E o mês de abril já está indo
embora, e estamos prestes a começar o mês de maio. O tempo parece realmente
voar tão rápido quanto a velocidade nas provas do mundo do esporte a motor. E
todo final de mês é hora de apresentar a tradicional edição da Cotação
Automobilística, fazendo uma avaliação de alguns dos acontecimentos do mundo da
velocidade nestas últimas semanas. Concordando ou não com minhas opiniões sobre
o assuntos tratados, espero que todos possam apreciar o texto, que segue abaixo
no esquema tradicional de sempre das avaliações: EM ALTA (caixa na cor verde);
NA MESMA (caixa na cor azul); e EM BAIXA (caixa na cor vermelho-claro). Uma boa
leitura a todos, e até a próxima edição da Cotação Automobilística no mês que
vem, já com algumas avaliações dos acontecimentos do mês de maio:
EM ALTA:
Josef
Newgarden: O atual campeão da Indycar e piloto da Penske mostra que, apesar do
equilíbrio que o certame tem demonstrado neste início da temporada 2018, está
firme na luta pelo bicampeonato. Com 4 provas já disputadas, Newgarden venceu
2, e já assumiu a liderança da competição, superando o surpreendente Alexander
Rossi. Mais: Josef tem deixado para trás seus demais companheiros na equipe de
Roger Penske, Will Power e Simon Pagenaud. O australiano é o 10º colocado no campeonato,
com apenas 81 pontos, enquanto o francês ocupa apenas a 15ª colocação, com 66
pontos. Newgarden, o líder, tem 158 pontos, e mostra que vai ser um páreo
duríssimo para seus companheiros de time e para os demais pilotos na pista.
Arrojado e determinado, ele tem demonstrado todo o seu talento, mostrando
porque foi contratado por Roger Penske ao fim da temporada 2016, e sendo
campeão já em seu primeiro ano no time, e lutando firme pelo bicampeonato no
seu segundo ano. Ainda tem muito chão pela frente até a etapa final, em
setembro, mas os rivais terão que se empenhar bastante em impedir a escalada de
Newgarden rumo a seu segundo título.
Marc
Márquez: a “Formiga Atômica” vem mostrando que, na temporada 2018 da MotoGP,
ele é o favorito disparado para mais um título. O piloto da equipe oficial da
Honda não deu chances a ninguém na etapa dos Estados Unidos, assumindo a
liderança ainda na primeira volta, e praticamente comandando a corrida do
início ao fim, apesar de alguma resistência de Andrea Iannonne, da Suzuki. Com
mais um triunfo em Austin, Márquez mantém o domínio na etapa dos Estados
Unidos, onde ele venceu todas no Circuito das Américas desde que estreou na
categoria rainha do motociclismo, em 2013. O panorama só não é perfeito para
Marc porque ele ainda tem seus altos e baixos, como visto na etapa da
Argentina, onde foi o destaque negativo da corrida, pelo modo exageradamente
agressivo com que disputou posições com todos na pista, acabando por derrubar
vários deles nas manobras, o que atraiu a ira de vários rivais, entre eles
Valentino Rossi, que não poupou críticas ao espanhol, depois de ter sido
superado e derrubado por ele em uma ultrapassagem na pista de Termas de Rio
Hondo. Márquez, contudo, parecia imparável na pista nestas duas provas, e tem
tudo para disparar na disputa pelo título, se colocar a cabeça no lugar e parar
de cometer estes erros. E as chances de ele errar tanto assim tem tudo para
cair consideravelmente se assumir a liderança da competição, o que quase já
conseguiu nos Estados Unidos. Alguém conseguirá deter a escalada da “Formiga
Atômica” rumo ao pentacampeonato? Boa pergunta...
