Mais
um mês se foi, e estamos agora entrando no último trimestre de 2015. O mundo da
velocidade se aproxima do final de vários campeonatos, enquanto alguns deles já
se encerraram até por este ano. O universo do esporte a motor continua
acelerando firme, e como é de praxe em todo início do mês, é hora de relacionar
alguns dos acontecimentos que não puderam ser comentados nas colunas regulares
do mês de setembro, nesta nova edição da Flying Laps, com alguns comentários em
notas breves sobre os fatos ocorridos. Portanto, uma boa leitura para todos, e
no mês que vem, teremos muito mais por aqui...
O Mundial de
Endurance divulgou neste mês de setembro o seu calendário para o ano de 2016. A boa notícia é que
haverá mais uma prova na competição, esticando o calendário para 9 etapas. A má
notícia, pelo menos para os brasileiros, é que o Brasil, que ficou de fora da
competição este ano, continuará de fora em 2016, o que faz entender que a
categoria dificilmente retornará tão breve a nosso país. Se o Brasil está de
fora, quem garantiu sua entrada é o México, com uma etapa que será disputada no
circuito Hermanos Rodriguez, que este ano já volta a receber uma prova da F-1,
que se apresentou no país pela última vez em 1992. Já em relação à antiga
categoria Sport-Protótipos, a última prova, também na Cidade do México, foi em
1991. As datas e etapas são as seguintes: 17.04 = 6 Horas de Silverstone
(Inglaterra); 07.05 = 6 Horas de Spa-Francorchamps (Bélgica); 18-19.06 = 24
Horas de Le Mans (França); 24.07 = 6 Horas de Nurburgring (Alemanha); 04.09 = 6
Horas da Cidade do México (México); 17.09 = 6 Horas do Circuito das Américas
(Estados Unidos); 16.10 = 6 Horas de Fuji (Japão); 06.11 = 6 Horas de Shangai
(China); 19.11 = 6 Horas do Bahrein (Bahrein).
A Porsche garantiu nas 6 Horas do
Circuito das Américas, em Austin, Texas, seu 3° triunfo consecutivo no Mundial
de Endurance. O trio formado pelos pilotos Mark Webber/Timo Bernhard/Brendon
Hartley aproveitaram-se problemas mecânicos no carro de seus companheiros de
time Neel Jani/Marc Lieb/Romain Dumas, que haviam largado na pole-position,
para conseguir mais uma vitória, chegarem a 103 pontos, e se aproximarem da
liderança do campeonato de pilotos, atualmente em poder do trio André/Lotterer/Benoit
Treluyer/Marcel Fassler, da Audi, que finalizou a corrida americana na 2ª
posição e continua na frente no campeonato, com 113 pontos. A Audi, aliás, fez
maioria no pódio texano, uma vez que a 3ª posição ficou com o trio Lucas di
Grassi/Oliver Jarvis/Löic Duval. Mas o poderio da Porsche na competição é
evidente, tendo marcado os dois melhores tempos e monopolizado a primeira fila
do grid em Austin. À Audi, principal desafiante, restou a 2ª fila, com o trio Lucas
di Grassi/Oliver Jarvis/Löic Duval ficando a 1s327 de desvantagem para a pole.
Já o trio André/Lotterer/Benoit Treluyer/Marcel Fassler ficou na 4ª colocação,
com 1s687. Não fosse o problema mecânico no carro que fez a pole, a Porsche
teria feito 1-2 tranquilamente na prova no Texas. E quem praticamente já
desistiu de tentar uma reação no campeonato deste ano é a Toyota, cujo melhor
protótipo em Austin, com os pilotos Anthony Davidson/Sébastien Buemi/Kazuki Nakajima
largou na 5ª posição, a 2s779 de desvantagem para o pole, e chegaram em 4°
lugar, com 2 voltas de desvantagem para a vencedora Porsche.
