Finalizado
o mês de abril, hora de vermos algumas notas rápidas sobre o que mais andou
acontecendo nas corridas deste último mês, na sessão Flying Laps de hoje. Uma
boa leitura a todos...
A segunda etapa da MotoGP 2012, disputada no circuito espanhol de Jerez
de La Fronteira, viu Casey Stoner não dar chance a Jorge Lorenzo de repetir a
vitória obtida na primeira etapa do campeonato, no Qatar. Mas nem por isso Lorenzo
deu folga ao australiano da equipe Honda, terminando a corrida menos de 1s
atrás do seu principal rival. Companheiro de Stoner na Honda, Dany Pedrosa
completou o pódio. Quem continuou abaixo da expectativa foi Valentino Rossi,
que terminou numa modesta 9ª posição, com a Ducati a novamente mostrar falta de
competitividade frente as Yamaha e Honda. E não foi apenas um mal desempenho de
Rossi, como na primeira corrida, onde o italiano ficou bem atrás de seu
companheiro de equipe, Nick Hayden; desta vez, Hayden também não conseguiu
fazer muita coisa, terminando apenas em 8°, uma posição à frente de Rossi. A
corrida seguinte do campeonato é no dia 6 de maio, no circuito do Estoril, em
Portugal. Pelo visto não será este ano que Rossi conseguirá transformar a Ducati
num time vencedor, a exemplo do que conseguiu fazer na Yamaha há alguns anos.
No Mundial de Rali, Sebastién Loeb conquistou na Argentina nada menos
do que sua 70ª vitória nos ralis. O piloto da Citroen teve como maior
adversário na prova sul-americana seu próprio companheiro de equipe, Miko
Hirvonen, que fechou a competição com 15s de desvantagem para o octocampeão. A
vitória de Loeb, contudo, não foi tão fácil quanto se podia imaginar: o piloto
francês teve um começo complicado, mas viu sua sorte mudar durante a
competição, que se completou com a quebra de Petter Solberg, que liderava a
competição de início. E depois de assumir a ponta, Loeb ainda teve de manter
Hirvonen sob controle. Alguém duvida de que Loeb vai em busca de seu 9° título?
Bernie Ecclestone investiu contra a imprensa mundial após o
bem-sucedido Grande Prêmio do Bahrein de F-1, realizado neste mês de abril, que
se imaginava poder ser cancelado devido às manifestações no pequeno país do
Golfo Pérsico. Para Bernie, a imprensa exagerou, pintando um “quadro negro” da
situação do país quando na verdade isso não era a realidade. Garantiu ainda que
o Bahrein sempre estará na mundial de F-1, e que não interessa se o governo do
país usa a categoria com viés político, porque isso chama atração para a F-1, e
não existe publicidade negativa em nenhum grau. Pode até ser, mas isso também
demonstra como Ecclestone defende apenas o seu lado da moeda, o que é até
óbvio. Mas e se a situação tivesse realmente ficado complicada, a ponto de ter
ocorrido um atentado durante a corrida? E se realmente tivesse ocorrido algo
que ferisse pessoas, ocasionasse alguma morte, em virtude de protestos contra a
realização do GP? Os milhões de dólares que a família real barenita paga para
realizar o GP de fato falam muito mais alto, e enquanto eles pagarem sem
pestanejar as altíssimas taxas impostas por Bernie, ele sempre mandará as favas
qualquer opinião negativa sobre a corrida. Já sobre falar que não existe
publicidade negativa, isso depende de como cada um enxerga a situação.
Infelizmente, boa parte do público que acompanha a categoria máxima do
automobilismo continuará seguindo-a, apesar de tudo. E, enquanto a audiência da
F-1 não despencar por causa de atos como estes, que mostram quão gananciosa e
insensível é a categoria, nada vai mudar. Uma verdade infelizmente cruel e
inevitável...
