Hélio Castro Neves largou na frente no campeonato 2012 da Indy Racing League. A primeira corrida do ano, realizada na cidade de São Petesburgo, na Flórida, teve Will Power conquistando a pole position de forma arrasadora, dando a entender que levaria facilmente a vitória na corrida, um circuito de rua onde o australiano da equipe Penske costuma andar muito bem. Mas após a primeira rodada de reabastecimentos, Power ficou “entalado” no meio do pelotão, e sua estratégia de corrida acabou indo para o espaço. Em contrapartida, Hélio apostou em uma tática arriscada de fazer uma parada a menos que os líderes, depois de perder a oportunidade de reabastecimento na primeira bandeira amarela da corrida. Isso levou o piloto brasileiro para as primeiras posições, onde precisou continuar acelerando rápido e ao mesmo tempo economizando combustível. Após a última sessão de pit stops, Helinho partiu para cima de Scott Dixon, o líder do momento, e ultrapassou o piloto da Chip Ganassi por fora na reta dos boxes, assumindo a dianteira da corrida e mantendo-a até a bandeirada final. E após vencer a prova, fez sua tradicional escalada no alambrado, de frente para a torcida, celebrando a volta do “homem-aranha”, como ficaram conhecidas suas comemorações de vitória desde os tempos da F-Indy. Os demais brasileiros na corrida infelizmente não tiveram um dia feliz: Rubens Barrichello, sem ter conseguido um bom acerto para seu carro, ocupava a 14ª posição quando precisou de um reabastecimento de emergência nas voltas finais, despencando para a 17ª colocação. Já Tony Kanaan, que em 2011 surpreendeu na pista da cidade do Estado da Flórida, desta vez ficou pelo meio do caminho, após abandonar por um problema no alternador, o que ocasionou uma pane elétrica em seu carro.
A Stock Car começou no último dia 25 o seu campeonato de 2012, no autódromo de Interlagos. E a vitória da primeira corrida do ano foi de Cacá Bueno, tetracampeão da categoria. Largando em 2° no grid, Cacá pulou na frente e não deu chances a ninguém na etapa paulista. Tiago Camilo finalizou em 2° lugar; Ricardo Maurício fechou o pódio na 3ª posição. A segunda etapa do campeonato será disputada no dia 15 de abril, no autódromo de Curitiba. Pelo menos a Globo mostrou a corrida ao vivo e praticamente na íntegra, mas a Stock teve que se “adequar” à emissora carioca, que obrigou que as corridas da categoria sejam sempre nas manhãs de domingo, para que possam ser encaixadas dentro do Esporte Espetacular. Pelo menos esse ano não terão mais aquele ridículo playoff, o que significa que a briga será direta desde já e até o fim do campeonato...
O baiano Luiz Razia começou bem o ano da GP2 na Malásia. O piloto brasileiro, agora guiando pela equipe Arden superou o pole Davide Valsecchi ainda na largada e se manteve firme na liderança da primeira corrida até a bandeirada. Felipe Nasr, campeão da F-3 Inglesa no ano passado, largou em 9° e finalizou na 6ª posição. Na segunda corrida, a vitória foi de James Calado, da equipe Lótus, que fez dobradinha na prova com Steban Gutiérrez na 2ª posição. Felipe Nasr foi a surpresa com a 3ª colocação, fechando o pódio. Já Luiz Razia foi o 5° colocado, liderando o campeonato com 31 pontos. Na segunda posição, Davide Valsecchi tem 24 pontos, enquanto James Calado tem 19. Steban Gutiérrez e Felipe Nasr vem a seguir, com 18 pontos cada. A próxima etapa deverá ser no Bahrein, junto com a etapa da F-1, se as coisas estiverem calmas por lá...
