quarta-feira, 31 de outubro de 2018

COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA – OUTUBRO DE 2018



            E o mês de outubro já está se despedindo, e estamos para adentar novembro, o penúltimo mês de 2018. Mas, antes que outubro se vá, é hora da tradicional Cotação Automobilística, fazendo uma avaliação de alguns dos acontecimentos que rolaram no mundo do esporte a motor neste mês, sempre com minhas considerações e comentários a respeito, que como sempre faço questão de enfatizar, fica a critério de todos os leitores concordarem ou não com minhas posições sobre os assuntos dissertados. Sei que não dá para agradar a todo mundo, e do mesmo modo, não dá para tratar de todos os assuntos que tivemos nestas últimas semanas, e espero que possam apreciar o texto, que segue abaixo no esquema tradicional de sempre das avaliações: EM ALTA (caixa na cor verde); NA MESMA (caixa na cor azul); e EM BAIXA (caixa na cor vermelho-claro). Uma boa leitura a todos, e até a próxima edição da Cotação Automobilística no mês que vem, com as avaliações dos acontecimentos do mês de novembro, encerrando as avaliações de 2018, já que em dezembro é mês quase morto no mundo do esporte a motor, tendo apenas a estréia da nova temporada da Formula-E:



EM ALTA:

Lewis Hamilton: O piloto inglês faturou o pentacampeonato em um grande ano na F-1, onde parecia que teria de batalhar mais do que nunca para voltar a ser campeão, frente a uma equipe Ferrari e um Sebastian Vettel mais fortes do que em 2017. E, na primeira metade do campeonato, a parada foi realmente disputada. Mas Lewis não se abalou, ficou calmo, e se manteve firme, mesmo nos momentos mais difíceis, quando as coisas pareciam não se encaixar direito, ou surgia algum fato inesperado que jogava tudo contra o planejamento inicial. E foi por manter a cabeça fria e nunca baixar os braços que o piloto inglês soube aguentar a pressão e reagir, junto com sua equipe, nos momentos certos, aproveitando as falhas dos rivais, sem cometer erros, fulminando o favoritismo dos oponentes. Hamilton mostrou que cresceu como piloto, evitando situações onde antigamente era costumeiro arrumar confusão e perda de foco na competição, tornando-se um rival muito mais difícil de ser batido. E conseguiu chegar ao seu 5º título em um ano onde até pareceu ter sido novamente campeão com alguma facilidade, mas que não foi nem um pouco fácil. E Lewis, desde já, é o homem a ser batido em 2019. Já é consenso que as marcas de Michael Schumacher, até então tidas como inalcançáveis, como de vitórias e títulos, podem não apenas ser alcançadas, mas até superadas pelo inglês, a continuar na sua tocada atual. Conseguirá? Tem boas possibilidades de o fazer, e se tornar o maior piloto de toda a história da F-1...

Marc Márquez: O atual campeão da classe rainha do motociclismo averbou mais um título, e pela segunda vez, na casa pertencente ao grupo dono de sua escuderia, a Honda, e com vitória, no circuito de Motegi, no Japão. Márquez chega ao pentacampeonato mundial em seis temporadas completas na MotoGP, o que mostra o domínio que a “Formiga Atômica” tem imposto na categoria desde que estreou na equipe oficial da Honda em 2013. E, assim como Lewis Hamilton, Marc tem se tornado um piloto mais completo com o tempo, já não cometendo tantas barbeiragens quanto antigamente, quando era na base do “tudo ou nada”. Márquez não deixou de ser agressivo e arrojado, mas aprendeu a dosar o seu ímpeto para pensar na corrida e no campeonato como um todo, e a ser paciente e prudente quando a situação o exige, ao invés de performances por vezes tresloucadas que colocavam tudo a perder. E, neste ano, contou com a inconstância e azares de seus principais adversários para, literalmente, correr quase sozinho, e garantir mais um troféu em sua já destacada carreira no motociclismo. Com cinco títulos na garupa, Márquez já não deve satisfações a ninguém, e terá um desafio interessante no próximo ano, tendo como companheiro de equipe Jorge Lorenzo, tricampeão da MotoGP, e que não vai dar vida mole ao novo pentacampeão, que em tese terá pela primeira vez concorrência ferrenha dentro do time da Honda, já que Dani Pedrosa nunca conseguiu fazer frente ao compatriota. Lorenzo vai ter uma tarefa dura pela frente. Já Márquez não precisa temer ninguém a seu lado no time, pois já atingiu uma estatura onde seu talento fala por si.

