Faça sol ou faça chuva, só dá Max Verstappen na temporada 2023, superando as adversidades na corrida caótica de seu país.
Não é de hoje que se fala que com chuva, uma corrida adquire outra personalidade, e vimos um exemplo clássico disso domingo passado em Zandvoort, onde São Pedro
aprontou novamente das suas, vindo e indo com a chuva e deixando pilotos e equipes desnorteados, resultando por apresentar a melhor corrida de toda a temporada até aqui. Só não foi um caos totalmente completo
porque, para variar, Max Verstappen e a Red Bull levaram mais uma, como se fosse a coisa mais natural da temporada, igual a tantas outras provas deste ano, ainda que a situação tivesse ficado complicada em alguns
momentos até para o bicampeão holandês, que buscava a terceira vitória consecutiva diante de sua torcida.
A classificação já tinha sido meio bagunçada pela chuva, que tornava cada ida à pista um verdadeiro salve-se quem puder, já que o asfalto ia ficando mais seco, porém fora do traçado passava a ser extremamente traiçoeiro, o que vitimou alguns pilotos, enquanto outros safaram-se com maestria. E Verstappen, fiel a seu estilo arrojado, botou ordem na casa para arrebatar a pole-position moistrando que nem as incertezas da pista podiam detê-lo. Mas mesmo assim, foi no último momento, quando muitos já achavam que a pole não ficaria com o holandês. E por fim, tivemos a corrida mais agitada do ano até aqui, novamente cortesia de São Pedro mandar água justo para parte da corrida. Não que o perigo não fosse previsto, mas mesmo com todos os recursos que as equipes possuem hoje em dia, não dá para prever tudo. E eis que a chuva vem tão logo a largada é dada, de modo que nem os pilotos completaram a primeira volta e tudo já estava sob chuva forte. E aí, começou a bagunça dos times, que mesmo com todo aquele temporal, erraram feio a hora de chamar seus pilotos para troca de pneus. E isso embaralhou a ordem dos pilotos. Enquanto Sergio Perez, numa chamada de sorte da RedBull, pegou logo pneus intermediários e foi para a ponta, a Mercedes jogou seus pilotos praticamente para as últimas colocações, obrigando-os a ter de remar muito para voltarem à frente, em um circuito onde ultrapassar não era lá um de seus pontos fortes.
Mas a chuva também permitiu a alguns pilotos mostrarem sua capacidade em piso molhado. Verstappen, obviamente, foi um deles, e mesmo tendo caído para meio do grid, veio passando todo mundo, e lá pelas tantas, já reassumia a liderança, e voltávamos todos à mesmice das demais provas da temporada. Fernando Alonso foi outro, dando um show de pílotagem no molhado, ultrapassando onde bem entendesse. A pancada de chuva havia parado, mas o piso molhado continuava dificultando as coisas, e levou um tempo até se comprovar que os pneus de seco já podiam ser usados, o que amainou um pouco as disputas da corrida. Mas, na parte final, depois das nuvens pesadas ali por perto sempre estarem na ameaça, eis que elas voltaram a despejar água na pista, bagunçando de novo com o andamento da prova, forçando os pilotos a terem de fazer seus malabarismos para não perderem a mão dos carros. Mas claro que, num circuito apertado como Zandvoort, alguém escaparia, e não foi Guanyou Zhou a encher sua Alfa Romeo no muro de pneus da curva Tarzan? Bandeira vermelha, depois de alguma hesitação, e suspensão da prova até o temporal passar, além de resgatarem o carro do chinês e repararem a barreira de pneus. Poderia ter terminado por aí, já haviam cumprido bem mais do que os 75% do percurso da corrida, e dado por encerrado, mas a direção de prova resolveu que todos relargariam para as voltas finais, e tome mais emoção, porque a chuva até diminuiu, mas não parou.
Não demorou nem completarem a primeira volta para a chuva vir e bagunçar com times e pilotos, diante do aguaceiro que desabou sobre Zandvoort.
E aí, claro, mais disputas. Perez, que fez uma parada tenebrosa com a Red Bull demorando mais de 10s para trocar seus pneus, perdeu a vice-liderança para Alonso, e ainda tomou
uma punição por velocidade acima do permitido no box, arruinando suas chances de terminar no pódio. Melhor para o espanhol, que levou a Aston Martin de volta ao pódio pela primeira vez desde o Canadá,
e para Pierre Gasly, que numa corrida cheia de altos e baixos, não errou e foi recompensado com um pódio, o seu primeiro pela Alpine. Perez ficou em 4º, enquanto Carlos Sainz salvava a Ferrari de uma humilhação
com um firme 5º lugar, defendido a unha contra Lewis Hamilton, que recuperou para 6º. A McLaren, depois de brilhar nos treinos, foi outra que se atrapalhou na estratégia, e poderia ter brigado pelo pódio,
tendo de se contentar com um 7º lugar de Lando Norris, enquanto Alex Albon, em outro show com a Williams, finalizou em 8º. Oscar Piastri salvou o 9º lugar para a McLaren, enquanto Esteban Ocón redimiu
a Alpine também com o 10º lugar. Todo mundo teve muito trabalho para se segurar na pista, alguns mais do que outros, de forma nem foi possível mensurar direito como cada time voltou das férias de
verão, algo que poderemos ver com mais clareza neste fim de semana, aqui na Itália, noi cultuado circuito de Monza.
