quarta-feira, 6 de maio de 2015

FLYING LAPS - ABRIL DE 2015



            O mês de maio já chegou, e logo, logo, já se terá passado metade de 2015. Nestas horas, o tempo parece passar tão rápido quanto os carros na pista de competição. Então é hora de mais uma sessão da Flying Laps, comentando alguns acontecimentos do mundo do esporte a motor ocorridos neste mês de abril último, que não puderam ser tratados nas colunas regulares. Uma boa leitura a todos, e no mês que vem, tem mais...


Depois de enfrentar uma corrida complicada na estréia do campeonato da MotoGP, em Losail, no Catar, o bicampeão Marc Márquez voltou à velha forma e venceu o GP do Circuito das Américas, em Austin, no Texas, Estados Unidos. Foi a 3ª vitória do piloto da Honda no circuito, que desde que estreou na competição, não viu nenhum outro piloto vencer que não o jovem prodígio da MotoGP. Com o bicampeão fugindo dos rivais desde as primeiras voltas, coube a Andrea Dovizioso e Valentino Rossi entreterem a torcida americana no seu duelo pelo segundo lugar, que acabou vencido pelo piloto da Ducati, depois de algumas trocas de posição entre ambos na pista, até que Andrea conseguiu abrir distância e ficar mais seguro na posição. Jorge Lorenzo, companheiro de Rossi na Yamaha, também travou uma boa briga com o outro piloto da Ducati, Andrea Iannone, e venceu a parada, terminando a corrida em 4° lugar. O resultado da corrida manteve Valentino Rossi na liderança do campeonato, com Dovizioso logo atrás. A Ducati, por sinal, conseguiu seu segundo pódio consecutivo, e mostrou mesmo estar na sua melhor forma em vários anos, a ponto de incomodar as poderosas Honda e Yamaha. Uma vitória de um de seus pilotos pode não estar longe, mas é preciso combinar com os concorrentes, que não vão dar moleza para os italianos.


Se tudo deu certo para Marc Márquez em Austin, na Argentina, etapa seguinte da MotoGP, a situação foi bem diferente, em especial o resultado da corrida. Pole-position, o bicampeão começou forte a etapa portenha, e dava a entender que iria vencer sem contestação novamente. Faltou combinar com Valentino Rossi, que largando em 8°, veio escalando o pelotão, e após superar todos os demais concorrentes, iniciou uma perseguição implacável a Márquez. Optando por um pneu traseiro mais duro, o italiano da Yamaha tinha o pneu em melhores condições na parte final da corrida, enquanto Márquez, com seu pneu mais gasto, tentava manter a distância na pista, que foi caindo volta a volta. A poucas voltas do final, Rossi encostou no espanhol, e ambos começaram a duelar pela liderança, inclusive com troca de posição entre eles. Mas Valentino tomou a dianteira, e na ânsia de tentar dar o troco para reassumir a ponta, Márquez acabou tocando na roda traseira do piloto da Yamaha, e acabou se dando mal, caindo na pista e praticamente dando adeus à corrida e a um pódio garantido a apenas duas voltas do final da prova. Rossi deu sorte de não ter caído também, e comemorou a vitória no pódio vestindo a camisa 10 da seleção argentina com o nome de Maradona. E Andrea Dovizioso garantiu o terceiro pódio consecutivo para a Ducati, que só não comemorou totalmente porque na reta de chegada seu outro piloto, Andrea Iannone, foi surpreendido por Carl Crutchlow, que roubou-lhe o terceiro lugar por cerca de 0s05. Jorge Lorenzo, por sua vez, ficou apenas em 5° lugar, sem conseguir incomodar os ponteiros. E com duas vitórias em 3 corridas, Rossi dá pinta de que vai buscar o seu 8° título na categoria rainha do motociclismo mundial, mas ainda é prematuro afirmar que o italiano é o favorito destacado do campeonato. Muita água ainda vai rolar na competição, podem apostar...


