O ano de 2024 prepara-se para ver o fim da temporada da Fórmula 1 no próximo final de semana, mas ao mesmo tempo, outra categoria dá a largada para sua nova temporada de competições. É hora da Formula-E voltar a acelerar, voltando à fórmula de começar sua temporada no final de um ano e terminar no meio do ano seguinte, daí o título de Formula-E 2024/2025. E para acompanhar mais um campeonato da categoria de carros monopostos elétricos, a 11ª de sua ainda curta história, mas já ganhando muito mais relevância do que muitos imaginavam, eis aqui um pequeno texto com as expectativas do que poderemos esperar para este certame, onde a competição inclusive apresenta a evolução de seu carro de competição, o novo modelo Gen3EVO. Uma boa leitura a todos, e preparem-se para ficarem literalmente “ligados” nas disputas, que prometem serem eletrizantes...
FORMULA-E 2024/2025
Nova temporada dos carros monopostos elétricos traz novidades e mudanças com o novo modelo Gen3EVO para manter o bom momento da categoria
Adriano de Avance Moreno
Pela primeira vez, o Brasil abre a temporada da Formula-E, com os carros elétricos acelerando firme em São Paulo.
A Formula-E está de volta para iniciar uma nova temporada, e o certame retoma uma antiga tradição de seu início, que era começar a competição em fins do segundo semestre de um ano para finalizá-la em julho do ano seguinte. Nos últimos anos a competição passou a ser iniciada no mês de janeiro, após a pandemia, para se encerrar em fins de julho/início de agosto do mesmo ano. Para o público brasileiro amante da velocidade, uma boa notícia é que a nova temporada tem início aqui no Brasil, no circuito urbano montado junto ao Sambódromo, no Anhembi, na Zona Norte de São Paulo. A prova brasileira da temporada anterior havia sido disputada em março, mas para a próxima temporada, ficou difícil de manter a data em razão do carnaval, que exige que Sambódromo esteja disponível por tempo determinado antes, e depois do evento. Desse modo, antecipar a etapa brasileira para dezembro não apenas solucionou a questão, como foi de encontro ao desejo da direção da categoria, de voltar a realizar suas corridas a partir do fim do segundo semestre de um ano, para terminá-la em meados do ano seguinte.
A Formula-E entra em sua 11ª temporada, coroando o sucesso do certame, que em sua estréia, foi vista como mais um campeonato excêntrico que não duraria muito. Mas não só está durando, como segue evoluindo tecnologicamente. Por mais que os carros elétricos estejam sofrendo com altos e baixos no mercado automobilístico em alguns países, várias montadoras ainda apostam na categoria de competição para desenvolver sua tecnologia de eletrificação com seus projetos de trens de força, sendo que não só os nomes atuais no grid já estão comprometidos em sua maioria para a nova era do modelo Gen4, a estrear daqui a dois anos, como outros nomes importantes do meio continuam à espreita analisando o melhor momento de se aventurarem no certame, se a oportunidade se mostrar promissora.
Mas enquanto isso não acontece, a nova temporada vem com várias novidades. Começando pelo modelo, o Gen3, que agora vem repaginado e modernizado, sob a alcunha Gen3EVO (de “evolution”), mostrando suas credenciais para aprimorar a disputa nas pistas mundo afora. A começar pelo novo sistema de regeneração de freangens capaz de proporcionar até 600KW, podendo gerar quase a metade de toda a energia necessária para disputar um ePrix. A capacidade de aceleração do novo bólido foi incrementada, podendo sair de 0 a 96 Km/h em apenas 1s82, mais rápido até mesmo que os carros da F-1.
Desta vez, a F-E fez sua pré-temporada na pista de Jarama, devido aos temporais que causaram inúmeros estragos na região de Valência.
Com os novos trens de força, mais eficientes em relação às
últimas duas temporadas, e com uma aerodinâmica melhorada em alguns pontos, os
novos carros poderão ser capazes de atingir até 320 Km/h nas retas, bem mais
rápido que o Gen3 original, capaz de chegar aos 290 Km/h. E, para alegria de
todos, o novo carro não demonstrou problemas nos testes da pré-temporada, um ponto
muito positivo se lembrarmos que a estréia do modelo Gen3 há dois anos atrás
foi cercada de dúvidas e problemas, por circunstâncias próprias e outras
alheias, que felizmente foram sendo sanados pouco a pouco, e mostrando que o
novo carro tinha muitos pontos positivos, e reverteu completamente a má
impressão inicial.
