quarta-feira, 3 de novembro de 2021

FLYING LAPS – OUTUBRO DE 2021

            E chegamos ao mês de novembro, tendo deixado o mês de outubro para trás. Apesar do fim do ano se aproximando, o mundo da velocidade segue em frente, com alguns campeonatos entrando em sua reta final, com muita coisa ainda acontecendo, seja dentro ou fora das pistas, e para relacionar alguns destes acontecimentos do último mês de outubro, é hora de mais uma sessão Flying Laps, sempre com alguns comentários rápidos a respeito. Então, boa leitura a todos, e espero novamente por vocês aqui na próxima sessão Flying Laps no mês que vem...

Mais um ex-F-1 pode participar da temporada 2022 da Indycar. O alemão Nico Hulkenberg testou pela equipe McLaren no circuito misto do Alabama, e tanto o piloto quanto o time saíram bem satisfeitos da experiência. Nico encara que suas chances de voltar a ser titular na F-1 praticamente acabaram, e é hora de redirecionar sua carreira para um papel mais ativo do que ser apenas piloto reserva de alguma escuderia na F-1. A McLaren fez uma boa temporada este ano na competição, com Patricio O’Ward chegando a disputar o título com Alex Palou. O piloto mexicano segue no time em 2022, assim como o sueco Felix Rosenqvist, oriundo da F-E, e a intenção da equipe é alinhar três carros em 2023, mas já ter o terceiro carro na segunda metade do ano que vem, como preparação para o ano seguinte competindo com um trio de pilotos a tempo integral. A idéia é ter o terceiro carro inicialmente para a Indy500, e depois, ver a viabilidade nas corridas da segunda metade do ano. Até o presente momento, o time considera Hulkenberg o nome preferido para pilotar esse terceiro carro, mas por enquanto, não há nada confirmado propriamente, e vai depender de como se dará a preparação da escuderia na temporada de 2022. Mas Nico está entusiasmado com a possibilidade de competir na categoria dos Estados Unidos, seguindo o exemplo de Romain Grosjean, que migrou para os Estados Unidos depois de ver suas perspectivas na F-1 encerradas. A McLaren tem planos de efetuar teste com outro piloto, o belga Stoffel Vandoorne, atualmente defendendo o time da Mercedes na F-E, mas sem uma data ainda planejada para isso. Como a Mercedes vai se retirar do certame de carros monopostos elétricos ao fim da próxima temporada, Vandoorne deve ficar livre no mercado, e seria uma outra opção interessante para ser avaliado, e quem sabe, ser até um rival de Hulkenberg pela vaga. Mas, por enquanto, não há nada firme neste sentido. E, por enquanto, quem também busca vaga para ano que vem na Indycar é Pietro Fittipaldi, já que sua posição de piloto reserva na Haas não vai levar a nada, e é preciso considerar melhor a possibilidade de competir nos Estados Unidos e retomar a carreira dentro das pistas.

 

 

Ryan Hunter-Reay, saído da equipe Andretti, após mais de uma década defendendo a escuderia, e tendo conquistado o título de 2012, batalha para permanecer no grid no próximo ano. O piloto norte-americano testou com o time da Carpenter, visando uma vaga de titular na escuderia para 2022, mas a parada promete ser dura, já que Ed Carpenter, dono do time, disse que Ryan é um nome a ser considerado, mas não é o único. Caso seja efetivado, Hunter-Reay deve ocupar o carro do dono do time, que só compete nas corridas em pistas ovais, disputando apenas as corridas em circuitos de rua e mistos, a exemplo do que fez Conor Daly este ano. Daly, aliás, é um dos nomes que estão sendo considerados para o próximo ano, assim como o de Oliver Askew, na competição dom Hunter-Reay.

