E
lá vamos nós para encerrar o ano de 2016. Sim, mais um ano está ficando para
trás, com o mundo da velocidade, em quase sua totalidade, tendo encerrado suas
disputas, e partido para umas merecidas férias. Muita coisa rolou no mundo da
velocidade este ano, e em novembro, teve muita coisa acontecendo também. E lá
vamos nós para mais uma sessão Flying Laps, para citar alguns destes
acontecimentos que tivemos no mês passado, com alguns comentários rápidos sobre
eles. Então, uma boa leitura para todos, e até a próxima sessão Flying Laps, já
em janeiro de 2017, relatando alguns dos últimos acontecimentos deste mês de dezembro
que encerra o ano de 2016:
A Porsche garantiu mais uma vitória no
Mundial de Endurance, ao vencer as 6 Horas de Shangai, na China. O carro N° 1
da equipe alemã, comandado pelo trio Timo Bernhard/Mark Webber/Brendon Hartley
não deu chances aos rivais, cruzando a linha de chegada com 59s de vantagem
para o concorrnt mais próximo, no caso, o carro N° 6 da Toyota, com os pilotos Stéphane
Sarrazin/Mike Conway/Kamui Kobayashi. Com 7s de desvantagem, o outro carro da
equipe nipônica fechou o pódio. O carro N° 2 da Porsche ficou com a 4ª
colocação, a 1min40s do trio vencedor. Com 3 voltas de desvantagem, a Audi viu
seu carro N° 8, pilotado pelo trio Oliver Jarvis/Loic Duval/Lucas Di Grassi
fechar apenas na 5ª posição, e dar adeus às possibilidades de chegar ao título
da competição, o que seria um presente e tanto para a Audi, após a marca
anunciar que estará deixando o WEC já ao final desta temporada.
Na sua
despedida do Mundial de Endurance, nas 6 Horas do Bahrein, prova que encerrou o
campeonato da modalidade deste ano, a Audi mostrou que fará, sim, muita falta
nas provas de longa duração a partir de 2017. Nos treinos, Lucas Di Grassi
anotou o novo recorde do traçado de Sakhir, e garantiu a pole-position para a
marca de Ingolstadt. Tudo o que mais queriam ao anotar a pole, era garantir a
vitória na última corrida da escuderia. E o trio Oliver Jarvis/Loic Duval/Lucas
Di Grassi conseguiu: venceram a prova barenita, e melhor ainda, a Audi fez a
dobradinha na corrida, com o seu segundo carro, com o trio Andre Lotterer/Marcel
Fässler/Benoît Tréluyer cruzando a linha de chegada apenas 16s4 atrás. A
Porsche fechou o pódio, com o trio Timo Bernhard/Mark Webber/Brendon Hartley
chegando em 3° lugar, a 1min17s atrás. Com uma volta de desvantagem chegaram os
dois carros da Toyota, com o carro N° 5 do trio Anthony Davidson/Sébastien Buemi/Kazuki
Nakajima à frente do carro N° 6, comandado pelos pilotos Stéphane Sarrazin/Mike
Conway/Kamui Kobayashi. Mas quem comemorou mesmo foi o trio Romain Dumas/Neel Jani/Marc
Lieb, ao volante do Porsche N° 2, que praticamente já tinham quase garantido o
título do campeonato na etapa anterior, as 6 Horas de Shangai, e retificaram a
certeza em Sakhir, alcançando 160 pontos na classificação final da temporada. O
trio vencedor no circuito barenita, mais do que garantir à Audi sua última
vitória na categoria, também conquistou o vice-campeonato, com 147,5 pontos. Já
a terceira posição na competição ficou com a Toyota, com o trio Stéphane Sarrazin/Mike
Conway/Kamui Kobayashi, superados pelos vencedores na classificação com o
triunfo no Bahrein, terminando o ano com 145 pontos. Na classificação de
construtores da classe LMP1, a Porsche levou o título, com 324 pontos. A Audi
ficou com o vice-campeonato, com 266; já a Toyota ficou em 3°, com 229 pontos.