Um alívio para a F-E, que teve uma pré-temporada quase inviabilizada por causa dos temporais que atingiram a região de Valência, sendo que os testes estavam programados para ocorrer no Circuito Ricardo Tormo, com tem sido praxe por muitos anos. Mas os estragos causados pela chuvarada, que deixaram inclusive inúmeras pessoas desabrigadas, e vários mortos, tornaram impossível a categoria realizar os testes no autódromo, que embora não tenha sido afetado pelos temporais, suas estradas de acesso foram. E como o circuito passou a ser usado para atender os desabrigados e abrigar as equipes de resgate, não seria possível utilizar a pista, mas a direção da F-E conseguiu agir rápido, e os testes da pré-temporada foram realocados para a pista de Jarama, nas cercanias de Madri, onde puderam ser realizados sem maiores problemas, e puderam assim manter o cronograma para a estréia da nova temporada na data prevista.
Uma atenção especial foi dada especialmente à asa dianteira dos novos carros, agora mais robusta e resistente, além de ter um design mais elegante e funcional. A asa do modelo anterior era um ponto vulnerável demais nos toques dos carros ou se o piloto esbarrasse nos muros ou guard-rails, o que podia fazer a peça quebrar com certa facilidade. E o problema é que invariavelmente o bico caia embaixo da dianteira do bólido, enroscando-se nas rodas, e fazendo o piloto perder o controle do carro, gerando acidentes. Os novos bicos são mais flexíveis e fortes, e o risco de quebras com eventuais toques deve ser minimizado, melhorando a segurança dos carros. Mas é verdade que só saberemos os resultados na prática, nas disputas dentro da pista. Mas, dependendo dos toques, não haverá muito o que fazer, a não ser esperar que o novo design ajude a peça a não se enroscar debaixo dos carros, ajudando a evitar a perda de controle do bólido.
Outro ponto interessante na nova temporada são os pneus. No ano retrasado a F-E estreou uma nova fornecedora, a Hankook, que infelizmente não agradou os times e pilotos diante dos novos compostos serem muito duros, e com pouca aderência, o que prejudicou a performance dos carros e pilotos, que precisavam domar a maior cavalaria elétrica dos trens de força sem terem a estabilidade ideal dos pneus. Para este ano, depois de muitas críticas, a Hankook voltou a apresentar um composto mais “tradicional”, com pneus que oferecem melhor aderência e são menos duros. Entretanto, isso deverá significar menor durabilidade dos pneus, o que pode afetar o desempenho durante as corridas, dependendo do grip da pista e do estilo de pilotagem dos competidores, que poderão precisar gerenciar o desgaste dos compostos, além do já tradicional gerenciamento do consumo de energia.
Mas há outro fator que irá ter influência direta sobre os pneus, que é o sistema de tração integral dos carros, que promete otimizar o desempenho do bólido, proporcionando muito mais performance. Só que este sistema, que promete operar em tempo integral quando o modelo Gen4 for lançado, por enquanto irá atuar de forma limitada: ele estará disponível apenas nos treinos de classificações para o grid, e nos momentos de atuação do “Modo Ataque”, ou nos momentos de carga total de 350 KW do “Pit Boost”. Este, aliás, é um novo recurso que traz de volta os pit stops nas corridas, que existiam nas primeiras temporadas, quando os pilotos precisavam trocar de carro a meio das corridas, uma vez que as baterias na época não eram capazes de durar uma prova inteira. Chamado originalmente de “Attack Charge”, o novo recurso está estreando com cerca de dois anos de atraso, devido aos problemas que a tecnologia do sistema levou para ser desenvolvida a contento, além da segurança no manuseio do mesmo, diante da alta carga de energia a ser liberada.
O recurso funcionará com uma carga adicional que o carro receberá em um pit stop de cerca de 30s a ser feito em algum momento da corrida, à escolha do piloto. Esta carga, contudo, não será para aumentar a duração da carga da bateria do bólido, mas capacitará a ativação de um “boost” de tempo limitado aumentando em 50 KW a carga disponível para o carro. Este momento de ativação ficará à escolha do piloto, e neste momento da carga adicional, o bólido também irá contar com a tração integral, aumentando o desempenho.
O sistema parece ter atingido um nível de confiabilidade razoável, mas não esteve imune a problemas, de modo que ainda suscita dúvidas quanto à sua viabilidade para a nova temporada, de modo que ainda deverão ser feitos mais alguns testes. E o próximo teste está previsto logo para a estréia da temporada, aqui no ePrix de São Paulo, a ser realizado nesta sexta-feira, véspera da corrida, em uma sessão extra de 14 minutos vai dividir os 22 carros em dois grupos e prevê uma sequência de voltas para testar os componentes do “Pit Boost”. O novo recurso deve ser usado, a princípio, nas rodadas duplas do calendário, o que significa que ele deve estrear na etapa da Arábia Saudita, enquanto nas primeiras corridas ainda teremos o tradicional “Modo Ataque”. Aliás, o “Modo Ataque” e o “Pit Boost” não deverão ser implantados para uso numa mesma corrida, devendo haver uma alternância no uso de cada recurso. Nas próprias rodadas duplas, uma corrida deverá contar com o novo recurso, enquanto na outra será o usado o tradicional “Modo Ataque”, como é usado normalmente. Nas provas onde o “Pit Boost” for utilizado, a parada nos boxes será obrigatória para todos os pilotos. Com os pilotos parando em momentos diferentes, a depender das circunstâncias de corrida, a estratégia de cada time e competidor passarão a ter maior peso na dinâmica das corridas.
