quarta-feira, 29 de maio de 2024

COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA – MAIO DE 2024


            O mês de maio já está indo embora, e até o fim da semana entraremos em junho, chegando à metade do ano de 2024, e com diversos campeonatos mundo afora acelerando fundo, com maior ou menor emoção em seus certames, dependendo das categorias abordadas. Portanto, com mais um mês prestes a se encerrar dentro em breve, é mais do que hora de mais uma edição da nossa Cotação Automobilística, analisando algumas das provas realizadas neste mês de maio, além de alguns outros acontecimentos do mundo do esporte a motor neste último mês, no velho esquema de sempre: EM ALTA (cor verde); NA MESMA (cor azul); e EM BAIXA (cor vermelha). Uma boa leitura a todos, e até a próxima Cotação Automobilística, no fim do mês que vem...

 

EM ALTA:

 

Josef Newgarden bicampeão da Indy500: O bicampeão da Indycar viveu o céu e o inferno nesta temporada de 2024. Iniciou a competição com uma vitória na corrida inaugural de São Petesburgo, mas uma descoberta de uso irregular do push to pass naquela prova, verificada um mês e meio depois, resultou em sua desclassificação, perdendo a vitória, e ainda tendo sua honestidade como competidor questionada por concorrentes e fãs, e chegando até mesmo a ser vaiado durante os treinos para as 500 Milhas de Indianápolis, como se ele sempre tivesse sido um piloto desonesto, o que está longe de ser verdade. Bem, eis que Newgarden foi à luta, e largando da primeira fila na Brickyard, ele sempre se manteve entre os pilotos mais rápidos na pista, e nas voltas finais da Indy500, enfrentou uma disputa feroz com outros pilotos, em especial com Patrício O’Ward, da McLaren, que o superou na entrada da última volta, assumindo a liderança, que poderia ter sido a manobra decisiva para enfim vencer a corrida. Mas, numa manobra determinada, Josef devolveu a ultrapassagem na metade da volta final, reassumindo a liderança, e conquistando uma vitória incontestável na 108ª edição das 500 Milhas de Indianápolis, dando a volta por cima, e sendo novamente ovacionado pela torcida. De quebra, Newgarden é o primeiro piloto desde Hélio Castro Neves a repetir a vitória em Indianápolis em anos consecutivos, uma vez que o brasileiro venceu a corrida em 2001 e 2002. Aliás, outro ponto em comum com Helio foi o momento de superação, lembrando o triunfo de Helinho em 2009, logo após ser absolvido pela justiça dos Estados Unidos em um processo de fraude e evasão fiscal, que poderia ter acabado a sua carreira de piloto.

 

Álex Palou: O bicampeão espanhol já assumiu a liderança do campeonato da Indycar este ano, e conforme suas campanhas anteriores, é franco favorito ao título da temporada, que seria o seu terceiro. Marcando pontos sempre que possível, Palou já foi à luta pela vitória quando teve oportunidade, vencendo o GP de Indianápolis, e assumindo a liderança da classificação, que não perdeu nem com o 5º posto na Indy500, mesmo que mantendo uma folga apenas razoável para o segundo colocado, seu próprio companheiro de time Scott Dixon, que foi o 3º colocado. Com Josef Newgarden tendo de recuperar o terreno perdido após a desclassificação em São Petesburgo, Álex reassume o papel de grande favorito na luta pelo título, e se mantiver sua constância, será difícil destronar o piloto espanhol do primeiro lugar. Ou os concorrentes se aprumam e colocam suas casas em ordem, melhorando seus desempenhos e resultados, ou podem simplesmente já ir comemorando o tricampeonato do espanhol, que daria mais um título à Ganassi, que apesar dos percalços enfrentados neste início de 2024, vem mostrando sua força e eficiência costumeiras para levar mais um campeonato na principal categoria de monopostos dos Estados Unidos. Quem vai conseguir desbancar Palou da liderança do campeonato?

