E chegou a hora da MotoGP acelerar
fundo, dando a largada de seu campeonato, adiado até aqui diante da pandemia do
coronavírus, que ainda é um pesadelo para o mundo inteiro. E, para deixar o
pessoal um pouco mais inteirado do que aconteceu, e esperar desta temporada,
tem um pequeno texto para falar sobre isso. Aos poucos, o mundo do esporte a
motor vai se reassentando, meio aos trancos e barrancos, mas é o que dá para
fazer neste momento complicado, e que ainda vai demorar a voltar à normalidade.
Uma boa leitura a todos, e preparem-se para as fortes emoções que só a disputa
nas duas rodas é capaz de proporcionar...
MOTOGP 2020
Abalada pela pandemia do coronavírus, o principal
campeonato de motociclismo do mundo também teve de redefinir seu campeonato e
seus protocolos para conseguir disputar a temporada de 2020.
Adriano de Avance Moreno
A pista de Jerez de La Fronteira, na Espanha, abre o campeonato da classe rainha do motociclismo de 2020 com uma rodada dupla, abrigando o Grande Prêmio da Espanha e o Grande Prêmio da Andaluzia. |
Assim como
aconteceu com as demais categorias do mundo do esporte a motor, a MotoGP também
teve sua competição em 2020 afetada pela pandemia do coronavírus Covid-19, que
acabou postergando o início daquela que prometia ser a maior temporada do
mundial de motovelocidade desde sua criação, há décadas atrás. A etapa do Qatar
até aconteceu, mas disputada apenas pelas categorias Moto2 e Moto3, cujas
equipes já se encontravam no país do Oriente Médio, onde fizeram testes da
pré-temporada. A classe rainha também havia passado por lá antes, mas como
todos retornaram às suas bases para os últimos ajustes nos equipamentos, não
tiveram como retornar a Losail, uma vez que o governo do país, já assustado com
a pandemia que se espalhava pelo mundo, passou a exigir quarentena obrigatória
de todos que viessem do exterior, impossibilitando que os times da MotoGP
disputassem a corrida, que acabou cancelada.
De lá para
cá, muita indefinição, ainda mais porque, neste meio tempo, a Europa havia se
tornado o epicentro da pandemia, com milhares de casos surgindo, e inúmeras
mortes. Fechamentos e isolamentos rígidos foram estabelecidos, tentando conter
o avanço da doença, que depois de dois meses, começou a retroceder lentamente,
a ponto de permitir que fossem feitos planejamentos para tentar retomar as
competições, o que irá ocorrer agora em julho. Várias provas, contudo, acabaram
canceladas este ano, entre elas a da Holanda, em Assen, uma das provas mais
icônicas do calendário. Com as corridas na Ásia e na Oceania também sendo canceladas,
a Dorna, em conjunto com a FIM, teve de se valer da opção de rodadas duplas
para formar um novo campeonato, até o presente momento, com etapas apenas na
Europa, conseguindo reunir 13 provas, o que já daria para validar integralmente
a competição de 2020. Mas, dependendo de como estiver a situação do mundo mais
próxima do fim do ano, é possível que mais algumas provas possam ser
confirmadas, o que só deverá ocorrer mais adiante.
Como não
poderia deixar de ser, a MotoGP retorna em clima de rígidos protocolos
sanitários, a exemplo do que foi feito na Fórmula 1 na Áustria. Testes de todos
os presentes no autódromo, limitação de profissionais no paddock,
distanciamento social, além de portões fechados, sem público. Este será o novo
“normal” da MotoGp 2020 no princípio. Mais adiante, dependendo das condições,
as limitações possam ser afrouxadas, com a presença de algum público, e de mais
pessoas no paddock, mas tudo ainda será analisado adequadamente, dependendo dos
acontecimentos das primeiras corridas. Embora a situação da pandemia esteja
razoavelmente controlada no Velho Continente, ninguém quer dar um passo em
falso, e comprometer os esforços feitos até aqui para minimizar o número de
casos e de mortes decorrentes da Covid-19, cujo vírus continua presente por aí,
com o epicentro da pandemia agora nas Américas, em especial nos Estados Unidos
e no Brasil.