Aliás, o próprio “Modo Ataque” deve recuperar parte de sua utilidade, já que nos dois últimos campeonatos ele virou um estorvo para os pilotos, já que o tempo perdido para passar pelo setor de ativação do recurso não vinha sendo conseguido recuperar até o fim do tempo de utilização da potência extra, de modo que as posições perdidas dificilmente eram recuperadas, com o desempenho do carro pouco melhorando, o que fez com que em várias provas os pilotos tentassem se livrar da obrigação de usar o recurso logo de cara para poderem correr com mais liberdade de ação. As dificuldades de tracionar com os pneus da Hankook explicam parte do problema, já que com a potência extra, os carros tendiam a perder aderência por causa da maior velocidade aplicada aos pneus. Com os compostos novos da fabricante coreana sendo mais macios, e o sistema de tração integral que poderá ser usado junto com a ativação da carga extra de potência, a tendência é que os pilotos consigam um incremento de performance bem mais relevante, capaz de fazê-los recuperar as posições eventualmente perdidas no procedimento de ativação.
Uma importante novidade é que os treinos livres ganharão mais tempo. Antes limitados a 30 minutos, agora cada treino livre terá duração de 40 minutos, um tempo adicional muito bem vindo aos times e pilotos, que ganham a chance de poderem aprimorar melhor os ajustes dos carros em cada pista. Já o modo como é feita a classificação não muda, com o sistema de duelos entre os pilotos melhores classificados de cada sessão sendo mantido.
No que tange ao calendário, tivemos algumas mudanças. A Itália, por exemplo, está sem uma etapa este ano. A pista de Misano, que sediou uma rodada dupla no ano passado, não caiu no agrado da competição, e na impossibilidade de se achar um novo local, uma vez que a pista usada em Roma já se mostrou inviável para a velocidade maior dos carros Gen3, o país ficou ausente do calendário desta nova temporada.
Quem também saiu do calendário foi a pista de Portland, e em seu lugar entrou Homestead, na Flórida, onde será usado o traçado misto do autódromo que já sediou etapas da F-CART. Mas a corrida parece ser muito um tipo de “tampão”, para não deixar os Estados Unidos ficarem sem nenhuma corrida da categoria neste ano, sendo que será até uma etapa com corrida única. Infelizmente Portland não foi mantida, apesar das excelentes corridas que a F-E teve por lá, com todo o pelotão embolado, num novo tipo de corrida que deixou o público muito empolgado, apesar de dividir opiniões entre os pilotos.
O circuito de Homestead (acima) na Flórida, vai receber a F-E este ano, mantendo os Estados Unidos no calendário. Já a etapa de Mônaco (abaixo) será uma rodada dupla pela primeira vez.
Em compensação, a etapa de Mônaco será uma rodada dupla pela primeira vez, com os carros elétricos disputando no sábado e no domingo o ePrix de Monte Carlo, na mesma pista utilizada pela F-1 no charmoso principado à beira do Mar Mediterrâneo, porém com corridas muito mais empolgantes e disputadas do que a etapa da categoria máxima do automobilismo. A etapa de Tóquio, no Japão, também será uma rodada dupla, depois de estrear na competição este ano, em março, em pista montada na região de Odaiba, na metrópole nipônica.
Enquanto isso, a rodada dupla da Arábia Saudita tem um novo palco. O circuito de Diriyah saiu de cena diante de obras que estão sendo executadas naquele setor da cidade, e a alternativa foi levar a F-E para Jeddah, aproveitando o circuito montado para as provas da F-1, mas numa versão mais curta, obviamente. A pista de Diriyah já não se mostrava muito apta para proporcionar boas corridas com os novos carros Gen3, que sofriam para efetuar ultrapassagens nos apertados trechos da pista. A nova pista da competição, em Jeddah, por enquanto, ainda é uma incógnita, mas tem tudo para oferecer melhores disputas com os novos carros Gen3EVO, até por ser bem mais larga, para poder abrigar os carros da F-1.
Em contrapartida, o Excel Arena, palco final da competição, acabou sendo mantido para este ano, apesar das dificuldades que o traçado já mostrou para acomodar as corridas dos carros elétricos diante da maior performance do modelo Gen3, o que deve ser ainda mais pronunciado este ano com o Gen3EVO. Um novo local precisa ser encontrado para sediar a etapa de Londres, mas a tarefa ficará para o ano que vem, de modo que este ano o pessoal ainda terá que se virar com o circuito. Mudanças nos circuitos, aliás, deverão continuar sendo a tônica dos esforços da direção da F-E para os próximos anos, de modo a criar traçados que permitam aos novos carros mostrarem todo o seu potencial. Alguns traçados já precisaram de mudanças com os carros Gen3, e com os novos Gen3EVO, essa necessidade tem tudo para ser ainda mais necessária.
