E
o ano de 2016 segue firme para sua reta final. Já estamos no mês de outubro, e
alguns campeonatos, como a Indy, já fecharam o seu ano. Outros, como a F-1, a
MotoGP, e a Stock Car nacional, entre muitos outros mundo afora, ainda tem um
longo caminho pela frente até suas derradeiras etapas, em novembro. Apesar de
um pouco atrasado, é hora de trazer mais uma edição da sessão da Flying Laps, com
algumas notas rápidas de alguns dos acontecimentos ocorridos no mundo da
velocidade no mês de setembro, que não puderam ser citados nas colunas
semanais, com alguns comentários rápidos sobre cada assunto. Então, uma boa
leitura para todos, e até a próxima sessão Flying Laps de novembro.
Felipe Fraga
venceu a Corrida do Milhão, principal prova do calendário da Stock Car, que foi
novamente disputada em Interlagos este ano, após uma ausência de duas
temporadas (em 2014 e 2015, a corrida foi realizada no autódromo de Goiânia). O
líder da competição travou um duelo aguerrido com Rubens Barrichello, que
largara na pole da corrida, e liderou as primeiras voltas, até ser superado
pelo piloto da equipe Cimed. Mas Barrichello, mesmo tendo perdido a liderança,
nunca deu folga para Fraga, estando sempre colado no líder do campeonato.
Barrichello e Fraga dispararam na liderança da prova, deixando todos os demais
competidores para trás. Ao fim das 28 voltas da prova, Fraga conquistou a
vitória e o prêmio milionário, tendo cruzado a linha de chegada com uma
vantagem de apenas 0s4 para Rubens Barrichello. A terceira colocação acabou
ficando para Valdeno Brito, a mais de 5s de distância. Max Wilson veio logo a
seguir, na 4ª colocação, a mais de 10s do vencedor. Cacá Bueno bateu o carro a
duas voltas do final da prova, e acabou classificado apenas em 18° lugar.
Ricardo Zonta, que havia feito uma corrida combativa, perdeu terreno na parte
final da prova, tendo de abandonar a disputa. Por fim, a Corrida do Milhão
registrou um público de mais de 40 mil pessoas em Interlagos, recorde para a
prova, que mostrou bons pegas e duelos por todo o pelotão durante toda a
corrida.
De volta ao autódromo de Londrina, de
onde estava ausente há algum tempo, a Stock Car viu o líder da competição, Felipe
Fraga, obter mais uma vitória, ao vencer a primeira corrida da rodada dupla do
fim de semana na cidade paranaense. Max Wilson, que largou na pole-position, e
travou uma boa disputa com Fraga durante boa parte da prova, acabou abandonando
a corrida a praticamente 3 voltas do final. Na bandeirada, Valdeno Brito ficou
com a 2ª colocação, seguido por Ricardo Maurício em 3°, e Marcos Gomes, em 4°.
Rubens Barrichello fechou na 6ª posição. Foi uma corrida cheia de disputas e
emoções que levantaram o público nas arquibancadas. Já na segunda prova, Rubens
Barrichello travou um duelo aguerrido com seu companheiro de equipe Allam
Kodhair. Mas a disputa pela ponta logo atrás da dupla da Fulltime continuava
acirrada, e Kodhair acabou sendo superado por Átila Abreu, Vitor Genz, Thiago
Camilo e Ricardo Zonta, caindo para a 6ª colocação, que acabou sendo sua
posição final na bandeirada. Rubinho manteve-se firme na ponta, e conquistou
sua segunda vitória na temporada atual, e com o 10° lugar de Valdeno Brito,
assumiu a vice-liderança do campeonato, que continua com Felipe Fraga, que
acabou sendo apenas o 13° nesta segunda corrida de Londrina, mas que possuía
uma larga vantagem na classificação, com 195 pontos. Barrichello tem agora 157,
seguido por Valdeno Brito, com 146 pontos. Na 4ª colocação vem Marcos Gomes,
com 136 pontos, 1 a mais que Max Wilson, que novamente não teve um fim de
semana muito promissor em Londrina. A próxima etapa da competição será em
Curitiba, no autódromo de Pinhais, que por enquanto segue funcionando, para
sorte dos amantes do automobilismo paranaense, no próximo dia 16 de outubro, em
mais uma rodada dupla. Depois ainda teremos mais 3 etapas, a serem disputadas
em Goiânia, Curvello, e novamente em Interlagos, fechando a competição.
