Na
última semana tem se falado dos acidentes que ocorreram durante os treinos para
a mais famosa corrida do automobilismo americano, as 500 Milhas de Indianápolis,
com nada menos do que 4 acidentes de grande monta até aqui, sendo que em 3
deles os pilotos quase ou nada sofreram, felizmente. Mas o caso do canadense
James Hinchcliffe, ocorrido nesta última segunda-feira, inspirou mais cuidados,
com o piloto indo parar no hospital, e tendo de sofrer uma cirurgia na perna,
em virtude de ter sido atingido por um braço de suspensão que entrou dentro do
cockpit, e por pouco não causou ferimentos muito mais graves. Em muitos lugares
da internet, fãs e acompanhantes dos fatos alertam para a ameaça de novos
acidentes, com alguns dizendo que a corrida deveria ser cancelada, pois não há
aparente segurança para os pilotos.
É
preciso se preocupar sim. Os acidentes ocorreram com os carros mais sozinhos na
pista, mas durante a corrida, uma decolagem como a vista de Hélio Castro Neves
ou de Josef Newgarden poderia ter consequências catastróficas caso algum deles
despencasse em cima de outro competidor, o que não seria difícil na corrida,
visto que os pilotos estão sempre pertos uns dos outros. Neste aspecto, a
direção da categoria precisa analisar o acidentes ocorridos e verificar uma
maneira de, pelo menos, evitar que os carros literalmente decolem e capotem com
a facilidade vista. Isso não vai eliminar os riscos de novos acidentes, mas
pode impedir que eles possam se tornar mais graves, ao evitar que os carros
decolem tão fácil como o que ocorreu.
Daí
a pregar o cancelamento da corrida, já são outros quinhentos. Aliás, a história
da Indy500 é marcada por diversos acidentes, vários deles fatais. Confiram
nesta postagem da sessão Havoc Series alguns dos vários acidentes que já
ocorreram ao longo das 98 edições das 500 Milhas de
Indianápolis disputadas até hoje...
Começamos com um vídeo com raras
cenas de vários acidentes ocorridos durante as décadas de 1950 a 1970. É uma
compilação singela, com vários nomes envolvidos nas confusões mostradas, como Pat
O'Connor, Gary Bettenhausen , Bobby Unser, Gordon Johncock, Mel Kenyon, Salt
Walther, Swede Savage e outros. Alguns destes acidentes foram fatais,
infelizmente, uma vez que a segurança dos carros era precária em vários
daqueles campeonatos. O vídeo, que traz alguns acidentes aterrorizantes, é do
You Tube, postado pelo usuário AlvinKarpis007, e não tem o áudio original das
cenas:
O vídeo seguinte também é uma
compilação de vários outros acidentes ocorridos em Indianápolis, sem destaque
específico para nenhum deles. Enquanto alguns acidentes são até leves, outros
são espetaculares, e com consequências fatais para alguns dos pilotos
envolvidos. Assim como o vídeo anterior, este também não tem o som ambiente das
imagens, e foi postado pelo usuário Youcrashes no You Tube. Ah, sim, um dos
acidentes mostrados aqui é o de Nélson Piquet em 1992, durante os treinos para
a corrida, onde feriu gravemente um dos pés:
O próximo vídeo também é uma
compilação, e da pior possível, mostrando imagens de acidentes que resultaram
em óbito para os pilotos, os quais estão descritos na legenda que acompanha
cada imagem. Os acidentes só não chocam ainda mais pela pouca resolução das
imagens em que foram feitas, o que não é exatamente algo a se comemorar, pois
estas imagens dificilmente sairam da memória dos que neles estiveram
envolvidos. O vídeo é do usuário indyracingnut, no You Tube:
Finalizando a postagem de hoje, a
seguir estão relacionados, em seis links, uma compilação das mais completas dos
pilotos mortos em acidentes fatais da história das 500 Milhas de
Indianápolis, postados no You Tube pelo usuário TheARBOGAST. O vídeo lista os
acidentes em ordem cronológica, e vários deles estão mencionados em texto
somente, em inglês. Esta relação de vídeos exige um bom tempo para ser
assistida, somando praticamente uma hora de tristes lembranças da história da
Indy500:
O
vídeo se completa trazendo também uma relação de outras pessoas que morreram em
Indianápolis, mesmo não sendo pilotos, como fiscais, bombeiros, e espectadores,
que acabaram colhidos pelos acidentes ocorridos, de uma forma ou de outra, o
que não nos deixa esquecer que o esporte a motor é um esporte perigoso. E, por
mais cautela, preparativos, projetos, e segurança envolvidos, sempre haverá a
possibilidade de algo sair do controle, e o pior acontecer. Todos os pilotos
têm plena consciência disso, e eles não arriscam a vida à toa simplesmente por
arriscar. É o perigo inato da competição automobilística que os torna
especiais. Pessoas que conseguem vencer o medo e o temor, e arriscam suas vidas
em uma competição que as pessoas comuns não conseguiriam fazer.
Indianápolis
é uma pista que merece respeito. Quem não toma os devidos cuidados, ou tem o
azar de estar no momento errado, no lugar errado, ou acaba sendo vítima de
algum imprevisto, acaba aprendendo da pior maneira que o mítico oval de Indiana
não tem sua fama à toa...
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