 

Max Verstappen: depois de conquistar o tricampeonato com um dos campeonatos mais enfadonhos da história da F-1, eis que Max Verstappen está começando a ter de mostrar que não é vencedor apenas por ter o melhor carro da categoria. Nas últimas provas, a Red Bull vem enfrentando problemas de ajuste no seu carro, e Max, mesmo diante dos problemas, ainda subiu ao pódio em Miami, e venceu no braço a corrida de Ímola, frente a uma McLaren que pareceu bem mais forte com Lando Norris. Ainda é cedo para comemorar a perda do domínio da Red Bull, mas no que depender do holandês, a concorrência ainda vai ter de suar para tirar dele a posição de grande e destacado favorito para o título de 2024. Só não dá para comemorar antecipadamente porque ainda temos muito campeonato pela frente, mas se os rivais chegarem de vez, o holandês vai ter de mostrar todo o seu talento e garra para conseguir levar mais um título. Mas a Red Bull, excetuando a corrida de Mônaco, não decaiu tanto assim, e não vai ser toda corrida que Verstappen vai deixar de ser favorito. Não dá para desmerecer o talento do tricampeão holandês, e ele vai querer fazer questão de lembrar a todos disso. Será que ele vai dar conta do recado? Por enquanto, está levando bem, mas ainda é cedo para dizer que o panorama azedou na Red Bull ou não. Resta saber o quanto o holandês consegue se garantir na pista.

 

Equipe McLaren: O time da McLaren vem crescendo a olhos vistos na F-1. Se no ano passado a escuderia de Woking conseguiu dar um incrível cavalo de pau a meio da temporada, revertendo um início catastrófico onde o time chegou a disputar as últimas posições na pista, e só não venceu corridas diante da hegemônica Red Bull de Max Verstappen, o time conseguiu efetuar evoluções certeiras neste início de temporada, e embora não tenha começa o ano exatamente de forma ruim, mais uma vez conseguiu otimizar seu desempenho a ponto de derrubar a Ferrari da posição de principal adversária do time rubrotaurino na competição, e conseguir vencer a corrida de Miami com uma atuação impecável de Lando Norris, que conquistou enfim sua primeira vitória na F-1. Uma performance forte que se repetiu em Ímola, onde Norris pressionou Verstappen pelo triunfo, mas tendo de se contentar com o 2º lugar no pódio. E, mantendo a boa fase, conquistou mais um 2º lugar em Mônaco, onde só não brilhou mais porque não conseguiu superar a Ferrari na classificação, mas novamente mantendo a atuação em alta, e mostrando que está em posição de brigar por vitórias, e talvez pelo título, pela primeira vez em muitos anos. Se é verdade que é preciso relativizar a condição de a Red Bull ter enfrentado problemas nestas últimas corridas, não se pode negar que a McLaren vem conseguindo fazer um desenvolvimento firme de seu carro, e pode, de fato, ameaçar a posição de Max Verstappen e da Red Bull de grandes favoritos na temporada de 2024 da F-1.

 

Nick Cassidy líder na Formula-E: O piloto da equipe Jaguar conseguiu abrir distância sobre os concorrentes na rodada dupla de Shanghai, e assumiu uma distância folgada na liderança da competição de carros monopostos elétricos. Mesmo faltando 4 provas para encerrar a competição, o neozelandês parece firme na dianteira, contando também com o azar dos rivais, em especial de Pascal Wherlein, que não conseguiu reagir na rodada dupla chinesa, e teve o azar de estranhar com Sam Bird, ficando sem pontuar em uma das etapas, e ver o rival disparar ainda mais na frente. Mas ainda é cedo para comemorar, e da mesma forma como ocorreu em 2023, Cassidy precisa se concentrar em buscar resultados e ficar longe de encrencas potenciais, que poderiam inverter o favoritismo desfrutado até agora pelo piloto da marca britânica. Nick já demonstrou que pretende correr administrando os resultados, e pode ter boas perspectivas de finalmente chegar ao título, se conseguir de fato ficar longe de percalços na pista, e demandar um pouco de sorte, afinal, na segunda corrida de Shanghai, por pouco ele não perdeu o bico do carro, que ficou frouxo durante boa parte da prova, e não caiu, o que poderia ter sido catastrófico para sua performance na corrida, lembrando de quando isso aconteceu na etapa do Brasil, e ele acabou indo parar no muro. Competência é essencial, e um pouco de sorte também. Cassidy parece estar garantindo a competência, resta saber se a sorte vai lhe sorrir este ano, depois de lhe faltar no momento decisivo em 2023...

