Mais um mês se
inicia. Já estamos em agosto, seguindo firme pelo segundo semestre de 2017, com
vários campeonatos começando a entrar em suas retas finais, ou iniciando a
segunda metade de seus calendários. Portanto, como já é costume aqui no blog, todo
início de cada mês, é hora de mais uma sessão Flying Laps, com notas sobre
alguns dos acontecimentos do mundo do esporte a motor deste mês de julho que
acabou de findar, sempre com alguns comentários rápidos a respeito de cada
assunto. Uma boa leitura a todos, e vamos adiante pelo segundo semestre de 2017,
sempre em altíssima velocidade, característica mais do que marcante do mundo da
velocidade...
A prova mais badalada do campeonato
nacional da Stok Car, a Corrida do Milhão, foi disputada este ano no circuito
de Pinhais, na cidade de Curitiba, e o grande vencedor foi Daniel Serra, que
continuou com o astral em alta após sua bela performance nas 24 Horas de Le
Mans, onde venceu na classe LMGTE-Pro com a equipe oficial da Aston Martin. O
piloto da equipe RC largou na pole-position e não deu chance aos rivais de
aprontarem para cima dele do início ao fim da corrida. Thiago Camilo, da A.
Mattheis, até que tentou frustrar os planos de Daniel, perseguindo o piloto
durante toda a corrida, chegando inclusive a conseguir chegar à liderança, mas
sem conseguir mantê-la, até porque acabou tendo problemas em seu carro e
abandonou a 2 voltas da bandeirada, perdendo um 2º lugar certo. Com a quebra de
Thiago, a equipe Cimed fez a festa, com Marcos Gomes assumindo a 2ª colocação,
com Cacá Bueno em 3º lugar. Gabriel Casagrande foi o 4º colocado, à frente de
Rubens Barrichello, que fechou a corrida na 5ª posição. A prova também teve a
estréia do “Hero Push”, o “botão de ultrapassagem”, como ficou conhecido, sendo
um sistema de interação dos fãs com os pilotos similar ao “fanboost” usado pela
Formula-E. Os pilotos mais votados pelo público ganham o uso do dispositivo,
que concede uma potência extra durante alguns segundos, oferecendo ao piloto
contemplado a chance de efetuar uma ultrapassagem, ou defender sua posição. Na
Corrida do Milhão, por ser um evento especial, seis pilotos foram agraciados
com o Hero Push: Rubens Barrichello, Bia Figueiredo, Felipe Fraga, Átila Abreu,
Cacá Bueno e Thiago Camilo. Nas demais etapas, apenas 3 pilotos poderão contar
com o uso do dispositivo, na votação do público. A exceção será a etapa final
do campeonato, em Interlagos, onde seis pilotos serão novamente contemplados
após a votação dos torcedores.
Depois da
Corrida do Milhão, a Stock Car visitou novamente o autódromo de Curvello, em
Minas Gerais. Daniel Serra chegou à pista de Cristais decidido a manter a sua
boa fase na competição, mas Felipe Fraga, que até então vinha tendo uma
performance mediana no campeonato, resolveu mostrar que a história seria
diferente, e arrebatou a pole-position para a primeira corrida do fim de semana,
de onde largou bem, e comandou a corrida com autoridade, se bem que Daniel foi
uma sombra no seu para-choque traseiro durante toda a corrida, terminando a
prova em 2º lugar. Ricardo Mauricio fechou o pódio com o 3º lugar. Ricardo
Zonta e Max Wilson vieram na sequência, em 4º e 5º lugares. Na segunda corrida,
Daniel Casagrande aproveitou o fato de largar na frente e lá ficou a prova
inteira, conquistando a vitória. Thiago Camilo, que tinha sido apenas 8º na
primeira corrida, bem que tentou estragar a festa, mas teve mesmo que se
conformar com a 2ª posição, à frente de Átila Abreu, em 3º lugar. Felipe Fraga
fez outra prova combativa, para chegar na 4ª posição, enquanto Daniel Serra,
cada vez mais líder do campeonato, foi o 6º colocado. Com 11 provas disputadas,
Daniel Serra lidera a competição, com 178 pontos. Na perseguição ao piloto da
equipe RCM vem Thiago Camilo, da A. Mattheis, com 157 pontos. Em 3º lugar, está
Max Wilson, da RC, com 148 pontos. Átila Abreu, da TMG, é o 4º, com 136 pontos.
