º. Como resultado, sua vantagem na classificação, até então de 78 pontos, baixou para 70 pontos, frente justamente a Norris, vice-líder na pontuação. E fica a grande pergunta: o piloto da McLaren pode ser campeão?

            No que tange ao campeonato de construtores, a situação é bem complicada para a até outro dia imbatível Red Bull. O time de Woking fez 1º e 4º colocados, frente ao 2º e 6º colocados do time dos energéticos, e com isso, sua dianteira no campeonato caiu para 30 pontos, uma diferença que, diante do panorama atual, deve ruir em duas corridas, talvez três, ou até mesmo em uma, a depender dos acontecimentos e circunstâncias. Já em relação ao campeonato de pilotos, a pergunta é mais difícil. Norris pode ser sim, campeão, mas não vai ser uma tarefa fácil, mesmo com a McLaren tendo o melhor carro do momento.

            Imaginando-se uma repetição do resultado da Holanda nas nove provas finais da temporada deste ano, com Norris vencendo, e Verstappen sendo o 2º colocado, descontando-se as corridas sprints, e o ponto pela melhor volta, o inglês tiraria 7 pontos de Max por prova, conseguindo recuperar 63 pontos, e portanto, faltando 7 para alcançar o piloto da Red Bull, que conquistaria o tetracampeonato. Mas é difícil imaginar que este tipo de resultado se repita, pelo menos em todas as provas restantes deste ano. O clima segue imprevisível, e mesmo com a excelente forma da McLaren, ela não está usufruindo deste bom momento como poderia fazer. E há outros times que podem embaralhar a situação, e tornar a disputa ainda mais difícil e árdua tanto para um quanto outro piloto e time. Cada corrida poderá ter um panorama diferente, não há como prever o que se passará em todas as nove provas restantes do ano. E claro, as corridas sprint também podem ser tanto uma ajuda quanto um revés para ambos.

            A Mercedes, que poderia ter complicado a situação do time dos energéticos, não se achou na pista holandesa, e isso facilitou as coisas para Verstappen, que só teve mesmo que lidar com Lando Norris. E a sorte do tricampeão ajudou no fato de Oscar Piastri, que tinha andando muito forte, e até mesmo à frente de Norris, não ter conseguido fazer uma boa largada em Zandvoort. O australiano ficou preso atrás de George Russell na largada, e isso o fez perder contato com Norris e Verstappen na corrida. Mesmo quando se livrou do piloto da Mercedes, contudo, Piastri não conseguiu se aproximar dos ponteiros, e pior, novamente, a estratégia da McLaren o fez voltar atrás de Charles LeClerc, que fez uma grande corrida, e ao contrário do que muitos esperavam, conseguiu segurar a 3ª colocação, e até se aproximou de Verstappen no fim da corrida, ainda que em nenhum momento tenha se colocado como ameaça ao 2º posto do holandês. Mas, se a Ferrari tivesse ido ainda melhor? Verstappen talvez não tivesse conseguido subir nem ao pódio, o que potencializaria suas perdas na etapa de casa.

Depois de superar Verstappen, Norris levou a McLaren à vitória na pista holandesa com a mesma facilidade que o piloto da Red Bull vinha desmoralizando os concorrentes no início da temporada.

            Neste ponto, aliás, já há quem questione se a McLaren não teria feito bobeira com a invertida de posições na Hungria, dando a vitória a Oscar Piastri, e não a Lando Norris. Por mais que tenha sido um erro de estratégia que colocou o australiano atrás de seu colega de time inglês, a verdade é que o time se desgastou necessariamente com isso. E faltou inteligência também a Lando, que poderia ter devolvido a posição a Piastri, e com quase 20 voltas de corrida ainda, poderia ter ido buscar novamente a vitória no que restava da prova, visto que estava conseguindo ser mais rápido que Oscar naquele momento. O triunfo cortaria a vantagem de Verstappen para 63 pontos, algo mais aceitável do que os atuais 70 pontos de desvantagem do piloto da McLaren, e colocaria ainda mais pressão no tricampeão da Red Bull, que teria menos margem para administrar nestas corridas que restam.

            Verstappen, pelo menos, soube correr com a cabeça, e isso é que fará a diferença nestas próximas corridas. Ele parece ter aceitado, a contragosto, que suas estripulias na Hungria o fizeram perder pontos que podem ser importantes, e não engrossou desnecessariamente na hora de ser superado por Norris em Zandvoort. Uma reprise do enrosco vivenciado em Zeltweg poderia dar ruim, ainda mais diante de sua torcida, e sem garantias de que Norris tivesse mais azar do que ele. Na hipótese de um enrosco acabar resultando em seu abandono, e Norris permanecer na corrida, o prejuízo poderia ser muito maior. O lance, como ele mesmo disse, é “não entrar em pânico”. E não é mesmo. Manter a cabeça no lugar é a melhor resposta, e a situação não é assim tão desesperadora como pode parecer.