 

 

 

NA MESMA:

 

Jorge Martin líder na MotoGP: O piloto da Pramac surpreendeu a MotoGP no ano passado desafiando abertamente Francesco Bagnaia e a Ducati oficial de fábrica na luta pelo título, e perdeu a disputa justamente por seu estilo intempestivo de guiar, sempre no ataque, quando muitas vezes é preciso ser um pouco mais comedido. Pois bem, lição aprendida, Martin parece estar aplicando o conhecimento com perfeição nesta temporada de 2024. Após uma etapa esplendorosa em Le Mans, com vitórias tanto na corrida Sprint quanto na corrida principal, o espanhol não venceu novamente na etapa de Barcelona, mas subiu ao pódio na prova principal, e marcou pontos importantes na corrida Sprint, suficientes para se manter com uma boa dianteira sobre Bagnaia, que apesar do triunfo na prova de domingo, sucumbiu na corrida Sprint, perdendo a chance de diminuir a vantagem acumulada pelo rival do time satélite da marca italiana. Martin fez uma corrida combativa em Barcelona, mas após ver-se superado pelo atual bicampeão na luta pela vitória, não tratou de recuperar a ponta a qualquer custo, como tentava fazer no ano passado. Ele se manteve firme atrás, mas procurando achar brechas que lhe permitissem recuperar a ponta sem forçar uma manobra arriscada. Com uma vantagem de pontos ainda firme, ele optou por não arriscar forçar uma ultrapassagem, e com isso minimizou a perda de alguns pontos para o rival. Certamente haverá muitas outras provas onde ele poderá vencer, como fez na França, e manter a luta sob controle é seu maior trunfo para finalmente ser campeão, e apagar a má impressão que seu excesso de impetuosidade deixou ao fim da temporada passada.

 

Francesco Bagnaia: A luta pelo tricampeonato de “Pecco” promete ser mais complicada do que o esperado, inicialmente. O piloto da Ducati tem tido momentos de altos e baixos além do que seriam recomendados para um postulante ao título, e na etapa de Barcelona vimos outra prova disso, quando Bagnaia tinha tudo para vencer a corrida Sprint e caiu na última volta, perdendo pontos que, apesar de parecerem poucos, fazem falta na disputa. No domingo, contudo, mantendo a cabeça no lugar, e fazendo uma prova tática, o atual bicampeão venceu a corrida no circuito da Catalunha, recuperando ao menos a vice-liderança da competição, mas vendo o principal rival, Jorge Martin, ainda longe na liderança da tabela. E ele mesmo reconhece que precisa melhorar seu desempenho nas corridas curtas, onde já viu resultados potenciais irem pelo ralo pelos mais variados motivos, desde azar próprio a percalços provocados pelos rivais. Na França, por exemplo, apesar de um bom 3º lugar na corrida principal, a prova Sprint foi pontuada por mais um abandono, desperdiçando a chance de conquistar pontos cruciais para a luta pelo título. O italiano ainda tem a melhor moto da competição, e precisa maximizar seu desempenho para evitar sofrer tropeços diante dos concorrentes, ao mesmo tempo em que tem de tomar cuidado com azares inesperados. Ele já mostrou que é capaz disso, e mais uma vez, precisará lembrar a todos de porquê é o atual bicampeão da classe rainha do motociclismo. Mas conseguir é algo diferente de querer, ainda mais em uma categoria de competição que costuma estar cheia de altos e baixos nas disputas na pista, e onde o menor erro pode significar perder todo o trabalho do fim de semana...

