quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

FLYING LAPS - NOVEMBRO DE 2016



            E lá vamos nós para encerrar o ano de 2016. Sim, mais um ano está ficando para trás, com o mundo da velocidade, em quase sua totalidade, tendo encerrado suas disputas, e partido para umas merecidas férias. Muita coisa rolou no mundo da velocidade este ano, e em novembro, teve muita coisa acontecendo também. E lá vamos nós para mais uma sessão Flying Laps, para citar alguns destes acontecimentos que tivemos no mês passado, com alguns comentários rápidos sobre eles. Então, uma boa leitura para todos, e até a próxima sessão Flying Laps, já em janeiro de 2017, relatando alguns dos últimos acontecimentos deste mês de dezembro que encerra o ano de 2016:


A Porsche garantiu mais uma vitória no Mundial de Endurance, ao vencer as 6 Horas de Shangai, na China. O carro N° 1 da equipe alemã, comandado pelo trio Timo Bernhard/Mark Webber/Brendon Hartley não deu chances aos rivais, cruzando a linha de chegada com 59s de vantagem para o concorrnt mais próximo, no caso, o carro N° 6 da Toyota, com os pilotos Stéphane Sarrazin/Mike Conway/Kamui Kobayashi. Com 7s de desvantagem, o outro carro da equipe nipônica fechou o pódio. O carro N° 2 da Porsche ficou com a 4ª colocação, a 1min40s do trio vencedor. Com 3 voltas de desvantagem, a Audi viu seu carro N° 8, pilotado pelo trio Oliver Jarvis/Loic Duval/Lucas Di Grassi fechar apenas na 5ª posição, e dar adeus às possibilidades de chegar ao título da competição, o que seria um presente e tanto para a Audi, após a marca anunciar que estará deixando o WEC já ao final desta temporada.


Na sua despedida do Mundial de Endurance, nas 6 Horas do Bahrein, prova que encerrou o campeonato da modalidade deste ano, a Audi mostrou que fará, sim, muita falta nas provas de longa duração a partir de 2017. Nos treinos, Lucas Di Grassi anotou o novo recorde do traçado de Sakhir, e garantiu a pole-position para a marca de Ingolstadt. Tudo o que mais queriam ao anotar a pole, era garantir a vitória na última corrida da escuderia. E o trio Oliver Jarvis/Loic Duval/Lucas Di Grassi conseguiu: venceram a prova barenita, e melhor ainda, a Audi fez a dobradinha na corrida, com o seu segundo carro, com o trio Andre Lotterer/Marcel Fässler/Benoît Tréluyer cruzando a linha de chegada apenas 16s4 atrás. A Porsche fechou o pódio, com o trio Timo Bernhard/Mark Webber/Brendon Hartley chegando em 3° lugar, a 1min17s atrás. Com uma volta de desvantagem chegaram os dois carros da Toyota, com o carro N° 5 do trio Anthony Davidson/Sébastien Buemi/Kazuki Nakajima à frente do carro N° 6, comandado pelos pilotos Stéphane Sarrazin/Mike Conway/Kamui Kobayashi. Mas quem comemorou mesmo foi o trio Romain Dumas/Neel Jani/Marc Lieb, ao volante do Porsche N° 2, que praticamente já tinham quase garantido o título do campeonato na etapa anterior, as 6 Horas de Shangai, e retificaram a certeza em Sakhir, alcançando 160 pontos na classificação final da temporada. O trio vencedor no circuito barenita, mais do que garantir à Audi sua última vitória na categoria, também conquistou o vice-campeonato, com 147,5 pontos. Já a terceira posição na competição ficou com a Toyota, com o trio Stéphane Sarrazin/Mike Conway/Kamui Kobayashi, superados pelos vencedores na classificação com o triunfo no Bahrein, terminando o ano com 145 pontos. Na classificação de construtores da classe LMP1, a Porsche levou o título, com 324 pontos. A Audi ficou com o vice-campeonato, com 266; já a Toyota ficou em 3°, com 229 pontos.