Apesar dos problemas apresentados, o Excel Arena manteve-se como palco do ePrix de Londres na nova temporada.
E o que podemos esperar da temporada? Como de costume, a
Formula-E se notabilizou por corridas muito disputadas, mesmo quando alguns
times apresentam favoritismo na competição, com raras provas ficando a dever no
que tange às brigas por posições na pista. Na temporada passada, mesmo
ostentando seu poderio, Jaguar e Porsche travaram vários duelos, e a tendência
é que o panorama se mantenha neste novo campeonato. E com possibilidade de
termos até ainda mais briga do que antes. Muita gente quer tirar sua casquinha
na briga.
No que tange à relação de forças na pista, Jaguar e Porsche devem manter a supremacia na competição, a julgar pelo desempenho visto nos testes da pré-temporada. A Jaguar saiu com o título de equipes, enquanto a Porsche ganhou o título de pilotos. E o duelo entre as marcas deve se repetir este ano, ainda mais que ambas as escuderias mantiveram suas respectivas duplas de pilotos. Pascal Wherlein, campeão, carrega o Nº 1 no seu carro, e depois de finalmente alcançar a maior conquista de um piloto no certame, tem agora o desafio de defender seu título, uma grande responsabilidade para qualquer piloto. A sua sorte é que a Porsche parece vir afinada para a nova temporada, com um trem de força que é um dos melhores da competição, de modo que o piloto terá as ferramentas necessárias para tentar se tornar o novo bicampeão da F-E, e igualar-se a Jean-Éric Vergne nesta posição. Mas o alemão não terá vida fácil pela frente.
Primeiro, porque seu companheiro de equipe, Antonio Felix da Costa, cresceu bastante na segunda metade do último campeonato, e poderia até ter engrossado a lista de postulantes ao título. Com o mesmo equipamento de Wherlein, o português tem tudo para querer também o título, e se mantiver a forma exibida nas últimas corridas, pode certamente vir a ser a maior dor de cabeça de Pascal. Até porque Da Costa esteve perto de perder seu lugar no time germânico, antes que finalmente desembestasse na última temporada e vencesse várias corridas. A contratação de Nico Muller pela Andretti teve o dedo da Porsche, e em tese, o alemão teria sido escolhido para substituir Antonio se ele continuasse devendo no time. O português deu a volta por cima, mas o fantasma de Muller continua pelos arredores, e dependendo da performance de cada um deles, a vaga de companheiro de Wherlein na Porsche ainda poderá estar em jogo. Então, nada melhor para espantar esse fantasma do que disputando o título, especialmente para superar o atual campeão e colega de time, e mostrar sua capacidade. Isso poderia desencadear uma disputa fraticida dentro da Porsche, que em tese poderia dividir os pontos dos pilotos, e favorecer os rivais.
Só que, pelo lado da Jaguar, isso poderá não ser uma fraqueza a ser muito explorada, porque o time inglês também tem uma dupla forte, e que brigou acirradamente durante boa parte da última temporada. Mith Evans levou o vice-campeonato com alguma folga, mas Nick Cassidy deu batalha durante a maior parte do ano. E vinha até com certo favoritismo, quando as coisas começaram a dar errado na reta final da competição, em Portland, onde Cassidy viu tudo dar errado e ruir suas chances de título, e ainda por cima permitindo a Evans passar à frente e disputar com afinco o título. O relacionamento entre ambos se manteve amigável e sem percalços dentro e fora da pista, o que foi uma grande surpresa, mas apesar da grande amizade que une ambos os pilotos, isso não é garantia de que a tranquilidade permanecerá todo o tempo no próximo campeonato. Pelos testes da pré-temporada, a Jaguar está pronta para desafiar a Porsche, e podem ter certeza de que não vão querer deixar a chance de conquistar o título ser novamente frustrada, como aconteceu nos últimos dois anos, ainda mais pela derrota sofrida na última temporada. Claro, falta combinar com os alemães, que certamente vão querer manter o domínio dos últimos anos. O duelo está lançado, resta saber quem está realmente mais forte neste novo campeonato.