A FIA parece ter tomado as dores de Sebastian Vettel no GP da Malásia. O bicampeão mundial rumava para um 4° lugar quando teve um pneu furado causado por um toque na asa dianteira do carro de Narain Karthikeyan quando estava dando uma volta em cima do piloto da Hispania. Considerado “culpado” pelo incidente, que não teve nada demais, o indiano perderá 10 posições no grid de largada da próxima corrida, na China. Uma punição estúpida, porque Narain não fez nada demais, foi um incidente normal de corrida, que faz pensar se a FIA tem ou não dois pesos e duas medidas na hora de ficar aplicando punições que, na maior parte do tempo, são coisas totalmente imbecis, tornando as corridas um marasmo só. E ainda será uma punição inútil: os carros da Hispania normalmente já largam na última fila, portanto Karthikeyan não terá maiores problemas do que os habituais para se classificar, já que normalmente largaria em último mesmo, com ou sem punição, ou no máximo em penúltimo, o que também não faz muita diferença...
Adam Parr, que nas últimas temporadas era o presidente da equipe Williams e que deveria ser o sucessor de Frank no comando da escuderia, saiu da organização após a prova da Malásia. Segundo informes de bastidores, Parr teria sido “tirado” por Bernie Ecclestone, uma vez que nos últimos meses, o dirigente da Williams não escondia sua insatisfação com os rumos das negociações para renovação do Acordo de Concórdia, que deverá ser feito no fim do ano, e que já anda dando o que falar entre as escuderias. Mas Parr não era malvisto apenas por Ecclestone: ele já não era muito bem recebido por outros times no paddock, e seu maior mérito, nos últimos anos, desde que passou a integrar a Williams como diretor executivo, foi manter as finanças do time no azul, sem apresentar prejuízos. Mas, em conseqüência, de lá para cá a escuderia perdeu muitos patrocinadores importantes, decaiu de desempenho, e na atual temporada, precisou recorrer a uma dupla de pilotos pagantes para ter orçamento decente para correr este ano, algo impensável há apenas 10 anos atrás, quando o time ainda era uma das forças da F-1... e nem preciso mencionar dos anos de domínio na década de 1980 e 1990...
A Indy Racing League planeja expandir seu campeonato em 2013 e para isso está planejando trazer de volta ao calendário algumas das pistas que ficaram famosas na F-Indy. Contatos já foram feitos para trazer Surfer’s Paradise e Elkhart Lake, provavelmente já no próximo ano, mas até o momento, a única volta confirmada é de mais uma pista de rua, em Houston, que sediou provas da categoria em 1998 a 2001, e mais recentemente, em 2006 e 2007, sendo que o traçado usado nos dois últimos anos de realização será novamente usado para a nova prova no calendário da IRL. O superoval de Pocono, e o circuito de Laguna Seca, na Califórnia, são outras pistas que interessam à direção da categoria, que ambiciona estender o calendário para até 20 corridas. Este ano, o calendário já conta com mais um superspeedway: o oval de Fontana, na Califórnia. Já Pocono participou da última vez no campeonato da F-Indy em 1989, quando fazia, juntamente com Indianápolis e Michigan a “Tríplice Coroa” da F-Indy, que eram as provas de 500 Milhas do calendário. Seria algo interessante de reviver para 2013, se Pocono estrear na categoria, desde que as provas fossem todas de 500 milhas , revivendo a “tríplice coroa”...
Disputada entre 1975 e 1984, o campeonato da F-3 Européia está de volta este ano, em um calendário composto de 10 etapas, das quais algumas fazem parte da F-3 Euroseries e outras da F-3 Inglesa. O campeonato terá provas na Alemanha (Hockenhein, Nurburgring, e Norisring), Espanha (Valência), França (Pau), Inglaterra (Brands Hatch), Áustria (Zeltweg), Bélgica (Spa-Francorchamps), e Holanda (Zandvort). O retorno da categoria foi aprovado pelo Conselho Esportivo Mundial da FIA no início de março. Algumas das etapas ainda precisam ser confirmadas, mas o campeonato deve ter início no dia 29 de abril, no circuito de Hockenhein, que também sediará o encerramento do campeonato, no dia 21 de outubro.
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