Daniel
Ricciardo: O piloto australiano daRed Bull mostra que, se não possui a
velocidade pura e o arrojo que Max Verstappen tanto esbanja, tem muito mais a
cabeça do lugar, e não desperdiça as oportunidades com manobras tresloucadas na
pista. Daniel partiu para cima dos adversários em Shanghai, e os superou com
manobras precisas e sem esbarrar em ninguém, vencendo graças à estratégia do
time que trocou os pneus de seus pilotos no momento do Safety Car. Ainda sem
contrato para 2019, Ricciardo tem pretensões de melhorar suas oportunidades na
F-1, mas as opções são limitadas: na Ferrari, o time provavelmente o podaria
para não desestabilizar Sebastian Vettel, a quem ele superou amplamente em
2014. Na Mercedes, resta saber se Lewis Hamilton não o vetaria, temendo
concorrência interna, mas depende também do desempenho de Valtteri Bottas. E
ainda tem a opção de permanecer na Red Bull, onde pelo menos ainda conta com a
confiança do time, ainda mais depois das estripulias de Verstappen neste início
de temporada. Resta saber se o time dos energéticos conseguirá melhorar sua
performance para manter o australiano firme na escuderia pelos próximos anos.
Ao menos, Daniel sabe correr com a cabeça, e tem excelente visão de corrida,
além de não fazer loucuras com o carro...
Daniel
Serra: O atual campeão da Stock Car mostra que pretende conservar a coroa e
lutar pelo bicampeonato. Com 5 corridas disputadas até aqui na temporada 2018,
o filho de Chico Serra já obteve 2 vitórias e largou uma vez na pole-position,
sendo o líder do campeonato no momento, com 80 pontos, e mantendo uma vantagem
de 15 pontos para Cacá Bueno, o atual vice-líder, com 65 pontos. Mas ainda tem
muito chão pela frente, e a Stock tem tudo para apresentar mais um campeonato
bem disputado entre vários pilotos. Mas, no momento, Daniel está com uma boa
vantagem sobre seus concorrentes, e pretende não apenas mantê-la, como
aumenta-la. Falta combinar com os adversários, que certamente não vão querer
que Serrinha dispare na pontuação, mas eles terão que correr bastante para
recuperar o prejuízo na pontuação até agora. Nada impossível de ser feito, mas
complicado na medida em que precisarão torcer por um mal resultado de Daniel, a
fim de equilibrar mais rápido a disputa. Mas, depois de tanto trabalho para
finalmente ser campeão da categoria, o piloto da equipe RC/Eurofarma não vai
poupar esforços para chegar ao bicampeonato, e se aproximar ainda mais do pai,
que foi tricampeão da Stock...
Sébastien
Ogier: O piloto francês continua sua escalada rumo a mais um título no Mundial
de Rali. De 4 etapas disputadas, Ogier já venceu 3, abrindo quase 20 pontos de
vantagem para o segundo colocado na classificação, o belga Thierry Neuville, e abrindo
vantagem ainda maior para os outros pilotos. Vai ser preciso alguns momentos
ruins de Sébastien para que os rivais comecem a sonhar em dificultar a campanha
de Ogier rumo ao 6º título consecutivo na categoria. Se alguém achava que o francês
não conseguiria repetir o mesmo feito de seu compatriota Sebastian Loeb, que
foi 9 vezes campeão consecutivo, melhor pensarem melhor, porque ele caminha
para contradizer estas apostas. Alguém ousa afirmar o contrário? Neuville, no
momento, parece o único capaz de fazer alguma competição com Ogier, tendo sido
o único a vencer na temporada fora o atual pentacampeão, mas o belga vai ter de
se superar para fazer pressão, porque Ogier não está desperdiçando
oportunidades para vencer este ano.
NA MESMA:
Política
de 1 carro, dois pilotos, na Ferrari: Já vimos este filme muitas vezes, e com
vários pilotos. Eddie Irvinne, Rubens Barrichello, Felipe Massa, e agora, com
Kimi Raikkonen. Na sua ânsia de voltar a ser campeã, a equipe italiana escolhe
um de seus pilotos, seja por opção ou contrato firmado com ele, e acaba
relegando o outro piloto a segundo ou até terceiro plano. Em uma temporada onde
Raikkonen vem andando quase tão forte quanto Sebastian Vettel, o finlandês foi
mantido na pista em Shanghai, com o propósito de permitir a Sebastian alcançar
a liderança, mas com isso sacrificando suas chances de vencer a prova chinesa,
já que estava na frente e poderia ter parado antes do que foi feito. Com tal
tipo de atitude, a Ferrari não conseguirá se mostrar atrativa para nenhum outro
piloto de ponta, pois eles dificilmente aceitariam esta política, o que já
motiva Daniel Ricciardo a repensar suas possibilidades de aceitar um convite do
time italiano. Assim como na época dos demais pilotos citados acima, onde eles
tinham que correr unicamente para atender aos interesses de seus companheiros
de equipe, Vettel é a prioridade número um do time de Maranello, e se o alemão
corresponde na pista, o time infelizmente não tem moral para cobrar resultados
de Raikkonen, quando a própria escuderia opta por sacrificar suas chances na
corrida em detrimento de Vettel. Mas o time italiano parece não estar nem aí
para os danos que isso traz à sua imagem, e lamentavelmente, os tiffosi também
parecem não dar a mínima, desde que isso faça seu time novamente campeão. Mas o
esporte perde muito com isso, infelizmente...