 

Hélio Castro Neves em busca do penta na Indy500: Ainda não foi dessa vez que o piloto brasileiro conseguiu a tão sonhada quinta vitória nas 500 Milhas de Indianápolis, o que faria dele o recordista absoluto de triunfos na Brickyard. Hélio até que tentou, e chegou a estar por um breve momento no TOP-3 da corrida, mas na parte final, um pit stop ruim da Meyer Shank sepultou os sonhos do brasileiro não apenas em vencer a corrida, como em terminar em uma posição razoável a prova, que finalizou em 20º lugar, a mesma posição em que largou. Mas Hélio promete tentar de novo em 2025, esperando ter melhor sorte na corrida. Se serve de consolo, apesar da melhor forma do time em 2024, o desempenho e resultado na Indy500 foi desastroso, com Felix Rosenqvist e Tom Blonqvist tendo abandonado a corrida após acidentes, sendo que Blonqvist bateu ainda na primeira volta da prova, tendo arruinado as participações de Marcus Ericsson e Pietro Fittipaldi na corrida. A escuderia parece não conseguir engrenar de vez na competição, tendo tido seu momento de glória justamente na própria Indy500, vencida de forma magistral por Hélio em 2021 após um duelo eletrizante com Álex Palou nas voltas finais da prova. Agora, é pensar mesmo em 2025...

 

Brasileiros penando na F-E 2024: A temporada deste ano na categoria de carros monopostos elétricos tem sido mesmo um tremendo calvário para os representantes brasileiros no grid. Apesar de alguma melhora, a ABT pena para conseguir sair da parte de trás do grid, e Lucas Di Grassi amarga a última colocação entre os pilotos que pontuaram na temporada deste ano, com míseros 2 pontos apenas, situação complicada para quem já foi campeão da competição, e só deu azar nos dois últimos anos. Já Sergio Sette Camara, apesar dos pesares, até que faz uma temporada razoável, dada a falta de competitividade da ERT, e vez por outra, até consegue algumas surpresas, mas mesmo assim, tem tentado tirar leite de pedra em todas as corridas, sem conseguir resultados na maior parte do tempo, como na rodada dupla de Shanghai, onde por mais que se esforçasse, nunca conseguiu sair das últimas filas do grid, e de posições nada elogiosas na corrida. O duro é imaginar melhores dias para 2025. Na ABT, sairá o trem de força da Mahindra, mas ninguém sabe ainda o que esperar da união Lola-Yamaha, que será fornecedora do novo trem de força da escuderia, e se ele será competitivo. No caso de Sergio, a intenção é achar um lugar em um time mais competitivo, mas até o presente momento, não se sabe se o brasileiro tem conseguido fazer contato com outros times visando sua mudança de forma efetiva para alguma estrutura melhor no próximo ano, ou se será forçado a permanecer onde está, e continuar tentando tirar mais do que o carro pode oferecer...

 

Sergio Perez de novo em crise: Mais um ano, e mais uma vez, Sergio Perez inicia o ano com desempenhos sólidos, ficando atrás apenas de Max Verstappen, como é o que a Red Bull esperaria do piloto. Mas, tal como aconteceu nos anos anteriores, eis que a situação do mexicano começa a degringolar novamente, e depois da etapa da China, eis que Perez voltou a ter azares e desempenho em queda, enquanto Verstappen segue vencendo e liderando o campeonato, ao passo que o mexicano já despencou para a 5ª colocação na classificação. A sorte é que a própria Red Bull está tendo dificuldades, de modo que a compreensão sobre os problemas vivenciados por Sergio parece um pouco maior, ainda que a pressão agora fique maior pelo momento de renovação do contrato do piloto, que volta a ter sua posição na escuderia em xeque para o próximo ano. Tanto que até Yuki Tsunoda, que vem fazendo uma temporada até esforçada na Visa RB, começa a ser cogitado para o lugar de companheiro do holandês. Helmut Marko diz que Perez ainda é o “favorito” para a vaga, o que parece um pouco encorajador, sendo que o time até menciona que precisa ajudar o piloto a manter a estabilidade do time, para ajudar na disputa pelo campeonato de construtores, cada vez mais em perigo pela ascensão de Ferrari e McLaren. A favor de Perez está o fato de que ele não causa problemas com Verstappen, que sempre conseguiu dar conta do mexicano, mesmo nos melhores momentos do colega de time, e não causa brigas nos boxes. Mas, em um momento onde a Red Bull começa a correr o risco de perder o controle da temporada como vinha fazendo, eles precisam atuar em conjunto, e por isso mesmo, a escuderia não pode fazer pouco de seu segundo piloto. Se eles derem a Perez a ajuda que ele merece e necessita, cabe ao mexicano cumprir com o que se espera dele, e garantir sua posição na escuderia.