Enquanto os times de fábrica de Porsche e Jaguar tem tudo para repetirem no próximo campeonato o duelo visto no último, seus times clientes tem outra missão em mente: recuperarem-se da fraca temporada apresentada. A Andretti não fez exatamente feio, com Jake Dennis ainda vencendo corrida, mas o inglês não conseguiu defender o seu título, e o piloto terminou o certame apenas em 7º lugar, atrás das duplas de Porsche e Jaguar, e de Oliver Rowland, da Nissan, e Jean-Éric Vergne, da DS Penske. Norman Nato acabou dispensado, e substituido por Nico Muller, que fez milagres com o fraco carro da ABT. Muller, que está de olho na vaga de Antonio Felix da Costa no time oficial da Porsche, não deverá aliviar para Dennis, apesar de seu status de piloto campeão, muito pelo contrário: superar o inglês será um cartão de visitas mais do que aprazível para se mostrar merecedor de um lugar no time de fábrica. Este poderá ser um problema a ser gerenciado pelo time, que precisa recuperar a sintonia exibida na temporada retrasada, quando Dennis foi campeão, exibindo um desempenho e aproveitamento muito melhor do que o do próprio time oficial da marca alemã. O time de Michael Andretti tinha sido 3º colocado naquele ano, mas na última temporada caiu para a 5ª posição, demonstrando essa perda de performance. Jake Dennis, obviamente, cobrou melhor empenho do time para voltar a brigar pelo título. E contando com um dos melhores propulsores do grid, a Andretti tem realmente obrigação de mostrar serviço.
Da mesma maneira, a Envision tinha vencido o campeonato de equipes na temporada retrasada, brigando pelo título de pilotos com a Andretti, tendo perdido a disputa, mas ainda assim tendo tido um desempenho melhor do que o da Jaguar, de quem usa o trem de força. Mas na temporada passada, a escuderia desandou. Se por um lado perdeu Nick Cassidy para a Jaguar, conseguiu trazer de volta Robin Frijns, e contava com Sebastien Buemi, que já foi campeão da categoria. Mas o desempenho da escuderia desabou no campeonato, e de campeã do título de equipes, terminou em 6º lugar, sem vencer nenhuma corrida. O time manteve sua dupla de pilotos, e tentando se concentrar no que deu errado na temporada passada, quer focar em não repetir os mesmos erros no novo campeonato. Utilizando o excelente trem de força da Jaguar, eles tem um equipamento competitivo para trabalhar em cima, só não podem desandar novamente como ocorreu no último campeonato. Em termos de pilotos, Frijns já mostrou que pode vencer corridas, mas Buemi ainda não conseguiu recuperar a forma de quando foi campeão da categoria, mas quer voltar a brilhar. O duelo entre eles pode ser bem parelho, e em tese, ajudar o time a se reerguer.
Mas Jaguar e Porsche deverão ter companhia no que tange à briga pelas vitórias. A Nissan mostrou excelente evolução de seu trem de força, e deve surgir como favorita para discutir as primeiras colocações nas corridas, e possivelmente até entrar na luta pelo título. Não por acaso, o próprio Nick Cassidy, da Jaguar, aponta que o time japonês surpreendeu pelo desempenho apresentado nos testes da pré-temporada, e que poderão ser adversários duros na briga pelas vitórias nas corridas, em especial com Oliver Rowland, que venceu duas provas na temporada passada, e só não chegou a brigar pelo título porque ficou de fora da rodada dupla de Portland, por problemas de saúde. Não é bom subestimar a força do time nipônico. Vale lembrar, aliás, que a Nissan sucedeu a antiga equipe e.Dams, que foi campeã com Sebastien Buemi na segunda temporada da categoria, e era o time oficial da Renault na F-E, e uma das forças da competição. Com a marca francesa optando por se concentrar unicamente na F-1, o projeto do time no certame elétrico foi repassado para a Nissan a partir da temporada 2018/2019, sendo que em 2022 assumiu a propriedade da escuderia, obtendo controle total do time, e de sua participação no campeonato de carros monopostos elétricos. De lá para cá muito trabalho tem sido feito para recuperar o status de time vencedor que a e.Dams já ostentou nos primeiros campeonatos da F-E, e o momento parece ter chegado para reinvindicar este status e voltar a brigar pelo título da competição.
A DS Penske (acima) quer desafiar as poderosas Porsche e Nissan. Já a Maserati (abaixo) quer melhorar seu desempenho depois de uma temporada abaixo do esperado.
Correndo meio por fora, mas confiando na grande melhora do trem de força nipônico está a McLaren, que compete com o equipamento japonês. A escuderia de Woking parte para sua terceira temporada na competição, tendo obtido na temporada passada sua primeira vitória na categoria, justamente aqui em São Paulo, com Sam Bird. O piloto inglês, aliás, segue no time, que dispensou Jake Hughes, e agora conta com seu piloto novato Taylor Barnard, que apresentou bom desempenho nas etapas em que precisou substituir um lesionado Bird em corridas da temporada passada, e ganhou o voto de confiança para assumir como titular. Mas a escuderia ainda precisa saber trabalhar melhor com seu carro para tentar buscar melhores resultados. Com o trem de força da Nissan confirmando sua evolução, só dependerá da McLaren trabalhar melhor o carro, junto com seus pilotos, para evoluir sua performance, porque em termos de propulsor eles estarão bem guarnecidos.
