quarta-feira, 1 de julho de 2015

FLYING LAPS - JUNHO DE 2015



            O mês de junho já era, e com isso, metade de 2015 já ficou para trás. E como o mundo da velocidade por vezes é bem vasto para se conseguir falar de tudo o que sempre rola no universo das corridas e fora dele, eis que trago novamente mais uma edição da Flying Laps, trazendo em algumas notas breves relatos de alguns dos acontecimentos vividos pelo mundo do esporte a motor ocorridos no último mês. Novamente, desejo a todos uma boa leitura, e no mês que vem, tem muito mais por aqui...


A Stock Car esteve no autódromo de Santa Cruz do Sul para a 5ª etapa do campeonato deste ano. A primeira corrida da rodada dupla foi vencida por Marcos Gomes. O pódio foi completado por Allam Khodair, que ficou em 2° lugar, enquanto o atual campeão da categoria, Rubens Barrichello, fechou o pódio em 3° lugar. Ricardo Maurício veio em 4° lugar, seguido por Max Wilson, em 5°. Na 6ª posição ficou Cacá Bueno. Já a segunda corrida teve vitória de Valdeno Brito, que havia sido o pole na primeira prova do fim de semana e acabou somente em 8°. Com o grid invertido para a segunda corrida, ele largou em 3°, e logo partiu para cima dos líderes, assumindo a ponta e por lá ficando, apesar de ser fortemente pressionado por Cacá Bueno, que terminou a prova na 3° colocação, ficando atrás de Daniel Serra, que subiu ao pódio em 2° lugar. Max Wilson ficou em 4° nesta segunda corrida, enquanto Marco Gomes, que havia vencido a primeira prova, foi o 5° colocado. Rubens Barrichello não teve sorte na segunda corrida, ficando pelo meio do caminho. Com o resultado das provas de Santa Cruz do Sul, a liderança do campeonato agora está com Cacá Bueno, com 113 pontos. Marcos Gomes é o 2° colocado, com 107. Apesar de abandonar uma das corridas, Rubens Barrichello ainda mantém-se em 3° na classificação, com 92 pontos, mas vê Júlio Campos chegar bem perto, com 87 pontos. Daniel Serra ocupa a 5ª colocação, com 84 pontos, seguido por Max Wilson, com 75. A próxima etapa do calendário da Stock será no dia 2 de agosto, em Salvador, na Bahia.


Líder da competição, Cacá Bueno, aliás, está enrolado com a CBA por causa de uma fala de rádio durante a etapa disputada em Ribeirão Preto. O piloto venceu a primeira corrida do fim de semana, mas por algum motivo, a direção de prova não mostrou a bandeira quadriculada, o que fez com que ele e Marcos Gomes, com quem disputava a vitória na corrida, continuassem acelerando forte na pista. Quando se deu conta da mancada, ele disparou pelo rádio chamando o pessoal da CBA de "imbecis" na conversa com seu chefe de equipe. Sua comunicação de rádio, contudo, acabou sendo colocada na transmissão da corrida. Só que a CBA ficou enfezada com o insulto, e o piloto acabou suspenso pela Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportivo. Mas Cacá teve concedido um efeito suspensivo dias antes da corrida, e foi liberado para correr no Rio Grande do Sul. O piloto agora espera o julgamento do seu recurso. A punição, aliás, é esdrúxula, bem ao estilo da cartolagem da CBA, que ultimamente não tem feito nada de realmente positivo pelo automobilismo nacional, daí que chamar os integrantes da entidade de "imbecis", a rigor, não é nada que não seja novidade. Aliás, a exemplo da CBF, ultimamente a CBA não se presta a grande coisa, e para muitos, o automobilismo brasileiro poderia passar até muito melhor sem ela. Cacá às vezes pode falar demais, mas neste caso, não disse nada que não seja conhecido por todos. Esse lance de proibirem os pilotos de tecer críticas é uma das maiores picaretagens que são impostas aos pilotos, e eles devem ter todo o direito de criticarem quando acham que algo está errado. No caso da primeira corrida de Ribeirão, com ele e Marcos andando ainda em alta velocidade, quando já deveriam desacelerar para voltar aos boxes, poderia ter havido algum acidente com o pessoal de prova que normalmente adentra a pista após a bandeirada. Foi uma barbeiragem da direção de prova. O público, por sua vez, quer pilotos com atitude, que falem o que pensam, e não se intimidem com as frescuras que o meio automobilístico vive tentando impôr hoje em dia. Ao invés de condenar a crítica de Cacá, a CBA deveria olhar para si própria e tratar de fazer algo decente para promover o fortalecimento do automobilismo nacional, que atualmente não tem nem metade da força e prestígio que já teve um dia...


A F-3 Brasil também esteve em Santa Cruz do Sul, para a disputa de sua terceira etapa do campeonato, e Pedro Piquet, atual campeão, simplesmente não deu chance para a concorrência, vencendo as duas provas do fim de semana. Com o resultado, Pedro assumiu a liderança da competição, com 63 pontos. Matheus Iorio é o vice-líder, com 57 pontos. Rodrigo Baptista e Carlos Cunha vêm a seguir, cada um com 41 pontos. A próxima etapa da competição será no primeiro final de semana do mês de agosto, em Curitiba. Pelo ritmo, Pedro Piquet caminha rumo ao bicampeonato, somando já 4 vitórias em 6 corridas, mas ainda é cedo para comemorar qualquer favoritismo, pois o certame ainda tem 10 provas até o encerramento da competição, no primeiro fim de semana de dezembro, no autódromo de Interlagos, em São Paulo.


