E
setembro já chegou. O ano parece estar andando tão rápido quanto os carros na
pista em suas corridas nas várias categorias existentes no mundo todo. E todo
início de mês tem o espaço das notas rápidas sobre alguns dos acontecimentos
ocorridos no mês anterior e que não foram mencionados nas colunas regulares.
Portanto, é hora de mais uma sessão Flying Laps, com várias anotações de alguns
momentos do mundo da velocidade. Uma boa leitura a todos, e até a próxima
sessão no mês que vem...
Encerrou-se a edição 2014 do Rali dos Sertões. A competição desse ano
teve 7 dias de disputa, entre os dias 23 e 30 de agosto. A largada foi em
Goiânia, capital do Estado de Goiás, com a chegada, no dia 30, em Belo
Horizonte, capital de Minas Gerais. No percurso, os competidores passaram por
Caldas Novas, Catalão, Paracatu, São Francisco, e Diamantina, antes de chegarem
à Belo Horizonte. Mais de 120 participantes estiveram presentes na edição deste
ano, e a competição teve os seguintes vencedores: Marc Coma (motos), Robert
Nahas (quadriciclos), Vinicius Mota e Rafael Shimuk (UTVs), Guiga Spinelli e Youssef
Haddad (carros), e o trio Edu Piano/Solon Mendes/Antonio Sales (caminhões).
A Hyundai foi a vencedora do Rali da Alemanha de 2014. O belga Thierry
Neuville faturou a competição, aproveitando-se dos azares dos pilotos da equipe
da Volkswagen, Sebastién Ogier e Jari-Matti Latvala. O resultado, entretanto,
pouco muda o panorama do campeonato, amplamente dominado até aqui pela dupla da
Volkswagen, que segue firme e longe na liderança da competição. O maior
derrotado, aliás, foi justamente Latvala, que tentava aproveitar a chance de
diminuir sua desvantagem para seu companheiro de equipe, Ogier, quando acabou
se acidentando também com seu carro. Ogier continua com 187 pontos, enquanto
Latvala segue com 143. O finlandês havia obtido uma vitória suada em cima do
companheiro Ogier na etapa anterior, disputada justamente em sua terra natal, a
Finlândia. Com o abandono de Ogier logo no primeiro dia de competições na prova
alemã, Latvala certamente achou que a sorte estava lhe sorrindo numa possível
reação no campeonato, para embolar a briga com Sebastién. Mas provas off-road
costumam ser cheias de surpresas, e quem acabou faturando foi a equipe da
Hyundai, que conquistou a primeira vitória não-Volkswagen do atual campeonato. Com
a vitória na etapa germânica, Thierry Neuville empatou com o finlandês Miko
Hirvonen, ambos com 73 pontos.
E Robert Kubica parece que anda gostando de se envolver em acidentes
com seu carro no Mundial de Rali. O piloto polonês acabou vendo o mundo
novamente de ponta cabeça tanto nas etapas da Finlândia quanto da Alemanha. Os
estragos no carro, nestas ocasiões, foram leves, mas fortes o suficiente para
acabarem com quaisquer pretensões de um bom resultado em ambas as etapas. O
melhor de tudo é que Kubica felizmente não tem se machucado com estes
percalços. Mas a melhor notícia mesmo para Robert é que seu nome é considerado
para ser um dos titulares da equipe Citroen para a próxima temporada. Segundo
rumores no meio, o norueguês Mads Ostberg não estaria agradando à direção da
escuderia, que já estaria sondando possíveis nomes para substituí-lo no próximo
ano. E Kubica, em que pese parecer estar dando mais voltas em torno de si do
que nos traçados das etapas, é levado em alta consideração por parte da marca
francesa. Um reconhecimento à grande capacidade de Kubica, que depois de seu
fortíssimo acidente há alguns anos, teve de encerrar sua carreira na F-1, mas
mostrou nos ralis que seu grande talento de piloto continua intacto. Mas, pelo
sim, pelo não, melhor a Citroen reforçar seu time de mecânicos e o seguro de
seus carros, caso efetive a contratação do polonês, só por garantia...
