quarta-feira, 17 de março de 2021

ESPECIAL MOTOGP 2021

Vai começar o duelo nas pistas da MotoGP.

            Fãs da velocidade, hora de entrarem em contagem regressiva. A MotoGp está para iniciar a temporada deste ano, na semana que vem, no seu já tradicional ponto de partida nos últimos anos, o belo circuito de Losail, no Qatar, que desta vez terá uma rodada dupla para abrir a competição, quase como uma compensação pela classe rainha não ter podido correr por lá no ano passado, devido aos problemas decorrentes da pandemia do coronavírus, que ainda está bagunçando bastante as atividades do esporte a motor, de modo que a nova temporada ainda pode sofrer mudanças em relação às corridas previamente divulgadas. Confiram um pequeno texto sobre o panorama geral dos times e competidores para a disputa deste ano, e fiquem no aguardo da largada da competição nas duas rodas no dia 28 de março...

 

MOTOGP 2021

 

Campeonato de ainda de incertezas, mas que promete muitas emoções

 

Adriano de Avance Moreno

 

         A MotoGP prepara-se para o início de seu campeonato de 2021. Depois da classe rainha do motociclismo ter sido atropelada pela pandemia da Covid-19 no ano passado, assim como o mundo inteiro, e ter conseguido realizar uma temporada razoável com muita disputa e incerteza, devido em parte à ausência do grande favorito Marc Márquez, que se acidentou na primeira corrida e acabou ficando de fora de todo o campeonato, o que tornou a competição muito mais imprevisível e equilibrada, com Joan Mir, da Suzuki, conquistando o título, é hora de acelerar de novo nas duas rodas.

         A pandemia da Covid-19, contudo, ainda é um grande entrave para o mundo do esporte, e a esperança da vacinação, para que o mundo possa voltar à rotina normal, ainda é um sonho que anda em marcha muito lenta em alguns países, de modo que não se sabe ainda se todas as provas programadas até agora do calendário ocorrerão sem problemas. Por enquanto, temos 19 corridas, com duas provas adiadas, e sem data definida para acontecerem. O campeonato começa no próximo dia 28, com o Grande Prêmio do Qatar, no belo circuito de Losail, e será a única rodada dupla da competição até o presente momento, já que uma semana depois, no dia 4 de abril, teremos o GP de Doha, no mesmo circuito. Isso faz a categoria ganhar algum tempo até o dia 18 de abril, quando teremos, se tudo correr bem, o GP de Portugal, em Portimão.

A pista de Portimão (acima) encantou equipes e pilotos, e deverá receber novamente o pessoal da MotoGP, que abrirá a temporada no circuito de Losail (abaixo), com uma rodada dupla neste ano.



         A Europa se debate com os problemas de logística da entrega das vacinas contratadas junto às farmacêuticas, de modo que a pandemia ainda pode se mostrar forte por alguns países do Velho Continente. E a própria MotoGP acabou aceitando a oferta do governo do Qatar para vacinar todo o pessoal do paddock com a vacina contra a Covid-19, que o pequeno país do Oriente Médio já dispõe. Como todo mundo ficará por lá até pelo menos o dia 5 de abril, todos terão a chance de tomar as duas doses obrigatórias do imunizante, de forma que isso representaria um risco de saúde a menos para todos os profissionais envolvidos na categoria, e também aos participantes das categorias de acesso da Moto2 e da Moto3. Ainda que o procedimento cause alguma polêmica, até porque a própria população do Qatar está no meio do procedimento de imunização, e em muitos lugares do mundo nem a população que corre mais riscos sabe quando poderá se vacinar, a medida tem sua validade, pelo menos para garantir que o pessoal esteja protegido, já que estará viajando por muitos países para cumprir a temporada.