A pista de Aragón, também na Espanha, será outro circuito a sediar duas etapas da MotoGP este ano, em virtude da pandemia da Covid-19. |
A opção
pelas provas na Europa, a exemplo da F-1, é cortar despesas, já que as fábricas
possuem suas sedes no Velho Continente, fora a questão de cortar custos, já que
as receitas de todos os times ficaram impactadas pela suspensão das atividades
do campeonato desde março para cá. A logística entre os países europeus é bem
mais simples, mesmo com os protocolos sanitários exigidos, enquanto corridas
fora do continente demandariam gastos maiores, e entraves com burocracia que
não estão simples no momento, com vários países ainda com suas fronteiras
fechadas, e sem permissão de entrada, exceto em casos específicos. Por isso, o
certame dará sua largada em Jerez de La Fronteira, que abrirá o campeonato
neste próximo dia 19 de julho, com o Grande Prêmio da Espanha, e no domingo
seguinte, teremos o Grande Prêmio da Andaluzia, no mesmo circuito, na segunda
prova da rodada dupla de início da temporada no circuito.
A exemplo
do que fizeram na F-1, a pista de Zeltweg, na Áustria, também sediará duas
provas, com o GP da Áustria e o GP da Estíria. Misano, Aragón e Valência serão
os outros circuitos que sediarão rodadas duplas, enquanto Brno, na República
Tcheca, Barcelona, e Le Mans, conseguiram manter suas provas para a temporada
de 2020. Outras provas que poderão ser adicionadas ao calendário, dependendo
dos acontecimentos nas próximas semanas, poderão ser a Malásia e Tailândia.
Argentina e Estados Unidos também se encontravam na mesma posição, com esta
última já sendo descartada na semana passada, uma vez que nos EUA, apesar de já
estarmos vendo as retomadas das competições automobilísticas, os números de
casos da Covid-19 têm aumentado vertiginosamente nos últimos dias, o que foi
determinante para inviabilizar qualquer possibilidade da etapa ser disputada
este ano. O cancelamento da etapa dos Estados Unidos, por outro lado, pode
levar ao cancelamento da etapa argentina, já que os custos de viagem não
compensariam para apenas uma corrida nas Américas, o que era minimizado com a
realização da corrida em Austin. Sobrariam então as provas da Tailândia e da
Malásia, que poderiam ser feitas em uma viagem só para o Extremo Oriente, já
que os países são próximos.
Visando
diminuir os custos das escuderias, a direção da MotoGP optou por cancelar o
desenvolvimento dos motores e da aerodinâmica das motos das equipes
participantes, não apenas na classe rainha, mas também nas categorias Moto2 e
Moto3. Como os equipamentos já foram homologados, todos os times não poderão
mais promover desenvolvimentos livremente em suas máquinas. Somente em 2021 os
times poderão voltar ao desenvolvimento normal permitido pelo regulamento. Tal
medida visou preservar o equilíbrio financeiro das equipes na competição, uma
vez que os recursos oriundos dos contratos de realização das corridas não
poderão mais ser contabilizados, com as provas sendo disputadas a portões
fechados.
A Honda terá os irmãos Marc e Álex Márquez nesta temporada (acima). A "Formiga Atômica" (abaixo) parte para a meta de igualar o heptacampeonato de Valentino Rossi na classe rainha do motociclismo. |
Nos últimos
anos, apesar de Marc Márquez ter conquistado o título com relativa facilidade,
a MotoGP tem mostrado excelentes disputas, com algumas vitórias sendo decididas
na última volta, e até na última curva dos circuitos, alegrando os fãs do
esporte a motor que querem ver bons pegas e duelos. E a perspectiva é de que,
apesar dos pesares, poderemos ver novamente boas provas neste ano, o que deve
amenizar as frustrações que a pandemia vem causando no mundo inteiro, com o
público ávido por alguma distração, e por emoções que ficaram escassas com as
medidas de isolamento social implantadas para tentar deter a disseminação da
Covid-19.