E a hegemonia de Marc Márquez na MotoGP
sofreu um abalo momentâneo na corrida da República Tcheca, disputada no
autódromo de Brno. O atual campeão teve seu pior momento na temporada atual, e
depois de alguns pegas acirrados na etapa, acabou terminando a prova
"apenas" na 4ª colocação, sendo a primeira prova fora do pódio que o
espanhol termina desde a etapa da Austrália, no ano passado, quando foi
desclassificado por trocar de moto fora do intervalo permitido. Mas a vitória
na etapa ainda foi da equipe oficial da Honda: Dani Pedrosa, que vinha tendo
uma temporada apenas morna e à sombra do parceiro campeão de equipe, voltou a
brilhar, e depois de bons pegas com a dupla da Yamaha, conquistou sua primeira
vitória no ano, e a primeira desde a prova da Malásia do ano passado. Mesmo
assim, Pedrosa teve de dar duro para voltar ao degrau mais alto do pódio, pois
foi perseguido incansavelmente por Jorge Lorenzo até a bandeirada final, com
uma diferença de apenas 0s4 para o piloto da Yamaha. Valentino Rossi completou
o pódio, logo atrás.
Quem achava que 10 vitórias já estava de
bom tamanho para o atual campeão da MotoGP sinceramente não conhece o apetite
de Marc Márquez por vitórias. E a "Formiga Atômica" tratou de
mostrar, na etapa de Silverstone, que o "mau" resultado em Brno foi apenas
ocasional. Márquez travou novamente um duelo renhido com Jorge Lorenzo, e
conquistou na Inglaterra sua 11ª vitória na temporada, igualando a marca de
Valentino Rossi obtida em 2005, quando o "Doutor" foi campeão com 11
triunfos. A Lorenzo restou novamente o 2° lugar, depois de outra corrida onde
deu tudo por tudo, e não conseguiu impedir nova vitória da rival Honda. E, tal
como em Brno, Valentino Rossi fechou novamente o pódio, mantendo-se firme na
cola de Dani Pedrosa na classificação do campeonato. Pedrosa, aliás, bem que
tentou repetir o desempenho da etapa da República Tcheca, mas desta vez foi ele
quem ficou de fora do pódio. O Mundial da MotoGP ainda tem 6 etapas até o final
do campeonato, com a próxima etapa marcada para o dia 14 de setembro, no
circuito italiano de Misano. Mas a distância que Márquez vai abrindo dos
concorrentes é cada vez maior: com 288 pontos, Marc tem nada menos do que 89
pontos de vantagem para Dani Pedrosa, com 199. Este, por sua vez, vem sendo
impiedosamente perseguido por Rossi, que vem logo atrás com 189 pontos. Ainda
se recuperando a primeira metade da temporada, quando teve um desempenho abaixo
da média, Jorge Lorenzo firmou-se na 4ª colocação, com 157 pontos.
O retrospecto de Marc Márquez na MotoGP,
onde estreou no ano passado, é quase impecável: em apenas 3 corridas o jovem
espanhol deixou de subir ao pódio. Em 2013, ele ficou sem ir ao pódio nas
etapas de Mugello e Phillip Island, enquanto neste ano, esteve ausente em Brno.
Em 30 corridas disputadas até a corrida de Silverstone, foram nada menos do que
17 vitórias. Alguém será capaz de deter o jovem campeão espanhol, que rumo
inclemente para o bicampeonato? Quem se candidata...?
O campeonato da Stock Car está ficando bem
embolado, com nada menos do que 9 pilotos diferentes vencendo corridas no
campeonato deste ano. Após as etapas de Cascavel e Curitiba, ambas disputadas
no esquema de rodadas duplas, a liderança da competição está com o piloto Átila
Abreu, com 119,5 pontos. Rubens Barrichello, depois de faturar a Corrida do
Milhão, em Goiânia, ainda venceu outra prova em Cascavel, e subiu novamente ao
pódio em uma das provas de Curitiba, assumindo a vice-liderança da competição,
com 113 pontos. E logo atrás do recordista de participações da F-1 vem Sérgio
Gimenez, com 109 pontos. Cacá Bueno é o 4° colocado na competição, com 100
pontos, à frente de Júlio Campos, com 98,5 pontos. Praticamente empatado com
Campos está Valdeno Brito, com 98 pontos. Seguem Thiago Camilo (94 pontos),
Marcus Gomes (91), Antônio Pizzonia (79,5) e Ricardo Mauricio (75,5), fechando
os 10 primeiros colocados no campeonato. Ainda tem mais 5 etapas no campeonato,
todas em rodadas duplas, e a próxima é no dia 14 de setembro, no circuito de
Velopark. Depois, no dia 28, a
Stock estará em Santa Cruz do Sul. A categoria fica de molho durante o mês de
outubro, retornando apenas em novembro para as etapas finais em Tarumã (dia 02),
Salvador (dia 15), e Curitiba (dia 30).
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