O piloto Valdeno brito foi o vencedor da prova da Stock Carno circuito
de Curitiba. Valdeno aproveitou a confusão na largada entre o pole Alan
Khodair, que se estranhou com Ricardo Maurício, e assumiu a ponta da prova logo
ao fim da reta. A partir daí, Valdeno controlou a corrida com perfeição,
mantendo uma distância segura dos adversários, mesmo nas relargadas que houve
durante a corrida. O pódio foi completado por Max Wilson, que ficou com o 2°
lugar, seguido por Átila Abreu. Khodair, que havia largado na pole, teve uma
corrida muito complicada, terminando apenas em 18°. Já Ricardo Maurício, que
havia se estranhado com o pole na largada, conseguiu retomar a corrida sem
maiores percalços, finalizando em 4° lugar.
Em duas provas realizadas até o momento na F-Truck, a vitória ficou com
Beto Monteiro, que levou seu Iveco à primeira colocação nas corridas, o que
surpreendeu até o próprio piloto, que considera que seu caminhão não é o mais
rápido, mas que soube aproveitar as circunstâncias até o presente momento para
liderar a competição. A próxima etapa é em Caruaru, pista onde Monteiro já
venceu, e onde espera repetir a dose e se manter na dianteira.
A TV Bandeirantes fez uma péssima transmissão da São Paulo Indy 300.
Além de ter colocado Luciano do Valle para narrar a prova, o que desagradou
muitos torcedores, em virtude das muitas falhas que o narrador cometeu, a
edição de imagens da corrida foi um horror, com várias disputas de posição
sendo “cortadas” em momentos decisivos, para irritação de quem assistia a
corrida pela TV e também na pista, acompanhando partes da prova pelos telões
instalados. A situação estava tão ruim em alguns momentos que a TV americana
chegava a pedir desculpas a seus telespectadores, justificando que eles não
eram os responsáveis pela geração das imagens, e que não podiam fazer nada para
melhorar. Para quem acompanha as transmissões dos treinos da F-1, também ficou
patente a falta de uma cronometragem em tempo real na tela, pois não dava para saber
se tal piloto vinha em boa ou má volta, fosse no treino livre, fosse na
classificação para a corrida. A emissora paulista deve manter a qualidade de
transmissão da corrida para a próxima prova, a Indy500, que felizmente tem
geração de imagens da TV americana, muito melhor. E espera-se, que Téo José
volte ao microfone...
A
mais nova fofoca da F-1 coloca Mark Webber como piloto da Ferrari na próxima
temporada, no lugar de Felipe Massa. Segundo o boato, a equipe italiana
gostaria de promover Sérgio Pérez para o lugar do brasileiro, mas tem receio de
que o mexicano ainda seja muito inexperiente para assumir um carro de ponta.
Webber contaria com a simpatia de Fernando Alonso, de quem é um dos melhores
amigos no circo da F-1. O time italiano acredita que contar com dois pilotos
experientes poderia ser decisivo para se manter o desenvolvimento do carro em
bom ritmo, e Webber, por sua vez, poderia ser um segundo piloto mais maleável,
ao contrário do jovem Pérez, que pode se mostrar muito impetuoso. Mas a jogada
também poderia ter um viés econômico: Pérez traz consigo um vultoso patrocínio
da Telmex, dona das marcas Claro e Embratel, e Carlos Slim, magnata dono deste
império de telefonia, poderia criar alguns enguiços se visse seu piloto ter de
obedecer à política de “segundo” condutor no time italiano, com Alonso sendo a
preferência absoluta. Perez é cria do programa de apoio da Ferrari, mas no caso
de ser efetivado, a Telmex poderia exigir que o piloto pudesse competir de igual
para igual com Alonso, que por sua vez, traz o aporte milionário do Banco
Santander, da Espanha. Contar com Webber seria uma maneira de evitar um
provável confronto de vontades entre os patrocinadores de seus pilotos. Mas
será que Webber toparia ir para o time italiano? Vai depender do que o
australiano mostrar durante a temporada, e no ritmo em que está, tem até boas
chances de renovar por mais um ano, dependendo principalmente de como forem os
pilotos da Toro Rosso, que são os principais candidatos a ocupar sua vaga na
Red Bull. E, pelo que se viu até o presente momento, Ricciardo e Vergne ainda
não mostraram muito a que vieram, sendo provável que eles fiquem mais um ano na
Toro Rosso. E Webber poderá muito bem seguir na Red Bull, onde sabe que terá um
carro competitivo, ao contrário do atual estágio da Ferrari. E, claro, veremos
onde Felipe Massa irá parar no ano que vem...
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