A prova de Zandvoort em parte me lembrou de outra prova que virou o caos por causa da chuva, que ia e vinha, e deixava times e pilotos malucos com a instabilidade do tempo, e que a exemplo da prova holandesa deste ano, exibiu também um show de pilotagem, no caso do saudoso Ayrton Senna, na prova do GP da Europa, em Donington Park, em 1993. Naquela corrida, o brasileiro mandou e desmandou na corrida, deixando os rivais da então toda-poderosa Williams, Damon Hill, e principalmente Alain Prost, em situação ridícula, a ponto de o piloto francês só ter assegurado o pódio com a 3º posição devido ao fato de a Jordan ter errado o cálculo de combustível de Rubens Barrichello e o piloto ficar com pane seca a poucas voltas do final, quando tinha tudo para fechar o pódio naquela corrida.
A chuva ia e voltava naquela prova, e às vezes nem mesmo o piloto tinha trocado de compostos, e já tinha que voltar para o box para efetuar nova troca. Senna, com sua capacidade de pilotagem em piso molhado, fez duas paradas a menos que os rivais da Williams, e chegou a deixar Prost mais de uma volta atrás. Sua primeira volta, tendo caído para 5º na largada, e assumido a liderança já no fim da volta inicial, foi uma das mais impressionantes da história da F-1, perdendo apenas para a primeira volta de Barrichello na mesma prova, onde Rubinho ganhou 8 posições antes de completar o giro inicial, mas acabou ignorado pelas câmeras que estavam focadas apenas em Ayrton.
Verstappen não deu show semelhante em Zandvoort, mas nem precisava, e só terminou com pouco mais de 3s de liderança sobre um exuberante Alonso porque a prova tinha sido interrompida, devido ao acidente de Zhou, e todo mundo relargou para as voltas finais com pneus iguais, o que não significa que ela não tenha dominado a situação com maestria similar. A F-1 ganhou sua melhor prova do ano graças à chuva, mas precisa resolver o que quer fazer em provas deste tipo, já que muitas vezes acaba até interrompendo uma corrida debaixo de chuva por excesso de prudência, para não mencionar que o regulamento, idiota neste aspecto, proíbe que os pilotos possam ajustar seus carros à condição de pisto molhado, quando fazem a classificação no seco, o que daria maior segurança para eles disputarem no molhado, para não mencionar que a Pirelli precisa melhorar seus compostos de chuva, mas enfrenta dificuldades de cooperação da F-1 e das equipes, com suas regras imbecis de restrição de testes.
A F-1 já foi mais ousada em provas sob chuva, e os mais prudentes, dizendo que isso não é mais aceitável nos dias de hoje, só procuram desculpas para justificar uma covardia por vezes demasiada das corridas na água, que como podem ver, são capazes de oferecer excelentes provas, desde que se possa competir sem tanto medo de encarar a água, e claro, que se possa oferecer melhores condições de pilotagem aos pilotos, permitindo-lhes acertar o carro para as novas condições de piso molhado quando isso for necessário. Claro que só a chuva não irá transformar as corridas em shows automaticamente, é preciso que ela pegue a todos de surpresa, como ocorreu em Zandvoort, quando em determinados momentos vimos o caos na prova, para que se possa oferecer um espetáculo, e os pilotos justifiquem seus salários na pilotagem em pista molhada.
Quem sabe a F-1 ainda tome jeito, e assuma os desafios das corridas de chuva com a ousadia necessária para tanto, e volte a nos brindar com estes espetáculos, sem cair na frescurada de parar tudo quando cai um pouco de água nos circuitos? Esperemos, portanto...
