E o ano de 2025 se prepara para ver o início de vários campeonatos no mundo da velocidade, com algumas provas tendo sido disputadas nestes primeiros dois meses do ano, e com alguns certames já em ação. Então, vamos para a primeira edição da Cotação Automobilística, analisando alguns dos acontecimentos ocorridos nestes meses de janeiro e fevereiro de 2025, com alguns comentários e análises a respeito, no velho esquema de sempre: EM ALTA (cor verde); NA MESMA (cor azul); e EM BAIXA (cor vermelha). Uma boa leitura a todos, e até a próxima Cotação Automobilística, já no final de março, com as avaliações dos acontecimentos do mundo do esporte a motor com o início de várias competições, e que possam trazer um ano muito melhor de disputas do que foi o de 2024...
EM ALTA:
Felipe Nasr bicampeão em Daytona: Felipe Nasr vive sua melhor fase no automobilismo internacional. Tricampeão do IMSA Weather Tech Sportscar, o piloto brasileiro venceu também as 24 Horas de Daytona este ano, repetindo o feito de 2024, tornando-se, portanto, bicampeão consecutivo da mais cultuada corrida de endurance das Américas, e partindo desde já como favorito ao título da temporada 2025 do IMSA, lembrando que, em Daytona, o brasileiro também já tem uma vitória na classe GTP Pro, o que aumenta seu cartel de vitórias para três no circuito da Flórida, em que pese os triunfos na classe principal, a dos protótipos, ser a mais valorizada e famosa. Piloto da equipe Porsche/Penske, Nasr tem um excelente relacionamento com Roger Penske, já tendo sido até chamado para efetuar um ou outro teste com o time da Indycar, o que aumentam os rumores de que ele poderá em breve trocar de competição, passando a defender a escuderia do “Capitão” no campeonato Indy. Mas Felipe desmente os rumores, e diz que está muito bem no endurance, e não está mentindo, afinal, já são 3 títulos no IMSA, além do bicampeonato nas 24 Horas de Daytona, e com disposição e capacidade para aumentar ainda mais estes números.
Sébastien Ogier decacampeão no Rali de Monte Carlo: Sébastien Ogier pode não estar mais disputando o Mundial de Rali em tempo integral, mas o piloto francês segue arrepiando nas etapas em que se faz presente, e um exemplo disso foi no Rali de Monte Carlo, que abriu a temporada do principal campeonato de rali do mundo, onde Ogier conquistou mais uma vitória, e atingiu um recorde impecável, totalizando 10 triunfos na etapa da competição. Hexacampeão do Mundial de Rali, Ogier deixou de disputar a competição em tempo integral desde 2021, quando conquistou seu 6º e último título, preferindo disputar apenas etapas específicas, o que não o impediu se seguir vencendo no WRC, marcando presença nas provas em que tem participado, mostrando que poderia ter mais títulos se tivesse seguido firme na competição, a exemplo de seu compatriota Sébastien Loeb, que foi 9 vezes campeão do WRC, e também deu outro rumo à carreira anos atrás. Mas o feito de Ogier, alcançando 10 triunfos em Monte Carlo mostra que o piloto segue em forma, e pode continuar aumentando seu currículo de vitórias na competição, quando estiver presente. Sorte dos rivais ele não estar mais competindo em tempo integral...
Oliver Rowland: O piloto inglês pode ter tido azar na primeira corrida da atual temporada da F-E, aqui em São Paulo, ficando fora dos pontos devido a uma punição técnica, mas que ninguém se enganasse: o ritmo do piloto e do seu time já indicava que ele iria dar trabalho, e a promessa se concretizou logo na segunda corrida, no México, onde Rowland venceu dando o bote certeiro nos momentos finais da corrida, e desbancando o favoritismo da Porsche, que viu a vitória escapar de suas mãos e ir para a rival Nissan. E Oliver não se contentou apenas com isso. Na rodada dupla de Jeddah, na Arábia Saudita, Rowland batalhou pela vitória nas duas provas do fim de semana, falhando em uma, mas garantindo o triunfo na outra, e com isso, assumindo a liderança do campeonato com autoridade, já que nenhuma das vitórias veio de mão beijada, mas de uma performance determinada e forte, aproveitando o equipamento disponibilizado pela marca japonesa, aliada a uma pilotagem precisa e impecável. Enquanto os rivais tropeçam, Rowland vai acumulando uma vantagem que poderá ser crucial quando tiver um fim de semana de azar ou menos inspirado, começando a pavimentar o seu trajeto rumo ao título da competição.