Como não
poderia deixar de ser, Marc Márquez é o grande favorito para o título, mais uma
vez, defendendo o time oficial da Honda. A novidade é a presença de seu irmão
caçula Álex Márquez como companheiro de equipe, um sonho acalentado pela
“Formiga Atômica” há tempos. O jovem Álex entrou na vaga aberta com a
aposentadoria de Jorge Lorenzo, que descontente com os resultados na temporada
passada, resolveu pendurar o capacete. O jovem Álex, porém, já inicia o
campeonato precisando mostrar serviço, pois a Honda já informou o rapaz que seu
contrato não será renovado para 2021, quando Pol Spargaró, atualmente
defendendo o time de fábrica da KTM, será o novo companheiro de Marc Márquez no
time japonês. Mas o jovem Márquez não ficou exatamente desamparado: a Honda
renovou seu contrato até 2022, mas o irmão caçula da “Formiga Atômica”
defenderá a LCR, time satélite da Honda, que está dispensando Cal Cruchlow,
para as temporadas de 2021 e 2022. Para justificar a confiança, Álex vai
precisar mostrar do que é capaz desde já, e a comparação com seu irmão mais
velho, Marc, pode tanto ser um trunfo quanto um revés: se conseguir andar no
ritmo do hexacampeão, isso contará muitos pontos para ele, haja visto o
desempenho de Lorenzo em 2019, e as performances de Dani Pedrosa enquanto
companheiro de Marc em várias temporadas. Por outro lado, se for mal, isso irá
pesar também contra ele, mostrando que o mais novo Márquez da MotoGP pode não
ser tão talentoso quanto o irmão mais velho. O problema, porém, não é apenas
questão de talento, mas a adaptação ao comportamento da RC213V, moldada ao
estilo de condução de Marc Márquez, a ponto de limitar as performances de seus
companheiros de equipe, que não conseguiam se acostumar com seu estilo nervoso
e bruto. Dani Pedrosa, e principalmente Jorge Lorenzo, que o digam, com este
último tendo uma performance catastrófica no ano passado com o equipamento do
time de fábrica, a ponto de resolver pendurar o capacete por não conseguir se
sentir confiante em extrair tudo da moto como poderia fazer. Com o sucesso
demonstrado por Marc, a Honda não tem do que reclamar, mas mesmo assim, o time
nipônico quer mostrar também que sua moto é competitiva para ambos os pilotos,
e não para apenas um deles. Portanto, todos esperam para ver como o Márquez
caçula vai se sair junto com seu irmão mais velho, que certamente dará uma
ajuda a ele para tentar se acostumar melhor ao equipamento.
A Honda,
claro, tem em Marc Márquez seu grande trunfo. Embora a moto do time japonês não
seja o melhor equipamento do grid, Marc tem feito a diferença, e que diferença,
conquistando os últimos campeonatos. Nos testes da pré-temporada, o time
japonês não pareceu ter muita força, dando até algumas esperanças aos rivais, mas
já vimos esse filme antes, e a concorrência também. E podem apostar: não é bom
subestimar a “Formiga Atômica”, que se conseguir o título de 2020, igualará a
marca de sete campeonatos de Valentino Rossi na classe rainha do motociclismo,
consagrando-se como o maior campeão da categoria na atualidade. E Márquez hoje
tem outra característica bem temida pelos rivais: ele aprendeu a ser constante,
não deixando de perder oportunidades de marcar pontos por seu antigo ímpeto
demasiado arrojado, que o fez perder várias vitórias potenciais. E agregou essa
constância a uma visão de corrida e de campeonato, e sem perder sua tradicional
velocidade. Ele ainda consegue domar a moto da Honda como ninguém, e extrair
dela toda a sua velocidade, enquanto outros pilotos podem não conseguir
realizar o mesmo feito com o equipamento, tido por alguns como arisco e
instável. É uma moto competitiva, que nas mãos de Márquez, venceu de forma
categórica nos últimos anos. Conseguirá fazer o mesmo em 2020? Os rivais
parecem bem mais preparados do que nos últimos anos, mas será preciso comprovar
isso na pista, e não apenas nas expectativas.