Max Verstappen: O arrojado piloto holandês da equipe Red Bull na F-1 parece que botou a cabeça no lugar, e vem obtendo resultados significativos nas últimas corridas, e sem se meter em confusão na pista. E sem deixar de ser agressivo ou de dar show com o seu grande talento. Também tem tido mais sorte nas últimas provas, com seu carro não o deixando na mão, como tem ocorrido com seu companheiro de equipe, Daniel Ricciardo, já de saída para a Renault em 2019. Com 4 temporadas nas costas, já estava na hora de “Mad Max” aprender a dosar um pouco o seu excesso de ímpeto, que até aqui mais vinha prejudicando do que atuando a seu favor, custando a ele importantes resultados que fizeram falta no seu duelo particular não apenas dentro da Red Bull, mas com os demais pilotos na pista. Um amadurecimento que vem na hora exata, pois terá a missão de liderar a Red Bull no próximo ano, em seu primeiro ano de associação com a Honda, onde precisará também ter paciência para aguardar que os resultados apareçam, se os propulsores nipônicos não demonstrarem a evolução esperada, para que o time possa enfrentar em melhores bases as poderosas Mercedes e Ferrari. E, se tiver um carro que lhe permita lutar por vitórias com mais frequência, certamente será um sério candidato ao título. Resta saber se, caso as coisas não saiam como o esperado, se ele saberá manter a cabeça fria, o que ainda parece precisar de mais paciência, visto as críticas ferinas que faz quando algo ainda sai errado...

Kimi Raikkonen: O “Homem de Gelo” conseguiu dar uma resposta cabal a todos que achavam que ele já não tinha mais o que fazer na F-1, ao vencer o GP dos Estados Unidos e assumir o 3º lugar no campeonato. Não fosse a política da equipe italiana de favorecer Vettel por vezes descaradamente, o finlandês poderia estar ainda melhor em termos de pontuação, e talvez até no páreo de disputar o título, primazia concedida apenas a Sebastian na Ferrari. Com a saída de Alonso, Raikkonen será o último remanescente dos primórdios da década passada ainda presente na categoria, e o seu estilo despojado e “insensível” para as patacoadas da F-1 fazem dele um personagem carismático e bem-vindo. O triunfo em Austin pode ter sido sua última vitória na F-1, já que nos próximos dois anos ele defenderá a Sauber/Alfa Romeo, que apesar dos altos investimentos que vem recebendo, dificilmente entrará na luta por vitórias, mesmo que ocasionais, na categoria. A vitória também foi o fim de um jejum de Kimi no degrau mais alto do pódio desde o GP da Austrália de 2013, quando defendia a Lotus, e a primeira dele (e talvez única) nesta segunda passagem por Maranello. Meio desinteressado em muitos momentos, e com seu desempenho questionado em muitos momentos, Kimi mostra que ainda tem o que oferecer à F-1. Que possa exibir suas qualidades na sua nova equipe no próximo ano, como fez quando estreou pelo time suíço, em 2001.

Enzo Fittipaldi: Mais um brasileiro se tornou campeão, e desta vez foi o neto de Émerson Fittipaldi, Enzo, que sagrou-se campeão da F-4 Italiana. Defendendo a equipe Prema Theodore Racing, Enzo faturou nada menos do que 7 vitórias nas 21 corridas do campeonato deste ano, marcando 10 poles, 5 voltas mais rápidas, e subiu 12 vezes ao pódio. Não foi uma conquista fácil, tendo de sobrepujar o italiano Lorandi Leonardo, da equipe Bhaitech Srl, que venceu 5 provas e liderava a competição até a rodada tripla final, no circuito de Mugello. Mas, com duas vitórias nas duas corridas finais, Enzo conseguiu reverter a desvantagem na classificação e conquistar o título, mostrando que a dinastia Fittipaldi ainda tem o talento que consagrou Émerson Fittipaldi décadas atrás na F-1 e na F-Indy, representados agora pelos netos do bicampeão de F-1, Enzo, e Pietro. Ambos ainda estão galgando posições nas categorias, mas têm tudo para conseguirem se firmar nos seus objetivos, seja a F-1, Indycar, ou WEC. Enquanto Pietro já chegou a disputar provas na Indycar este ano, sua temporada acabou comprometida pelo acidente sofrido em Spa-Francorchamps no WEC. Enzo, por outro lado, não teve percalços e conseguiu fazer um excelente campeonato na Itália, mostrando que o clã Fittipaldi continua a brilhar no automobilismo. E que não vai parar por aqui, tendo boas perspectivas para o próximo ano.