 

 

 

EM BAIXA:

 

Kevin Magnussen: O dinamarquês da equipe Haas tem se tornado o pivô de situações polêmicas na pista nesta temporada na F-1. O piloto bloqueou de forma até escandalosa os pilotos na pista durante o GP de Miami, o que permitiu que seu companheiro de equipe Nico Hulkenberg disparasse na frente, garantindo posição frente a pilotos que poderiam superá-lo, como Lewis Hamilton, e não se incomodou de receber uma paulada de segundos de acréscimo ao seu tempo de corrida. Ainda que pese o fato de hoje em dia os pilotos andarem muito mal acostumados com disputas de posição na pista, o fato é que a FIA ficou com uma batata quente nas mãos para resolver, e Magnussen, com 10 pontos de 12 possíveis na carteira, está perto de ser pendurado por um GP como punição se aprontar mais. O duro é que ele até já aprontou, no acidente que tirou Sergio Perez, ele próprio, e Hulkenberg, da prova de Mônaco, logo na primeira volta, e a direção de prova apontou como incidente de corrida, aliviando a barra para Kevin, mas deixando muita gente irritada com a situação. Tendo sido superado por Hulkenberg no time, e com o alemão já garantido na Sauber, futura Audi, em 2025, a posição de Magnussen está a prêmio na Haas, e isso estaria colocando o dinamarquês sob forte pressão para tentar garantir sua posição no time, e na própria F-1, e com isso, levando aos erros e exageros na pista. E pensar que algum tempo atrás ele foi dispensado pela escuderia, junto com Romain Grosjean, por arrumar confusões demais e apresentar resultados de menos nas corridas...

 

Azares de Pietro Fittipaldi: O piloto brasileiro vem tendo um azar desgraçado na Indycar. Frequentemente sofrendo com o carro da equipe Rahal/Letterman/Lanigan em termos de competitividade, Pietro até que vislumbrou uma melhora no GP de Indianápolis, onde conseguiu o seu melhor resultado na competição até agora no ano, um 14º lugar, depois de amargar um abandono por barbeiragem de outro piloto na etapa de Barber, no Alabama. Mesmo sofrendo para a classificação da Indy500, o jovem Fittipaldi estava esperançoso de fazer uma corrida satisfatória, torcendo para se manter longe de problemas, e ser paciente na famosa corrida. Mas, quando o azar bate em cima, é complicado dizer qualquer coisa. Tom Blomqvist perdeu o controle do carro ao tocar na grama do lado interno da pista, rodou e atingiu Marcus Ericsson, e Pietro, tentando sair de perto, acabou atingido por Callum Illot, sendo jogado no muro, e dando adeus à disputa da Indy500 ainda na primeira volta da corrida. Com estes percalços, Fittipaldi ocupa apenas a 22º colocação, com 50 pontos, enquanto Graham Rahal é o 14º, com 87 pontos, e Christian Lundgaard o 11º, com 102 pontos. Se é verdade que o time capitaneado por Bobby Rahal não vive sua melhor fase, com as coisas dando errado à volta, não há santo de casa que faça milagre...

 

Aston Martin: O time inglês fez uma temporada incrível no ano passado, onde só não fez pole e venceu corrida diante da hegemonia mais arrasadora da Red Bull em toda a sua história. Mas o que deveria ser uma escalada de performance, deu uma bela retraída em 2024, com Fernando Alonso a mostrar como o time recuou no grid, e agora luta para conseguir pontuar sequer. Como desgraça pouca é bobagem, as atualizações promovidas no carro em Ímola parecem ter deixado o bólido bem mais difícil de ser conduzido, e até mesmo Alonso decaiu nestes últimos GPs, tendo cometido erros e lutado na pista sem conseguir chegar à zona de pontos. Lance Stroll afirma que a escuderia está inaugurando seus novos equipamentos na reformada e ampliada sede em Silverstone, incluindo o mais moderno túnel de vento dentre as escuderias da categoria, e tais recursos farão diferença a partir do próximo ano, com vistas a ser otimizado em 2026, quando entra em ação a nova parceria com a Honda. O futuro pode até parecer promissor, mas o presente infelizmente não está sendo tão otimista quanto foi o passado recente do time, que quer se tornar uma escuderia de ponta, mas precisa engatar uma performance e desempenho crescentes. Fernando Alonso tinha feito uma aposta certeira quando se mudou para a escuderia no ano passado, e até já renovou contrato com o time para várias temporadas, mas será que essa queda de rendimento não pode fazer o asturiano mudar de idéia até? A Aston Martin precisa se endireitar se quiser de fato ser grande na competição, ou será mais uma equipe a tentar e fracassar neste objetivo na história da F-1...