Que o diga
a Ducati. O time italiano foi o rival mais próximo da Honda nos últimos tempos,
e Andrea Dovizioso, o mais próximo desafiante de Marc Márquez. Já vai três anos
nessa toada, e o italiano quer mais uma vez, junto com seu time, quebrar a
escrita de 2017, 2018, e 2019, e chegar finalmente ao título. A Desmosédici
ainda desponta como um equipamento extremamente competitivo, mas precisa que
seus pilotos saibam extrair da máquina todo o seu potencial. Danilo Petrucci,
companheiro de Dovizioso na Ducati, já mostrou não ter esta capacidade, e seu
contrato com o time de Bolonha termina ao final da atual temporada. Para seu
lugar, virá Jack Miller, atualmente na Pramac, time satélite da Ducati.
Petrucci já anunciou acordo para defender a Tech 3 no próximo ano. Já Andrea
Dovizioso, por sua vez, ainda não renovou seu acordo com a Ducati. Vice-campeão
nas últimas três temporadas, pesa contra ele justamente as derrotas para Marc
Márquez, sendo que apenas em 2017 ele levou a disputa até a última corrida. Em
2018 e 2019, apesar de ter sido vice-campeão, o fato de não ter conseguido dar
mais combate ao piloto da Honda começou a comprometer a confiança da escuderia
em seu piloto. Eles sabem que possuem um equipamento competitivo, e se
perguntam se um piloto com mais gana e determinação poderia produzir melhores
resultados, e quem sabe, lutar pelo título com mais afinco contra Márquez. Até
o fechamento desta matéria, outra possibilidade para Dovizioso seria tirar um
ano de descanso das pistas, para retornar em 2022, mas o risco de não encontrar
lugar para sua volta é grande, especialmente de a Ducati contratar alguém que
faça mais do que ele mostrou nos últimos anos. Continuar onde está é a melhor
opção, e ele precisará mostrar porque essa também é a melhor decisão para o
time de Bolonha, antes que outros pilotos sejam sondados para assumir o seu
lugar. Se a moto corresponder, ele precisa mostrar serviço, e levar a disputa
novamente aos limites, se Márquez for novamente o homem a ser batido, como
todos imaginam ocorrer novamente.
Por isso
mesmo, a pressa da Yamaha em confirmar Fabio Quartararo como companheiro de
Maverick Viñalez para 2021. Quartararo foi sensação na temporada passada na
MotoGP, e seu nome já vinha sendo cogitado pelo time italiano, que poderia
contratá-lo para 2021. O time dos três diapasões demonstrou evolução nos testes
da pré-temporada, depois de três temporadas onde se debateram com um equipamento
menos competitivo, ficando completamente de fora da disputa pelo título,
assistindo ao duelo Honda X Ducati. Mas agora eles querem voltar ao páreo, e
não deixar sua rival de longa data Honda continuar reinando sozinha. Viñalez
conseguiu os resultados mais relevantes para o time nos últimos dois anos, mas
só no ano passado ele conseguiu superar Rossi de forma mais efetiva na equipe
japonesa, e mesmo assim, no início da temporada, Valentino ainda parecia ser de
longe o melhor piloto do time na competição. Tendo dificuldades para superar um
piloto bem mais velho no mesmo time poderia ser um demérito para Maverick, mas
como estamos falando de Rossi, que ainda se mostra razoavelmente competitivo,
isso passa a contar a seu favor, apesar de ter havido boatos de que ele poderia
deixar o time, ou ser substituído por outro piloto. Ele terá a chance de
comprovar se realmente comandará a Yamaha neste último ano em que dividirá o
box com Rossi.
E o destino
de Valentino Rossi? O “Doutor” é o maior nome do grid da classe rainha, mas já
se vê ofuscado por Marc Márquez, como o novo fenômeno da categoria. Rossi é o
passado, enquanto o espanhol é o presente, e pode se tornar o segundo maior de
todos, atrás apenas de Giácomo Agostini, a maior lenda da MotoGP em sua
história. Tendo suas duas últimas temporadas sido um pouco decepcionantes,
apesar da queda de competitividade da Yamaha, o italiano ainda tem lenha para
queimar, e pensava em fazer uma autoavaliação de si mesmo para decidir se
penduraria o capacete ao fim deste ano, ou se renovaria o contrato.