            O modelo RB20 não é um carro ruim como as reclamações de Verstappen podem dar a entender. O problema é que a concorrência evoluiu mais que o time dos energéticos, que se antes podiam se dar ao luxo até de administrar os resultados, agora precisam buscar tudo a que tiverem direito. Se formos comparar só pelo que vimos no GP da Holanda no fim de semana passado, e a mesma prova em 2023, podemos estabelecer um parâmetro de comparação da evolução tanto de Verstappen quanto de Norris na mesma corrida. Em 2023, Verstappen fez a pole com o tempo de 1min10s567, enquanto Norris largou na 2ª posição, com o tempo de 1min11s104. Este ano, as posições se inverteram: foi Norris a marcar a pole, com 1min09s673, e Verstappen a ser o 2º, com 1min10s029. Em comparação com o ano passado, o tempo de Max melhorou 0s538, porém, o tempo de Lando evoluiu 1s431. Arredondando, enquanto Verstappen foi pouco mais de meio segundo mais veloz, Norris foi quase um segundo e meio, em outras palavras, a McLaren conseguiu uma melhora de quase 1s melhor que a Red Bull. Isso dá uma idéia de como os dois times melhoraram, com a McLaren mostrando uma evolução muito mais contundente que a Red Bull.

Má largada impediu que Oscar Piastri (acima) fizesse uma performance igual à de Norris, perdendo o pódio e as chances de terminar à frente de Max Verstappen. Já a Ferrari (abaixo) conseguiu avançar na corrida, com boas posições finais de Charles Le Clerc e Carlos Sainz Jr.


            Mas isso não quer dizer que o time dos energéticos está derrotado de vez. O desempenho pode variar, dependendo da pista, e sabendo que as últimas atualizações não deram certo, a Red Bull já está tentando encontrar soluções para isso. Aqui em Monza, onde domingo temos o GP da Itália, o time austríaco está com seu carro de volta às configurações originais do início da temporada. O objetivo é pelo menos devolver a estabilidade ao bólido, e com sorte, recuperar assim parte da performance que acabou perdida com as evoluções que deixaram o RB20 mais nervoso e difícil de pilotar. É um começo para tentar recuperar a performance do carro, um passo atrás para encontrar como dar novos passos à frente. Fica a dúvida sobre como será o desempenho de Verstappen neste final de semana. Monza é uma pista de alta velocidade, e era um dos pontos fortes do carro da Red Bull. O downgrade do carro pode dar certo, e eles recuperem pelo menos a estabilidade do carro e sua grande velocidade, ajudando a enfrentar a McLaren, que já mostrou que suas atualizações deixaram o modelo MCL38 rápido e versátil, capaz de ir bem em todo tipo de pista. Mas a própria McLaren não quer se deixar levar pelo entusiasmo exagerado, preferindo manter os pés no chão também para não levar um tombo inesperado, ainda mais diante dos detalhes que ela sabe que precisa melhorar, especialmente na estratégia de corrida, onde uma decisão errada pode comprometer, se não até arruinar a prova de seus pilotos. Já vimos isso várias vezes este ano, e fica a dúvida se a escuderia irá de fato corrigir esta postura.

            Mas fica também o perigo que Mercedes e Ferrari podem representar em Monza, e se isso impactará o duelo Verstappen-Norris. Se eles chegarem para a briga, e como chegarem. Mas também não podemos esquecer que um dos problemas do time da McLaren são seus erros de estratégia e dos pilotos. O GP da Itália é uma corrida simples, sem muitas variáveis de estratégia, mais de velocidade pura, e portanto, uma chance de testarem a força de cada time. Não dá para contar que a Verstappen será batido em todas as pistas, e o holandês, hábil em explorar as circunstâncias da prova, terá neste ponto o seu grande trunfo para tentar se sobressair sobre os rivais. Mas, quanto mais rivais fortes para disputar, pior poderá ser o panorama, com o risco de ser superado por mais concorrentes ao menor erro, um perigo que Max precisará mais do que nunca manter a cabeça fria, pois cada prova que ele conseguir minimizar os prejuízos joga mais pressão também sobre Norris, que mesmo afirmando que pensar no título ainda é “estupidez”, na verdade é algo que ele não pode deixar de se preocupar, pois se hesitar, pode perder oportunidade de chegar mais rápido no rival holandês.

            E a Mercedes, e talvez a Ferrari chegarem para a briga, pelo menos em Monza, pode vir a ser um complicador também para a McLaren, que pode ter de duelar com eles, ao invés de apenas com Verstappen. Se a vitória cair na mão de qualquer um destes dois times, Norris terá menos chances de diminuir de forma mais eficiente a desvantagem para Verstappen, já que a maior diferença de pontos entre as posições é justamente do 1º para o 2º colocado, 7 pontos. Daí para baixo, as diferenças vão diminuindo, e as chances de Max minimizar os prejuízos aumentam. Mesmo assim, é uma faca de dois gumes, pois se Norris conseguir vencer, seu companheiro Piastri, e as duplas de Mercedes e Ferrari podem ajudar a aumentar ainda mais as chances de desmontar a dianteira de Verstappen, dependendo do desempenho do holandês. E com um detalhe importante: o holandês terá que tomar cuidado com sua agressividade na hora de disputar posições, pois uma manobra errada pode ter consequências sérias, e a possibilidade de um abandono, algo a se evitar a todo custo. Para complicar a situação, depois da sova que tomaram de Verstappen e da Red Bull em tempos recentes, todos os rivais vão querer tirar sua lasquinha de satisfação na pista, e não vão dar mole para o piloto da Red Bull, se virem a chance de deixa-lo para trás.