Equipe
McLaren: O time de Woking vem tendo uma temporada bem mais positiva do que nos
últimos anos, graças à nova parceria com a Renault, mas também não está tão
maravilhosa assim. Em termos de performance bruta, é a escuderia da marca
francesa com a menor performance na pista, especialmente em classificação, mas
tem em Fernando Alonso a sua grande arma, e o espanhol tem aproveitado todas as
oportunidades que surgiram até agora para conseguir pontos que normalmente
seriam dos rivais, e já avisou que o time ainda tem muito trabalho pela frente,
para conseguir se aproximar dos outros times que têm melhor desempenho. A meta
é tentar alcançar a Red Bull, mas o objetivo mais plausível é ser a 4ª força no
campeonato, o que não é no momento. O time tem perspectiva de melhorar com um
novo pacote de atualizações no carro em Barcelona, tanto que promete até que
será um novo carro, a fim de melhorar sua performance. Por enquanto, a
escuderia vem conseguindo se virar, e mostrando que a troca das unidades de
potência da Honda pelas da Renault tem sido justificada, até o presente
momento. Agora, a escuderia precisa se concentrar em ir mais para a frente. Vai
conseguir? Todos esperam que sim, até para vermos mais disputa na pista no
campeonato.
Equipe
Mercedes na F-1: O time campeão do mundo nos últimos quatro anos parecia ter
uma sólida vantagem pelo que se esperava no resultado dos testes da
pré-temporada, contudo, o panorama do campeonato mostra que o novo carro da
escuderia alemã parece até mais temperamental do que o modelo do ano passado,
não exibindo aquela superioridade costumeira. Não que o novo carro não seja
rápido e competitivo, só que os rivais, em especial a Ferrari, parecem não
apenas ter chegado, como até passado à frente dos atuais campeões mundiais. E,
se na Austrália a Mercedes acabou sendo pega com a guarda baixa no que tange à
estratégia, a situação não melhorou nas corridas seguintes, no Bahrein e na
China, onde a escuderia prateada novamente acabou sendo pega no jogo das
estratégias, mesmo quando aparentava estar em vantagem, e continua sem vencer
na temporada de 2018. Mas convém não subestimar a força da equipe, que ainda está
presente, e pode reverter a situação a qualquer momento. Enquanto não consegue
fazer isso, o lance é lutar pelos melhores resultados possíveis, e pelo menos,
está conseguindo, já tendo assumido a liderança, pelo menos no campeonato de
construtores. A meta agora é fazer o mesmo no mundial de pilotos.
Andrea
Dovizioso: O vice-campeão da temporada 2017 continua fazendo um campeonato
expressivo em 2018. E aproveitando as oportunidades, mesmo quando o equipamento
não está em um bom dia, como foi na etapa dos Estados Unidos, na pista de
Austin, onde em nenhum momento a Ducati conseguiu se mostrar como candidata à vitória,
tendo o pior desempenho na atual temporada até aqui. Frente a um Marc Márquez
imbatível na pista texana, o piloto italiano do time de Borgo Panigale fez o
que estava ao seu alcance, e terminou a corrida em um satisfatório 5º lugar,
que pelo menos garantiu a liderança na classificação do campeonato, mesmo que
por apenas 1 ponto para Márquez. O duelo que presenciamos no ano passado
continua com tudo este ano, e tem tudo para ficar ainda mais acirrado nas
próximas etapas, se Dovizioso continuar conseguindo dar combate ao atual
tetracampeão Marc Márquez, que já pinta como favorito destacado, mas que não
pode baixar a guarda para Andrea, que mostrou no ano passado que pode
surpreender nos momentos mais inesperados. Aguardemos os próximos rounds deste
duelo.