No meio do grid, as equipes do grupo Stelantis tentam se reforçar para apresentarem melhores performances no novo campeonato. A DS Penske bem que tentou, mas ainda não conseguiu entrar firme na briga pelo título, e até mesmo vencer corridas foi uma tarefa difícil de ser realizada na última temporada. O time até terminou em 3º lugar a competição, ficando atrás apenas das poderosas Jaguar e Porsche, mas isso em boa parte graças a Jean-Éric Vergne, que até conseguiu sonhar em entrar na briga, fazendo um campeonato bem regular, mas a falta de pódios fez o bicampeão ter de encarar a realidade. Para este ano, o time trocou o belga Stofell Vandoorne por Maximilian Gunther, passou por várias reformulações internas que vinham ocorrendo já no meio da temporada passada, e espera que possa chegar definitivamente mais à frente para se meter a fundo no meio dos duelos com Porsche, Jaguar, e Nissan. Enquanto isso, a Maserati teve uma temporada apagada, ainda mais pelos resultados pouco efetivos de Jehan Daruvala, que acabou claramente dispensado para esta nova temporada. A escuderia, aliás, mudou sua dupla de pilotos, já que Gunther foi para a DS Penske, e acabou aceitando Stofell Vandoorne para ocupar seu lugar, tendo como parceiro Jake Hughes, que também acabou dispensado pela McLaren, e agora tenta recuperar sua imagem na nova escuderia. A missão da Maserati parece mais complicada que a da DS Penske, já que a escuderia foi apenas a 8ª colocada no último campeonato, ficando à frente apenas da Mahindra, ABT, e ERT. A marca italiana, contudo, parece muito motivada a melhorar, até porque já está comprometida até 2030 na competição, tendo firmado sua participação na era dos novos carros Gen4, algo que sua parceira DS ainda não oficializou, embora todos esperem a manutenção do grupo Stellantis na competição dos carros elétricos, não importa com qual marca.
Enquanto isso, a Mahindra inicia o novo certame tentando se reerguer. O trem de força da marca indiana foi motivo de piada nos dois últimos anos, tendo sido considerado um dos mais fracos do grid, ao lado do trem de força do time da Nio/ERT. Para este ano, o equipamento até melhorou, ganhando performance diante de uma parceria tecnológica firmada com a Mercedes, que já participou da F-E, e parece disposta a ter um ano melhor que os dois últimos, quando chegou a ficar quase na rabeira do grid, diante da falta de competitividade do seu equipamento. Tanto que perdeu até seu time cliente, a ABT, que preferiu buscar novos parceiros diante dos resultados ruins obtidos pelo trem de força indiano. Sabendo que o seu maior problema era o trem de força deficiente, a Mahindra manteve sua dupla de pilotos do último ano, Edoardo Mortara, e Nyck De Vries, ambos tentando recuperar suas imagens depois de um ano dos mais complicados.
E a F-E ganhou um novo fabricante na competição. Depois de muitos anos longe do automobilismo, a Lola anunciou no primeiro semestre deste ano que iria adentrar a categoria de carros monopostos elétricos. A princípio se imaginou que faria também como equipe, já que a Lola se notabilizou por construir chassis para competição das mais variadas categorias, e desde o fechamento da Techeetah, o grid da F-E está com uma escuderia a menos. Mas não será assim: a entrada da Lola será apenas como fornecedora de trens de força, e para reforçar suas chances, a marca inglesa fez uma parceria técnica com a Yamaha, que também já participou do automobilismo há muitos anos atrás. E a nova associação Lola/Yamaha fez acordo para fornecer seu novo equipamento à equipe ABT, que deixou de lado o trem de força da Mahindra, e procurava um novo fornecedor para esta temporada, depois de amargar péssimas performances com o equipamento indiano. O time chegou a tentar acordo com a Porsche, que acabou naufragando, e abraçou a nova empreitada da Lola/Yamaha, que faz sua estréia nesta temporada, e tem grandes ambições de tentar se destacar na competição, sendo que já se comprometeu inclusive com a era do modelo Gen4, garantindo sua presença até 2030.
Agora, oficialmente designada como Lola/Yamaha ABT, ainda é uma incógnita o real potencial do novo participante. Nos testes da pré-temporada em Jarama, foi o time que menos andou, em comparação com todos os demais times e fabricantes. O conjunto mostra ter potencial, mas é difícil saber em que ponto ele se encontra até a temporada começar de fato. Pode ser outro ano complicado para a ABT, que desde seu retorno à F-E, depois de encerrada sua associação com a Audi, não vem tendo momentos muito positivos em termos de resultados. Lucas Di Grassi é o líder do time na pista, e terá como companheiro de time o novato Zane Maloney, que será um dos estreantes titulares da temporada.