            A caçada de Lando Norris a Max Verstappen apenas começou. Na Holanda, Norris venceu o primeiro round, mas não foi exatamente um nocaute como poderia ter sido. O que esperar aqui em Monza? No mínimo, se quiser mesmo ser campeão, Lando tem de partir para o ataque desde já. Falta combinar com os outros, porém, e especialmente, com Verstappen, que não pode ser subestimado nunca. Norris já sabe disso, mas será que ele finalmente mostrará aquele ímpeto “matador” que todo campeão precisa ter se quiser de fato vencer um campeonato? Muitos acham que não. É a hora do inglês mostrar que estão errados. Ou certos, se não se impor como deve...

 

 

Situação inusitada nesta quinta-feira em Monza: o Safety Car, conduzido por Bernd Maylander, sofreu um acidente na Curva Parabólica, atingindo a proteção de pneus no lado externo da famosa curva do circuito italiano. Maylander conduzia o carro como parte das atividades de rotina de checagem dos sistemas do veículo, a fim de garantir que está tudo em ordem para quando for exigida sua intervenção no fim de semana, em algum momento. Ao fazer um teste de velocidade, outro procedimento de rotina, contudo, ele aparentemente perdeu o controle do modelo Aston Martin, atravessou a área de escape asfaltada da Parabólica e, em seguida, pulou na área de brita antes de acertar as barreiras de pneus na parte externa da pista. Apesar do forte impacto nos pneus, Maylander e seu passageiro no carro nada sofreram. O modo como o carro saiu do controle na Parabólica sugere um possível problema mecânico, e não um erro do piloto, mas pelo sim, pelo não, o veículo já ia ser analisado, e para qualquer eventualidade, há um carro reserva para ser usado como Safety Car, prevendo este tipo de problema, que é bem raro, ainda que não inédito, na história da F-1.

 

 

A Indycar está de volta a um dos circuitos ovais mais clássicos dos Estados Unidos. Milwaukee, no Wisconsin, é um pequeno circuito oval de apenas uma milha, mas é o mais antigo circuito de corridas dos Estados Unidos. Construído em 1903, ele era inicialmente uma pista de corrida de cavalos, com piso de terra. Tendo passado a ser palco de corridas de carros, o traçado foi pavimentado em 1954, e a partir daí, se fez presente em nas mais diversas categorias automobilísticas dos Estados Unidos, tendo feito parte do calendário da F-Indy original, sendo considerado o circuito que mais categorias de competição já recebeu em sua história de mais de um século de existência. Posteriormente, a pista também integrou a Indy Racing League (IRL), atual Indycar, tendo sua última aparição no calendário em 2015. Desavenças entre os promotores da corrida resultaram na saída de Milwaukee do calendário da competição desde então, com a pista retornando à categoria apenas este ano, e como que tentando recuperar o tempo perdido, em uma rodada dupla. O traçado possui muito pouca inclinação nas curvas, e as corridas ali sempre foram desafiantes diante do tráfego dos retardatários, já que as voltas eram feitas em pouco mais de 20s, de modo que os líderes não demoravam a encontrar com os últimos colocados. O recorde do circuito, aliás, é de 21s519, de Scott Pruett, obtido em 1998, ainda nos tempos da F-Indy original, com um carro Reynard/Ford. Já na atual Indycar, o recorde é de Hélio Castro Neves, com a marca de 22s1211, obtido em 2015 com Dallara/Chevrolet. Marcas que tem boas chances de serem superadas pelos carros atuais neste retorno da lendária “Milha” ao calendário da Indycar. Uma corrida agitada é o que se pode esperar de Milwaukee, e no que tange à disputa pelo título, é mais um palco onde Will Power precisa otimizar seu desempenho, e ainda torcer para Álex Palou ter azar nas provas, já que precisa descontar uma desvantagem de 54 pontos, muita coisa para tentar tirar faltando apenas 3 corridas para fechar a temporada. Palou deu sorte na última corrida em oval, em Gateway, onde Power acabou atingido por Alexander Rossi e tendo de abandonar, enquanto o espanhol da Ganassi terminou em 4º, aumentando sua já folgada liderança no campeonato, que corria o risco de ser drasticamente reduzida. Quem terá mais sorte e competência neste final de semana? A corrida neste sábado terá largada às 19:00 Hrs. Já no domingo, o horário será diferente, com a largada sendo feita às 16:00 Hrs.