Além da Audi, quem também se despediu do Mundial de Endurance foi o australiano Mark Webber, após 3 temporadas na competição. Egresso da F-1, onde competiu pela última vez em 2013, pela equipe Red Bull, Webber integrou a equipe da Porsche, e foi campeão no ano passado com a marca alemã. Este ano, Webber e seus parceiros não foram tão bem quanto em 2015, terminando o campeonato da classe LMP1 na 4ª posição, com 134,5 pontos. Mark, ao lado de seus colegas Timo Bernhard e Brendon Hartley, venceu a penúltima etapa da competição, as 6 Horas de Shangai, na China, tendo feito também a pole-position. Foram quatro vitórias na temporada deste ano, incluída a etapa da China. Mas, devido a vários problemas nas etapas iniciais da competição, Mark e seus colegas do carro N° 1 da Porsche não conseguiram defender o título conquistado no ano anterior. Mesmo assim, Mark considera que fez uma boa carreira no WEC, e que sai com a sensação de fechar por completo uma etapa de sua vida, ao pendurar o capacete aos 40 anos de idade, partindo agora para outros projetos.


Na classe LMP2, quem levou o título de pilotos foi o trio Gustavo Menezes/Nicolas Lapierre/Stéphane Richelmi, ao volante do carro N° 36, da equipe Signatech Alpine, acumulando 199 pontos. O vice-campeonato ficou com os pilotos Ricardo Gonzalez/Filipe Albuquerque/Bruno Senna, do carro N° 43, da equipe RGR Sport By Morand, terminando o ano com 166 pontos. Pipo Derani, ao lado de seus companheiros Ryan Dalziel e Christopher Cumming, do carro N° 31 da Extreme Speed Motorsports, ficaram na 4ª colocação, com 116 pontos. Os brasileiros até que fizeram uma boa temporada em seus times, agora é começar a se preparar para o ano que vem. Com a saída da Audi, o Brasil ficará sem representante na classe LMP1, já que Lucas Di Grassi agora vai se focar na F-E. Mas os brasileiros deverão continuar dando o ar da graça nas demais classes do Mundial de Endurance.


Na sua prova de despedida da Yamaha na MotoGP, o espanhol Jorge Lorenzo conseguiu pelo menos fazer a corrida que desejava, e largando da pole-position no circuito Ricardo Tormo, em Valência, deixou para trás todos os concorrentes, e marchou firme rumo à vitória, encerrando seu ciclo na equipe dos três diapasões com todos os méritos. Só não deu para superar seu companheiro de equipe Valentino Rossi na classificação do campeonato. Rossi foi vice-campeão, com 249 pontos, contra 233 de Lorenzo, e o “Doutor” terminou a temporada da mesma maneira como começou: fora do pódio, com um 4° lugar. Marc Márquez, campeão por antecipação, bem que tentou estragar a festa de Lorenzo em Valência, mas por mais que pressionasse o compatriota, o piloto da Honda não conseguiu achar uma brecha, e cruzou a linha de chegada em segundo lugar, apenas 1s1 atrás de Jorge, e terminando o ano com o tricampeonato, e 298 pontos. Quem também se despediu de seu time atual foi o italiano Andrea Iannone, com um belo 3° lugar em Valência. Mesmo assim, Iannone termina a temporada nitidamente batido por seu companheiro da Ducati, Andrea Dovizioso: Iannone foi apenas o 9° colocado na classificação final da temporada, com 112 pontos; já Dovizioso foi o 5°, com 171 pontos. Maverick Viñalez também despediu-se da Suzuki nesta corrida, com um bom 5° lugar, e a 4ª colocação final no campeonato, com 202 pontos. Dani Pedrosa, parcialmente recuperado do forte acidente que sofreu em Motegi, no Japão, retornou à Honda para disputar a última corrida da temporada, mas não conseguiu terminar a corrida, e finalizou o campeonato em 6° lugar, com 155 pontos, tendo de ver novamente seu parceiro de time Márquez mais uma vez campeão.