 

Grande Prêmio de Mônaco: A corrida de F-1 em Mônaco já não é nenhum primor de emoção há muitos anos, e este ano, o acidente entre a dupla da Haas e Sergio Perez acabou por comprometer qualquer esperança de disputa entre os pilotos na corrida monegasca. Isso porque, com a bandeira vermelha, os pilotos puderam trocar seus pneus para a segunda largada, cumprindo a regra de uso de dois compostos no GP, de forma que depois todo mundo poderia ir com os mesmos pneus até a bandeirada, sem precisarem fazer pit stops. Com isso, os pilotos praticamente andaram em velocidade muito abaixo do possível, com o intuito de preservar os pneus, e como ninguém passava ninguém, eis que tivemos um GP onde os 10 primeiros colocados no grid foram os mesmos 10 primeiros colocados na bandeirada. Lewis Hamilton e Max Verstappen até tentaram algo diferente, visando superar George Russell, mas mesmo com pneus novos, e tendo alcançado Russell na pista, não foi possível efetuar uma ultrapassagem, de modo que de nada adiantou. As poucas ultrapassagens ocorreram lá na parte de trás do grid, sem chamar muito a atenção de ninguém. E o problema da F-1 são seus carros, que ficaram muito grandes para as ruas do principado, e se antes, com carros menores já era complicado termos um GP emocionante, agora menos ainda. É só fazer uma comparação com os carros da F-E, que mais uma vez fizeram uma corrida cheia de disputas e ultrapassagens em Monte Carlo no mês passado, e o que a F-1 mostrou neste último domingo, para ver onde está exatamente o problema...

 

Patifaria da F-1 com a Andretti: Quando a gente acha que o nível não poderia ser mais baixo do que já está, eis que a F-1, via Liberty Media, consegue ser ainda mais cretina e vigarista do que já é. A aparente má vontade da entidade que administra atualmente a categoria máxima do automobilismo já havia demonstrado toda a sua vigarice e falta de caráter ao simplesmente negar a entrada do time de Michael Andretti na competição, mesmo tendo cumprido todos os requisitos e apresentado possuírem os recursos necessários para a empreitada. Agora, numa reunião entre Mario Andretti e Stefano Domenicalli em Miami, eis que o próprio CEO do grupo Liberty Media,  Greg Maffei, interrompe a reunião entre ambos e afirma com todas as letras que, no que depender dele, Michael Andretti jamais entrará na F-1, prometendo fazer tudo o que for possível para barrar a entrada da nova equipe. A troco de quê ele faz isso? Qual a justificativa? Uma atitude cretina e esdrúxula, ainda mais de alguém que controla um grupo dos Estados Unidos, tendo este tipo de atitude pueril e completamente desavergonhada contra um time do próprio país. Talvez ele tenha se doido pelo fato de a Andretti ter acionado o Congresso dos Estados Unidos a fim de obterem respostas mais plausíveis à recusa da entrada do time na competição, com base nas leis antitruste do país, e lembrando que o regulamento permite até 12 times, de modo que não haveria respaldo legal justo para barrar a solicitação da Andretti para se juntar à competição. De qualquer modo, a F-1 se afunda ainda mais com tal atitude cretina e vigarista do próprio CEO do grupo Liberty. E a F-1 ainda tem sorte dos EUA não se doerem tanto a respeito disso, porque tendo três GPs participantes do calendário, imaginem o estrago que sofreriam se sofressem uma retaliação e estas corridas fossem riscadas do calendário pelos organizadores. Mas, pela atitude cretina que estão tomando, é o que mereceriam levar, para deixarem de ser vigaristas como estão sendo...

 

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