 

O centenário circuito oval está de volta ao calendário da Indycar, sediando uma rodada dupla neste fim de semana.

 

E a MotoGP também entra na pista neste fim de semana, com a etapa de Aragón, na Espanha. A corrida Sprint neste sábado tem largada a partir das 10:00 Hrs., enquanto a corrida principal, no domingo, começa às 09:00 Hrs., com transmissão ao vivo pelo canal ESPN4, e pelo sistema de streaming Disney+. 

Aragón, na Espanha, deve ver um novo embate entre Jorge Martin e Fracesco Bagnaia neste final de semana. 

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA - AGOSTO DE 2024


           
E o mês de agosto está se despedindo, e estamos para entrar em setembro, mês que marca o fim do terceiro trimestre do ano. Alguns campeonatos, como a Fórmula 1, tiveram um pequeno intervalo de descanso para suas férias de versão na maior parte do mês, enquanto outros certames seguem firmes em suas agendas de competições, com uma pausa maior ou menor diante da realização dos jogos olímpicos em Paris, dependendo das categorias abordadas. E, para fechar o mês, é claro que é hora de mais uma edição da nossa Cotação Automobilística, analisando alguns dos acontecimentos ocorridos neste mês de agosto, com alguns comentários e análises a respeito, no velho esquema de sempre: EM ALTA (cor verde); NA MESMA (cor azul); e EM BAIXA (cor vermelha). Uma boa leitura a todos, e até a próxima Cotação Automobilística, no fim do mês que vem, com a avaliação dos acontecimentos do mundo da velocidade já do mês de setembro...

 

EM ALTA:

 

Duelo pela liderança da MotoGP 2024: Finda as férias de verão da classe rainha do motociclismo, vimos o retorno do duelo pelo título entre o atual bicampeão Francesco Bagnaia, da equipe oficial da Ducati, e Jorge Martin, do time satélite Pramac da mesma fábrica. Na etapa da Inglaterra, em Silverstone, Martin saiu vencedor, retomando a liderança da competição frente ao piloto do time oficial da fábrica italiana, onde o espanhol tratou de se sobressair sobre o rival. Porém, na prova seguinte, na Áustria, na pista de Zeltweg, foi a vez de Bagnaia dar o troco, vencendo tanto a corrida curta quanto a prova principal no domingo, e retomar a liderança da classificação. A margem, porém, é curta, e tudo pode mudar nas próximas etapas da competição, prometendo muitas emoções até o fim da temporada. Tanto Bagnaia quanto Martin estão focados na briga, com o terceiro colocado, Enea Bastianini, já longe para tentar brigar pelo título, mas podendo se intrometer na briga não apenas para ajudar o companheiro de equipe Bagnaia, mas também a si próprio, melhorando seu currículo na competição, visando chegar em sua nova equipe em 2025 com a moral em alta. Por isso mesmo, os dois pilotos devem seguir monopolizando as atenções, e fazendo marcação cerrada um sobre o outro, a fim de darem o seu melhor na briga pelo título. Quem irá lidar melhor com a pressão da disputa? Por ter vencido a contenda já duas vezes, poderia se dizer que Bagnaia é o favorito, mas não se pode subestimar Jorge Martin, que vai dar tudo por tudo nesta oportunidade que tem para tentar chegar ao título, e que pode surpreender se o rival baixar a guarda em algum momento. Um duelo que promete levantar a torcida até o encerramento da competição em Valência, no fim do ano.

 

Álex Palou rumo ao tricampeonato na Indycar: O piloto espanhol da Ganassi segue firme para tentar conquistar o seu terceiro título no certame de monopostos dos Estados Unidos, e tem conseguido aliar competência a uma grande dose de sorte, ao ver seus potenciais adversários ficando pelo caminho, ou pelo menos, complicando-se na tarefa de tentar colocar em risco suas chances de chegar ao título da competição. Scott Dixon, seu companheiro de equipe, por exemplo, deu azar em Portland logo no início da corrida, sendo tocado e indo parar no muro, abandonando a corrida e perdendo quaisquer chances potenciais de brigar pela taça. Patrício O’Ward, da McLaren, teve problemas mecânicos em Gateway e abandonou a corrida no oval, além de ter tido um desempenho pífio em Portland, perdendo contato com Palou, e as chances de tentar o título. E Will Power, por sua vez, teve um azar tremendo em Gateway sendo atingido por Alexander Rossi numa relargada, e perdendo as chances de vencer a corrida e encostar no piloto da Ganassi. Power já tinha se complicado sozinho em Toronto após dar um toque no próprio companheiro de equipe Scott McLaughlin, o que lhe rendeu uma punição e perda de melhor resultado na corrida. O australiano venceu em Portland, é verdade, mas Palou fez uma corrida segura, como nas etapas anteriores, e vem administrando a vantagem, minimizando os riscos de ser surpreendido pelos rivais, algo que ainda terá de fazer com capricho nas etapas finais da competição, todas em pistas ovais, onde ele não é tão proeminente como nas pistas mistas, mas que vem conseguindo obter bons resultados recentemente. Não dá para cantar vitória antecipada, é claro, mas as chances do terceiro título vem crescendo paulatinamente, e isso não é bom para os rivais, se eles ainda quiserem tentar complicar a situação de Álex.