         E o que podemos esperar desta temporada? Tudo parece um pouco incerto, e as perguntas são várias. E a primeira que surge é: Marc Márquez estará de volta já no GP do Qatar? A Formiga Atômica está na lista de pilotos inscritos para a corrida, embora isso não signifique que o piloto, que ainda está se recuperando da última cirurgia no braço que fraturou no ano passado, vá realmente correr. A estimativa para uma recuperação mais completa é de cerca de seis meses, e com pouco mais da metade desse tempo, por mais que Márquez esteja seguindo à risca os procedimentos para sua recuperação, tendo inclusive recebido permissão para fazer exercícios mais pesados nos últimos dias, será que ele irá se arriscar novamente a tentar voltar antes da hora? Já vimos o que ocorreu no ano passado, e a consequência foi a perda completa da temporada. Mesmo que a situação agora seja bem mais otimista e em um estágio de recuperação mais respeitado, o que pode acontecer se sofrer uma nova queda? Isso poderia ter consequências imprevisíveis, podendo até acabar com as chances de uma recuperação completa do piloto, que na pior das hipóteses, poderia ter de encerrar sua carreira. Por isso mesmo, um pouco de calma ainda é necessário antes de tomar a decisão de voltar a subir na moto. Alguns apontam que o hexacampeão poderia deixar de participar da rodada dupla em Losail, e programar sua volta para Portimão, o que lhe daria mais um mês para trabalhar sua recuperação, o que parece uma hipótese bem plausível. Mas, Márquez pode surpreender e disputar o GP, já que esta semana esteve em Barcelona, onde fez testes com uma moto similar à de competição da Honda, e aparentando estar melhor do que todos imaginavam. O suspense pode durar ainda vários dias, antes de termos a resposta definitiva sobre o retorno tão esperado do hexacampeão.

Marc Márquez (acima) deve retornar à competição, depois de ficar de fora da temporada passada, e terá a companhia de Pol Spargaro (abaixo) no time oficial da Honda neste ano.



         Com vistas a cortar gastos, em virtude das finanças que ficaram afetadas pela pandemia, todos os times, com exceção da Aprilia, estão com os motores congelados para esta temporada, de modo que as escuderias poderão apenas mexer no restante da moto, em especial no chassi, de modo a evoluir sua performance. E os times trataram de se mexer para aproveitar o que poderia ser realizado nesta área, de modo que não dá para garantir exatamente quem pode dar as cartas este ano, a exemplo do ano passado.

         Pelo menos, um alento para a equipe oficial da Honda é que o time conseguiu algumas boas marcas nos testes da pré-temporada, com seu piloto reserva Stefan Bradl, que andou forte e mostrou que a moto nipônica conseguiu evoluir depois de um ano complicado como foi 2020. E o novo contratado Pol Spargaro também veio mostrando serviço em sua nova escuderia, procurando se adaptar ao novo equipamento o quanto antes. Embora tenha ficado com tempos piores do que os de Stefan Bradl, Spargaro conseguiu demonstrar bom ritmo de corrida nos testes, o que deixa a Honda com a certeza de que terá algo mais positivo a mostrar neste ano. E os rumores que apontavam para um retorno de Andrea Dovizioso pilotando a moto nipônica até a volta definitiva de Marc Márquez parecem cada vez apenas especulações sem fundamento, já que Bradl mostrou desempenho, e é tido como ideal para substituir a Formiga Atômica, caso sua ausência seja de poucas corridas. Dovizioso, que fora o grande rival de Marc Márquez entre 2016 e 2018, terá que se contentar mesmo com o ano sabático que foi forçado a encarar, depois de ser dispensado da Ducati.