NA MESMA:

Sebastian Vettel: Pelo segundo ano consecutivo, Sebastian Vettel ficou na promessa de ser campeão, com um carro realmente capaz de leva-lo à conquista do tão sonhado 5º título. O piloto alemão fez uma primeira metade de temporada firme e determinada, mostrando que o caminho do pentacampeonato para seu rival Lewis Hamilton seria bem mais árdua do que todos esperavam. Mas, sucessivos erros cometidos a partir do GP da Alemanha só deixaram tudo mais fácil para o piloto da Mercedes, que sem hesitar ou cometer os mesmos deslizes, acabou com as esperanças de Vettel no primeiro duelo entre dois tetracampeões da F-1. Vettel ao menos demonstrou respeito pelo rival, cumprimentando-o após o GP do México, e admitindo que o rival errou bem menos, aceitando que infelizmente facilitou as coisas para Lewis chegar ao seu 5º título. E ele mesmo admitiu que a derrota está sendo dolorosa, e terá suas consequências a curto prazo, com o questionamento por parte da impresa e torcida, de seu talento para continuar capitaneando a Ferrari, ainda mais em 2019, quando a escuderia terá o novato sensação Charlos LeClerc, que promete chegar chegando no time de Maranello. Se a Ferrari conseguir produzir de novo um grande carro para o campeonato, Vettel precisará mostrar do que é capaz e manter a cabeça no lugar para poder lutar a fundo e enfim dar o título que a escuderia rossa espera dele.

Equipe Ferrari: E o jejum da equipe Ferrari vai perdurando. Pelo segundo ano consecutivo, o time italiano ofereceu a seus pilotos um carro capaz de conquistar o título, se nada de errado acontecesse. Se no ano passado a Mercedes ainda era uma força superior, que teve dificuldades com o time vermelho em algumas corridas, a ponto de só assumir a liderança efetiva do campeonato na segunda metade, este ano a esquadra de Maranello estava ainda mais forte, a ponto de até tentar conquistar o título de construtores, o que ainda pode conseguir, matematicamente, uma vez que está 55 pontos atrás, com 86 pontos em jogo. Mas, sucessivos erros cometidos a partir do meio da temporada, tanto por Sebastian Vettel, como pela própria escuderia, que se perdeu em algumas estratégias de corrida, e não conseguiu tirar proveito adequado de seu momento de supremacia na competição, fora sua política de privilegiar apenas um de seus pilotos, o que complicou a situação de Kimi Raikkonen em alguns momentos, além de algumas evoluções que deram errado, perfazem um ano onde a Ferrari teve de fato os meios e condições para voltar a ser campeã da categoria máxima do automobilismo. Mas, no momento em que o time afirmou que, pressionada, a Mercedes sentiria a pressão e desandaria, o que aconteceu foi justamente o contrário, com o time alemão sabendo manter a cabeça no lugar e reagindo para neutralizar e/ou minimizar a força do adversário, enquanto a escuderia rossa acabou se enrolando sozinha. Fica para 2019 tentar dar fim à seca de títulos em Maranello...

Daniel Ricciardo: O piloto australiano está comendo o pão que a Red Bull amassou nas últimas provas. Desde que anunciou que defenderia a equipe Renault em 2019, o carro de Daniel tem sempre apresentado problemas dos mais variados, que tem deixado o simpático piloto a pé na imensa maioria das corridas, e olhe que Ricciardo não é o tipo de piloto que força seu equipamento, tendo sempre uma pilotagem precisa e redonda. E ainda por cima levando respostas atravessadas de Helmut Marko, como quando o dirigente falou para Daniel reclamar com seu novo time quanto a problemas no motor de seu carro. A pole-position arrebatada no México parecia que iria encerrar a onda de maus resultados, mas uma nova quebra jogou por terra os esforços de Ricciardo, que poderia muito bem ter feito uma dobradinha com Max Verstappen. Daniel tem se esforçado para não perder a esportiva, mas a situação tem feito o sorridente piloto até perder o sorriso, tão conhecido por todos no paddock. Definitivamente, uma situação tremendamente injusta para com o piloto, que nunca foi de arrumar encrenca com ninguém, mas acabou preterido pelos outros por seu talento quando sondado por times como Mercedes e Ferrari, e depois, boicotado implicitamente por seu time, que passou a ter olhos somente para seu queridinho Max Verstappen. Ricciardo não vê a hora do ano acabar, e ninguém pode culpa-lo por isso...