Provando que o campeonato está sempre aberto a surpresas, a etapa de Toronto do calendário da Indy Racing League teve seu início complicado pela chuva, o que causou algumas confusões no seu início de disputa, com pilotos arriscando colocar os pneus de chuva antes da hora, enquanto alguns ainda apostavam nos compostos próprios para pista molhada. Mas o piso secou, e as disputas, que já andavam quentes, pegaram fogo de vez, com alguns pilotos se estranhando, e provocando as tradicionais intervenções do Safety Car quando se trata de um circuito de rua. E quem se saiu melhor na estratégia de pista foi a dupla da CFH Racing, com Josef Newgarden a conquistar a sua segunda vitória na competição. O piloto já havia vencido de forma magistral a prova do Alabama, e esta etapa em Toronto foi ainda melhor para a escuderia porque Luca Filipi, companheiro de Newgarden, fechou a corrida em 2° lugar, garantindo a primeira dobradinha da nova escuderia, formada este ano com a fusão dos times Carpenter e Fischer/Hartman, com vistas a melhorar suas condições de disputa na categoria. Na base da estratégia, os pilotos brasileiros conseguiram salvar melhores posições no resultado da corrida, uma vez que haviam ficado muito para trás, no meio do pelotão, no troca-troca de pneus de chuva/seco no início da corrida, ficando quase sempre presos no tráfego na luta por posições. Hélio Castro Neves foi o 3° colocado, e Tony Kanaan o 6°. Se as posições não foram as melhores que esperavam, pelo menos ambos foram os melhores classificados de seus times: na Penske, Will Power terminou em 4°, enquanto Juan Pablo Montoya, o líder do campeonato, foi o 7°, e Simon Pagenaud, por sua vez, fechou apenas em 11° lugar. Já na Ganassi, Scott Dixon foi o 8°. Sebastián Saavedra foi o 16°, e Charlie Kimball, por sua vez, foi o 20°.


O Mundial de rali teve sua 6ª etapa disputada na Itália, na região da Sardenha, e Sebastien Ogier conquistou sua 4ª vitória no campeonato, mostrando que vai ser difícil a concorrência destroná-lo. O piloto da Volkswagen só teve um resultado ruim em todo a temporada até agora, no Rali da Argentina, onde marcou apenas 3 pontos. Em Portugal, não venceu, mas pontuou bem, enquanto os rivais vão dividindo os resultados entre eles. A Volkswagen, aliás, venceu 5 das 6 etapas da competição até agora. Além dos 4 triunfos de Ogier, Jari-Matti Latvala venceu a etapa de Portugal. Kris Meeke, da Citroen, foi o único competidor não-Volkswagen a vencer no ano, ao triunfar na etapa da Argentina. Com o resultado da etapa da Sardenha, Ogier tem praticamente o dobro de pontos do vice-líder da classificação do WRC, com 133 pontos, contra apenas 67 do norueguês Mads Ostberg, da Citroen. Ostberg, contudo, está apenas 3 pontos à frente de seu compatriota Andreas Mikkelsen, da segunda equipe da Volkswagen. Jari-Matti Latvala, companheiro de Ogier no time principal da Volkswagen, é apenas o 4° colocado, com 56 pontos. Na classificação de construtores, a Volkswagen lidera com folga, com 179 pontos, seguida pela Citroen, com 115, que está em uma disputa acirrada com a Hyundai, que soma 113 pontos. A próxima etapa já acontece nesta semana, com o Rali da Polônia.


A etapa da Holanda do Mundial 2015 da MotoGp assistiu a mais um embate titânico pela vitória. No tradicional circuito de Assen, quem deu as cartas foi o atual líder da competição, o italiano Valentino Rossi, que largou na pole-position e tratou de garantir sua 9ª vitória no circuito holandês. Uma vitória que não saiu de graça: Marc Márquez, redimindo-se de suas últimas provas em que terminou na caixa de brita, tratou de mostrar que não é o atual bicampeão da categoria à toa, e partiu para cima do italiano, conseguindo tomar a dianteira na 20ª volta da corrida, após manter-se colado no piloto da Yamaha desde o início da prova. Mas, na dianteira, Márquez também não conseguiu se descolar de Rossi, e poucas voltas depois, ambos passaram a travar um duelo feroz pela liderança, com troca de posição entre ambos na pista, até que o italiano novamente assumiu a ponta. Na volta final, Márquez novamente tentou recuperar a ponta, na última chicane antes da reta de chegada, mas Valentino manteve-se firme, e ambos acabaram se tocando, e por pouco não caíram e deram adeus à corrida. Rossi conseguiu controlar a moto na área de escape, e voltou à pista para cruzar a linha de chegada com 1s24 à frente do piloto da Honda, que pelo menos encerrou a fase de maus resultados com o 2° lugar. Jorge Lorenzo, que vinha de 4 vitórias consecutivas no campeonato, e pensava assumir a liderança da competição em Assen, não conseguiu fazer frente ao parceiro italiano e ao ímpeto de Márquez, terminando a prova em 3° lugar, resultado que não foi nada ruim, se levarmos em consideração que largou em 8° lugar. A vitória manteve Valentino Rossi na liderança do campeonato, agora com 10 pontos de vantagem para Lorenzo, 163 a 153. O 4° lugar de Andrea Iannone manteve o 3° lugar do piloto da Ducati na competição, com 107 pontos. Seu companheiro no time italiano, Andrea Dovizioso, por outro lado, com a 12ª posição em Assen, perdeu a 4ª colocação no campeonato para Marc Márquez, com o espanhol chegando a 89 pontos, contra 87 de Dovizioso. A próxima etapa do campeonato é GP da Alemanha, dia 12 de julho, na pista de Sachsenring. E o duelo pelo campeonato promete pegar fogo nas próximas etapas entre a dupla da Yamaha, ao mesmo tempo em que Márquez tenta recupera-se na competição...

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