Na estréia do Mundial de Endurance 2015, a Porshe saiu na frente nos treinos de classificação para as 6 Horas de Silverstone, mas ao final da corrida, foi a Audi quem subiu ao degrau mais alto do pódio. A Porshe havia feito os dois melhores tempos na classificação, com o trio Timo Bernhard/Mark Webber/Brandon Hartley saindo na pole-position. Mas o carro N° 17 infelizmente teve problemas, e acabou deixando a corrida, frustrando a escuderia alemã, que então ficou apenas com o outro carro, o N° 18, conduzido pelo trio Romain Dumas/Neel Jani/Marc Lieb para defender a honra da marca. Mas a Audi, que terminou o ano de 2014 em baixa na competição, mostrou sua capacidade de recuperação, e resolveu estragar a festa dos conterrâneos. Mas não foi uma vitória fácil, muito pelo contrário: o bólido N° 7, pilotado por Marcel Fassler, André Lotterer, e Benoît Tréluyer cruzou a linha de chegada com uma vantagem de apenas 4s6, um tempo mínimo de vantagem, considerando-se que a corrida teve 6 horas de duração. E a Toyota, atual campeã do mundo, que havia feito uma classificação não muito empolgante, mostrou que pretende defender o seu título: seu carro N° 1, conduzido pelo trio Anthony Davidson/Kazuki Nakajima/Sébastien Buemi fechou a corrida em 3° lugar, com uma desvantagem de 14s8, outra diferença bastante apertada para as corridas de longa duração. A marca nipônica ainda fez o 4° lugar, com seu outro carro, o de N° 2, com o trio Alexander Wurz/Stéphane Sarrazin/Mike Conway, mas com uma volta de desvantagem para o carro vencedor. Lucas Di Grassi, defendendo o carro N° 8 da Audi, em companhia de Loic Duval e Oliver Jarvis, foi apenas o 5° colocado, com 4 voltas de atraso. Na categoria LMP2, o brasileiro Pipo Derani ficou na 2ª colocação na classe, defendendo a equipe G-Drive, no carro N° 28, ao lado de Gustavo Yacamán e Ricardo González, fechando em 7° lugar na classificação geral. Já Fernando Rees, competindo pela categoria GTEPro, com a Aston Martin, foi apenas 15° colocado. O panorama da vitória apertada da Audi sobre as rivais Porshe e Toyota prenuncia um duelo empolgante entre as 3 marcas pelo campeonato da Endurance, que a partir de Le Mans ganhará a entrada da Nissan na categoria LMP1, e promete agitar ainda mais o certame dos carros protótipos das provas de longa duração. E disputa é o que público quer ver, e quanto mais gente disputando a ponta, melhor.


O campeonato da F-3 Européia deu sua largada nos dias 10 a 12 de abril, no circuito de Silverstone, na Inglaterra. Com nada menos do que 35 pilotos, a competição é formada de rodadas triplas nos fins de semana, e o campeonato passou a ser a melhor opção para os pilotos que almejam chegar às categorias TOP, especialmente depois do fim dos campeonatos inglês e alemão de F-3, sendo que a versão britânica sempre foi passo obrigatório para se chegar à F-1. Na primeira corrida do fim de semana, a vitória foi do sueco Felix Rosenqvist. da equipe Prema. A escuderia, aliás, foi maioria no pódio, pois o britânico Jake Dennis finalizou em 3° lugar, atrás do italiano Antonio Giovinazzi, da equipe Jagonya. Pietro Fittipaldi, estreando na categoria, foi apenas o 11° colocado, defendendo a equipe Fortec. Outro brasileiro, Sergio Sette Camara, competindo pela equipe Motopark, foi apenas o 17°, resultado que não pode ser considerado exatamente ruim, levando-se em conta que 35 pilotos largaram para a prova. Na segunda corrida, a vitória foi do britânico George Russell, da equipe Carlin. Completaram o pódio o monegasco Charles Leclerc, da equipe Van Amersfoort, em 2°; e o italiano Antonio Giovinazzi em 3°. Pietro Fittipaldi se saiu melhor do que na primeira corrida, finalizando em 8° lugar. Já Sérgio Sette Camara infelizmente ficou pelo meio do caminho, abandonando após problemas logo na largada. E a terceira e última corrida do fim de semana viu um terceiro vencedor diferente: Charles Leclerc. Na 2ª colocação, o italiano Antonio Giovinazzi, com mais um pódio; e Jake Dennis, fechando em 3° lugar. Sérgio Sette Camara cruzou em 20° lugar, e desta vez foi Pietro Fittipaldi quem ficou pelo meio do caminho, abandonando a terceira corrida após 14 voltas. No computo geral do primeiro fim de semana do campeonato, Antonio Giovinazzi lidera a competição com 106 pontos, seguido por Charles Leclerc, com 101 pontos. A terceira colocação é de Felix Rosenqvist, com 92 pontos. Pietro Fittipaldi é o 15° colocado, com 4 pontos. Ao todo, o campeonato terá 11 etapas, todas com rodadas triplas em seus fins de semana de competição, totalizando 33 provas no ano. Já foram 3, faltam 30, e muita água e disputa irão rolar até o fim do ano, com a última etapa sendo realizada no circuito de Hockenhein, na Alemanha, nos dias 16 a 18 de outubro. Quem quiser acompanhar as provas tem de ficar atento às programações dos canais pagos Bandsports e ESPN/ESPN Brasil, que tem direitos de transmissão da categoria, o que não significa que será fácil assistir às corridas, uma vez que ultimamente até os canais de esportes andam de lado para o automobilismo em nosso país...


A etapa do Alabama viu a primeira vitória de mais um piloto no campeonato da Indy Racing League. O americano Josef Newgarden, da equipe CFH, fez uma grande corrida e cruzou a linha de chegada em primeiro. O pódio foi completado por Graham Rahal, que também fez uma excelente prova, em 2° lugar, e por Scott Dixon, na terceira colocação. Tony Kanaan foi apenas o 13°, e Hélio Castro Neves, o 15°. Juan Pablo Montoya foi o 14°, e manteve a liderança do campeonato, com 136 pontos. Helinho segue em 2° na classificação, com 133 pontos.

Nenhum comentário: