sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

O INÍCIO DO SONHO OU DO PESADELO?

Acelerando pela primeira vez um carro da Ferrari, Lewis Hamilton fez sua estréia oficial em Fiorano como novo piloto da escuderia italiana.

            Estamos a pouco mais de um mês e meio para a estréia da temporada deste ano da Fórmula 1, e a pergunta que não quer calar do momento é: como Lewis Hamilton irá se mostrar em sua nova fase da carreira, defendendo a mais icônica de todas as escuderias do grid, a Ferrari? Uma questão que, há praticamente um ano atrás, todos estiveram esperando pacientemente para saber a resposta, deixando de lado até mesmo as expectativas que tinham para a temporada da categoria máxima do automobilismo do ano passado, que perdia parte de seu impacto, com o pessoal querendo saber mesmo é do que iria acontecer agora em 2025.

            E não é por acaso. Afinal, Lewis Hamilton, heptacampeão mundial, e recordista absoluto de pole-positions e vitórias na F-1, irá defender o time de Maranello, e com o objetivo de conquistar um oitavo título, e se tornar o recordista de campeonatos da competição, empatado que está com o alemão Michael Schumacher, que também conquistou sete títulos, sendo que cinco deles foram com os carros vermelhos. Impossível não se fazer comparações entre ambos os pilotos.

            E esta semana Lewis Hamilton chegou a Maranello, agora oficialmente como piloto da Ferrari, para começar seu entrosamento com a escuderia, e começar a planejarem seus primeiros passos, com o inglês a conhecer a fábrica, os mecânicos, os simuladores do time, e tudo o mais. É um aprendizado muito necessário, depois de passar mais de uma década defendendo a Mercedes, onde já conhecia a tudo e a todos. Agora, ele tem de se familiarizar com sua nova escuderia, e se enturmar o quanto antes, e principalmente, conseguir cativar aqueles com quem irá trabalhar, de forma a estabelecer um ambiente o mais harmonioso possível. O ponto alto foi a primeira experiência do heptacampeão mundial com o carro do time italiano, conseguindo dar cerca de 30 voltas com o modelo SF-23, de dois anos atrás, na pista de Fiorano, que pertence à escuderia italiana. E com direito a muitos fãs que enfrentaram o frio e o mau tempo para acompanharem a estréia “oficial” de Hamilton nos carros vermelhos, sendo que foi a primeira vez que ele acelerou um carro oficialmente não utilizando um motor Mercedes, presente em sua carreira na F-1 desde que estreou na McLaren em 2007. Não foram divulgados tempos e condições de acerto do carro, uma vez que se tratou muito mais de uma aclimatação do que um teste para comprovar performance, até por ser um carro de duas temporadas atrás, usando pneus de demonstração da Pirelli para tal. Mas Lewis tratou de marcar presença, indo inclusive cumprimentar parte dos fãs que lá estavam para acompanhar sua estréia com a “rossa”, mostrando seu carisma e respeito pelos torcedores, entendendo a mítica que cerca a escuderia italiana.

            Afinal o momento é de grande simbolismo, pois é a chegada de um multicampeão em Maranello, e como tal, cheia de expectativas para atender aos desejos de uma escuderia que foi campeã de pilotos pela última vez em 2007, e de construtores pela última vez em 2008. E a torcida, como não poderia deixar de ser, está ávida por ver esse jejum terminar. E a contratação de Lewis Hamilton é justamente parte do objetivo de terminar esse período de falta de conquistas, depois da escuderia bater na trave em alguns tempos recentes.

Alain Prost chegou à Ferrari em 1990 como a solução para o jejum de títulos da escuderia, mas faltou combinar com Ayrton Senna, seu ex-parceiro na McLaren, e saiu do time defenestrado após criticar o carro em 1991.

            Mas, a expectativa de sucesso irá se confirmar? A Ferrari, apesar de sua fama lendária, sendo a única escuderia do grid presente desde os primórdios da competição até os dias atuais, pode ser tanto um paraíso quanto um inferno. Um sonho, que pode virar um pesadelo. Defender o legado de Maranello não é tarefa fácil, e embora a escuderia possa dispôr de todas as condições necessárias para ser campeã, nem sempre conseguiu conjugar todos estes fatores com a competência necessária para tanto. Muito pelo contrário: a relação de pilotos que chegaram a Maranello com o objetivo de fazer nome junto à escuderia, e fracassaram, ou não conquistaram o que esperavam, ou que se esperava deles, é bem ampla. E não estamos falando de pilotos comuns na competição apenas, mas também de grandes gênios da história da velocidade, que em seus melhores momentos assombraram o mundo da competição pelos feitos que obtiveram.

            Desses nomes, apenas um se destaca por ter alcançado com êxito seu objetivo: Michael Schumacher. O piloto alemão, bicampeão com a equipe Benetton nas temporadas de 1994 e 1995, poderia ter facilmente permanecido onde estava, e continuado a ganhar mais títulos, mas surpreendeu a todos quando, no fim de 1995, anunciou que estava se mudando para o time italiano, com vistas a levar a Ferrari de volta ao topo do campeonato. Foi uma contratação tão ou até mais surpreendente do que a de Hamilton, pois Schumacher trocou o certo pelo duvidoso, à época, até porque a Ferrari andava com um viés de baixa estima na F-1.

            Não foi algo fácil. Demorou pelo menos três temporadas para as coisas se encaixarem direito em Maranello, fruto de uma reestruturação da escuderia nas mãos de Jean Todt, que começou ainda em 1993, começou a dar alguns frutos em 1994, mas só se completou mesmo em 1998, quando todas as peças já estavam em seus devidos lugares, prontas para desempenharem os papéis para as quais haviam sido escolhidas. Era para o triunfo ter vindo já em 1999, mas o acidente de Schumacher em Silverstone, onde o alemão quebrou a perna, adiou os planos, e ainda assim porque a Ferrari demorou a apoiar Eddie Irvinne como deveria, acostumada à sua política de um piloto, dois carros, onde o alemão era a prioridade 1, 2, e 3 da escuderia, sobrando ao irlandês as sobras. E mesmo assim, Irvinne quase chegou lá. Restou de consolo o título de construtores, mas era pouco diante das ambições da escuderia italiana.

            Mas, entre 2000 e 2004, todos os esforços resultaram em nada menos do que cinco títulos de pilotos e construtores para o time de Maranello, que não só saía da fila de espera de mais de vinte anos sem um título de pilotos, como impunha um massacre em todos os concorrentes à época, que se viram incapazes de se contrapor à dinastia ferrarista. Mas, em 2006, essa parceria se encerrou, com Michael dando por finalizada sua missão em Maranello, após uma década defendendo o time italiano. Contratado para substituir Schumacher no time rosso, o finlandês até começou bem, levando o título de 2007, mantendo a Ferrari no topo da hierarquia da F-1 após dois anos sendo superada pela Renault e Fernando Alonso. Felipe Massa quase chegou lá em 2008, mas ficou no quase, apesar da excelente temporada do piloto brasileiro. Mas 2007 marcou a despedida da Ferrari do topo do campeonato de pilotos, e desde então, o jejum veio se prolongando.

Bicampeão mundial pela Benetton, Michael Schumacher aceitou o desafio de levar a Ferrari de volta ao topo, e depois de alguns anos batendo na trave, encaixou uma sequência de cinco títulos consecutivos pela escuderia, entre 2000 e 2004.

            Mas, ao contrário de Michael Schumacher, a imensa maioria de campeões que chegaram como salvadores do time italiano não obtiveram o sucesso esperado, e vamos lembrar alguns destes nomes mais conhecidos que chegaram com tudo, e saíram com nada à rossa… Alain Prost chegou a Maranello em fins de 1989 como tricampeão mundial, e o piloto certo para reconduzir a Ferrari ao título que conquistara pela última vez em 1979 com Jody Schekter. E a temporada de 1990 mostrou uma batalha renhida do francês contra o brasileiro Ayrton Senna, seu ex-colega na equipe McLaren. Senna ganhou a parada, dando o troco em Prost na etapa do Japão, pelo que o francês havia feito com ele em 1989 no mesmo circuito. Polêmicas à parte, Prost encerrou o ano em alta, tendo levado a Ferrari de volta à briga pelo título, e prometendo, claro, repetir a dose em 1991. O time de Maranello tinha um carro competitivo, um motor potente, e o talento do “Professor”, além da gestão competente de Cesare Fiorio à frente da escuderia italiana, que tinha posto ordem na bagunça que o time vivia nos últimos anos. Era hora de retomar o seu posto de campeã com todos os méritos. Se quase veio em 1990, porque não em 1991? A autoestima dos italianos estava em alta, e os esforços foram positivos. Mas faltou combinar com os adversários, em especial a McLaren e a Williams, que apresentaram carros muito melhores, enquanto o modelo 641 revelou-se inferior ao MP4/6 e ao FW14, respectivamente, sendo necessário até o lançamento de uma versão revisada, o 641/B, que apesar de apresentar performance melhor, ainda assim não permitiu a Prost desafiar seu desafeto ex-colega de McLaren, muito menos um renascido Nigel Mansell numa Williams que voltava ao topo da F-1. Ao fim do ano, após uma performance medíocre na etapa do Japão, Prost chamou seu carro de “caminhão”, e foi demitido sumariamente pela Ferrari, pela ousadia de comparar seu bólido daquela maneira, encerrando seu breve período em Maranello saindo pela porta dos fundos. Que tricampeão mundial sofreria tamanha humilhação apenas por dizer a verdade daquela maneira?

            Em situação similar, foi o q   ue aconteceu também com Fernando Alonso. O espanhol, bicampeão do mundo, foi contratado pelos italianos para o lugar de Kimi Raikkonen, que apesar de ter sido campeão em seu primeiro ano na escuderia, em 2007, não mostrava a verve que os ferraristas tanto necessitavam para voltarem a ser campeões, algo que também não enxergavam muito em Felipe Massa, apesar da excelente temporada do brasileiro em 2008. O asturiano mostrou do que era capaz, e quase chegou ao título em 2010, logo em seu primeiro ano no time de Maranello, perdendo a taça por um erro estratégico na etapa final, em Abu Dhabi, que permitiu que Sebastian Vettel, da Red Bull, se sagrasse campeão. O piloto alemão iniciaria uma dinastia com a Red Bull, sendo campeão ininterruptamente até 2013, apesar dos esforços de Alonso, que quase chegou lá em 2012, e não conseguiu parar Vettel em 2013. O gênio difícil de Alonso também começou a incomodar a Ferrari, que numa troca de comando, resolveu colocar Fernando em seu devido lugar, e depois de uma temporada complicada em 2014, dispensou o espanhol sem a menor cerimônia, tendo garantido a contratação de Vettel para o time. Tal como Prost, Alonso foi uma esperança que chegou com tudo em Maranello, mas saiu pelos fundos da escuderia italiana, apesar de todos os esforços que dispendeu por lá.

            E Sebastian Vettel, tido como redentor, mais uma vez, pelo time e pela ansiosa torcida italiana, seria quem redimiria a Ferrari? Não há como negar que o alemão começou até bem, mas tal como Alonso, ele também acabou atropelado por outra equipe hegemônica, agora no caso, a Mercedes, que dominou a tudo e a todos entre 2014 e 2020, fazendo Vettel sentir o que ele próprio infligiu aos rivais entre 2010 e 2013. E Vettel, quem diria, apesar de ter cativado a torcida e o time logo de cara, com o tempo acabou sendo mais um piloto que, de redentor, acabou saindo pela porta dos fundos de Maranello, sendo literalmente dispensado depois de ser eclipsado por Charles LeClerc, prata da casa, que enfiou o tetracampeão no bolso logo em sua primeira temporada no time vermelho, em 2019, depois de também falhar na missão de levar a Ferrari ao título.

Fernando Alonso foi vice-campeão duas vezes pela Ferrari, o que não bastou para satisfazer a torcida italiana e o time, que o dispensou sem maiores cerimônias, diante do gênio difícil do espanhol.

            E o que acontece quando, mesmo com o triunfo, o piloto ainda é crucificado? Niki Lauda quase morreu no seu acidente em Nurburgring em 1976, mas ainda conseguiu voltar à competição e à disputa do título, mas na prova final, em Fuji, no Japão, o austríaco desistiu da corrida devido à forte chuva que caiu, deixando que James Hunt conquistasse o título com a McLaren. A Ferrari e a torcida italiana não perdoaram o piloto, nem mesmo quando Lauda conquistou o título de 1977, tachando-o de “covarde”, para dizer o mínimo, não respeitando as condições do piloto à época, lembrando que Lauda precisou vencer a morte e ainda voltar a correr. O austríaco mandou o time italiano às favas depois de chegar ao bicampeonato, e foi-se embora da escuderia, que ali cometeu um grande ato de ingratidão para com o piloto, mas que nunca se arrependeu do que fez, nem a fanática torcida italiana, que anos depois ainda teria de engolir o tricampeonato de Lauda com a mesma McLaren que o havia vencido em 1976.

            Qual será a sina de Hamilton em Maranello? A consagração, ou a frustração? Difícil saber, antes mesmo dos primeiros testes da pré-temporada. E, em se tratando de Ferrari, dificilmente haverá um meio-termo, pelo modo como a escuderia sempre se comportou, e sua fanática torcida, os tiffosi. Talvez a única exceção tenha sido Gilles Villeneuve, que é venerado até hoje na Itália, apesar de nunca ter sido campeão, mas que demonstrava imensa bravura ao volante de seu carro, e por isso mesmo, tendo seu espírito combativo cativado os torcedores, mesmo tendo obtido poucas vitórias com o carro vermelho, e não ter sido campeão por lá.

            Outro ponto importante é como se dará a relação entre a dupla de pilotos titular da Ferrari. O relacionamento entre Charles LeClerc e Carlos Sainz Jr. foi pacífico, apesar de algumas disputas mais acirradas entre ambos. Mas, e como será do monegasco com Hamilton? Veremos uma convivência respeitosa, ou o início de um confronto fraticida dentro da escuderia italiana?

            Charles LeClerc é um piloto extremamente rápido, talvez o melhor do grid atual em volta lançada, um ponto onde o próprio Hamilton confessou em 2024 talvez não ter mais a mesma velocidade, em que pese a declaração de Toto Wolf de que o heptacampeão nunca se achou totalmente adaptado aos novos carros de efeito-solo em voltas rápidas. Mas, até sabermos como será o comportamento do novo carro de 2025 da Ferrari, não dá para especularmos como Lewis irá se dar neste quesito em sua nova escuderia. Mas pole-position, com raras exceções, não ganha corrida, e é justamente no ritmo de prova que o inglês ainda se mantém muito forte. Se ele mantiver a toada, pode muito bem inverter completamente a situação nas corridas, se o carro for competitivo. A capacidade de conservar o equipamento, em especial os pneus, e manter a performance, pode ser um grande diferencial entre os pilotos, em especial se o carro apresentar um comportamento que necessite de uma condução suave e constante, sem comprometer sua fiabilidade. Neste ponto, Carlos Sainz Jr. demonstrou em vários momentos ser capaz de conservar melhor o equipamento que LeClerc. Ele conseguirá inverter essa perspectiva em relação a Lewis Hamilton?

Sebastian Vettel tentou repetir a façanha de seu compatriota Schumacher no time italiano, mas se perdeu no meio do caminho, também saindo por baixo da Ferrari.

            E o quesito pressão? LeClerc já cometeu erros em várias ocasiões, enquanto se comportou bem em outras, mas é sempre lembrado de quando se desgarrou da pista, entregando de bandeja resultados aos rivais. Com a pressão de Hamilton no outro lado do box, o monegasco precisará se policiar para não errar, e eventualmente comprometer sua posição. Ele precisará manter a cabeça fria, e a velocidade, que foi justamente o que fez desandar a posição de Sebastian Vettel no time, causada justamente pela concorrência do próprio LeClerc. E como Hamilton irá lidar com isso? Em alguns momentos, nos últimos três anos, o inglês saiu incomodado com algumas disputas mais ríspidas que teve dentro da pista com George Russell, seu novo companheiro na Mercedes, que não abriu passagem para ele. E devemos lembrar que ambos vão querer marcar território no time, com LeClerc não querendo perder o espaço que já conquistou, e Hamilton tendo de conquistar o seu espaço, e precisando de resultados para isso.

            E, diante desse objetivo comum a ambos, temos também o clima interno na escuderia. Até o presente momento, ambos parecem estar se dando muito bem, mas e como isso ficará na pista, ainda mais se os dois estiverem disputando a mesma posição em corrida? LeClerc certamente não vai querer ser superado por Hamilton, e este, por sua vez, quer chegar determinado a ser campeão. O time irá precisar administrar cuidadosamente esta rivalidade, que pode tanto impulsionar o time quando o prejudicar. Ambos podem tanto se ajudar, e com isso contribuir para tornar a Ferrari mais forte, como dividir os esforços, e poderem ser explorados pelos rivais na pista, que certamente tentarão tirar proveito dessa divisão de forças.

            Temos outro detalhe a considerar: Hamilton chega já consagrado à Ferrari, com sete títulos no bolso e uma estatística absurda de poles e vitórias conquistadas ao longo de mais de 16 anos de competições, e para muitos, já em fase final de carreira, e para alguns, exageradamente, já um ex-piloto em atividade que não sabe a hora de parar, e que deveria dar o lugar a um piloto mais promissor. Aos 40 anos completados recentemente, de fato é difícil imaginar Lewis competindo ainda por muitos anos, mas na F-1, muita coisa depende do carro, e se ele for competitivo, um piloto de grande calibre ainda pode mostrar do que é capaz. Vimos isso em 2023, quando Fernando Alonso, agora com 43 anos, foi um dos destaques do campeonato quando a Aston Martin chegou a ter o segundo melhor carro do grid, com o espanhol abocanhando vários pódios e só não voltando a vencer corridas diante da hegemonia da dupla Red Bull/Verstappen.

            Consagrado, Hamilton se permitiu dar vazão ao sonho de defender o time mais famoso da história da F-1, um sonho que o próprio Ayrton Senna acalentava, mas que ele mesmo desejava fazer, no mínimo depois de conquistar o pentacampeonato da categoria, caso seus planos na Williams tivessem tomado outro rumo. Realizando seu sonho, Lewis consagra sua carreira no automobilismo, até certo ponto independente do que conseguir realizar em Maranello. Mas obviamente ele não irá querer sair por baixo. Ninguém quer, de fato. Resta saber se as circunstâncias ou a realidade irão colaborar para seus objetivos, ou se ele será apenas mais um grande campeão que não conseguiu dar à Ferrari o que ela e seus torcedores querem, ou mereceram.

Niki Lauda foi crucificado pela Ferrari e pela torcida por desistir da disputa em 1976, sentindo as sequelas do acidente da Alemanha. Nem vencendo o campeonato de 1977 bastou para aplacar as críticas e o piloto saiu de Maranello mandando todos às favas.

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