A KTM, que já anunciou sua estréia na MotoGP em 2017, tentou fazer uma prévia participando da etapa final da temporada deste ano, e alinhou uma moto com o piloto Mika Kallio em Valência. Kallio largou na última fila, em 20°, e só conseguiu cumprir 11 voltas, antes de abandonar a prova, que tinha 30 voltas, devido a um problema na parte eletrônica da RC16. A KTM já previa que teria um início difícil, mas mesmo assim queria sentir o nível de competição com seus rivais. Alguns dias depois, a marca participou dos testes coletivos de fim de temporada no mesmo circuito, tendo feito os 19ª e 20ª tempos no primeiro dia, com Pol Spargaró e Bradley Smith, ficando ambos a uma diferença de 1s683 e 1s873, respectivamente, do melhor tempo do dia, conseguido por Maverick Viñalez, estreando pela Yamaha. Já no segundo dia, Pol Spargaró foi o 17°, distante 1s878, enquanto Bradley Smith foi o 20°, a 2s563 de distância de Maverick Viñalez, que mais uma vez terminou o dia na frente de todos. A KTM terá muito trabalho neste inverno para preparar seu equipamento devidamente para a estréia da temporada 2017 da MotoGP.


Quem impressionou mesmo nos testes de fim de temporada foi o espanhol Maverick Viñalez. O piloto, que defendeu a Suzuki nesta temporada, já tinha feito um bom campeonato, com direito até à sua primeira vitória na competição, obtida na etapa da Inglaterra, em Silverstone, e foi escolhido pela Yamaha para substituir Jorge Lorenzo, que partiu para a Ducati, na próxima temporada. E Viñalez mostrou uma rápida adaptação à moto do time dos três diapasões, surpreendendo a todos. No primeiro dia, superou Valentino Rossi, o 2° colocado, por 0s02. No segundo e último dia de treinos, Maverik fechou novamente o dia em primeiro lugar, desta vez colocando quase 0s2 em cima de Marc Márquez, campeão da temporada. Se Valentino Rossi imaginou que estava se livrando de um problema com a saída de Jorge Lorenzo, melhor começar a pensar melhor, pois seu novo companheiro de time tem tudo para complicar a vida do italiano no time oficial da Yamaha. Por enquanto, a convivência é completamente calma e de sorrisos de um lado a outro. Mas foi assim que também começou a parceria com Lorenzo no mesmo time, anos atrás, e não demorou muito para a rivalidade tomar conta e o clima entre ambos esquentar pra valer. Será que vai acontecer o mesmo com Viñalez? Só esperando a temporada de 2017 para descobrir...


A Stock Car promoveu neste mês de novembro a estréia do mais novo autódromo brasileiro, em Curvello. E quem ganhou a primeira corrida foi Felipe Fraga, que aproveitou para aumentar sua vantagem na competição, ainda mais porque Rubens Barrichllo, seu principal perseguidor na luta pelo título, acabou em 3° lugar. A vitória da equipe Cimed foi completa: além do triunfo de Fraga, ainda teve Marcos Gomes na 2ª colocação, garantindo uma dobradinha para a escuderia. A Full Time também teve o que comemorar, relativamente: além de Rubinho em 3°, ainda teve Allam Khodair em 4° lugar. A corrida 2 teve emoção principalmente nas voltas finais, quando muitos pilotos precisaram ir para os boxes para fazer reabastecimento, e com isso, muitos competidores acabaram mudando de posição. Mas o golpe maior quem sentiu foi justamente Rubens Barrichello. O campeão de 2014 estava arriscando na estratégia de combustível, e chegou a abrir a última volta na liderança da corrida. Mas seu carro ficou com pane seca ao entrar na reta de chegada, e nem mesmo no embalo Rubinho conseguiu cruzar a linha de chegada, despencando de uma provável vitória para ficar classificado apenas em 22° lugar, sem marcar pontos. Com isso, a vitória ficou com Ricardo Maurício, da equipe RC. Tuka Rocha foi o 2°, e Daniel Serra fechou o pódio. Felipe Fraga foi apenas o 16° nesta segunda corrida, mas não se importou muito: abriu 37 pontos de vantagem para Rubens Barrichello, e tem tudo para conquistar o título na última etapa da competição, em Interlagos, dia 18 de dezembro.
 



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