         Enquanto isso, as cartas parecem igualmente embaralhadas nos outros times da competição, com a maioria tendo seus bons e maus momentos. A Ducati, por exemplo, trocou sua dupla de pilotos, e pelo menos até o presente momento, parece estar satisfeita com isso, em especial com Jack Miller, que encerrou os testes da pré-temporada com a melhor marca e novo recorde extra-oficial da pista de Losail, 1min53s183, além de ter atingido a maior velocidade em reta na categoria, 357,6 Km/h, com Johann Zarco na equipe satélite Pramac, comprovando que a Desmosédici GP21continua um verdadeiro foguete nas retas, e parece ter conseguido recuperar parte do equilíbrio que tinha faltando na temporada passada, onde o desempenho irregular da moto impediu que Andrea Dovizioso repetisse o vice-campeonato que havia conquistado nos três anos anteriores. Se a Ducati conseguir também colocar ordem na bagunça interna da equipe, que foi algo que atrapalhou bastante no ano passado, a escuderia italiana tem boas chances de lutar pelo título este ano. Miller ainda conseguiu simular um GP completo, e os resultados foram bons, com Jack declarando ter gostado de ser apontado como um favorito para o campeonato, dada a boa forma demonstrada por ele e pelo time italiano, mas preferiu desconversar, alegando que é preciso manter os pés no chão, e evitar comemorar antecipadamente. Mas só o fato de afirmar que a Ducati conseguiu trabalhar tudo o que pretendia nos testes é um sinal de que é preciso levar a escuderia de Borgo Panigale a sério. E que podemos esperar que a Pramac também venha com melhor performance este ano. Johann Zarco, depois das atribulações vividas nos últimos tempos, espera-se que possa viver um ano mais estável, e fazer seu talento potencial voltar a florescer com toda força. Já a Avintia, outro time satélite da Ducati, não apresentou grandes resultados, e por usar a moto de 2019, não deve ter condições de surpreender ninguém, ficando restrita mais à segunda metade do pelotão da categoria, ao contrário do time de fábrica, e da Pramac, que conseguiram assustar a concorrência em alguns momentos.

Jack Miller (acima) agora está no time oficial da Ducati e terminou a pré-temporada com o novo recorde do circuito de Losail. E Johann Zarco (abaixo) bateu o recorde de velocidade com o time satélite Pramac, mostrando o foguete que a Desmosédici é nas retas.


         Que o diga Fabio Quartararo, agora defendendo o time oficial da Yamaha, que mesmo tendo sido superado por pouco por Miller no dia em que o australiano bateu o recorde da pista e de velocidade em reta, confessou ter sentido o impacto do “canhão” italiano, estimando a perda de velocidade em 12 km/h de diferença para a Ducati, o que lança um sinal de preocupação para o time dos três diapasões, que sem poder aumentar a potência do motor para conseguir enfrentar os italianos, vai precisar caprichar no acerto o chassi da YZR-M1 se não quiser virar um alvo fácil para ultrapassagens nas retas. A Yamaha fez diversos experimentos na pré-temporada, inclusive com Maverick Viñalez testando tanto a moto 2020 quanto a de 2021. A marca nipônica conseguiu fazer uma trinca em um dos dias de testes, mostrando parecer estar conseguindo driblar as limitações de seu motor, mas eles admitem que ainda precisam afinar o ajuste. E Valentino Rossi, estreando na equipe satélite SRT, tratou de se adaptar ao seu novo time, embora a moto seja já uma velha conhecida, com o Doutor dignosticando que seu comportamento melhorou em relação ao ano passado, e mostra ter bom potencial, embora precisem encontrar o equilíbrio ideal para manter a velocidade nas curvas, onde recuperaram parte da performance perdida em 2020. Destaque da marca no ano passado, Franco Morbidelli, da equipe SRT ganhou alguns upgrades em sua máquina. Já Fabio Quartararo admitiu que procurou ajuda psicológica para colocar a cabeça no lugar, depois de ter começado 2020 como franco favorito, e despencar na reta final da competição, terminando apenas em oitavo. Será que a Yamaha vai acabar sendo ofuscada novamente pela SRT nesta temporada? Outra pergunta pertinente é sobre o destino de Valentino Rossi. Aos 41 anos, o decano do grid vai novamente pensar se pendura o capacete nas duas rodas para 2022, ou se segue um pouco mais, e espera tomar uma decisão a respeito até julho, dependendo de como for o seu desempenho este ano. A julgar pelo entusiasmo do “Doutor”, as possibilidades de ficar por mais um ano são bem grandes, e ele quer mostrar que ainda tem muita lenha para queimar. Enquanto isso, seu ex-companheiro no time oficial dos três diapasões, Viñalez, quer tentar recuperar um pouco o respeito dos colegas, depois da temporada inconstante do ano passado, e marcou o segundo melhor tempo da pré-temporada.

Fabio Quartararo (acima) quer corrigir o rumo sofrido na temporada passada, de favorito a coadjuvante, agora com a equipe oficial da Yamaha, que continua com Maverick Viñalez (abaixo).


