sexta-feira, 5 de abril de 2013

ACELERANDO NAS DUAS RODAS...



A MotoGP 2013 entra em ação para mais um campeonato...

            Começam hoje os treinos oficiais que dão início ao campeonato 2013 da MotoGP, no circuito de Losail, no Catar, primeira prova das 18 corridas que compõem o calendário da competição para este ano, e todo mundo está animado para ver como será a disputa entre as duas mais poderosas equipes da motovelocidade na categoria principal. Honda e Yamaha devem monopolizar as atenções, e todos esperam que seus pilotos proporcionem os maiores duelos do ano. Se a categoria perdeu Casey Stoner, que disse estar de saco cheio da MotoGP e resolveu procurar outros caminhos, um dos principais atrativos deste ano é o retorno do grande campeão Valentino Rossi à Yamaha, onde terá novamente um equipamento de ponta, após passar os últimos dois anos em um desafio de tentar transformar a Ducati novamente num time campeão, no que acabou fracassando.
            Outra expectativa é ver o que o mais novo astro da categoria, o jovem Marc Márquez, que será o novo companheiro de Dani Pedrosa na Honda, e é considerado o maior talento potencial entre os novatos. Num paralelo entre o que aconteceu com Lewis Hamilton em sua estréia na McLaren na F-1 em 2007, Márquez tem tudo para “explodir” na categoria, ainda mais que terá à sua disposição aquela que é considerada no momento a melhor moto do grid, o modelo RC213V da Honda, no time oficial da fábrica. Isso pode significar encrenca para Dani Pedrosa, que evoluiu muito no ano passado, e tem nesta temporada a sua melhor chance de finalmente ser campeão na MotoGP. Se seu jovem companheiro Marc resolver colocar as garras de fora, a equipe Honda poderá ter uma forte briga interna, e se todos sabem que Pedrosa quer desencalhar de vez com um título, Márquez quer chegar “chegando”, e podem apostar que não hesitará em “atropelar” o próprio companheiro de equipe. Se isso acontecer, Pedrosa pode ter que lutar mais do que pensava para enfim chegar ao seu tão ambicionado título, o que não significa que não tenha capacidade para isso. O que ninguém sabe exatamente é até que ponto Márquez pode surpreender em sua estréia na MotoGP.
            Mas, se a expectativa é de duelo dentro da Honda, não se espera nem um pouco menos na Yamaha. De volta ao time onde venceu pela última vez, Valentino Rossi, dono de nada menos do que 7 títulos na motovelocidade, tem um desafio duplo pela frente: mostrar que não desaprendeu a vencer nos dois anos difíceis que passou tentando levantar a Ducati; e provar que ainda pode domar seu velho companheiro de equipe, o espanhol Jorge Lorenzo, tarefa que não será das mais fáceis. Se antes já era duro bater o espanhol, agora que Lorenzo é bicampeão da MotoGP, o páreo será ainda mais duro. Lorenzo aliou constância e regularidade às suas performances, e como vimos em 2012, se não vence, procura sempre chegar logo atrás do vencedor, e assim enquanto os líderes das provas podem ficar até se revezando, o espanhol ia rumando para o título, sem deixar de vencer também. Rossi, por sua vez, mesmo aos 34 anos, tem tudo para mostrar que ainda é o “Doutor”, e quem sabe, aumentar ainda mais sua lista de títulos. É nos momentos de maior pressão que o piloto italiano costuma sempre surpreender, e vamos ver se sua motivação e ímpeto continuam os de sempre.
            Com tamanha briga nestas duas equipes, parece sobrar pouco para o restante do grid. Mesmo times como a Ducati, e as escuderias satélites dos times oficiais parecem ter pouco a oferecer, uma vez que não apenas os melhores equipamentos estão na Honda e na Yamaha, mas também por contarem com os pilotos potencialmente mais talentosos. E, se levarmos em conta o desempenho mais modesto das motos CRT, introduzidas no ano passado, o grosso da disputa deve ficar mesmo restrito às fábricas nipônicas, com alguma surpresa ocasional aqui e ali.