Fechando a relação dos times, temos a Kiro, antiga ERT, ex-Nio, ex-China Racing. O time mudou de propriedade, passando a ser de um grupo dos Estados Unidos, e conseguiu até um acordo inédito na competição: passará a usar o trem de força da Porsche, mas não o mesmo modelo do time de fábrica, ou o fornecido à equipe Andretti. A escuderia irá usar o trem de força alemão usado nos últimos dois campeonatos. Mesmo um pouco defasados em relação às unidades mais novas, o equipamento ainda é muito competitivo, a ponto de a escuderia ter conseguido ótimos tempos nos testes da pré-temporada, podendo ser uma das surpresas da competição neste novo ano, para mostrar como era ruim o trem de força da NIO, empresa chinesa que durante algum tempo deu nome ao time, e que fez seus pilotos comerem o pão que o diabo amassou nos últimos anos. Pode ser enfim o ressurgimento do time que venceu o primeiro campeonato da F-E com Nelsinho Piquet, mas que depois disso, quando precisou desenvolver o próprio equipamento, nunca mais conseguiu ter uma performance de destaque na categoria.
OS TIMES E PILOTOS DA NOVA TEMPORADA
EQUIPE |
POWERTRAIN |
PILOTOS (Número) |
Andretti Formula E |
Porsche 99X Electric |
Jake Dennis (27) Nico Muller (51) |
DS Penske |
DS E-Tense FE25 |
Maxximilian Gunther (7) Jean-Éric Vergne (25) |
Kiro Race Co |
Porsche 99X Electric WCG3 |
David Beckmann (3) Dan Ticktum (33) |
Envision Racing |
Jaguar I-Type 7 |
Robin Frijns (4) Sébastien Buemi (16) |
NEOM McLaren Formula E Team |
Nissan e-4ORCE 05 |
Taylor Barnard (5) Sam Bird (8) |
Maserati MSG Racing |
Maserati Tipo Folgore |
Stoffel Vandoorne (2) Jake Hughes (55) |
Jaguar TCS Racing |
Jaguar I-Type 7 |
Mith Evans (9) Nick Cassidy (37) |
Lola Yamaha ABT Formula E Team |
Lola Yamaha T001 |
Lucas Di Grassi (11) Zane Maloney (22) |
TAG Heuer Porsche Formula E Team |
Porsche 99X Electric |
Antonio Félix da Costa (13) Pascal Wehrlein (1) |
Mahindra Racing |
Mahindra M11Electro |
Nyck De Vries (21) Edoardo Mortara (48) |
Nissan Formula E Team |
Nissan e-4ORCE 05 |
Oliver Rowland (23) Norman Nato (17) |
CALENDÁRIO DA COMPETIÇÃO
DATA |
ETAPA |
CIRCUITO |
07.12.2024 |
ePrix de São Paulo |
Circuito do Anhembi |
11.01.2025 |
ePrix da Cidade do México |
Autódromo Hermanos Rodrigues |
14.02.2025 |
ePrix de Diriyah |
Circuito de rua de Jeddah |
15.02.2025 |
ePrix de Diriyah |
Circuito de rua de Jeddah |
12.04.2025 |
ePrix de Miami |
Circuito de Homestead |
03.05.2025 |
ePrix de Mônaco |
Circuito de rua de Monte Carlo |
04.05.2025 |
ePrix de Mônaco |
Circuito de rua de Monte Carlo |
17.05.2025 |
ePrix de Tóquio |
Circuito de rua de Tóquio |
18.05.2025 |
ePrix de Tóquio |
Circuito de rua de Tóquio |
31.05.2025 |
ePrix de Shanghai |
Shanghai International Circuit |
01.06.2025 |
ePrix de Shanghai |
Shanghai International Circuit |
21.06.2025 |
ePrix de Jakarta |
Jakarta International e-Prix Circuit |
12.07.2025 |
ePrix de Berlim |
Circuito de Tempelhof |
13.07.2025 |
ePrix de Berlim |
Circuito de Tempelhof |
26.07.2025 |
ePrix de Londres |
Excel Arena Circuit |
27.07.2025 |
ePrix de Londres |
Excel Arena Circuit |
Palco da F-1 na Arábia Saudita, a pista de Jeddah também passará a receber a F-E nesta nova temporada.
O BRASIL NA FORMULA-E 2024/2025
Para felicidade dos fãs da velocidade, o Brasil continua representado na categoria dos carros monopostos elétricos. No calendário, nosso país está abrindo a nova temporada neste final de semana aqui em São Paulo, promovendo um encaixe bem interessante no calendário, já que daqui os times seguem para o México, onde no mês de janeiro ocorre o ePrix da Cidade do México. Em termos de pilotos no grid, contudo, há boas e más notícias.