A Suzuki conseguiu subir ao degrau mais
alto do pódio na atual temporada da MotoGP. A classe rainha do motociclismo
vinha conseguindo alternar vencedores diferentes desde a etapa de Mugello, e em
Silverstone, que conseguiu surpreender foi o jovem Maverick Viñalez, que levou
a marca japonesa ao topo do pódio, e de quebra, conquistou sua primeira vitória
no carreira na MotoGP, mostrando que no ano que vem, quando estará no time
oficial da rival Yamaha, os concorrentes terão bastante trabalho com ele. A
prova da Inglaterra, aliás, viu Carl Crutchlow fazer novamente uma bela
exibição, subindo novamente ao pódio após ter vencido a corrida anterior, em
Brno, e ficou com a 2ª posição. Mas a tarefa de Carl foi árdua, pois teve de
travar um duelo acirrado com Valentino Rossi, que acabou terminando em 3°
lugar. O “Doutor”, por sua vez, tinha Marc Márquez em seu encalço, com o líder
do campeonato finalizando a corrida na 4ª colocação. Jorge Lorenzo, mostrando
novamente uma atuação abaixo do esperado, foi apenas o 8° colocado. E Andrea
Iannone levou um belo tombo, perdendo a chance de um bom resultado. Seu
companheiro na Ducati, Andrea Dovizioso, foi o 6° colocado. Mas o que assustou
todo mundo foi o acidente ocorrido entre Loris Baz e Pol Espargaró logo na
primeira volta, quando ambos estavam na aproximação para a curva 2, que acabou
interrompendo a prova, com o uso da bandeira vermelha. Felizmente, tanto Baz
quanto Espargaró sinalizaram que estavam bem ao serem removidos para exames
médicos adicionais, apesar da violência do acidente sofrido por ambos.
Na etapa seguinte da MotoGP, o Grande Prêmio
de San Marino, disputado no circuito de Misano, a Yamaha parecia que daria as
cartas na corrida, ao conquistar a pole-position com Jorge Lorenzo, trazendo
Valentino Rossi logo atrás na segunda posição do grid. Mas, na corrida, o que
se viu foi um desempenho notável de Dani Pedrosa, que largou na 8ª posição, e
veio passando todo mundo conforme a corrida de desenvolvia. Mostrando uma
performance rara nos últimos tempos, Pedrosa não apenas chegou à ponta da
corrida, como por lá ficou, conquistando sua primeira vitória no ano, e se
tornando o 8° piloto diferente a vencer na atual temporada da classe rainha do motociclismo,
ajudando a categoria a coroar um ano de diferentes vencedores nas corridas. A
dupla da Yamaha até que tentou resistir e garantir um triunfo na pista
italiana, mas Pedrosa estava mesmo imparável. No seu GP “caseiro”, Rossi bem
que tentou de tudo para ficar com a vitória, mas acabou mesmo tendo de se render
ao piloto da Honda. Jorge Lorenzo acabou batido pelo italiano, e fechou o pódio
apenas em 3° lugar, ficando um pouco mais distante da luta pelo título, já que
Marc Márquez, como tem feito durante a temporada, procurou garantir um bom
lugar na pontuação, e fechou a prova em 4° lugar, mantendo assim, uma boa folga
na liderança da classificação do campeonato. Depois da vitória em Silverstone,
Maverick Viñalez fez outra boa corrida com a Suzuki, mas desta vez ficou sem chances
de discutir as primeiras colocações, e terminou em 5° lugar, a mais de 15s de distância
para o vencedor Dani Pedrosa. Em consequência de outro tombo, ocorrido durante
o primeiro treino livre, Andrea Iannone acabou vetado pelos médicos para a
corrida, devido a uma fratura na vértebra, e a Ducati ficou apenas com Andrea
Dovizioso no grid, que terminou a corrida em 6° lugar.