O Mundial de Endurance, aliás, continua
atraindo os olhos de outros fabricantes de carros. Os mais novos interessados
em colocar um time para competir na categoria, segundo conversas de bastidores,
seria o pessoal da BMW, que afirmou categoricamente que não tem planos de
retornar à F-1. Fica a dúvida, contudo, se os bávaros irão competir nos
protótipos, ou fincarem presença nas classes GT. Independente de qual classe
eles entrem, será mais uma marca de renome a competir oficialmente no WEC, o
que mostra o crescimento da categoria perante os grupos automotivos, tendo as
presenças fortes da Porsche, Audi, e Toyota na LMP1, e com vistas ao retorno da
Nissan assim que acertarem melhor o seu projeto para a categoria. E, pode-se
dizer, seria outro golpe na F-1, que sofre para atrair o interesse de novos fabricantes
no atual momento de seu campeonato, dominado pela Mercedes.
A MotoGP viu seu atual campeão, o
espanhol Marc Márquez, sofrer mais uma queda na etapa de Aragón, na Espanha.
Pole-position, a "Formiga Atômica" falhou no arranque da largada,
sendo superado por Jorge Lorenzo, da Yamaha, e Andrea Iannone, da Ducati. Na
ânsia de tentar recuperar a liderança, Márquez superou Iannone rapidamente e
partiu para cima de Lorenzo. Só que ele exagerou na dose, e acabou caindo ainda
no terceiro giro, abrindo caminho para a 6ª vitória de Jorge Lorenzo na
temporada 2015. O pódio foi completado por Dani Pedrosa e Valentino Rossi, que
duelaram ferozmente durante quase toda a corrida pela posição, com vitória do
espanhol da Honda, deixando o "Doutor" na 3ª colocação na bandeirada.
Ambos chegaram até a trocar rapidamente de posição na batalha pela 2ª
colocação, mas o heptacampeão não conseguiu manter-se à frente de Pedrosa, que
comemorou muito o resultado, igualando sua melhor posição de chegada no ano,
obtida na etapa de Sachsenring, na Alemanha. Andrea Iannone, que havia subido
paa 2° lugar após a queda de Márquez, acabou superado por Pedrosa e Rossi,
finalizando a corrida em 4° lugar, à frente de seu companheiro de equipe Andrea
Dovizioso, em 5° lugar. Restam agora 4 etapas para o encerramento do campeonato
da MotoGP, e a luta entre os pilotos da Yamaha promete pegar fogo. Valentino
Rossi ainda segue firme na liderança, com 263 pontos, mas Jorge Lorenzo quer
assumir a ponta o quanto antes, e está com 249 pontos, e determinado a eliminar
sua desvantagem para Valentino já na próxima etapa, em Motegi. Depois do tombo
em Aragón, Márquez praticamente pode se dizer fora da luta pelo título, tendo
apenas 184 pontos, e 79 de desvantagem para Valentino, uma diferença grande demais
para ser revertida, quando faltam apenas 100 pontos em disputa.
Marc Márquez teve mais um problema no
final do mês de setembro que certamente não vai ajudá-lo a se recuperar no que
resta do campeonato 2015 da MotoGP. O piloto espanhol se acidentou quando
treinava mountain bike nos arredores de sua cidade natal, Cervera. Se, em
Aragón, dias antes, ele havia sofrido uma queda sem sofrer um arranhão, o tombo
com a bicicleta foi mais sério, e ele fraturou o dedinho da mão esquerda, que
precisou passar por uma cirurgia para reparar a lesão sofrida, mas os médicos
garantem que o bicampeão vai estar recuperado para a próxima etapa da
competição, em Motegi, no Japão. Mas não foi só o espanhol da Honda que passou
por problemas: a dupla da Yamaha, que domina a luta pelo título da temporada,
também acabou tendo seus enguiços. Nos treinos para a Michelin na pista de
Aragón, Valentino Rossi levou um belo tombo na curva 2 do circuito, mas deu
sorte de sair apenas com o braço direito esfolado. Por outro lado, seu companheiro
de equipe Jorge Lorenzo sofreu um acidente no início deste mês de outubro, e
lesionou os ligamentos do ombro esquerdo. O piloto viajaria para o Japão
tomando os devidos cuidados para tratar o ombro machucado, que não precisou de
cirurgia para reparar os ligamentos, e garante que estará 100% apto a disputar
a prova nipônica. A disputa promete ser quente na pista de Motegi, mas fica a
dúvida se o ombro lesionado não vai ser um revés para Lorenzo na disputa com
Rossi, que é o piloto mais "inteiro" no momento...