 

Thierry Neuville: O piloto belga conseguirá romper a escrita e finalmente conquistar o título do Mundial de Rali? Até o presente momento, está indo bem, ocupando a liderança da competição, com 27 pontos de vantagem para Sébastien Ogier, que mais uma vez não disputa todas as etapas da competição, para sorte de Neuville. Mas é muito cedo para comemorar, ainda tendo 4 etapas para fechar a temporada de 2024. Ott Tanak, na 3ª colocação, está 31 pontos atrás, e em teoria poderia ser a maior ameaça, já que também compete pela Hyundai, sendo companheiro de Neuville na escuderia. Tendo estreado no Mundial de Rali em 2008, Neuville já bateu na trave várias vezes na luta pelo título do campeonato, tendo ficado com o vice-campeonato nas temporadas de 2013, 2016, 2017, 2018, e 2019, ou seja, cinco vice-campeonatos. Está mais do que na hora de desencalhar, e finalmente conquistar o título. Experiência e capacidade ele tem, mas estamos falando do Mundial de Rali, onde não apenas o equipamento e o talento garantem as conquistas, mas também uma certa dose de sorte para não sofrer algum problema inesperado, e além do controle do piloto. Por enquanto, Neuville vai conseguindo dominar a situação, resta esperar se vai conseguir manter tudo sob controle até o final do campeonato, e finalmente se sagrar campeão...

 

Equipe McLaren: Erros de estratégia e de seus pilotos à parte, não há dúvidas de que a McLaren voltou a ocupar o papel de grande destaque na F-1 que já ocupou um dia, sendo um dos times mais vitoriosos da competição, e já tendo contado com pilotos de grande nível, como Niki Lauda, Alain Prost, Ayrton Senna, Fernando Alonso, e Lewis Hamilton, entre outros. O time passou por uma fase tenebrosa em sua nova associação com a Honda, entre 2015 e 2017, caindo para as últimas posições do grid, e tendo de efetuar uma grande reestruturação não apenas a nível técnico, mas de pilotos, e até de comando e propriedade. Demorou, mas enfim podemos dizer que a grande McLaren está de volta, possuindo no momento o melhor carro da F-1, e podendo conquistar o título de construtores, ainda mais em cima da poderosa Red Bull, e quem sabe, com um pouco de sorte, e esforço, até mesmo o título de pilotos, em que pese a grande vantagem de Max Verstappen no campeonato. Desde o ano passado, quando iniciou a temporada de forma até desastrosa, a equipe de Woking iniciou um desenvolvimento técnico em seus carros espantoso, e se em 2023 não conseguiu destronar a Red Bull, este ano não apenas alcançou o time dos energéticos, como o superou amplamente, como demonstram as vitórias obtidas na Hungria e na Holanda. Falta, porém, acertar melhor as estratégias, ponto fraco do time, e seus pilotos precisam evitar seus erros, a fim de não terem de remar vindo de trás para chegar à frente dos rivais. Mas é bom ver um nome histórico da F-1 voltar a brilhar, mostrando um trabalho honesto e firme, rumo novamente ao estrelado que já ocupou em diversos momentos do passado.

 

Felipe Massa: O momento pode ser apenas pontual, mas desde que começou a competir na Stock Car, em 2021, esta é a primeira vez que Felipe lidera a competição, tendo conquistado suas primeiras vitórias na categoria no ano passado, e já tendo vencido novamente este ano, mostrando maior entrosamento com a categoria nacional. Por mais que tenha se aproveitado dos erros e percalços dos pilotos mais bem colocados na temporada, Felipe tem se mantido constante, e a liderança na classificação precisa ser valorizada e respeitada, ainda mais em uma categoria com tanta disputa e equilíbrio como é a Stock Car Brasil, que apesar de seus defeitos e polêmicas, tem conseguido apresentar boas disputas na pista, e Massa é mais um piloto com passagem pela F-1 a se reencontrar na categoria nacional, como já ocorreu com diversos outros representantes nossos. Se vai conseguir chegar ao título ainda é cedo para afirmar, visto que ainda temos várias etapas na temporada, mas se os rivais bobearem, Massa está mostrando que poderá estar lá para aproveitar o momento e se beneficiar, e quem sabe, comemorar um título inédito em sua carreira de piloto. E ele vai chegando sem avisar, portanto os rivais que se cuidem...