Nissan na Formula-E: A marca nipônica já dava mostras de que vinha firme para tentar desbancar o duelo Porsche/Jaguar na categoria de carros monopostos elétricos, e vem conseguindo fazer isso de forma até mais contundente do que se imaginava, em que pese os rivais citados terem tido todo tipo de azares na rodada dupla da Arábia Saudita, o que não desmerece nem um pouco os feitos da Nissan, que não apenas vem marcando presença com seu time de fábrica, mas também com a McLaren, seu time cliente, que vem impressionando na competição, tanto que no campeonato de equipes, a Nissan lidera, com a McLaren vindo logo em seguida, separados por apenas 1 ponto. No campeonato de construtores, a Nissan dispara com 130 pontos, contra 83 da Stellantis, e apenas 80 da Porsche. Com 4 provas disputadas, a Nissan já averbou dois triunfos, algo muito significativo se levarmos em consideração que a Porsche não venceu, e a Jaguar, por sua vez, venceu apenas uma corrida, ficando o outro triunfo nas mãos da DS, com o time da Penske. A Nissan já tinha dado indícios de que poderia competir com força no fim do ano passado, e conseguiu evoluir seu equipamento para poder desbancar os demais rivais, que no presente momento precisam acertar a mão e ter mais sorte, se quiserem voltar à dianteira, o que pode até acontecer a qualquer momento, faltando, contudo, combinar com os japoneses, que certamente não vão querer perder a dianteira conquistada...
Competitidade da F-E 2025: Como vem sendo praxe na maioria de suas temporadas, a F-E tem oferecido campeonatos bem mais disputados do que a F-1, e a atual temporada da competição de carros monopostos elétricos não tem fugido à regra, com uma disputa que até o presente momento vem se mostrando imprevisível, onde alguns favoritos não tem conseguido corresponder às expectativas, e alguns outros competidores vem mostrando mais do que se esperava inicialmente. Favoritas a princípio, Porsche e Jaguar tem tido vários percalços e não conseguiram traduzir a excelência de seus equipamentos em bons resultados. A Porsche viu o triunfo na Cidade do México lhes fugir na parte final da corrida, e o desempenho na rodada dupla de Jeddah foi dos mais decepcionantes. Já a Jaguar, apesar da vitória obtida na primeira corrida, fruto de um desempenho excepcional de Mith Evans, só decaiu nas outras provas, mostrando-se incapaz de repetir o feito. Mas, azar de uns, sorte de outros. A McLaren fez pódio em duas etapas com Taylor Barnard, com o inglês assumindo a vice-liderança do campeonato, e Maxximilian Gunther vencendo sua primeira corrida pela DS Penske, ajudando a embaralhar algumas das cartas da competição. E, claro, Oliver Rowland tem feito a diferença na Nissan, vencendo duas corridas e assumindo uma favoritismo inesperado até mesmo antes do que esperado, diante dos tropeços dos concorrentes. Mas a rodada dupla na Arábia Saudita mostra que a situação do campeonato na competição pode mudar rapidamente, dependendo das circunstâncias de cada prova, e quem vai bem em uma corrida pode não ter a mesma sorte na próxima, ou vice-versa. O campeonato segue imprevisível, e ninguém pode apostar o que virá na próxima etapa. E todas as provas tiveram muitas disputas e duelos entre os pilotos, aumentando o nível de incerteza a respeito de quem irá se dar bem ou não na pista. Portanto, a emoção está garantida, para alegria dos fãs da velocidade.
NA MESMA:
Lucas Di Grassi: A nova temporada da F-E tem se mostrado difícil para o piloto brasileiro, cuja equipe embarcou no projeto do novo trem de força da Lola/Yamaha, e que demonstra que ainda vai precisar de muito trabalho e desenvolvimento para proporcionar bons resultados na pista. Na segunda corrida de Jeddah, Lucas até tentou algo diferente, acionando o Modo Ataque logo no começo da corrida, e quase assumindo a liderança da prova, fazendo inúmeras ultrapassagens, mas logo precisou encarar a falta de ritmo de seu equipamento, e foi caindo pelas tabelas da corrida, tendo terminado praticamente na mesma posição em que largou, mostrando quão difícil será esta temporada. E o azar ainda vem na conta, pois já acumula várias punições, sendo a última na primeira corrida de Jeddah, por ter usado mais energia que o permitido em seu carro, certamente por algum problema no software de gerenciamento que acabou permitindo tal falha, e que em nada ajudou na performance de corrida, diga-se. Parece que essa será mais uma temporada perdida em termos de resultados, como foram as duas últimas, lembrando que a do ano passado também foi de vários azares e problemas, no que o próprio Di Grassi reconheceu ter sido sua pior temporada na competição. A luta para voltar a ser protagonista vai ser complicada, e pelo visto, bem demorada.
Pit Boost na F-E: O recurso de carregamento rápido finalmente entrou em uso numa competição oficial da F-E, no caso, na primeira etapa da rodada dupla da Arábia Saudita, depois de mais de dois anos de desenvolvimento e testes, até adquirir confiabilidade satisfatória para entrar em uso. O sistema aparentemente não teve maiores problemas, em que pese um dos participantes, Dan Ticktum, da Kiro, ter tido problemas no início da prova, onde o time precisou resetar seu carro para permitir o uso do recurso, o que gerou inúmeras críticas do piloto, que se disse prejudicado pela ferramenta, alegando que a falha comprometeu sua corrida. Pode ter sido um caso eventual, já que os demais pilotos e equipes não comunicaram problemas na operação do novo recurso. Mesmo assim, pelo menos nessa primeira prova, o Pit Boost não pareceu ter ajudado muito a embolar a competição, que teve menos disputas e duelos do que a segunda prova, realizada sem o recurso. O tempo perdido nos boxes também deixou os pilotos mais espaçados na pista, prejudicando algumas disputas da primeira corrida, o que não teria ajudado a melhorar a competição. Ainda é cedo para julgar se o Pit Boost é um acerto ou um erro no uso durante as corridas, e pelo visto, ainda vai demorar até que o recurso seja visto sem desconfiança por todos os pilotos e equipes, e seja uma ferramenta efetiva para melhorar as corridas da categoria de carros monopostos totalmente elétricos.
Pré-temporada da F-1: Entra ano, sai ano, e parece que a categoria máxima do automobilismo tripudia do bom senso na preparação do campeonato, e vemos isso novamente este ano, com uma pré-temporada de ridículos meros três dias, a ser feita novamente no Bahrein, e mais uma vez, no esquema mais ridículo ainda de rodar com apenas um carro na pista, o que dá praticamente um dia e meio para cada piloto se preparar para a temporada. Saudade de quando tínhamos pré-temporadas de verdade na competição, com os times e pilotos andando vários dias, e efetuando uma preparação decente para o campeonato, algo que está longe de acontecer nos dias atuais, ainda mais para um certame que se diz ser o maior do mundo, mas que impõe uma pré-temporada das mais pífias em termos de tempo. E a desculpa de que é igual para todo mundo não serve de justificativa alguma, lembrando que, caso algum piloto cometa algum erro ou sofra um acidente, todo o programa de testes pode ser comprometido, numa das atitudes mais ridículas que uma categoria de competição parece adorar manter. Corte de despesas e manutenção dos gastos também não são justificativas aceitáveis. Esperemos que no próximo ano, com a chegada do novo regulamento técnico, eles deixem de lado essa idiotice, e permitam a realização de uma pré-temporada que faça jus ao nome. Basta lembrar que a MotoGP teve seis dias de testes, além de mais dois de shakedown feitos com seus pilotos de teste e/ou reservas, o que demonstra como a F-1 se torna ridícula com algumas regras que adota.
Valentino Rossi firme no WEC: A lenda da MotoGP Valentino Rossi segue ativa após pendurar o capacete nas competições de duas rodas. O “Doutor” fez sua estréia no Mundial de Endurance no ano passado, competindo na classe LMGT3, tendo conseguido até dois pódios na competição, com a equipe WRT BMW, e permanecerá com a escuderia para a temporada de 2025 do WEC, onde Rossi dividirá o carro Nº 46 com Kelvin van der Linde, recém-contratado pela BMW, e Ahmad Al Harthy, que esteve na equipe durante a temporada de 2024. Rossi admitiu que fez uma boa temporada de estréia no ano passado na nova fase de sua carreira de piloto, e espera obter melhores resultados este ano na competição.
Ducati com motor de 2024: A marca campeã da MotoGP nos últimos anos encerrou a pré-temporada confiante de que manterá seu favoritismo no campeonato deste ano, contando especialmente com a dupla mais forte do grid em seu time de fábrica, Francesco Bagnaia, atual vice-campeão e bicampeão da classe rainha do motociclismo, além de Marc Márquez, hexacampeão da categoria. Mas os testes impuseram uma decisão à marca italiana, que viu o seu novo propulsor 2025 não render tanto quanto o esperado, sendo que o ganho de performance verificado foi pouco diante de alguns problemas de manobrabilidade do motor, em comparação com o motor de 2024. Uma vez que o propulsor homologado terá que ser utilizado tanto na temporada deste ano quanto em 2026, com possibilidades mínimas de mudanças diante do regulamento que está congelando o desenvolvimento dos propulsores, a Ducati precisou pesar bem a balança dos prós e contras, e acabou optando por seguir com o motor de 2024, de fiabilidade e performance já comprovados, uma vez que novo motor revelou uma melhora pouca em relação ao desempenho da unidade do ano passado. Se poderia ser uma boa notícia para a concorrência, por outro lado, diminuem as chances das motos da marca italiana enfrentarem problemas, já que sua performance e fiabilidade estão mais do que comprovadas, sem mencionar que tal medida deverá igualar mais as performances das motos italianas, que dominaram completamente a temporada passada, vencendo quase todas as corridas da temporada.
EM BAIXA:
Cruzada moralista da FIA: O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, enfiou goela abaixo, numa votação contestada por vários integrantes da própria entidade, mudanças no código esportivo que rege as competições automobilísticas chanceladas pela organização, prometendo punições a torto e a direito por quem falar “coisas inapropriadas” em um fim de semana de competição, com penas que variam de multas a perda de pontos, e até a suspensão de participação em etapas ou até mesmo do campeonato, tendo como alvo os pilotos, e com punições e castigos quadruplicados se forem alguém da F-1. O dirigente diz querer passar uma imagem “positiva” do esporte, pensando em proteger eventuais crianças que assistam às competições, etc, alegando que os participantes do esporte tem responsabilidades e não podem agir de forma irresponsável ou destemperada, como se o automobilismo fosse um deus nos acuda, com xingamentos e palavrões jorrando a torto e a direito. Nem é preciso dizer que é uma idéia de jerico, mais uma, do presidente da FIA, que também endureceu regras proibindo pilotos e times de contestarem decisões da entidade, e fortalecendo a autoridade dos comissários para aplicar as penalidades existentes, e descer o sarrafo em quem não achar bom. Mais uma atitude ditatorial que em nada ajuda a melhorar a imagem da entidade, que embarca em uma cruzada moralista completamente hipócrita, sendo que há muitas outras prioridades que deveriam ser tratadas, e não instituir uma censura generalizada para calar quem se atrever a dizer algo que não lhes convém.
Brasileiros na Indycar 2025: E os pilotos brasileiros parece que estão em baixa na categoria de monopostos dos Estados Unidos, de modo que não teremos representantes no grid este ano de forma regular. Pietro Fittipaldi perdeu seu lugar na Rahal/Letterman/Lanigan, e nas conversas com a Dale Coyne, nem ele ou Enzo Fittipaldi conseguiram acertar participação para disputar a temporada deste ano da Indycar, com a participação do Brasil reduzida a Hélio Castro Neves, que irá disputar as 500 Milhas de Indianápolis somente. Nos últimos anos, infelizmente a participação de pilotos brasileiros decaiu na competição, e as disputas por pilotos com fortes patrocínios aparentemente não tem sido oportuna para nossos representantes, que já foram mais considerados em épocas anteriores, seja em termos de talento, ou de apelo comercial, o que deveria ser mais fácil de contornar, diante dos custos de competição mais acessíveis da categoria norte-americana.
Felipe Drugovich: O piloto brasileiro segue sendo reserva da equipe Aston Martin na F-1, e o time, à sua maneira, não parece considerá-lo para outra coisa que não treinar nos simuladores e fazer um ou outro treino livre na categoria máxima do automobilismo. Como desgraça pouca é bobagem, Drugovich acabou “desconsiderado” para o time da Aston Martin no Mundial de Endurance (WEC), que fará sua estréia na competição este ano, tendo inclusive apresentado seu carro para a categoria dos Hypercars. Apesar da experiência recente de Felipe em provas de longa duração, como sua participação nas 24 Horas de Daytona este ano, onde exibiu um excelente desempenho enquanto este presente na pista, diante das condições, isso não foi levado em conta. As justificativas, claro, foram genéricas, dizendo que no rol de pilotos à disposição, a escuderia optou pelo que achou serem os mais adequados para defender a marca na competição, além do fato de que o time de F-1 e o de endurance não serem exatamente os mesmos, apesar de Drugovich ter contrato com a Aston Martin. Pelo visto, Felipe vai acabar repetindo o fiasco de Pietro Fittipaldi, que foi por anos reserva da Haas na F-1, e só teve como compensação disputar dois GPs no final de 2020 devido ao acidente de Romain Grosjean.
Jorge Martin: O atual campeão da MotoGP não inicia o ano de defesa do título na classe rainha do motociclismo na forma como esperava. Não obstante estar com um novo time, menos competitivo, e com uma moto também menos competitivo, o piloto espanhol ainda deu azar de se acidentar no primeiro dia de testes da pré-temporada, sofrendo uma queda que lhe ocasionou fraturas que precisaram de interferências cirúrgicas, o que o deixou de fora de restante todos os demais dias de testes da pré-temporada, e colocando até em dúvida sua participação na primeira corrida do ano, na Tailândia, em que pese afirmarem que Jorge estará recuperado até lá. Mas, o problema não é apenas estar recuperado, mas como ele se dará com seu novo equipamento, lembrando que desde que estreou na MotoGP o piloto competiu com motos da Ducati, e agora, na Aprilia, ele tem que se adaptar uma moto com comportamento diferente do qual estava acostumado, além de não estar, pelo menos no presente momento, no mesmo patamar de performance da marca rival italiana que vem dominando a competição nos últimos anos. Se Martin estiver plenamente recuperado dos ferimentos sofridos, ele possivelmente terá de tirar o atraso da adaptação à moto da Aprilia, o que poderá deixá-lo em desvantagem perante os rivais, ainda mais, nas primeiras provas do campeonato.
Jack Doohan: O piloto australiano, filho do campeão de motociclismo Michael Doohan, fez sua estréia como piloto de F-1 na última etapa da temporada passada pela Alpine, diante da dispensa antecipada de Esteban Ocón promovida de forma não-amistosa pelo picareta Flavio Briatore, que dá as cartas no time francês atualmente, e mostrando não ter parcimônia alguma, já coloca o novo piloto do time na fogueira com a contratação de Franco Colapinto para a posição de piloto reserva e de testes da escuderia, mas que muitos entendem que deverá substituir Doohan ao menor sinal de insatisfação do dirigente para com o australiano, tal como ele já fez com outros pilotos em sua longa carreira como dirigente na F-1. Se é verdade que na F-1 a pressão por resultados é sempre extrema, lamentavelmente com um vigarista como Briatore, a situação fica ainda mais complicada do que já é, e em que pese algumas revelações de Flavio terem despontado como grandes pilotos, como no caso de Fernando Alonso, o modo como ele trata os pilotos como meras “mercadorias” já mostra que ele não merece confiança, e ao que tudo indica, Doohan poderá ser o próximo piloto a ser fritado pelo dirigente, ao menor erro que cometer, algo muito fácil para um novato na competição, ainda mais com uma pré-temporada das mais pífias da história em termos de dias de pista.
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