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E acabou o mistério na Mercedes. O time alemão renovou os contratos de sua dupla de pilotos até o fim da temporada de 2025, de modo que Lewis Hamilton garante mais duas temporadas na categoria máxima do automobilismo, e duas novas chances de tentar buscar o oitavo título e se tornar o maior vencedor da história da F-1 no que tange a campeonatos, estando atualmente empatado com Michael Schumacher neste quesito. O anúncio foi feito nesta quinta-feira aqui em Monza, e comenta-se que o novo contrato dá a Lewis um aumento de cerca de 10 milhões de libras por ano ao que já ganha atualmente no time germânico, o que faria seus rendimentos chegaram à incrível marca de cerca de US$ 50 milhões por ano. E, claro, os haters do piloto, que até se recusam a chamá-lo disso, preferindo termos mais pejorativos como “ativista”, “vegano”, “farsa”, entre outros, não demoraram para criticar a decisão de Toto Wolf, inclusive dizendo que a equipe é “refém” do piloto, e que George Russell “matou” sua carreira a curto prazo na F-1 por ter de se condicionar a ser um mero segundo piloto, entre outras “certezas” de alguns palpiteiros que parecem conhecer o novo contrato dos pilotos melhor do que os próprios e a equipe germânica. Confesso que me dá vontade de rir dessa turma que fez objeto de vida defenestrar Lewis Hamilton, que gostem ou não se tornou um dos maiores nomes do esporte a motor de toda a história, e ganha rios de dinheiro, sem que esse haterismo doente vá fazer o piloto inglês perca o sono. Ninguém é obrigado a gostar de Hamilton, mas a maneira como tentam desmerecer qualquer coisa a seu respeito beira uma obsessão sociopata. Imagino que esta gente vai cair em desespero quando Hamilton pendurar de fato o capacete, pois perderão seu propósito de vida, que é criticar tudo e qualquer coisa que diga respeito ao inglês...
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Felipe Drugovich teve nova chance de pilotar para a Aston Martin, ocupando o carro de Lance Stroll no primeiro treino livre neste sábado. Depois de ter seu nome ventilado pelas equipe Maserati e Andretti na Formula-E, o brasileiro passou a ser um nome considerado para a Sauber, que poderia dispensar o chinês Guanyou Zhou da próxima temporada da escuderia, fazendo dupla com o finlandês Valtteri Bottas. A Alfa Romeo, que patrocina e dá nome ao time sediado em Hinwill, vai se tornar o time oficial da Audi em 2026, e até lá, as expectativas de performance da escuderia, que já vem tendo uma temporada muito ruim, não são lá muito animadoras. Como a perspectiva de se tornar titular na Aston Martin são remotas (até porque o time anunciou que Lance Stroll renovou seu contrato para manter a dupla atual do time com Fernando Alonso em 2024, algo tremendamente óbvio), é mesmo bom que Felipe busque novas oportunidades em outros certames, e pela perspectiva, as oportunidades na F-E parecem muito mais palpáveis para o brasileiro, que seja pela Maserati ou Andretti, iria dispôr de carros capazes de vencer corridas no certame dos carros monopostos elétricos, enquanto as chances de a Sauber melhorar seu desempenho para o ano que vem são muito menos críveis. Pode não valer a pena tentar se manter a ferro e fogo na F-1, se tiver chances de correr de forma mais competitiva em outras categorias...
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Depois de vencer o GP de Indianápolis 2, Scott Dixon voltou a dar show, agora na prova de Gateway, último circuito oval da temporada 2023 da Indycar, obtendo mais uma vitória, e sendo o único que ainda se mantém na luta pelo título contra Álex Palou, seu companheiro de time na Ganassi, que ainda ostenta folgados 74 pontos de vantagem sobre o neozelandês, e tem boas chances de conquistar o título neste domingo, na pista de Portland, em Oregon. No grid, a Rahal/Letterman/Lanigan terá Juri Vips nas duas etapas finais do campeonato, no carro que era de Jack Harvey até o GP de Indianápolis 2, quando o inglês acabou dispensado. E Simon Pagenaud encerrou sua participação na temporada, ficando de fora mesmo, com a Meyer Shank colocando Tom Blonqvist no carro que era do francês até a etapa de Mid-Ohio, quando ele se acidentou e ficou de fora deste então, com problemas de concussão, tendo sua participação vetade pelos médicos. Linus Lundqvist, que correu algumas etapas no lugar de Pagenaud, já acertou sua posição para 2024, quando assumirá o carro que era de Marcus Ericsson na Ganassi. Ericsson, por sua vez, irá para a Andretti no próximo ano, que até o fechamento desta coluna ainda não havia definido a situação de Romain Grosjean, que pode perder sua vaga na escuderia para a próxima temporada. A corrida de Portland terá transmissão ao vivo pela TV Cultura, e pelo canal pago ESPN4, além do sistema de streaming Star+, a partir das 16:00 Hrs. deste domingo.
A pista de Portland pode ver a decisão do título da temporada 2023 da Indycar.
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E a MotoGP acelera firme neste fim de semana, na pista de Barcelona, para o GP da Catalunha. Francesco Bagnaia vem de uma atuação irretocável na pista da Áustria, tendo vencido tanto a prova Sprint quanto a corrida principal no domingo, reafirmando o domínio da Ducati no circuito. Mas agora vamos ver como o atual campeão irá se posicionar no circuito espanhol. As corridas, Sprint e principal, terão transmissão ao vivo pelo canal pago ESPN4, e pelo sistema de streaming Star+, com largada programada para as 10:00 Hrs. no sábado (Sprint) e 09:00 Hrs. deste domingo (corrida principal).
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