 

 

 

NA MESMA:

 

Max Verstappen: O tricampeão holandês segue firme na liderança do campeonato, e apesar da derrota sofrida para Lando Norris no GP da Holanda, perdendo sua invencibilidade em casa para o piloto da McLaren, que fez a pole, e conseguiu superar o piloto da Red Bull depois de perder a liderança na largada, minimizou os prejuízos terminando a prova na segunda posição, e ainda ostentando 70 pontos de distância para o inglês. Com 9 corridas pela frente, a tendência é Verstappen tentar administrar a diferença, confiando que a concorrência, em especial Norris e a McLaren, não conseguirão manter a constância necessária para ameaçar sua liderança a tempo de comprometer a chance de conquistar o tetracampeonato. Max ainda espera que a tentativa da Red Bull de reverter para as configurações iniciais do início da temporada do modelo RB20 deixe o carro menos instável, permitindo-lhe controlar melhor a situação. Mantendo a cabeça no lugar, o holandês conseguiu cumprir com sua meta na Holanda, mas fica a dúvida se conseguirá realizar a meta nas demais provas, já que o rendimento de seu carro ainda está em dúvida, frente ao que os rivais podem apresentar. Se a McLaren é a principal preocupação, Max pelo menos deu sorte que Mercedes e Ferrari não lhe deram dor de cabeça em Zandoort, mas e nas próximas corridas, o que pode acontecer?

 

Lando Norris: O piloto da McLaren conseguiu uma vitória maiúscula no GP da Holanda, marcando a pole-position sem deixar contestação, mas voltou a cometer o erro de largar mal, permitindo que Max Verstappen assumisse a ponta e desse impressão de que novamente venceria fácil diante do erro do rival, que precisa urgentemente corrigir, junto com a McLaren, esse problema de não conseguir arrancar com tanta eficiência quanto seus rivais. A sorte de Lando é que dessa vez a Red Bull não conseguiu prover um carro muito bem acertado para o tricampeão holandês, que até comandou a corrida com certa autoridade nas primeiras 18 voltas, mas quando perdeu rendimento, ficou à mercê de Norris, e pelo menos, também não resolveu bater rodas com o inglês diante de sua torcida, e correr o risco de sofrer um abandono que seria ainda pior para o campeonato. Na liderança, Norris simplesmente foi-se embora, vencendo de forma decisiva, e retomando um pouco as rédeas dentro da escuderia de Woking, que poderia ver a ascenção de Oscar Piastri como algo mais viável do que o inglês como líder do time na pista. Mas, mesmo com a vitória, e se colocando como principal – e única, possível ameaça ao tetra de Max Verstappen, Lando Norris ainda enfrenta certo descrédito quanto à sua capacidade de lutar efetivamente pelo título com Verstappen. Cabe a ele mudar essa percepção, e as ferramentas estão à sua disposição, com o excelente carro da McLaren, bem como o time acertar melhor suas estratégias de corrida, quando necessário.

 

Destino de Adrian Newey na F-1: O projetista mais famoso dos últimos tempos na história da categoria máxima do automobilismo ainda não tem seu destino definido na competição. Cotado para ir para a Ferrari, as negociações teriam desandado diante do valor excessivamente elevado pedido pelo inglês, e ainda querer ter poder de gerência sobre o corpo técnico, exigências que o time de Maranello teria considerado descabidas. Agora as fofocas vão na direção da Aston Martin, que não só teria concordado com as exigências salariais de Newey, como ele ainda permaneceria morando no Reino Unido, lembrando que outro empecilho potencial para ele ir para a Ferrari seria ter de se mudar para a Itália, fator que parecia estar sendo contornado adequadamente. Por enquanto, entretanto, o que existem são boatos e fofocas, e oficialmente, Newey ainda está livre e solto no mercado, de modo que tanto a ida para a Aston Martin poderia se concretizar, ou até mesmo o negócio com a Ferrari voltar à baila. Pelo visto, vamos ter de esperar um bom tempo até sabermos qual será o novo time de Adrian Newey, se bem que até mesmo uma aposentadoria não pode ser algo descartado no momento...

 

Nissan inalterada na F-E 2025: A Nissan foi o time que mais se destacou na temporada 2024 da Formula-E, atrás somente da Jaguar e da Porsche, que disputaram o título. Se Oliver Rowland fez uma bela temporada, quase chegando para tentar discutir o campeonato, não fosse uma ausência inesperada em Portland por problemas de saúde, Sacha Fenestraz não conseguiu demonstrar a mesma capacidade, e teve um ano para esquecer, se comparado aos resultados obtidos pelo companheiro de equipe. Mesmo assim, a Nissan resolveu dar mais uma chance ao franco-argentino, e Fenestraz seguirá na escuderia na próxima temporada, podendo mostrar o que pode fazer, especialmente se a Nissan mantiver sua evolução, tendo finalizado a temporada deste ano em 4º lugar entre as equipes, perdendo para a DS Penske, que teve uma dupla com resultados menos desiguais no ano, se comparado com o time nipônico. Rowland terminou a temporada de 2024 na 4º posição, com 156 pontos, enquanto Sacha foi apenas o 17º, com 26 pontos. Já no campeonato de construtores, a Nissan terminou efetivamente em 3º lugar, perdendo apenas para a Jaguar e Porsche. A estabilidade da dupla de pilotos é um dos pontos levados em conta para manter a evolução do equipamento e da escuderia na próxima temporada.