Além da Audi, quem também se despediu do
Mundial de Endurance foi o australiano Mark Webber, após 3 temporadas na
competição. Egresso da F-1, onde competiu pela última vez em 2013, pela equipe
Red Bull, Webber integrou a equipe da Porsche, e foi campeão no ano passado com
a marca alemã. Este ano, Webber e seus parceiros não foram tão bem quanto em
2015, terminando o campeonato da classe LMP1 na 4ª posição, com 134,5 pontos.
Mark, ao lado de seus colegas Timo Bernhard e Brendon Hartley, venceu a
penúltima etapa da competição, as 6 Horas de Shangai, na China, tendo feito
também a pole-position. Foram quatro vitórias na temporada deste ano, incluída
a etapa da China. Mas, devido a vários problemas nas etapas iniciais da
competição, Mark e seus colegas do carro N° 1 da Porsche não conseguiram
defender o título conquistado no ano anterior. Mesmo assim, Mark considera que
fez uma boa carreira no WEC, e que sai com a sensação de fechar por completo
uma etapa de sua vida, ao pendurar o capacete aos 40 anos de idade, partindo
agora para outros projetos.
Na classe LMP2, quem levou o título de
pilotos foi o trio Gustavo Menezes/Nicolas Lapierre/Stéphane Richelmi, ao
volante do carro N° 36, da equipe Signatech Alpine, acumulando 199 pontos. O
vice-campeonato ficou com os pilotos Ricardo Gonzalez/Filipe Albuquerque/Bruno
Senna, do carro N° 43, da equipe RGR Sport By Morand, terminando o ano com 166
pontos. Pipo Derani, ao lado de seus companheiros Ryan Dalziel e Christopher Cumming,
do carro N° 31 da Extreme Speed Motorsports, ficaram na 4ª colocação, com 116
pontos. Os brasileiros até que fizeram uma boa temporada em seus times, agora é
começar a se preparar para o ano que vem. Com a saída da Audi, o Brasil ficará
sem representante na classe LMP1, já que Lucas Di Grassi agora vai se focar na
F-E. Mas os brasileiros deverão continuar dando o ar da graça nas demais
classes do Mundial de Endurance.
Na sua prova de despedida da Yamaha na
MotoGP, o espanhol Jorge Lorenzo conseguiu pelo menos fazer a corrida que
desejava, e largando da pole-position no circuito Ricardo Tormo, em Valência,
deixou para trás todos os concorrentes, e marchou firme rumo à vitória,
encerrando seu ciclo na equipe dos três diapasões com todos os méritos. Só não
deu para superar seu companheiro de equipe Valentino Rossi na classificação do
campeonato. Rossi foi vice-campeão, com 249 pontos, contra 233 de Lorenzo, e o
“Doutor” terminou a temporada da mesma maneira como começou: fora do pódio, com
um 4° lugar. Marc Márquez, campeão por antecipação, bem que tentou estragar a
festa de Lorenzo em Valência, mas por mais que pressionasse o compatriota, o
piloto da Honda não conseguiu achar uma brecha, e cruzou a linha de chegada em
segundo lugar, apenas 1s1 atrás de Jorge, e terminando o ano com o tricampeonato,
e 298 pontos. Quem também se despediu de seu time atual foi o italiano Andrea
Iannone, com um belo 3° lugar em Valência. Mesmo assim, Iannone termina a
temporada nitidamente batido por seu companheiro da Ducati, Andrea Dovizioso:
Iannone foi apenas o 9° colocado na classificação final da temporada, com 112
pontos; já Dovizioso foi o 5°, com 171 pontos. Maverick Viñalez também
despediu-se da Suzuki nesta corrida, com um bom 5° lugar, e a 4ª colocação
final no campeonato, com 202 pontos. Dani Pedrosa, parcialmente recuperado do
forte acidente que sofreu em Motegi, no Japão, retornou à Honda para disputar a
última corrida da temporada, mas não conseguiu terminar a corrida, e finalizou
o campeonato em 6° lugar, com 155 pontos, tendo de ver novamente seu parceiro
de time Márquez mais uma vez campeão.
A KTM, que já anunciou sua estréia na
MotoGP em 2017, tentou fazer uma prévia participando da etapa final da
temporada deste ano, e alinhou uma moto com o piloto Mika Kallio em Valência.
Kallio largou na última fila, em 20°, e só conseguiu cumprir 11 voltas, antes
de abandonar a prova, que tinha 30 voltas, devido a um problema na parte
eletrônica da RC16. A KTM já previa que teria um início difícil, mas mesmo
assim queria sentir o nível de competição com seus rivais. Alguns dias depois,
a marca participou dos testes coletivos de fim de temporada no mesmo circuito,
tendo feito os 19ª e 20ª tempos no primeiro dia, com Pol Spargaró e Bradley
Smith, ficando ambos a uma diferença de 1s683 e 1s873, respectivamente, do melhor
tempo do dia, conseguido por Maverick Viñalez, estreando pela Yamaha. Já no
segundo dia, Pol Spargaró foi o 17°, distante 1s878, enquanto Bradley Smith foi
o 20°, a 2s563 de distância de Maverick Viñalez, que mais uma vez terminou o
dia na frente de todos. A KTM terá muito trabalho neste inverno para preparar
seu equipamento devidamente para a estréia da temporada 2017 da MotoGP.
Quem impressionou mesmo nos testes de
fim de temporada foi o espanhol Maverick Viñalez. O piloto, que defendeu a
Suzuki nesta temporada, já tinha feito um bom campeonato, com direito até à sua
primeira vitória na competição, obtida na etapa da Inglaterra, em Silverstone,
e foi escolhido pela Yamaha para substituir Jorge Lorenzo, que partiu para a
Ducati, na próxima temporada. E Viñalez mostrou uma rápida adaptação à moto do
time dos três diapasões, surpreendendo a todos. No primeiro dia, superou
Valentino Rossi, o 2° colocado, por 0s02. No segundo e último dia de treinos,
Maverik fechou novamente o dia em primeiro lugar, desta vez colocando quase 0s2
em cima de Marc Márquez, campeão da temporada. Se Valentino Rossi imaginou que
estava se livrando de um problema com a saída de Jorge Lorenzo, melhor começar
a pensar melhor, pois seu novo companheiro de time tem tudo para complicar a
vida do italiano no time oficial da Yamaha. Por enquanto, a convivência é
completamente calma e de sorrisos de um lado a outro. Mas foi assim que também
começou a parceria com Lorenzo no mesmo time, anos atrás, e não demorou muito
para a rivalidade tomar conta e o clima entre ambos esquentar pra valer. Será
que vai acontecer o mesmo com Viñalez? Só esperando a temporada de 2017 para
descobrir...
A Stock Car promoveu neste mês de
novembro a estréia do mais novo autódromo brasileiro, em Curvello. E quem
ganhou a primeira corrida foi Felipe Fraga, que aproveitou para aumentar sua vantagem
na competição, ainda mais porque Rubens Barrichllo, seu principal perseguidor
na luta pelo título, acabou em 3° lugar. A vitória da equipe Cimed foi
completa: além do triunfo de Fraga, ainda teve Marcos Gomes na 2ª colocação,
garantindo uma dobradinha para a escuderia. A Full Time também teve o que comemorar,
relativamente: além de Rubinho em 3°, ainda teve Allam Khodair em 4° lugar. A
corrida 2 teve emoção principalmente nas voltas finais, quando muitos pilotos
precisaram ir para os boxes para fazer reabastecimento, e com isso, muitos
competidores acabaram mudando de posição. Mas o golpe maior quem sentiu foi
justamente Rubens Barrichello. O campeão de 2014 estava arriscando na estratégia
de combustível, e chegou a abrir a última volta na liderança da corrida. Mas
seu carro ficou com pane seca ao entrar na reta de chegada, e nem mesmo no
embalo Rubinho conseguiu cruzar a linha de chegada, despencando de uma provável
vitória para ficar classificado apenas em 22° lugar, sem marcar pontos. Com
isso, a vitória ficou com Ricardo Maurício, da equipe RC. Tuka Rocha foi o 2°,
e Daniel Serra fechou o pódio. Felipe Fraga foi apenas o 16° nesta segunda
corrida, mas não se importou muito: abriu 37 pontos de vantagem para Rubens
Barrichello, e tem tudo para conquistar o título na última etapa da competição,
em Interlagos, dia 18 de dezembro.
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