Ricardo Mauricio, da RC, é o 5º colocado, com 129 pontos; Felipe Fraga, o atual
campeão, é o 6º colocado, com 123 pontos. A Stock Car volta a se reunir no
primeiro final de semana de agosto, na pista do autódromo de Velocitá.
A disputa no
Mundial de Rali está enfim pegando fogo nesta temporada. Após9 etapas na
competição, Thierry Neuville assumiu a liderança da competição, desbancando o
líder até então favorito, Sébastien Ogier. Na verdade, ambos estão empatados
com 160 pontos, mas por ter uma vitória a mais (3 contra 2), Neuville assume a
primeira colocação no critério de desempate. Neuville venceu o rali da Polônia,
com Ogier em 3º lugar. Mas o belga marcou mais 11 pontos no rali da Finlândia,
enquanto o francês ficou zerado nesta etapa, e assim, pela primeira vez em
muito tempo, não sente o gosto de liderar o mundial de rali. Com quatro etapas
ainda por serem disputadas, todo mundo se pergunta se finalmente a “dinastia
Sébastien” vai ser encerrada. Afinal, foi praticamente uma década com Sébastien
Loeb, e depois, mais alguns anos com Sébastien Ogier. Será que Neuville vai ser
aquele que dará fim ao reinado de ambos os pilotos franceses? Ainda é cedo para
comemorar, mas a disputa será a mais dura dos últimos tempos, já que tanto
Ogier quanto Loeb costumavam trucidar os concorrentes nos anos de seus títulos
na principal competição do off-road mundial, e agora poderemos ver um duelo
homem-a-homem pelo título. Na 3ª colocação do campeonato vem o estoniano Ott
Tanak, com 119 pontos, que venceu o rali da Sardenha. Mas, antes de pensar em
tentar se intrometer na briga entre Neuville e Ogier, Tanak tem que se
preocupar mesmo é com Jari-Matti Latvala, uma vez que o finlandês está em seus
calcanhares, com 114 pontos, e uma vitória na competição este ano, na Suécia, e
isso prenuncia uma luta interessante para ver quem será o 3º colocado ao final
da competição. No duelo das equipes, a M-Sport lidera com 285 pontos. A Hyundai
é a segunda colocada, com 251 pontos. A Toyota é a 3ª classificada, com 193,
enquanto a Citroen é a última colocada, com 135 pontos. A próxima etapa da
competição será o Rali da Alemanha, nos dias 17 a 20 de agosto.
A MotoGp
encerrou sua primeira metade da temporada 2017 com uma vitória de Marc Márquez
na etapa da Alemanha. Mas o atual tricampeão mundial teve que suar o macacão
para garantir mais um triunfo na pista de Sachsenring, tendo de duelar primeiro
com seu parceiro de time Dani Pedrosa, e depois com Jonas Folger, que fazia uma
exibição fulgurante com a Tech3/Yamaha, que chegou a tomar a liderança da
“Formiga Atômica”, e até a abrir um pouco de vantagem, mas sem conseguir manter
o ritmo por muito tempo. Márquez conseguiu retomar a liderança, mas não
conseguiu tirar Folger da sua traseira. Mais atrás, Pedrosa, já distante da
dupla da ponta, garantia uma vantagem segura sobre quem vinha atrás de si, onde
os duelos comiam soltos, com Valentino Rossi, Maverick Viñales, Andrea
Dovizioso, Álvaro Bautista e Aleix Spargaró trocando posições em disputas
acirradas. Por fim, Viñales acabou levando a melhor, e o 4º lugar, com Rossi em
seus calcanhares na 5ª posição. Bautista garantiu um ótimo 6º lugar para a
Aspar/Ducati, enquanto Espargaró, com seu 7º posto, fazia o mesmo pela Aprilia.