            A Espanha, apesar da forte crise econômica, ainda é o país com mais provas a sediar: haverão 4 etapas da categoria, ocupando os circuitos da Catalunha, Ricardo Tormo, Jerez de La Fronteira, e Aragón. Logo em seguida, são os Estados Unidos o país com maior número de provas: teremos as etapas de Indianápolis, Laguna Seca, e a nova prova em Austin, no Texas. Quem dançou foram Portugal e Argentina, que ficaram sem suas corridas.
            Uma das principais novidades da MotoGP este ano será o sistema de “pontuação” das más condutas dos pilotos, que se aprontarem na pista, levarão “pontos na carteira”, como acontece com os motoristas no Brasil. Os pilotos que acumularem estes “pontos negativos” irão sofrer penalidades que vão desde serem obrigados a largar em último lugar, ou até serem suspensos da corrida seguinte. Além deste novo sistema de punição, continuam as medidas disciplinares habituais do regulamento, como advertências, multas, perdas de posição nos grids de largada, ride-through, acréscimos de tempo ao resultado final da corrida, desclassificação, perda dos pontos da classificação, suspensão e exclusão. Os comissários irão decidir quantos pontos cada piloto que cometer infração ou conduta antidesportiva na pista vai receber. Quem for indisciplinado vai ter encrenca pela frente...
            A MotoGP também passará a adotar um novo formato de classificação. O treino será dividido em duas etapas: os 10 pilotos mais rápidos no combinado dos 3 treinos livres irão disputar a sessão principal do treino de classificação, enquanto os demais pilotos irão participar de uma sessão onde os 2 mais rápidos se credenciarão a participar da sessão decisiva, ficando os classificados restantes definidos na 13ª posição para trás. Ambas as sessões terão 15 minutos de duração. Os treinos livres de sexta continuam no mesmo esquema, assim como o 3° treino livre na manhã de sábado. No início da tarde, antes das sessões de classificação, os pilotos terão agora um 4° treino livre, que não terá seus tempos computados para a sessão de largada.
            Na categoria Moto2, o piloto Pol Espargaró desponta como o principal favorito, mas a disputa no certame logo abaixo da MotoGP promete ser dos mais acirrados, e não dá para afirmar como a disputa pode ser desenhar. E, na categoria de acesso, a Moto3, a KTM deve continuar possuindo os melhores equipamentos, mas ao mesmo tempo há expectativa de bons duelos pelo título, uma vez que no ano passado esta divisão teve 7 pilotos diferentes vencendo corridas.
            Na TV brasileira, os campeonatos da MotoGP continuarão sendo transmitidos pela TV paga, dentro dos canais do SporTV, que deverá mostrar todas as corridas, revezando-se em seus 3 canais, dependendo da grade de eventos do fim de semana. Neste final de semana, as 3 corridas serão transmitidas ao vivo pelo SporTV2, que iniciará a veiculação às 13 horas de domingo, com a apresentação da prova da Moto3, seguindo às 14:20 Hrs. pela prova da Moto2, e finalizando às 16 horas com a corrida da categoria máxima, a MotoGP. Vale lembrar que a corrida inaugural do campeonato será disputada á noite no circuito de Losail, o que dá um charme extra à corrida.
            Então, é hora de se preparar a torcida, e ver como vai se dar a briga nas provas de duas rodas pelo mundo agora. E, claro, vamos ver quantos tombos o pessoal vai levar durante a temporada, pois competir de moto é algo muito mais desafiador do que de carro, e ver o pessoal fazendo as curvas quase deitados com suas motos sempre é algo excitante de se ver, e por isso mesmo, sempre existe o perigo de se levar um tombo. Que venha a largada...


CALENDÁRIO DA MOTOGP 2013

DATA
PROVA
CIRCUITO
07.04
GP do Catar
Losail
21.04
GP das Américas
Austin
05.05
GP da Espanha
Jerez de La Fronteira
19.05
GP da França
Le Mans
02.06
GP da Itália
Mugello
16.06
GP da Catalunha
Barcelona
29.06
GP da Holanda
Assen
14.07
GP da Alemanha
Sachsenring
21.07
GP dos Estados Unidos
Laguna Seca
18.08
GP de Indianápolis
Indianápolis
25.08
GP da República Tcheca
Brno
01.09
GP da Inglaterra
Silverstone
15.09
GP de San Marino
Misano
29.09
GP de Aragón
Aragón
13.10
GP da Malásia
Kuala Lumpur
20.10
GP da Austrália
Phillip Island
27.10
GP do Japão
Motegi
10.11
GP da Comunidade Valenciana
Valência

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