quarta-feira, 2 de maio de 2012

FLYING LAPS – ABRIL DE 2012


            Finalizado o mês de abril, hora de vermos algumas notas rápidas sobre o que mais andou acontecendo nas corridas deste último mês, na sessão Flying Laps de hoje. Uma boa leitura a todos...


A segunda etapa da MotoGP 2012, disputada no circuito espanhol de Jerez de La Fronteira, viu Casey Stoner não dar chance a Jorge Lorenzo de repetir a vitória obtida na primeira etapa do campeonato, no Qatar. Mas nem por isso Lorenzo deu folga ao australiano da equipe Honda, terminando a corrida menos de 1s atrás do seu principal rival. Companheiro de Stoner na Honda, Dany Pedrosa completou o pódio. Quem continuou abaixo da expectativa foi Valentino Rossi, que terminou numa modesta 9ª posição, com a Ducati a novamente mostrar falta de competitividade frente as Yamaha e Honda. E não foi apenas um mal desempenho de Rossi, como na primeira corrida, onde o italiano ficou bem atrás de seu companheiro de equipe, Nick Hayden; desta vez, Hayden também não conseguiu fazer muita coisa, terminando apenas em 8°, uma posição à frente de Rossi. A corrida seguinte do campeonato é no dia 6 de maio, no circuito do Estoril, em Portugal. Pelo visto não será este ano que Rossi conseguirá transformar a Ducati num time vencedor, a exemplo do que conseguiu fazer na Yamaha há alguns anos.



No Mundial de Rali, Sebastién Loeb conquistou na Argentina nada menos do que sua 70ª vitória nos ralis. O piloto da Citroen teve como maior adversário na prova sul-americana seu próprio companheiro de equipe, Miko Hirvonen, que fechou a competição com 15s de desvantagem para o octocampeão. A vitória de Loeb, contudo, não foi tão fácil quanto se podia imaginar: o piloto francês teve um começo complicado, mas viu sua sorte mudar durante a competição, que se completou com a quebra de Petter Solberg, que liderava a competição de início. E depois de assumir a ponta, Loeb ainda teve de manter Hirvonen sob controle. Alguém duvida de que Loeb vai em busca de seu 9° título?



Bernie Ecclestone investiu contra a imprensa mundial após o bem-sucedido Grande Prêmio do Bahrein de F-1, realizado neste mês de abril, que se imaginava poder ser cancelado devido às manifestações no pequeno país do Golfo Pérsico. Para Bernie, a imprensa exagerou, pintando um “quadro negro” da situação do país quando na verdade isso não era a realidade. Garantiu ainda que o Bahrein sempre estará na mundial de F-1, e que não interessa se o governo do país usa a categoria com viés político, porque isso chama atração para a F-1, e não existe publicidade negativa em nenhum grau. Pode até ser, mas isso também demonstra como Ecclestone defende apenas o seu lado da moeda, o que é até óbvio. Mas e se a situação tivesse realmente ficado complicada, a ponto de ter ocorrido um atentado durante a corrida? E se realmente tivesse ocorrido algo que ferisse pessoas, ocasionasse alguma morte, em virtude de protestos contra a realização do GP? Os milhões de dólares que a família real barenita paga para realizar o GP de fato falam muito mais alto, e enquanto eles pagarem sem pestanejar as altíssimas taxas impostas por Bernie, ele sempre mandará as favas qualquer opinião negativa sobre a corrida. Já sobre falar que não existe publicidade negativa, isso depende de como cada um enxerga a situação. Infelizmente, boa parte do público que acompanha a categoria máxima do automobilismo continuará seguindo-a, apesar de tudo. E, enquanto a audiência da F-1 não despencar por causa de atos como estes, que mostram quão gananciosa e insensível é a categoria, nada vai mudar. Uma verdade infelizmente cruel e inevitável...