         Na Suzuki, o campeão mundial Joan Mir e seu companheiro Alex Rins conseguiram marcas bem próximas nos testes. Mir optou por não usar o número “1” como campeão da categoria, mantendo o “36” com o qual é conhecido. O time conseguiu manter a constância de seus tempos, e espera poder mostrar a que veio na temporada. Mas Mir alertou que o time ainda terá de trabalhar no ajuste do novo chassi, que ele revelou ter potencial, mas que precisa aparar algumas arestas. O campeão elogiou a ótima base da escuderia para a temporada 2021, e espera poder continuar a brigar pelas primeiras posições como em 2020. A tarefa, entretanto, tem tudo para ser mais complicada neste ano, uma vez que os rivais parecem mais fortes, ou muito mais próximos do que se poderia esperar.

Joan Mir, vencedor da temporada de 2020, quer tentar novamente disputar o bicampeonato com a Suzuki este ano.

         Na LCR, time satélite da Honda, Alex Márquez acabou sendo notado mais pelas quedas sofridas do que pelos tempos, tendo sido batido de forma consistente por Takaaki Nakagami. O irmão do hexacampeão Marc levou cinco tombos durante os dias da pré-temporada, com direito a algumas fraturas por causa disso, mas nada grave, para alívio do piloto e seus colegas. Rebaixado do time oficial para o satélite, o Márquez mais novo vai ter de suar o macacão para mostrar à Honda que pode andar mais do que demonstrou no ano passado, onde fez algumas boas provas, mas não conseguiu manter a constância, em que pese os problemas de competitividade da moto japonesa, que tinha um comportamento arisco no qual só Marc Márquez conseguia domar com seu talento ímpar. A Honda teve de trabalhar para deixar o seu equipamento mais “dócil” de modo a que todos os seus pilotos pudessem obter melhores resultados, diante da ausência de Márquez, e parece que conseguiu melhorar a RC213V neste quesito. Os tempos combinados, contudo, colocaram a dupla da LCR na segunda metade do pelotão, de modo que não dá para saber exatamente a posição de força que o time ocupa.

Apesar dos esforços de seus pilotos titulares e de seu piloto de testes Dani Pedrosa (acima), a KTM não conseguiu impressionar na pré-temporada, afetando também seu time satélite, a Tech3, onde Danilo Petrucci (abaixo) é o novo titular da escuderia.


         Único time que teve concessão para trabalhar seu equipamento de forma integral para 2021, por ter sido a última colocada na temporada passada, a Aprilia não se fez de rogada, e trouxe tudo novo, do chassi ao motor, e parece ter conseguido um bom incremento de performance, com Aleix Spargaro a dar alguns sustos nos pilotos dos demais times, com sua velocidade, e também constância, tendo sido o 6º melhor tempo da pré-temporada em Losail. O time, porém, tenta se reerguer moralmente após o falecimento de seu fundador, Fausto Gresini, vítima da Covid-19, no mês passado.

         Depois de um ano considerado muito bom, a KTM não conseguiu mostrar um desempenho tão bom quanto seria de se esperar na pré-temporada. Tanto o time de fábrica quanto a equipe satélite Tech3 ficaram na segunda metade do pelotão, sem conseguirem destaque tanto em velocidade quanto em ritmo de prova, podendo comprometer a evolução alcançada pela moto austríaca em 2020, quando inclusive venceram corridas, tendo inclusive vencido a prova de encerramento da temporada com uma performance impecável de Miguel Oliveira largando na pole e dominando a corrida de ponta a ponta com a Tech3. Seria um balde de água fria para a marca e para a Tech3, que certamente tinham metas bem mais otimistas para este ano, e agora podem ter de passar parte do campeonato buscando recuperar a performance perdida frente aos rivais, que parecem ter dado um grande passo à frente em comparação com os austríacos.

 

Valentino Rossi (acima) continua com a Yamaha, mas agora no time satélite SRT, fazendo companhia a Franco Morbidelli (abaixo), que foi vice-campeão em 2020.