 

 

A Indycar, aliás, pode ganhar mais opções de transmissão para o Brasil em 2022. O campeonato, depois de muitos anos sendo exibido pelo Grupo Bandeirantes, que fazia uma verdadeira roleta russa com as transmissões, ora colocando na TV aberta, ora colocando no canal pago da TV por assinatura, foi dispensado em prol do acordo com a F-1 este ano. O campeonato acabou sendo transmitido pela TV Cultura, que fez um belo trabalho durante todo o ano, com uma cobertura que, apesar de básica, foi extremamente sóbria e respeitosa para com os fãs, depois dos anos de sobressaltos na emissora anterior. E a TV Cultura continuará a transmitir o campeonato de monopostos dos Estados Unidos em 2022, garantindo a presença da competição na TV aberta. Mas a boa notícia é que a Indycar também poderá voltar a ser exibida na TV por assinatura, uma vez que o Grupo Disney está em negociações para transmitir também o campeonato, no caso, na TV paga, onde poderia ser exibido nos canais da ESPN. Mas o acordo também poderia se estender ao streaming, onde as corridas poderiam integrar o serviço do Star+, oferecendo aos fãs duas outras opções de acompanhar a competição. A Indycar já foi exibida em streaming recentemente no Brasil, através do DAZN, especializado em transmissões esportivas pela internet, mas que não teve continuidade por parte do canal. Com a entrada da Disney na jogada, porém, os fãs voltariam a ter não só uma opção em streaming para assistir às corridas, como à opção de assistir pela TV por assinatura, via ESPN, além das transmissões na TV aberta providenciada pela TV Cultura. Aliás, a TV Cultura transmitiu também a competição da F-E em TV aberta, enquanto o SporTV surpreendeu ao transmitir a categoria na TV fechada, dando aos fãs duas opções de acompanhar o certame de carros elétricos. Quanto mais opções para se assistir às corridas, melhor para os fãs, já que a TV Cultura, mesmo sendo um canal aberto, tem alcance limitado em várias partes do país, o que impossibilita aos fãs poder assistir ao campeonato nestes lugares.

 

 

A Rahal/Letterman/Lannigan fechou sua composição para a temporada de 2022 da Indycar. Graham Rahal permanece no time, que irá competir com três carros, e terá a chegada de Jack Harvey para reforçar a escuderia fundada por Bobby Rahal. E Takuma Sato fica sem espaço no time, que terá o dinamarquês Christian Lundgaard em seu lugar. Lundgaard troca a F-2 pelo campeonato de monopostos dos Estados Unidos, onde já fez uma corrida este ano, pela própria Rahal/Letterman/Lannigan, e causou boa impressão ao time, vindo a ocupar a vaga que era de Sato, que agora procura um lugar para competir em 2022, apesar de ter vencido duas edições da Indy500 em anos recentes. Um dos destinos do piloto japonês, caso não encerre a carreira na categoria, pode ser a Dale Coyne, onde Romain Grosjean competiu este ano, indo defender a Andretti em 2022.

 

 

A Stock Car Brasil definiu as datas das corridas que comporão o calendário 2022 da categoria. Serão 12 corridas, sendo pelo menos duas rodadas duplas. Nenhum local foi anunciado pela direção da categoria, que entre as atrações do próximo ano estará a volta da Corrida de Duplas, que inclusive irá abrir a temporada mais cedo, no dia 13 de fevereiro. Nos dias 19 e 20 de março teremos a primeira rodada dupla da competição. A próxima prova deverá ocorrer no dia 10 de abril, seguindo-se a próxima etapa no dia 15 de maio. O mês de julho concentrará o maior número de provas, com uma rodada dupla nos dias 2 e 3, e outra corrida no dia 31. Pausa de mais de um mês na categoria, que retornará apenas em setembro, no dia 4 e outra prova no dia 25. Quase um mês depois, outra corrida no dia 23 de outubro, e o encerramento do campeonato marcado para o dia 20 de novembro. Não foram divulgadas outras informações, nem qual prova deverá ser a Corrida do Milhão, geralmente a mais badalada da temporada, pela alta premiação ao vencedor. É aguardar para termos as informações completas do calendário da maior competição nacional do esporte a motor.