Na etapa de Aragão, na Espanha, Marc
Márquez resolveu mostrar que o título da temporada 2016 da MotoGP dificilmente
escapará de suas mãos. Depois de vencer pela última vez na prova da Alemanha, a
“Formiga Atômica” mostrou-se imbatível no circuito espanhol, largando na pole,
e praticamente comandando a corrida de ponta a ponta. Mas não sem uma boa briga
com a dupla da Yamaha. Jorge Lorenzo e Valentino Rossi bem que tentaram se impor
frente ao piloto da Honda e líder do campeonato, numa tentativa de diminuir sua
vantagem na classificação, que apesar de grande, vinha caindo paulatinamente nas
últimas etapas. Mas Márquez não deu chances à dupla da equipe dos três
diapasões, e conquistou sua 4ª vitória na temporada. Depois de perder o duelo
para Valentino Rossi nas últimas corridas, Jorge Lorenzo deu o troco, e recebeu
a bandeirada à frente do italiano, na 2ª posição, com Rossi fechando o pódio em
3°. Maverick Viñalez, em mais uma ao exibição, foi o 4° colocado, enquanto Carl
Cruthlow foi o 5°. Com o resultado da prova de Aragão, Márquez segue firme na
liderança da competição, com 248 pontos, 52 de vantagem para Valentino Rossi, o
vice-líder, com 196 pontos. Em 3° na classificação está Jorge Lorenzo, com 182.
Dani Pedrosa, depois da vitória em Misano e de melhorar seu rendimento, é o 4°
colocado, com 155 pontos. Maverick Viñalez é o 5° colocado, com 149 pontos,
consolidando-se como o melhor do “resto” do grid, graças às suas recentes boas
atuações, incluída a vitória em Silverstone. Por outro lado, a dupla da Ducati,
que fez uma corrida excelente na Áustria, acabou perdendo terreno, e foi
superada por Carl Cruthlow na classificação, com o inglês ocupando agora a 6ª
posição, com 105 pontos, 1 a mais que Andrea Dovizioso. Já Andrea Iannone, em
virtude do acidente sofrido nos treinos da etapa de San Marino, não correu em
Aragão, e com isso, é o 8°, com 96 pontos.
Para a dupla da Yamaha, a disputa do
título da MotoGP ficou muito complicada após a corrida de Aragão. Márquez
acumula 52 pontos de vantagem para Valentino Rossi, e com apenas 4 corridas
para encerrar a competição, e vendo a constância que o piloto da Honda tem
conseguido manter durante o ano, não há chances de conseguir descontar a
distância. Mesmo que Márquez abandonasse as etapas do Japão e da Austrália, e
Rossi vencesse ambas as corridas, nem assim Márquez perderia a liderança da
competição. Depois, ainda teremos as etapas de Sepang e Valência, com o
encerramento do campeonato. O problema é que se Márquez conseguir sair da etapa
de Motegi com mais de 75 pontos de dianteira, já encerrará a luta pelo título
da temporada. Ficará restando então ver quem será o vice-campeão, e essa
disputa promete ser brava dentro da Yamaha.
A Formula-E disputará em sua terceira
temporada várias novas provas, e uma delas é a rodada dupla que encerrará a
competição, em Montreal, no Canadá. Mas, quem esperava ver os bólidos de
competição elétricos disputando a corrida no circuito Giles Villeneuve, onde a
F-1 se apresenta, pode esquecer: a corrida será realizada numa pista de 2,8 km
de extensão, com cerca de oito curvas, localizado na parte sudeste da metrópole
canadense, próximo à sede da rede de TV CBC e da Ponte Jacques Cartier. A
notícia foi dada pela revista canadense 'Pole Position', que mapeou o local. A
reta dos boxes ficará situada no Boulevard René Lévesque, bem na frente da
torre da CBC, ente as ruas Berri e Papineau. O traçado terá apenas uma chicane,
localizada antes da entrada dos boxes, sendo as demais curvas praticamente
todas em 90°. Os trechos de reta sugerem que as ultrapassagens poderão ser mais
fáceis do que em outros circuitos, mas só mesmo no fim de semana da corrida
poderemos conferir isso. Mas certamente será um traçado muito menos complicado
que o do Battersea Park, que encerrou os dois primeiros campeonatos da
categoria de carros elétricos.
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