Jean-Éric
Vergne: O piloto francês da equipe Techeetah continua firme na liderança do campeonato
da F-E, aproximando-se cada vez mais do título da categoria. A vantagem não é
muito grande, de apenas 18 pontos sobre o vice-líder, o inglês Sam Bird, da equipe
Virgin, mas Vergne tem se concentrado em sempre marcar pontos, mesmo quando a
performance não lhe permite vencer, e isso ele está conseguindo, e nunca terminando
abaixo do 5º lugar nas corridas, mantendo pelo menos uma boa média de pontos, e
garantindo que os rivais não se aproximem muito rapidamente. Pelo menos até o
momento, a receita tem funcionado, já que Sam Bird e Felix Rosenqvist não tem
conseguido manter a mesma constância do francês, seja por desempenhos
irregulares de seus carros, ou azares na confiabilidade dos bólidos, que já
vitimaram o piloto da Mahindra em duas ocasiões recentes.
EM BAIXA:
Brasileiros
na Indycar 2018: A temporada deste ano da Indycar não está sendo muito
entusiasmante para o torcedor brasileiro. Se por um lado a transmissão da
Bandeirantes continua do jeito de sempre, na pista, a é bom deixar as
expectativas de bons resultados um pouco de molho. Matheus Leist chegou
prometendo bons desempenhos, pelo que se viu nos testes da pré-temporada, e
mesmo que ninguém estivesse esperando vitórias, o piloto gaúcho só conseguiu
brilhar mesmo em performance na prova de estréia do campeonato, em São
Petesburgo. Nas outras corridas, a performance não foi a esperada, e os pontos
conquistados, foram bem magros. Tony Kanaan, que deveria estar comandando a
reestruturação da Foyt nas pistas, está fazendo o que pode, mas o time mostra
que o buraco é um pouco mais embaixo, e que vai ser um pouco mais complicado
deixar tudo funcionando certinho. Pietro Fittipaldi, que vai disputar apenas parte
da temporada, acabou no muro logo em sua primeira corrida, e se ele é novato na
Indycar, nos ovais a história é outra, já que foi campeão de uma categoria de
base da Nascar que só andava em uma pista oval, e em tese, deveria ter tido um
pouco mais de cuidado. Ainda é cedo para afirmar, mas este provavelmente será o
ano de menor expressão de nossos pilotos na categoria estadunidense. Há espaço
para melhoras, mas a competição é renhida, e tudo precisará se encaixar se
nossos representantes quiserem de fato sonhar com dias melhores. Até lá, o
jeito é se aguentarem na pista do jeito que for possível...
Max
Verstappen: O “holandês voador” da equipe Red Bull está conseguindo manter um
score perfeito nas corridas da temporada 2018 da F-1.Não tem uma só prova onde
“Mad Max” não tenha cometido erros durante a corrida, mostrando que ainda
precisa aprender a dominar um pouco o seu excesso de arrojo e agressividade. Na
Austrália, rodou na perseguição a um carro da Hass, e acabou a corrida
“trancado” atrás de Fernando Alonso. No Bahrein, forçou ultrapassagem em cima
de Lewis Hamilton e teve um pneu furado, danificando também seu carro, e tendo
de abandonar a corrida. E na China, quando tinha todas as hipóteses de vencer
com a estratégia de pneus novos adotada pela Red Bull, Verstappen foi de novo
impaciente e impulsivo ao tentar superar Hamilton, saindo da pista e perdendo
algumas posições, sem maiores consequências. Só esse erro já deveria ter feito
o holandês tomar um pouco mais de cuidado, mas aí ele resolveu caprichar, e na
disputa de posição com Sebastian Vettel, colidiu com o alemão numa manobra
bizarra e extremamente otimista, que lhe valeu uma punição até branda pelo
ocorrido. Ninguém quer que Verstappen deixe de ser arrojado e agressivo, mas
ter um pouco mais de cuidado e evitar algumas manobras que obviamente vão dar
errado na tentativa podem fazer Max jogar muitos resultados em potencial pela
janela. O desastre só não foi completo para a Red Bull porque Daniel Ricciardo
mostrou como a coisa devia ser feita, e com ultrapassagens meticulosas e
impecáveis, o australiano foi para a liderança e venceu a corrida. Dar show é
legal, mas conseguir resultados também, e não é preciso bancar o kamikaze em
determinados momentos...