 

 

A Stock Car segue para a reta final da temporada 2021, faltando duas provas para encerrar o campeonato. Na rodada dupla disputada no autódromo do Velocitá, Guilherme Sallas largou na pole-position, e apesar do tempo instável, faturou a vitória na primeira corrida, tendo Ricardo Zonta praticamente colado em sua traseira na bandeirada de chegada, com Cesar Ramos fechando o pódio com o 3º lugar. Já na segunda corrida, a vitória foi de Thiago Camilo, com Gabriel Casagrande em 2º, e Allam Khodair em 3º lugar. Com os resultados, Gabriel Casagrande, da equipe Vogel Chevrolet, lidera o campeonato com 309 pontos, com Daniel Serra, da RC Eurofarma Chevrolet na vice-liderança, com 296 pontos. Rubens Barrichello, da Fulltime Toyota, é o 3ª colocado, bem atrás, com 251 pontos. Empatado com Rubinho em pontos, mas em 4º lugar por ter menos vitórias, está Ricardo Zonta, da equipe Crown Shell. Ricardo Maurício, companheiro de equipe de Daniel Serra, é o 5º colocado, com 243 pontos. A disputa do título se dará entre Casagrande e Serra, uma vez que a diferença de pontos de Barrichello e Zonta para o líder do campeonato é bem grande, e as chances de título de ambos os pilotos são mínimas. As etapas finais da Stock Car serão em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, no dia 21 e novembro; e no dia 12 de dezembro, em Brasília, no Distrito Federal.

 

 

Tony Kanaan continuará a marcar presença no campeonato da Stock Car Brasil em 2022. O piloto baiano, que disputou apenas as corridas em circuitos ovais da Indycar este ano, estreou na categoria nacional, mas não conseguiu obter bons resultados. Mesmo assim, teve seu contrato com a equipe Fulltime renovado por mais um ano, na esperança de, mais aclimatado à competição, venha a obter melhores resultados. Tony ressaltou o ano como sendo de grande aprendizado, não apenas das pistas, mas do carro da Stock, e agradeceu à confiança do time em seu trabalho, apesar dos resultados aquém do esperado, para alcançarem maiores vôos em 2022.

 

 

Na onda de renovações de contratos, a RC Eurofarma anunciou a manutenção de sua dupla de pilotos, Daniel Serra e Ricardo Maurício, para a temporada 2022 da Stock Car Brasil, além de confirmar também a manutenção do patrocínio da Eurofarma à equipe, mantendo uma união que já dura 17 anos, e inclusive dá nome à escuderia. Serra é o vice-líder da temporada, mesmo tendo vencido apenas 1 corrida, mas mantendo uma grande constância e regularidade, enquanto Maurício, apesar de ter vencido 5 provas, ocupa a 5ª posição na classificação. Tricampeão da categoria, Serra vai à luta pelo tetracampeonato, e deve travar um bom duelo com o líder Gabriel Casagrande, nas duas provas que restam para fechar a temporada deste ano.

 

 

A Formula-E anunciou seu calendário para a temporada de 2022 com o maior número de corridas de sua história. Serão 16 corridas, com início no final de janeiro, e terminando no mês de agosto. Duas datas, contudo, ainda estão em aberto: uma corrida no dia 5 de março, sem nenhum local confirmado; e no dia 19 de março, na China, mas sem local definido. A competição começa nos dias 28 e 29 de janeiro, com a rodada dupla em Diryah, na Arábia Saudita. No dia 12 de fevereiro, é a vez da Cidade do México. No dia 9 de abril, teremos o ePrix de Roma, na Itália, seguido pela etapa de Monte Carlo no dia 30 de abril. No dia 14 de maio, é a vez do ePrix de Berlim. No dia 4 de junho, a F-E faz a estréia do ePrix de Jacarta, na Indonésia, seguido no dia 2 de julho por mais uma estréia no calendário, a etapa de Vancouver, no Canadá. Nos dias 16 e 17 teremos a rodada dupla de Nova Iorque, nos Estados Unidos, seguida nos dias 30 e 31 pela rodada dupla da categoria em Londres, na Inglaterra. O campeonato terá seu encerramento nos dias 13 e 14 de agosto, com a rodada dupla do ePrix de Seul, na Coréia do Sul. Ainda há um certo temor com relação à situação da pandemia da Covid-19 no próximo ano, o que pode impactar algumas etapas, como a da China, uma vez que o país ainda está bem fechado, e tomando medidas agressivas em alguns surtos de casos que andam ocorrendo. Como o país deve receber os Jogos Olímpicos de Inverno em fevereiro, é bem provável que a etapa da F-E ocorra sem maiores problemas, mas ainda é cedo para fazer qualquer prognóstico. E fica a dúvida onde pode ser a etapa do dia 5 de março, com o cancelamento da etapa na Cidade do Cabo, na África do Sul, prevista na primeira versão anunciada do calendário da competição.

 

 

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