        Mas, como se costume dizer, teste é teste, e corrida é corrida. Mesmo que as marcas e performances demonstradas na pré-temporada tenham sido as mais fiéis possíveis, todos precisam relativizar parte deste desempenho, lembrando que pista de Losail tem suas particularidades, e como a corrida é noturna, os tempos obtidos de dia podem ser ligeiramente diferentes, assim como seu ritmo de corrida. E nada garante que os times continuem com a mesma performance nas demais pistas da temporada. O que se pode esperar é que haja uma boa disputa, já que vários times parecem estar bem próximos, o que significa que os duelos na pista podem ser bem acirrados, e entre vários pilotos. No ano passado, o arranque fulminante de Fabio Quartararo e da SRT na rodada dupla de Jerez de La Fronteira nos fez crer que o jovem piloto poderia rumar de forma implacável rumo ao título, mas conforme a temporada foi progredindo, outros pilotos e times entraram na jogada, e complicaram a situação. Nada impede que o mesmo possa acontecer agora, de modo que os resultados da rodada dupla do Qatar podem até dar uma boa indicação de quem será forte no ano, mas que teremos de esperar até o início da fase europeia para vermos se a tendência irá se manter. Enquanto isso, ficamos na incerteza, até que o desenrolar da competição possa nos apontar uma direção mais precisa. E muitos torcem para que se repita o que vimos em 2020, onde até a reta final da competição, havia uma grande briga entre vários pilotos, de modo que não dava para cravar o favoritismo de ninguém, pois enquanto alguns iam bem em certas corridas, iam mal em outras, embaralhando as chances, e complicando a tarefa de fazer um diagnóstico mais claro da relação de forças na pista. O panorama atual, contudo, é diferente, com a categoria mais preparada para as incertezas logísticas decorrentes da pandemia, que bagunçou o planejamento de times e pilotos no ano passado, o que deve ocorrer bem menos neste ano, de modo que as incertezas podem não ser tão grandes como se viu em 2020.

         Mas, se a MotoGP manter sua tradição de oferecer bons pegas na pista, como tem ocorrido nos últimos anos, mesmo com o domínio de Marc Márquez nos campeonatos, a emoção estará garantida nos duelos entre os pilotos na pista. E a volta do hexacampeão acende a incerteza de se ele conseguirá ou não retomar o seu domínio na pista, uma vez que ninguém sabe como ele estará, depois de ficar de fora da última temporada. Pode ser que ele consiga voltar com força total, ou não. De um jeito ou de outro, isso também será uma das atrações do campeonato, e um desafio para o grande campeão da categoria na última década, que certamente tentará mostrar que ainda é o nome a ser vencido. Preparem-se para verem os pilotos e suas motos acelerando implacavelmente nas pistas do mundo. A MotoGP vem aí! E já iniciamos a contagem regressiva para a primeira corrida, no dia 28 de março! Hora de começar a torcida para ver as disputas na pista, e conferir quem será o melhor piloto nesta temporada...

Aleix Spargaro (acima) conseguiu bons tempos com a Aprilia, enquanto Aléx Márquez (abaixo) foi o rei dos tombos na pré-temporada, defendendo agora a LCR.


 

AS EQUIPES E PILOTOS DA TEMPORADA 2021

 

EQUIPE

MODELO

PILOTOS (Nº)

Reale Avintia Racing

Desmosédici GP19

Enea Bastiani (23)

Luca Marini (10)

Ducati Lenovo Team

Desmosédici GP21

Jack Miller (43)

Francesco Bagnaia (63)

Petronas Yamaha SRT

YZR-M1

Valentino Rossi (43)

Franco Morbidelli (21)

Aprilia Racing Team Gresini

RS-GP

Aleix Espargaro (41)

Lorenzo Savadori (32)

Red Bull KTM Tech 3

RC16

Iker Lecuona (27)

Danilo Petrucci (9)

LCR Honda

RC213V

Takaaki Nakagami (30)

Alex Márquez (73)

Monster Energy Yamaha MotoGP

YZR-M1

Fabio Quartararo (20)

Maverick Viñalez (12)

Team Suzuki Ecstar

GSX-RR

Alex Rins (42)

Joan Mir (36)

Pramac Racing

Desmosédici GP21

Johann Zarco (5)

Jorge Martin (89)

Red Bull KTM Factory Racing

RC16

Brad Binder (33)

Miguel Oliveira (88)

Repsol Honda Team

RC213V

Pol Spargaro (44)

Marc Márquez (93) (*)

 

(*) = A confirmar a data de seu retorno efetivo. Piloto está inscrito para o GP do Qatar.