Equipe Yamaha na MotoGP: O time dos três diapasões tem tido uma temporada que não deixará saudades. Ausente da luta pelo título, Valentino Rossi e Maverick Viñales tiveram etapas difíceis onde nem mesmo conseguiam lutar pelo pódio. Depois de um longe jejum, Viñales enfim conseguiu chegar em primeiro na etapa da Austrália, colocando fim à falta de vitórias do time de Iwata. Mas Valentino Rossi avisa que a vitória não deve deixar ninguém empolgado, pois as dificuldades de performance da moto persistem, e não vai ser um bom momento que mudará essa situação. E a Yamaha precisa dar a volta por cima, pois atualmente está abaixo de Honda e Ducati, e até mesmo de Suzuki e times satélites, dependendo do circuito. E ano que vem, com a Honda reforçada com Márquez e Lorenzo, virá ainda mais forte. E, sem um equipamento competitivo, Maverick e Valentino podem pilotar o fino, que não poderão fazer muita coisa. E a diferença em algumas provas nem é tão pronunciada, mas tem sido o suficiente, dado o equilíbrio dos rivais, para deixar tanto Rossi quanto Viñales longe dos ponteiros. O tempo urge, e 2019 está quase aí...

Disputa no Mundial de Rali: O campeonato mundial de Rali de 2018 continua bem disputado, mas para a etapa final, teremos na prática apenas 2 postulantes ao título, embora matematicamente ainda tenhamos 3 pilotos no páreo. Sébastien Ogier retomou a liderança ao ficar em 2º lugar no Rali da Catalunha, penúltima etapa da competição, mas sua vantagem para Thierry Neuville é de míseros 3 pontos, o que torna a etapa final do certame, o Rali da Austrália, a prova decisiva para vermos quem será o campeão da temporada. Não dá para apontar nenhum favorito, e também tudo pode acontecer numa prova off-road. A vantagem mínima de Ogier não permite jogar com os resultados, e o francês, se quiser mais um título, terá de não apenas marcar o rival, mas partir para o ataque, enquanto Neuville não vai se dar por vencido. Mas, e o terceiro postulante? Ott Tanak, infelizmente, tem apenas 181 pontos, estando 23 pontos atrás de Ogier, com um total de 29 pontos em disputa, mas seria preciso um completo desastre envolvendo tanto Ogier quanto Neuville, e uma vitória de Tanak, para que o estoniano se sagrasse campeão, o que é muito difícil de acontecer. Mas o duelo entre Ogier e Neuville garante a emoção na derradeira etapa do WRC 2018, na mais acirrada decisão de título em muitas temporadas, que felizmente, se manteve durante o campeonato deste ano, quando Sebastien Ogier não conseguiu dominar o certame como vinha fazendo...



EM BAIXA:

Fernando Alonso: O piloto espanhol está tendo um final de carreira na F-1 que não merecia. Além do carro da McLaren não oferecer muitas possibilidades, Fernando ainda teve um azar danado nas últimas etapas, ao ser atingido pelo inconsequente Lance Stroll em Austin, acabando com sua corrida ali mesmo; e neste último final de semana, no México, onde tinha até a possibilidade de pontuar, arruinada por colher detritos de um enrosco de Esteban Ocon com outro piloto que danificou a asa dianteira do piloto da Force India, cujos pedaços foram parar dentro dos radiadores do carro da McLaren, forçando Alonso a ter de abandonar a prova mexicana. Foi um momento duro não apenas para o espanhol, mas para a própria McLaren, que na Cidade do México ainda recebeu a visita de Jo Ramirez, que foi um nome importante dentro do time nos anos 1980 e 1990, quando a escuderia, então comandada por Ron Dennis, era a principal força da categoria, ao lado da Williams. Resta ao espanhol, como ele mesmo disse, ir se divertir em outro lugar, uma vez que já que tinha feito tudo o que podia na F-1. E, sinceramente, ele não sentirá saudades destes últimos dias na categoria máxima do automobilismo...