 

Quedas de Marc Márquez na MotoGP: A “Formiga Atômica” viveu anos conturbados na Honda de 2021 para cá. Com uma moto pouco competitiva, o piloto espanhol abusou do arrojo para tentar compensar no braço a falta de performance, e no ano passado, com uma moto muito arisca, sofreu uma série de tombos preocupantes, que por pouco não lhe infringiram sequelas sérias. Ao mudar para um time satélite da Ducati, a Gresini, Márquez quis se provar se ainda era competitivo, e voltar a brilhar na competição, caso a resposta fosse positiva. Bem, ele continua competitivo, e tirando a dupla da equipe oficial de fábrica da Ducati, e de Jorge Martin, da Pramac, ele vem muito bem na temporada de 2024, já tendo se adaptado à Desmosédici. Mas, mesmo assim, ele continua caindo muito, e lidera o ranking de tombos na temporada, com pelo menos 16 quedas até agora. Com uma moto competitiva nas mãos, ele não deixou de ser arrojado, mas vez por outra, parece ir além dos limites, colocando-se novamente no chão em circunstâncias que poderiam ser evitáveis. Com sua mudança para o time de fábrica no próximo ano, o hexacampeão parece não conseguir ser paciente, e querer voltar a vencer já este ano, o que não é algo impossível, mas que precisa saber dosar seu ímpeto. Mesmo sendo uma moto mais estável e previsível, Marc Márquez não precisa forçar tanto a ponto de sofrer tantas quedas, as quais podem comprometer resultados viáveis, ou até mesmo comprometer sua condição física. Desde que deixou de lutar pelo título desde 2020 primeiro pelo acidente sofrido em Jerez de La Fronteira, e depois pela má fase da Honda, ele parece ansioso para voltar a ser o grande nome da competição, o que poderá fazer sem maiores problemas em 2025, quando certamente deverá voltar a disputar o título com a melhor moto do grid, e não precisa provar mais nada. Resta saber se ele saberá ter paciência para esperar mais um pouco, e não exagerar na dose novamente e continuar se acidentando...

 

 

 

EM BAIXA:

 

Respeito da Stock Car pela imprensa: A principal categoria de competição automobilística do Brasil mostrou uma faceta pouco elogiável e altamente questionável ao descredenciar o site jornalístico Grande Prêmio da cobertura que seria feita na etapa de Belo Horizonte. O motivo teria sido o incômodo que a direção da categoria teve com uma ampla reportagem do site relatando os problemas que a Stock estava vivenciando para realizar sua etapa na capital de Minas Gerais, inclusive com ação na justiça movida pela Universidade Federal de Minas Gerais, que alegava perigo aos animais tratados em unidade da mesma que fica junto ao local onde foi realizada a corrida. O site fez uma grande matéria apenas relatando este e outros problemas vivenciados pela Stock para conseguir realizar sua corrida no entorno do estádio do Mineirão, que acabou avalizada pela justiça. Mas a reportagem apenas relatava fatos, não fazendo manifestação de opinião a respeito se era ou não válida a corrida ser feita naquele lugar. Pior é que a justificativa não indica quem deu a ordem do descredenciamento, que soou como vingança barata, pura e simples, contra um site que estava apenas cumprindo com sua obrigação de informar, dando um belo exemplo de desrespeito para com a imprensa especializada. Será que é preciso bajular a categoria de agora em diante para poder ter acesso ao evento? Se a Stock ficou inconformada e irritada apenas com um texto relatando os problemas que ocorreram para a realização da prova, o que farão com um texto que critique suas mazelas e corridas ruins? Coincidência ou não, o Grande Prêmio também havia incluído a Stock em seu rol de categorias a serem transmitidas pela internet no canal do You Tube do site, que não teve contrato renovado, e portanto, deixou de poder transmitir as corridas. A atitude da direção da Stock apenas demonstra uma visão pífia e cretina de sua direção, que conduzindo um evento esportivo dedicado aos torcedores, não pode ficar nessa toada de barrar publicações “incômodas” que não o são, estabelecendo critérios pouco objetivos de como devem ser as reportagens sobre a competição, que devem mostrar tanto os pontos positivos quanto os negativos de todo evento, em uma cobertura imparcial e isenta.