A rodada dupla da Stock Car em Campo
Grande viu a vitória de Marcos Gomes na primeira corrida, seguido por Allam
Khodair e Thiago Camilo. Na 4ª posição chegou Ricardo Maurício, seguido pelo
atual campeão Rubens Barrichello. Já a segunda corrida teve vitória de Felipe
Fraga, que travou um bom duelo com Cacá Bueno, que não tinha ido muito bem na
primeira prova. O pentacampeão fechou em 2° lugar, a apenas 0s55 atrás de
Fraga. Ricardo Maurício conseguiu o 3° lugar e corou o fim de semana com boas atuações
nas duas provas. Rubens Barrichello também foi bem, obtendo a 4ª posição, em um
fim de semana que foi bem satisfatório para o piloto. Max Wilson foi o 5°
colocado. Marcos Gomes, vencedor da primeira corrida, teve um desempenho ruim
na segunda prova, terminando apenas em 11° lugar. Mesmo assim, Gomes manteve
sua grande vantagem na liderança do campeonato, com 213 pontos. Cacá Bueno é
agora o vice-líder, com 175 pontos. Daniel Serra é o 3° colocado na competição,
com 156 pontos, e tem Ricardo Maurício logo atrás, com 154 pontos, em disputa
bem apertada. Rubens Barrichello, por sua vez, está longe de conseguir repetir
a boa performance do ano passado, quando foi campeão. Rubinho é apenas o 5°
colocado, com 140 pontos, e tem Allam Khodair encostado nele com 139 pontos, e
trazendo junto Thiago Camilo (138 pontos), Júlio Campos (134 pontos), e Max
Wilson (133 pontos). Restam apenas mais duas etapas no campeonato, no dia 18 de
outubro, em Curitiba, Paraná;e no dia 8 de novembro, em Tarumã, no Rio Grande
do Sul. Serão 4 corridas e muita disputa na pista, com Marcos Gomes lutando
para conquistar o seu primeiro campeonato na categoria. Mas ele não pode se
descuidar, pois Cacá Bueno, apesar da desvantagem de 38 pontos, ainda é um
adversário perigoso, e basta um resultado ruim para Gomes para Cacá Bueno tirar
proveito e chegar mais perto, na busca pelo seu 6° título na competição.
A menos de um mês para o início de seu
segundo campeonato, a Formula-E divulgou o seu calendário para a competição. A
novidade é que a Cidade do México pode sediar a etapa em aberto, no dia 12 de
março, e a corrida deverá ser disputada no circuito Hermanos Rodriguez, e não
em uma pista de rua, como é tradicional na categoria. A etapa de Londres, no
Battersea Park, seguirá fechando a competição. Seguem as datas: 24.10.2015 =
Pequim (China); 07.11.2015 = Putrajaya (Malásia); 19.12.2015 = Punta del Este (Uruguai);
06.02.2016 = Buenos Aires (Argentina); 12.03.2016 = Cidade do México (México - a
confirmar); 02.04.2016 = Long Beach (Estados Unidos); 23 ou 24.04.2016 = Paris
(França); 21.05.2016 = Berlim (Alemanha); 04.06.2016 = Moscou (Rússia);
02 e 03.07.2016 = Londres (Grã-Bretanha).
A corrida programada para a cidade de Paris poderá ser realizada no domingo, ao
invés do sábado, isso ainda será decidido pela organização da competição. O
Brasil continuará tendo 3 pilotos na competição: Nelsinho Piquet, atual
campeão, na equipe China Racing; Lucas di Grassi, que segue na Audi ABT; e
Bruno Senna, que permanece na Mahindra. Uma das atrações da nova temporada
deverá ser a presença do ex-campeão de F-1 Jacques Villeneuve, que competirá
pela equipe Venturi.
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