O piloto Valdeno brito foi o vencedor da prova da Stock Carno circuito de Curitiba. Valdeno aproveitou a confusão na largada entre o pole Alan Khodair, que se estranhou com Ricardo Maurício, e assumiu a ponta da prova logo ao fim da reta. A partir daí, Valdeno controlou a corrida com perfeição, mantendo uma distância segura dos adversários, mesmo nas relargadas que houve durante a corrida. O pódio foi completado por Max Wilson, que ficou com o 2° lugar, seguido por Átila Abreu. Khodair, que havia largado na pole, teve uma corrida muito complicada, terminando apenas em 18°. Já Ricardo Maurício, que havia se estranhado com o pole na largada, conseguiu retomar a corrida sem maiores percalços, finalizando em 4° lugar.



Em duas provas realizadas até o momento na F-Truck, a vitória ficou com Beto Monteiro, que levou seu Iveco à primeira colocação nas corridas, o que surpreendeu até o próprio piloto, que considera que seu caminhão não é o mais rápido, mas que soube aproveitar as circunstâncias até o presente momento para liderar a competição. A próxima etapa é em Caruaru, pista onde Monteiro já venceu, e onde espera repetir a dose e se manter na dianteira.


A TV Bandeirantes fez uma péssima transmissão da São Paulo Indy 300. Além de ter colocado Luciano do Valle para narrar a prova, o que desagradou muitos torcedores, em virtude das muitas falhas que o narrador cometeu, a edição de imagens da corrida foi um horror, com várias disputas de posição sendo “cortadas” em momentos decisivos, para irritação de quem assistia a corrida pela TV e também na pista, acompanhando partes da prova pelos telões instalados. A situação estava tão ruim em alguns momentos que a TV americana chegava a pedir desculpas a seus telespectadores, justificando que eles não eram os responsáveis pela geração das imagens, e que não podiam fazer nada para melhorar. Para quem acompanha as transmissões dos treinos da F-1, também ficou patente a falta de uma cronometragem em tempo real na tela, pois não dava para saber se tal piloto vinha em boa ou má volta, fosse no treino livre, fosse na classificação para a corrida. A emissora paulista deve manter a qualidade de transmissão da corrida para a próxima prova, a Indy500, que felizmente tem geração de imagens da TV americana, muito melhor. E espera-se, que Téo José volte ao microfone...



A mais nova fofoca da F-1 coloca Mark Webber como piloto da Ferrari na próxima temporada, no lugar de Felipe Massa. Segundo o boato, a equipe italiana gostaria de promover Sérgio Pérez para o lugar do brasileiro, mas tem receio de que o mexicano ainda seja muito inexperiente para assumir um carro de ponta. Webber contaria com a simpatia de Fernando Alonso, de quem é um dos melhores amigos no circo da F-1. O time italiano acredita que contar com dois pilotos experientes poderia ser decisivo para se manter o desenvolvimento do carro em bom ritmo, e Webber, por sua vez, poderia ser um segundo piloto mais maleável, ao contrário do jovem Pérez, que pode se mostrar muito impetuoso. Mas a jogada também poderia ter um viés econômico: Pérez traz consigo um vultoso patrocínio da Telmex, dona das marcas Claro e Embratel, e Carlos Slim, magnata dono deste império de telefonia, poderia criar alguns enguiços se visse seu piloto ter de obedecer à política de “segundo” condutor no time italiano, com Alonso sendo a preferência absoluta. Perez é cria do programa de apoio da Ferrari, mas no caso de ser efetivado, a Telmex poderia exigir que o piloto pudesse competir de igual para igual com Alonso, que por sua vez, traz o aporte milionário do Banco Santander, da Espanha. Contar com Webber seria uma maneira de evitar um provável confronto de vontades entre os patrocinadores de seus pilotos. Mas será que Webber toparia ir para o time italiano? Vai depender do que o australiano mostrar durante a temporada, e no ritmo em que está, tem até boas chances de renovar por mais um ano, dependendo principalmente de como forem os pilotos da Toro Rosso, que são os principais candidatos a ocupar sua vaga na Red Bull. E, pelo que se viu até o presente momento, Ricciardo e Vergne ainda não mostraram muito a que vieram, sendo provável que eles fiquem mais um ano na Toro Rosso. E Webber poderá muito bem seguir na Red Bull, onde sabe que terá um carro competitivo, ao contrário do atual estágio da Ferrari. E, claro, veremos onde Felipe Massa irá parar no ano que vem...

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