 

Pietro Fittipaldi: O piloto brasileiro continua numa corda bamba na temporada da Indycar, precisando obter melhores resultados para ser considerado um piloto atrativo para se ter no próximo campeonato. Mas os azares na pista seguem complicados, e a corrida em Portland mostrou como as coisas podem dar errado já no início da corrida. Tento largado de uma boa posição, o brasileiro aproveitou um momento de enrosco de Scott Dixon com Kyle Kirkwood para tentar superar o neozelandês ainda na primeira volta. Mas Dixon acabou espremendo Pietro involuntariamente, e ambos se tocaram, com o hexacampeão indo parar no muro, e ficando fora da corrida. E isso motivou a direção de prova a aplicar uma punição totalmente injusta de Drive through ao brasileiro, arruinando suas chances de conseguir um bom resultado na corrida. E como desgraça pouca é bobagem, Pietro ainda acabaria recebendo outra punição, desta vez até compreensível, por ter se enroscado com Conor Daly durante a freada da primeira curva do circuito, tendo de passar novamente pelos boxes e arruinando as já poucas chances de fazer uma prova decente na capital do Estado do Oregon. A Rahal/Leterman/Lanigan deve alinhar 3 carros em tempo integral em 2025, mas Pietro ainda está em negociações para tentar garantir o seu lugar, e certamente os azares sofridos nas corridas definitivamente não estão ajudando o piloto a ter uma melhor apresentação de credenciais para se fazer nas tratativas.

 

Logan Sargeant: O piloto estadunidense encerrou seus dias na Williams. A escuderia já fechou sua dupla para 2025 mantendo Alex Albon, e confirmando a contratação de Carlos Sainz Jr., dispensado pela Ferrari para a chegada de Lewis Hamilton. Só que Logan disse adeus antes mesmo de terminar a temporada. O piloto bateu muito forte na Holanda, causando novamente graves prejuízos ao time inglês, e com nove corridas ainda pela frente, a paciência da escuderia com os acidentes sofridos por ele simplesmente acabou, de modo que o time de Grove já o dispensou de cumprir as corridas restantes da temporada 2024, contando já a partir do GP da Itália. As especulações colocavam como potenciais substitutos de Sargeant nomes como Liam Lawson, e até mesmo talvez Felipe Drugovich, ou Mick Schumacher, sendo que este último ainda causava alguns arrepios diante dos acidentes que protagonizou na equipe Haas, e que para alguns, poderia ser uma troca do seis pelo meia-dúzia... Mas o time inglês surpreendeu, e anunciou que o argentino Franco Colapinto ocupará o carro do estadunidense a partir de Monza. Com isso, Logan Sargeant dá adeus à F-1, depois de uma temporada e meia de poucos resultados e muitas confusões na pista. E que não deixará saudades...

 

Alexander Rossi: O piloto norte-americano, vencedor das 500 Milhas de Indianápolis, vive incerteza quanto ao seu destino na próxima temporada da Indycar. De protagonista na luta pelo título anos atrás na equipe Andretti, Rossi viveu um inferno astral que durou anos, e parecia ter deixado a zica para trás quando deixou o time de Michael Andretti rumo à McLaren, equipe que parecia mais bem estruturada para tentar disputar vitórias e o título da categoria. Porém, o piloto não conseguiu deslanchar no novo time, ficando à sombra de Patrício O’Ward, a grande estrela da escuderia, e já recebeu a notícia de que será substituído por Christian Lundgaard, que ocupará seu carro no próximo ano. Com o terceiro carro fechado para Nolan Siegel, em uma negociação forçada que deixou Téo Pourchaire a pé, só resta a Rossi tentar vaga em outro time, em um momento onde várias escuderias estão verificando os pilotos disponíveis no mercado para formarem seus quadros para o próximo ano. Infelizmente, Alexander não renasceu como esperava na McLaren, e agora terá de batalhar para dar continuidade à sua carreira na Indycar, ou tentar a sorte em outra categoria.

 

Mahindra incerta para era Gen4 na F-E: A Mahindra é uma das equipes que está na Formula-E desde o primeiro campeonato, e já chegou até quase a disputar o título, em uma época onde conseguia até vencer algumas corridas, mas perdeu terreno nos últimos anos na competição, e a situação só piorou na era dos carros Gen3, iniciada no ano passado, quando seu trem de força passou a ser um dos menos competitivos do grid da categoria, situação que se manteve este ano, em que poucas melhorias foram conseguidas no desenvolvimento do equipamento, diante das limitações de regulamento. E, com a era dos carros Gen4 se aproximando, a marca indiana ainda não seu o seu OK se irá continuar participando da F-E. A Mahindra, aliás, até perdeu seu time cliente, a ABT, que preferiu arriscar no novo trem de força que será fornecido pela Lola em associação com a Yamaha, depois dos péssimos resultados da parceria dos dois últimos anos. Oficialmente, o time indiano está confirmado para as temporadas de 2025 e 2026, quando serão utilizados os carros Gen3EVO, mas até o presente momento, não garantiu nada a respeito das temporadas de 2027 a 2030, quando serão utilizados uma nova geração de carros na competição. Em tempos recentes a F-E já perdeu Audi, Mercedes, e mais recentemente a Penske desistiu de produzir trens de força para usar os equipamentos da DS Citroen. Será que a Mahindra será mais uma fornecedora a pular fora diante das dificuldades de desenvolver adequadamente seu equipamento?