Andrea Dovizioso não conseguiu manter a performance das etapas anteriores, e
fechou apenas em 8º. Quem também andou um pouco menos na etapa alemã foi Johann
Zarco, apenas o 9º colocado. Jorge Lorenzo teve outra prova sem brilho com a
Ducati, e terminou em 11º. Com o resultado da etapa alemã, a MotoGP partiu para
suas férias de meio de temporada, a exemplo do que faz a F-1, com um panorama
de relativo equilíbrio: Em nove corridas, cinco pilotos diferentes venceram
provas. Maverick Viñales foi quem triunfou mais, com 3 vitórias; Marc Márquez e
Andrea Dovizioso receberam a bandeirada na frente em duas oportunidades,
enquanto Daniel Pedrosa e Valentino Rossi venceram apenas uma corrida. Em
termos de vitórias por equipes, apenas Honda, Yamaha e Ducati venceram, mas a
Tech3, time satélite da Yamaha, em alguns momentos chegou a eclipsar o time
principal da marca dos três diapasões. Marc Márquez, apostando na constância,
lidera o campeonato, com 129 pontos, mas Viñales está logo atrás do
compatriota, com 124 pontos. Maverick, por sua vez, está com Andrea Dovizioso
em sua cola, com 123 pontos, numa surpreendente 3ª colocação. Posição que pode
não durar muito, com Rossi logo atrás em 4º, com 119 pontos. Dani Pedrosa vem
um pouco mais longe, com 103 pontos, na 5ª posição. Johann Zarco, uma das
sensações da temporada, é o 6º colocado, com 84 pontos. Nem Honda, Yamaha ou
Ducati conseguiu apresentar uma performance estável nesta primeira metade de
campeonato, com hora um, hora outro time, se destacando nas etapas. A
competição tem tido bons duelos, esse o número de vencedores ainda não possui a
mesma variedade do ano passado, ao menos não temos um favorito destacado ao
título, e os primeiros colocados na pontuação estão relativamente próximos,
onde basta um fim de semana positivo ou negativo para tudo mudar de posição.
Tudo indica que a segunda metade da temporada pode ter disputas bem apertadas
na luta pelas vitórias e pelo título. A MotoGP retoma a competição no dia 6 de
agosto, com a etapa da República Tcheca, no circuito de Brno.
Mudança na
liderança do campeonato da Indycar 2017. O piloto da Ganassi Scott Dixon bem
que vinha resistindo à escalada do quarteto da Penske na luta pelo título, mas
o neozelandês caiu de produção nas etapas de Toronto e Mid-Ohio, e como
consequência, acabou perdendo a dianteira na classificação, ainda que por
poucos pontos. Mas o novo líder não é Hélio Castro Neves, que vinha em ascenção
na classificação, mas Josef Newgarden, que arrematou duas vitórias e é o novo
líder da competição. Se em Toronto Newgarden viu a liderança da prova cair no
seu colo devido a uma bandeira amarela no exato momento em que fazia sua parada
nos boxes, o que jogou os então líderes da prova para o pelotão intermediário,
arruinando suas performances, em Mid-Ohio o americano foi impecável, partindo
para o duelo com Will Power desde o início da corrida, e assumindo a ponta após
uma ultrapassagem decidida, e indo embora, sendo o primeiro piloto a vencer
três corridas no ano. Restando quatro provas para o encerramento do campeonato,
Pocono, Gateway, Watkins Gleen e Sonoma (sendo que esta prova terá pontuação
dobrada, por ser a última etapa), a disputa pelo título da temporada está mais
do que aberta. Newgarden lidera com 453 pontos, mas Hélio Castro Neves está
logo atrás, com 446 pontos, 1 a mais do que Scott Dixon, que não pode ser
subestimado em nenhum momento. O atual campeão da categoria, Simon Pagenaud, é
o 4º colocado, com 436 pontos, seguido por Will Power, com 401 pontos. Na 6ª
colocação vem Graham Rahal, com 395 pontos, e que já venceu 2 corridas no ano.
Em 7º lugar, Takuma Sato é o melhor piloto da equipe de Michael Andretti, com 381
pontos, embora o japonês não tenha brilhado muito fora da etapa da Indy500. E
vale lembrar que a próxima corrida, no trioval de Pocono, é uma prova de 500
milhas, onde muita coisa pode acontecer. Não dá para cravar nenhum favorito
para a disputa do título, embora seja difícil que a taça seja conquistada por
alguém de fora do quarteto da Penske, e de Scott Dixon. Ainda tem muito chão
pela frente, e as disputas estão longe de acabar. Vamos ver quem vai se dar
melhor nesta reta final da competição.
A Honda pode perder o time de Michael
Andretti na Indycar em 2018. Sem conseguir resultados mais condizentes nos
últimos campeonatos, apesar das duas vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis em
2016 e 2017, o time capitaneado pelo filho de Mario Andretti estaria considerando
seriamente mudar de propulsor para o próximo ano. Se isso acontecer, Takuma
Sato, que tem apoio do fabricante japonês, provavelmente terá de achar um novo
time para correr em 2018, que poderia acabar sendo a escuderia de Bobby Rahal,
que também usa os motores da Honda, e deve mantê-los para o próximo ano.
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