A boa notícia é que Lucas Di Grassi segue firme no grid, em que pese as incertezas a respeito do time da ABT na estréia do novo conjunto de força Lola/Yamaha. Lucas teve sua pior temporada na competição na temporada passada, marcando míseros 4 pontos, diante do fraco trem de força da Mahindra, mas a verdade é que o brasileiro também deu muito azar, além de ficar devendo em outros momentos. A comparação é com Nico Muller, que foi seu companheiro de equipe, que conseguiu milagres pilotando o mesmo carro, terminando o certame muito à frente do brasileiro, e sendo premiado com um lugar em um time mais competitivo, a Andretti, onde irá dispor de um dos melhores trens de força do grid, o Porsche. Resta a Lucas esperar que o novo equipamento se mostre mais promissor, e lhe permita voltar a poder mostrar a sua capacidade, além do próprio piloto precisar ter uma fase melhor. Desde que deixou a Venturi, que se tornou o time da Maserati, Lucas infelizmente fez apostas que se mostraram equivocadas ou não competitivas. Na Mahindra, ele até começou bem com uma pole e um pódio na primeira corrida, mas depois a coisa despencou, a ponto de tentar um retorno a seu antigo time, a ABT, na esperança de ter dias melhores. Mas o fraco trem de força indiano, assim como azares e uma temporada muito aquém do esperado se mostraram tremendamente desalentadoras. Agora, faz uma nova aposta em um equipamento virgem na competição, na esperança de voltar a brigar por vitórias, e quem sabe, um novo título. O ponto positivo é que a Lola/Yamaha já firmou compromisso para a era do Gen4, garantindo sua participação até 2030, como mencionado acima, o que indica que eles estão levando a F-E a sério.
Lucas Di Grassi espera que o novo trem de força da Lola em parceria com a Yamaha possa lhe propiciar um carro competitivo para voltar a brigar por vitórias na categoria.
Infelizmente, Sergio Sette Câmara ficou a pé na competição. Seu time, a antiga ERT, agora Kiro, conseguiu um acordo para usar o trem de força antigo da Porsche, o que deve resolver os problemas de boa parte da falta de competitividade da escuderia, cujo trem de força era um dos menos eficientes do grid, o q ue penalizava demais seus pilotos, que não conseguiam ter performance aceitável sem ficar sem energia na parte final das corridas. O problema é que a montadora alemã impôs ao time aceitar seu piloto David Beckmann como titular. Indeciso quanto ao melhor caminho, o time resolveu fazer a pré-temporada com Beckmann, que fez bonito nos testes, o que significou dispensar sem a menor cerimônia o brasileiro, que está sem lugar para a nova temporada. O comunicado oficial saiu na última segunda-feira, com o time anunciando sua dupla de pilotos, algo que já havia sido antecipado pelo próprio site oficial da Formula-E semana passada, que já dava o brasileiro como fora da jogada, com Dan Ticktun sendo mantido, e Beckmann ocupando o lugar de Câmara, apesar do brasileiro ter tido performances firmes no último ano, quando o carro assim o permitia.
Desse modo, parece que ficaremos apenas com Lucas Di Grassi no grid, uma vez que todos os demais times já fecharam suas duplas há tempos. Mas Sergio não ficará exatamente de fora da F-E: ele já conseguiu acertar com a Nissan o posto de piloto reserva e de testes e desenvolvimento, e dessa forma, poderá tentar garimpar um lugar potencial em uma outra escuderia, o que só deverá ser possível para a próxima temporada, caso nada de anormal aconteça. O time nipônico, aliás, teve Caio Collet como piloto reserva na temporada passada, e diante de problemas de saúde de Oliver Rowland, o brasileiro disputou a rodada dupla de Portland, tendo chance de participar das disputas. Infelizmente, foi um momento da temporada onde a Nissan não conseguiu mostrar competitividade, de modo que Collet não conseguiu mostrar muita coisa. Esperemos que Câmara tenha melhor chance, e seu trabalho consiga abrir novas oportunidades para poder voltar ao grid como titular. Collet, aliás, justamente peloa contratação do compatriota irá deixar o posto, já que não faria sentido para a Nissan manter dois pilotos na mesma função, diante dos escassos testes permitidos pelo regulamento. Além disso, como Collet irá seguir disputando a Indy NXT, o time japonês preferiu optar com alguém com mais experiência na condução dos carros elétricos, para não mencionar na disponibilidade integral de Câmara para a função, diante dos compromissos de Caio com a categoria de acesso à Indycar.
No que tange à transmissão do campeonato, o Bandsports seguirá mais uma vez na cobertura a competição, inclusive já tendo anunciado desde a semana passada a transmissão do ePrix de São Paulo. Quem também mantém seu esquema de transmissão na competição é o site Grande Prêmio, que já fez a cobertura da F-E nos últimos dois anos, e segue firme na transmissão da categoria em seu canal no You Tube, onde a exemplo do Bandsports, os fãs terão acesso aos treinos livres, classificação e corridas. Fica por conta de cada um escolher como e onde irá acompanhar a temporada, com ambos os grupos já estando prontos no Anhembi para acompanhar todas as atividades do fim de semana.
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