 

O CALENDÁRIO 2021

 

         As etapas da MotoGP marcadas para o continente americano foram adiadas, e até o fechamento desta matéria, sem nenhuma previsão de quando poderão ser realizadas, embora isso deva ocorrer após a etapa de Valência. O ponto positivo é que como a vacinação anda a passos largos nos Estados Unidos, muito provavelmente a etapa do Circuito das Américas tem boas chances de ser disputada em fins de novembro, na esperança de que até lá a maioria da população dos EUA já deverá estar completamente imunizada, sendo os prognósticos mais otimistas. Já em relação à etapa da Argentina, a situação é mais complicada, uma vez que o país sul-americano enfrenta problemas para deslanchar sua vacinação contra a Covid-19, para não mencionar que o circuito de Termas do Rio Hondo, palco da classe rainha do motociclismo, sofreu um incêndio em suas instalações recentemente, de modo que estas precisarão ser reconstruídas, o que pode, junto com as dificuldades relativas à pandemia na América do Sul, inviabilizar a realização do GP da Argentina para este ano. Confiram o calendário da temporada 2021, lembrando que pode sofrer mudanças a qualquer momento, devido às complicações oriundas da pandemia do coronavírus:

 

DATA

ETAPA

CIRCUITO

28.03

Grande Prêmio do Qatar

Losail

04.04

Grande Prêmio de Doha

Losail

18.04

Grande Prêmio de Portugal

Portimão

02.05

Grande Prêmio da Espanha

Jerez de La Fronteira

16.05

Grande Prêmio da França

Le Mans

30.05

Grande Prêmio da Itália

Mugello

06.06

Grande Prêmio da Catalunha

Barcelona

20.06

Grande Prêmio da Alemanha

Sachsenring

27.06

Grande Prêmio da Holanda

Assen

11.07

Grande Prêmio da Finlândia

Kimy Ring

15.08

Grande Prêmio da Áustria

Zeltweg

29.08

Grande Prêmio da Grã-Bretanha

Silverstone

12.09

Grande Prêmio de Aragón

Aragón

19.09

Grande Prêmio de San Marino e da Riviera de Rimini

Misano

03.10

Grande Prêmio do Japão

Motegi

10.10

Grande Prêmio da Tailândia

Buriram

24.10

Grande Prêmio da Austrália

Phillip Island

31.10

Grande Prêmio da Malásia

Sepang

14.11

Grande Prêmio da Comunidade Valenciana

Valência

ETAPAS ADIADAS

**

Grande Prêmio da Argentina

Termas de Rio Hondo

**

Grande Prêmio dos Estados Unidos

Circuito das Américas

 

TRANSMISSÃO NO BRASIL

 

         Desde o ano passado a MotoGP passou a ser transmitida pelo canal pago FoxSports, depois de ter saído dos canais do SporTV, onde vinha sendo exibida há muitos anos. Apesar do desmantelamento do canal, promovido pela Disney, sua nova proprietária, que inclusive demitiu parte do time de transmissão de provas de esporte a motor, o canal deve continuar exibindo as corridas ao vivo, como vem fazendo com as provas da Nascar. E, ao menos, temos uma boa notícia neste sentido: Fausto Macieira, que atuava como comentarista das transmissões da classe rainha do motociclismo e das categorias de acesso no SporTV, foi contratado para exercer a mesma função no novo canal a partir deste ano, o que agrega mais qualidade técnica à transmissão, devido à sua experiência e conhecimento da competição. Completam o time de transmissão o narrador Hamilton Rodrigues e o comentarista Edgar de Melo Filho, que já participaram das transmissões da temporada do ano passado.

 

Fausto Macieira volta a comentar a MotoGP, agora no Fox Sports.

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