Temporada
de Jorge Lorenzo na MotoGP: A temporada do espanhol Jorge Lorenzo realmente não
está indo como ele gostaria. Em seu segundo ano defendendo a equipe oficial da
Ducati, Jorge está novamente levando um banho de Andrea Dovizioso, e na etapa
dos Estados Unidos, embora o italiano tenha largado em pior posição que seu
parceiro de time espanhol, Andrea, mesmo com a moto não rendendo bem como nas
últimas corridas, avançou para a frente, saindo de 8º para terminar em 5º. Já
Lorenzo, largando em 6º, foi caindo para trás, terminando a prova no circuito
de Austin em 11º lugar. O resultado é que Dovizioso, mesmo com as dificuldades,
lidera o campeonato com 46 pontos, enquanto Lorenzo é o 16º colocado com apenas
6 pontos. O espanhol já começa a admitir que a moto deste ano é até mais
difícil de conduzir do que a de 2017, o que não é um bom presságio para a
temporada. No ritmo em que a situação está, será que a Ducati renova o contrato
do tricampeão? É complicado fazer prognósticos, porque até mesmo a situação de renovação
com relação a Dovizioso segue truncada. Mas Jorge tem de procurar reagir, senão
quiser ficar ainda mais marcado pela derrota contra Dovizioso no time
italiano...
Nelsinho
Piquet na F-E: O piloto brasileiro começou bem a atual temporada, ajudando seu
novo time, a Jaguar, a crescer em performance, e mostrando constância e senso
de estratégia para conseguir resultados mesmo que o desempenho do carro ainda
estivesse devendo. Mas nas últimas duas corridas, o piloto brasileiro não tem
conseguido superar os azares que surgiram, e ficou sem marcar pontos, e com
isso, ficando distante dos líderes na classificação, e com sua posição ficando
a perigo, podendo ser superado por outros pilotos no campeonato. Nessas duas corridas,
seu parceiro de time, Mith Evans, conseguiu marcar pontos, e aproxima-se de Nelsinho
na pontuação, que pode ser superado pelo parceiro se a onda de azar continuar.
São apenas dois pontos de vantagem de Piquet sobre Evans. O ponto positivo é
que seu antigo time, a Nio, continua sem conseguir se acertar direito, estando
ainda mais atrás na competição. A Jaguar melhorou seu desempenho, mas mostra que
ainda tem muito o que fazer se quiser disputar efetivamente as primeiras
colocações e vitórias na categoria dos carros monopostos elétricos.
Novo
teto orçamentário para a F-1 em 2021: O Liberty Media tem plano de implantar um
teto orçamentário na categoria máxima do automobilismo a partir de 2021, como forma
de tentar conter os gastos excessivos de competição da F-1 que ameaça tragar
equipes como Force India e Williams, além de inviabilizar a entrada de novos
times na competição. Mas, se estes dois times apoiam a idéia com entusiasmo, é
obvio que as escuderias mais abastadas como Mercedes e Ferrari não aprovam a iniciativa
com o mesmo fervor, sendo que o time italiano continua batendo na tecla de que
pode abandonar a competição se as condições não lhes agradarem. A idéia pode
ser boa, mas precisa ser implantada sem causar impactos muito radicais nos times
mais ricos, ao se propor um limite baixo até demais, como Max Mosley quis
tentar impor e não conseguiu, justamente pelo valor proposto ser completamente
irreal de ser implantado em tão pouco tempo. O novo valor que deve ser proposto
é de cerca de US$ 150 milhões, quantia que não é desprezível, mas talvez muito
abaixo dos mais de US$ 350 milhões ou US$ 400 milhões gastos anualmente por
times como Mercedes, Red Bull, ou Ferrari. Um corte para algo em torno de no
máximo US$ 250 milhões em 2021, e tentar ir baixando um pouco gradualmente talvez
fosse mais viável de ser aceito pelos times mais ricos mas, de qualquer
maneira, a idéia ainda precisa ser mais debatida, e desenvolvida, para que
possa ser implantada de modo que todos aceitem os termos. Vai ser complicado,
mas o Liberty Media quer mostrar o quanto o assunto é importante, então vejamos
como eles tentarão convencer todos os times a apoiarem seus termos para esta
idéia.
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