Infelizmente, a pandemia atrapalhou os planos de Valentino, e a Yamaha preferiu
jogar pelo seguro, promovendo sua nova revelação Fabio Quartararo para o time
de fábrica em 2021, ao lado de Maverick Viñalez. Mas, ao mesmo tempo, a marca
dos três diapasões ofereceu a Rossi a opção de continuar na classe rainha do
motociclismo, através de seu time satélite, a SRT, onde Quartararo está
atualmente. E dará todo o apoio oficial da fábrica ao “Doutor” se ele aceitar a
proposta, inclusive lhe dando a mesma moto do time de fábrica. Valentino terá
de tomar uma decisão, e a opção parece bem válida: a SRT mostrou competência,
quando Fabio Quartararo andou muito bem no ano passado, conseguindo até
pole-positions, e defender o time ofereceria a Valentino correr com menos
pressão por resultados.
E tudo
indica que Valentino aceitará o desafio, com as negociações estando em
andamento, e só aguardando a finalização dos detalhes para ser anunciada
oficialmente. Com isso, ainda teremos o privilégio de vermos o “Doutor” em ação
nas duas rodas em 2021, e com boas perspectivas de 2022 também, quando
possivelmente se aposentaria oficialmente das pistas, presume-se. Ou não? Rossi
ama o que faz, e mesmo já em uma fase da vida onde outros campeões se aposentaram
das pistas, ele ainda sente prazer em desafiar os limites das motos. Se ele
conseguir se manter competitivo o suficiente, qual o problema em deixa-lo
continuar competindo?
A Suzuki
teve um ano de crescimento em 2019, com Aléx Rins a mostrar serviço, tendo se
digladiado com Viñalez na tabela de classificação, vencida pelo piloto da
Yamaha. O time japonês quer continuar progredindo, e precisará fazê-lo, caso a
rival Yamaha recupere sua força, o que tornaria mais difícil batê-la, além do
objetivo óbvio de tentar confrontar a Honda, o que conseguiu fazer em alguns
momentos no ano passado, graças também a uma pilotagem precisa de Rins, que
está fazendo por merecer um equipamento mais competitivo que lhe permita
melhores resultados.
A Suzuki (acima) quer continuar crescendo e disputar o título, tendo como principal arma seu piloto Alex Rins (abaixo). |
Enquanto
isso, a KTM continua com sua meta de progredir sempre. A escuderia austríaca já
conseguiu se posicionar no meio do grid, mas chegar mais à frente dos ponteiros
sempre é um desafio mais difícil. O time perderá Pol Spargaró para a Honda em
2021, mas confirmou a presença de Miguel Oliveira para seu lugar, ao lado de
Brad Binder.
Na formação
do grid de 2020, a única incerteza é a situação de Andrea Iannone. O italiano,
que defenderia a equipe Aprilia, foi pego em um exame antidoping onde foi
encontrado uma substância proibida, a qual o piloto afirmou ter sido adquirida
acidentalmente através da ingestão de carne, por ocasião do GP da Malásia do
ano passado. Pelo sim, pelo não, a escuderia confirmou Bradley Smith para o
lugar de Iannone enquanto sua situação não se resolve. Andrea Iannone está com
um recurso em julgamento no Tribunal Arbitral do Esporte, com o objetivo de
revogar a sentença recebida pelo uso de substância esteroide proibida, que foi
uma suspensão de 18 meses das pistas, o que o tiraria não apenas deste
campeonato, mas também de parte da disputa de 2021.
Portanto, é
hora de se acomodar na poltrona, e segurar a respiração: a MotoGp vai dar sua
largada, e tem tudo para fazer um grande campeonato, com corridas pra lá de
empolgantes.