Robert Wickens: O piloto da Schmidt-Petterson que sofreu um violento acidente na etapa das 500 Milhas de Pocono no campeonato deste ano da Indycar deixou todo mundo apreensivo com a falta de detalhes sobre seus ferimentos, e quando começou a mostrar sua recuperação, foi um grande alívio. Mas o piloto confessou recentemente o que muitos temiam: seus ferimentos foram mesmo graves, e ele encontra-se paraplégico em virtude das sequelas sofridas no acidente. Mas, devagar aí: ele esclareceu que está com uma condição de paraplegia, realmente sem os movimentos das pernas, mas uma condição diferente de estar definitivamente paraplégico. É possível recuperar os movimentos das pernas, mas isso exigirá muito tratamento e esforço por parte do piloto, que com sorte poderá voltar a andar, mas talvez sem condições de retomar sua carreira de piloto. Um destino inglório para o grande destaque da última temporada da Indycar, onde já era visto como um dos nomes potenciais da nova geração de pilotos de ponta da categoria, e talvez um campeão em potencial, como já foram considerados nomes que atualmente já venceram o certame, como Simon Pagenaud e Josef Newgarden. Mas também um lembrete de que, por mais segurança que se tenha nos carros, o automobilismo ainda é um esporte de risco, e que infelizmente, Wickens deu azar no seu infortúnio, justo no ano em que a categoria adotou novos kits aerodinâmicos universais procurando dar mais ânimo e equilíbrio à competição, sem descuidar da segurança dos monopostos.

Brendon Hartley: O piloto neozelandês não tem tido uma temporada fácil na F-1, competindo pela equipe Toro Rosso. Constantemente superado pelo parceiro Pierre Gasly, Hartley até tem melhorado um pouco sua performance nas últimas corridas, mas o time parece não fazer muita força em apoiar o piloto, muito pelo contrário. Hartley acabou censurado pela escuderia, após contradizer o comunicado oficial do time, sobre o carro de Gasly ter sofrido danos durante a prova dos Estados Unidos, ao falar que isso não era exatamente verdade. O piloto foi proibido de dar novas declarações sobre o assunto, enquanto Gasly, por sua vez, preferiu não fazer comentários a respeito do assunto. Para uma escuderia que não luta por posições relevantes, a atitude da Toro Rosso é bem cretina, e extremamente desrespeitosa para com o piloto, além de denotar certa falsidade a respeito das reais condições do carro de Gasly na prova. E o modo como “silenciaram” Hartley também mostra que o piloto certamente está com seus dias contados na F-1, e certamente, não fará falta à Toro Rosso. E, sinceramente, ele também não deverá sentir saudades deste time, após este tipo de atitude, que poderia ser resolvida de maneira muito mais razoável.

Jorge Lorenzo: O piloto espanhol da Ducati viveu altos e baixos na atual temporada da MotoGP. Conseguindo suas primeiras vitórias pelo time italiano, Lorenzo até vislumbrou poder entrar na disputa pelo título, apesar da grande desvantagem na tabela de pontuação. Mas, ao menos, tentar terminar à frente do parceiro Andrea Dovizioso não era uma meta tão irrealista assim. Mas, de Misano para cá, infelizmente a temporada do tricampeão levou um tombo feio, literalmente. Pole-position nas etapas de San Marino e Aragón, Lorenzo acabou caindo em ambas, sendo que em Aragón foi para o chão logo na primeira curva após a largada, o que resultou em um ferimento no pé. Como desgraça pouca é bobagem, o espanhol ainda sofreu um tombo feio nos treinos para a etapa da Tailândia, o que o forçou a ficar de fora da corrida, e ainda da etapa do Japão. Submetido a cirurgia para sanar o ferimento surgido no braço em virtude da queda, Jorge espera retornar na corrida da Malásia, mas ainda sem garantia. Certo mesmo deve ser o seu retorno em Valência, no encerramento da temporada, para ao menos tentar se despedir da Ducati de forma digna. E, infelizmente, a esperança de ao menos terminar o ano próximo, ou à frente de Andrea Dovizioso já era, estando praticamente 80 pontos atrás na classificação. Definitivamente, a passagem do espanhol pelo time italiano não foi o que ele esperava...

Projeto McLaren na Indycar: Para quem andava entusiasmado com a possibilidade de a McLaren aportar no campeonato de monopostos dos Estados Unidos no próximo ano, Zak Brown, principal dirigente da escuderia inglesa, tratou de arrefecer os ânimos ao negar, pelo menos para 2019, os planos de disputarem a Indycar. Por enquanto, os objetivos do time estão na F-1, em um processo de reestruturação visando reerguer a escuderia na categoria máxima do automobilismo, e que não há tempo para se prepararem devidamente para competir na Indycar no presente momento. Não foi descartada, contudo, uma nova participação na Indy500, a exemplo do que foi feito no ano passado, já que Fernando Alonso não esconde que deseja conquistar a Tríplice Coroa do automobilismo, e a única prova que lhe falta para obter isso é justamente a vitória nas 500 Milhas de Indianápolis. E será então que em 2020 poderemos ver finalmente o projeto McLaren Indy? Só esperando para ver, mas no momento, melhor esperarem sentados...