CALENDÁRIO DA MOTOGP 2020
DATA
|
ETAPA
|
CIRCUITO
|
19.07
|
Grande Prêmio da Espanha
|
Jerez de La Fronteira
|
26.07
|
Grande Prêmio da Andaluzia
|
Jerez de La Fronteira
|
09.08
|
Grande Prêmio da República Tcheca
|
Brno
|
16.08
|
Grande Prêmio da Áustria
|
Zeltweg
|
23.08
|
Grande Prêmio da Estíria
|
Zeltweg
|
13.09
|
Grande Prêmio de San Marino
|
Misano
|
20.09
|
Grande Prêmio da Emília-Romanha e da Riviera de Rimini
|
Misano
|
27.09
|
Grande Prêmio da Catalunha
|
Barcelona
|
11.10
|
Grande Prêmio da França
|
Le Mans
|
18.09
|
Grande Prêmio de Aragón
|
Aragón
|
25.10
|
Grande Prêmio de Teruel
|
Aragón
|
08.11
|
Grande Prêmio da Europa
|
Valência
|
15.11
|
Grande Prêmio da Comunidade Valenciana
|
Valência
|
N/D
|
Grande Prêmio da Argentina
|
Termas de Rio Hondo
|
N/D
|
Grande Prêmio da Tailândia
|
Chang
|
N/D
|
Grande Prêmio da Malásia
|
Sepang
|
EQUIPES E PILOTOS DA MOTOGP
(Categoria Principal)
EQUIPE
|
PILOTOS
|
Reale Avintia Racing
|
Johann Zarco
Tito Rabat
|
Ducati Team
|
Andrea Dovizioso
Danilo Petrucci
|
Petronas Yamaha SRT
|
Fabio Quartararo
Franco Morbidelli
|
Aprilia Racing Team Gresini
|
Aleix Espargaro
Bradley Smith
|
Red Bull KTM Tech 3
|
Iker Lecuona
Miguel Oliveira
|
LCR Honda
|
Carl Crutchlow
Takaaki Nakagami
|
Monster Energy Yamaha MotoGP
|
Valentino Rossi
Maverick Viñalez
|
Team Suzuki Ecstar
|
Alex Rins
Joan Mir
|
Alma Pramac Racing
|
Francesco Bagnaia
Jack Miller
|
Red Bull KTM Factory Racing
|
Brad Binder
Pol Espargaró
|
Repsol Honda Team
|
Álex Márquez
Marc Márquez
|
Em meados
de janeiro, os fãs ficaram atônitos quando o SporTV, canal de esportes da TV
por assinatura, que há muitos anos transmitia as corridas do mundial de
motovelocidade, anunciou que não renovaria o contrato de transmissão das
corridas, deixando os amantes do esporte sem opções de acompanhar o campeonato
na telinha. Guto Nejaim e Fausto Macieira, a dupla que já havia marcado sua
presença em uma década de transmissões das provas, acabaram demitidos pela
emissora, tendo sido pegos completamente de surpresa com a decisão do SporTV,
uma vez que a audiência das corridas era boa, e as provas mostravam muitos
pegas e disputas.
As empolgantes disputas das provas da MotoGP agora estarão no Fox Sports, depois que o SporTV desistiu de transmitir o campeonato este ano. |
Nejaim
partiu para Portugal, a fim de dar início a novos projetos em sua carreira,
tendo sido contratado como narrador pelo DAZN, site de streaming especializado
em esportes. Já Macieira deu início a seu canal próprio no You Tube, o
Mundomoto, onde tem apresentado vídeos comentando os acontecimentos da MotoGP,
já contando com mais de 25 mil inscritos, com milhares de visualizações dos programas
feitos até o presente momento.
Felizmente,
para os fãs, a MotoGP não ficou de fora da TV brasileira. No início de março,
praticamente às vésperas da corrida que abriria o campeonato, em Losail, no
Qatar, o Fox Sports anunciou que iria transmitir as provas do mundial, da
classe rainha, e de suas categorias de acesso Moto2 e Moto3, com o canal tendo
transmitido as corridas destas duas últimas no circuito do Oriente Médio, onde
as equipes de ambos os certames já se encontravam, enquanto o pessoal da MotoGP,
que havia retornado à Europa após os testes da pré-temporada, não pôde retornar
diante dos protocolos de segurança de viagem impostos pelo governo do Qatar
diante da pandemia do coronavírus que já se alastrava perigosamente pelo mundo.
E é com o Fox Sports que os amantes da motovelocidade poderão curtir as etapas
do campeonato de 2020. E esperemos que os resultados de audiência sejam bons
para que o canal mantenha a MotoGp entre suas atrações nas próximas temporadas,
já que o contrato de transmissão firmado por enquanto seria apenas da atual
temporada.
O Circuito das Américas, em Austin, no Texas, não receberá a MotoGP em 2020. Etapa foi cancelada devido à pandemia da Covid-19. |
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